Produtos
licenciados são os pioneiros no quesito descontos
Os
brinquedos, para a alegria de crianças e adultos, apresentaram uma variação de
preços de até 50% de desconto desde fevereiro, de acordo com os dados obtidos
pelo site Dica de Preço. O que, em grande parte, revela um mercado cada vez
mais competitivo entre as empresas, além é claro de despertar ainda mais o
interesse do consumidor. “Os brinquedos tiveram uma queda média de 5%, porém os
produtos licenciados de personagens chegaram a 50%, o que indica um impacto
pela variação do dólar e a rápida substituição de gosto das crianças”, afirma
Leonídio de Oliveira Filho, empresário e criador do Dica de Preço.
Os
preços mais competitivos também favorecem a produção nacional de brinquedos,
que em 2016 faturou quase R$ 3,5 bilhões, “apenas” R$ 300 milhões a mais do que
no ano anterior. Em outras palavras, o setor ainda não sabe muito bem o que é
viver na crise, pois tem se adaptado não somente ao mercado, mas também aos
gostos do consumidor. Os produtos licenciados são os que mais sofrem alteração
de preços, de acordo com Oliveira, e serão responsáveis pelo aumento de 5% no
volume de negócios – vale lembrar que o setor de brinquedos é o segundo mercado
que mais investe em licenciamentos.
“As
crianças ficam aficionadas pelo personagem de um desenho novo ou de um filme
novo, e logo começam a querer ter os brinquedos dele. É uma mudança rápida”,
diz ele. E as fabricantes entendem bem como isso funciona, uma vez que é neste
período do ano que os lançamentos lá de fora começam a chegar em território
nacional e, portanto, as trocas de linha incentivam grandes descontos para
acabar com os estoques nas lojas. Tanto é verdade, que em março já aconteceu a
ABRIN (Feira Internacional de Brinquedos), em São Paulo, com diversas novidades.
Quem
aproveita não são apenas as crianças, já que muitos adultos são aficionados por
produtos de super-heróis, filmes e séries, e acabam montando uma coleção
inteira deles. Assim, estima-se que até 2021 os brinquedos fabricados no Brasil
representem 70% do setor, tirando um bom pedaço dos produtos “made in China”.
Esta é a chance de aproveitar, no caso do mercado nacional, para crescer, e no
caso dos consumidores, para economizar em tempos difíceis.
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