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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Especialista lista dicas para a controlar o estresse e o pessimismo em 2017



Em 2016, ocorreram numerosos problemas que afetaram a humanidade, como catástrofes, atentados terroristas na Europa e Oriente Médio, a guerra civil na Síria e, no Brasil, a crise política e econômica. Tal cenário desperta o pessimismo nas pessoas, causando muito estresse, explica Jennifer França, psicóloga e diretora científica do Departamento de Psicologia da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). “O estresse é uma reação do organismo que ocorre quando há necessidade de lidar com situações que exijam um grande esforço emocional e mental para serem superadas. A resposta ao estresse prepara o nosso corpo para situações difíceis, mas quando existe o descontrole, podem ocorrer problemas cardiovasculares, dentre outras patologias”.

Recentemente, o Google divulgou a lista de assuntos mais pesquisados no Brasil. Dentre os temas da lista Top 10, destacaram-se três temas que causaram grande comoção: a tragédia do acidente aéreo com os jogadores da Chapecoense, a morte do ator Domingos Montagner e eleições 2016. Situações preocupantes e traumáticas acabam afetando emocionalmente os indivíduos. “Existe também o que chamamos de fontes internas de estresse, que são os sentimentos e pensamentos, a maneira particular de reagir a situações. Esses têm um efeito ainda maior no organismo, não só por serem uma fonte estressora, mas também por muitas vezes serem os responsáveis por dificultar os mecanismos de relaxamento. O pessimismo é um desses sentimentos”, explica a psicóloga.

Uma pesquisa da Escola de Saúde Pública T. Chan, de Harvard, mostrou que pessoas com atitude positiva diante da vida correm menos risco de morrer de doenças cardíacas, câncer, AVCs, problemas respiratórios e infecções. O estudou analisou a vida de 70 mil mulheres, num período de oito anos, e a cada dois anos colhia dados das voluntárias, como pressão arterial e o nível de atividade física. Os pesquisadores concluíram que 38% das otimistas tinham menor chance de morrer de males do coração.

A especialista ressalta que esse estresse desencadeia alguns sintomas, como o aumento da pressão arterial, a respiração acelera, o coração bate mais rápido e os músculos ficam mais tensos. Ocorre, também, liberação de alguns hormônios, como cortisol, dopamina eadrenalina. “Uma vez passado o “perigo” ou estímulo intenso, o corpo pode relaxar e procurar novas forças. Aíacontece o grande problema. Quando essas situações de estresse tornam-se constantes e os mecanismos de relaxamento escassos, criamos uma situação propícia ao adoecimento”, afirma Jennifer.

A diretora da SOCESP explica que essa dificuldade no mecanismo de relaxamento pode gerar uma sobrecarga no coração e outros órgãos do nosso corpo. “Sentimentos de raiva,emoção e preocupação intensas podem elevar consideravelmente a pressão arterial. Portanto, precisamos aprender a pensar de modo mais positivo e saudável”.  


Abaixo a psicóloga da SOCESP lista algumas recomendações importantes para aprender a controlar o estresse.


- Tenha uma alimentação saudável.

- Pratique atividade física, sempre com avalição médica e acompanhamento de um profissional de educação física. Durante a atividade física o corpo libera hormônios que ajudam na regulação do estresse.

- Tenha momentos de relaxamento, tanto o corpo quanto a mente encontra espaço para se livrar das tensões do dia-a-dia. Esta atividade precisa ser regular, ou seja, todos os dias encontrar momentos de prazer. Não existe receita para relaxar, cada um precisa identificar que atividade, lugar ou forma é melhor para seu relaxamento, alguns gostam de música, atividades manuais, leitura, lembre-se que deve ser algo que te deixe distante da rotina do dia-a-dia.

- Busque um equilíbrio emocional, através de autoconhecimento e de atitudes positivas diante da vida, converse com as pessoas ao invés de brigar. Pessoas competitivas demais, que fazem várias coisas ao mesmo tempo, sem ter tempo para relaxar, são mais propensas ao estresse e consequentemente ao desenvolvimento de hipertensão.



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