Pessoas com diabetes
precisam ter atenção especial para manter os níveis de glicemia controlados;
confira algumas dicas básicas e indispensáveis para não passar aperto durante
passeios e viagens
O fim
do ano se aproxima junto com as festas, férias e, principalmente, viagens –
período em que é comum sair da rotina e deixar de lado os cuidados com a saúde.
Quem tem diabetes, no entanto, precisa estar atento não só à alimentação, mas
especialmente ao tratamento feito para manter a glicemia sob controle. Confira
abaixo uma lista com dicas que podem fazer a diferença durante uma viagem ou
passeio. Prepare as malas e aproveite!
PRE-PA-RA
Antes de tudo é
importante considerar o local para onde deseja viajar: fuso horário,
comidas típicas e restaurantes.
Parece
básico, mas faz toda a diferença. Para pessoas que tomam insulina com horário
marcado é preciso fazer a conta certa. “Converse com o seu médico para que
possa programar as aplicações considerando o tempo de viagem, o fuso horário e
as peculiaridades da região para onde vai viajar, como o clima. Assim, será
possível organizar não só as doses necessárias com eventuais ajustes, mas
também a melhor maneira de transportar e armazenar a medicação”, afirma Marina
Santorso Belhaus, gerente médica de diabetes da Novo Nordisk, empresa global de
saúde líder no tratamento do diabetes.
Outra
dica importante é pesquisar quais são as comidas típicas do destino e se há
restaurantes que ofereçam opções mais leves. Dessa forma, é possível fazer
escolhas mais saudáveis, evitando os picos de glicemia. Se não for viajar,
também vale ter atenção às ceias e eventos de fim de ano: em geral, as comidas
natalinas contêm muito carboidrato - que, se consumido em excesso, pode
resultar em episódios de hiperglicemia.
Para
saber a quantidade de carboidrato presente em cada alimento, a Sociedade
Brasileira de Diabetes contém um Manual Oficial de Contagem de Carboidratos, com orientações
para a escolha dos alimentos mais adequados e forma de consumi-los.
MALA
DE MÃO – KIT SOBREVIVÊNCIA
Leve com você um
relatório e receitas dos medicamentos e insumos (em português e inglês)
“Esse
documento é extremamente importante, pois comprovará que você tem diabetes e
que estará em posse de medicamentos e insumos (como insulina, lancetas,
seringas, canetas de aplicação de insulina) para o seu tratamento e controle”, explicou Marina.
Assim, você terá liberação para levar os insumos em sua mala de mão (no caso de
viagem de avião) ou para aplica-la em um lugar público sem
inconvenientes.
Caso a
viagem seja internacional, peça ao seu médico para destacar o CID (Código
Internacional de Doenças) em sua declaração e mantenha-a com seus documentos pessoais,
como passaporte ou identidade. Nesse caso, ter os materiais em inglês é
importante pois, no caso de uma urgência, será mais fácil explicar seus
sintomas ou necessidade de medicação.
Tenha em mãos o seu
medidor de glicose com tiras reagentes, lancetas, lancetador, sachês de álcool
e pilhas extras
O ideal
é que esses materiais viagem com você, na mala de mão, pois insulinas podem
congelar no porão do avião ou em grandes altitudes – sem contar o risco da sua
bagagem se perder ou ser pega por engano.
Também
é importante levar uma quantidade extra de insumos - segundo Marina, o ideal é
que haja o suficiente para pelo menos dois dias a mais de viagem. Assim, caso
haja um atraso no trajeto, seu tratamento está garantido.
Tenha sempre alguns
lanchinhos prontos
Se
estiver de carro ou ônibus, por exemplo, problemas no veículo ou
engarrafamentos podem acontecer, prolongando o tempo de viagem. Leve, então,
suco, barra de cereal ou sachês de glicose, evitando longos períodos de jejum e
diminuindo as chances de um quadro de hipoglicemia.
Identifique-se
“É válido usar uma
pulseira de identificação, com seu nome e um telefone de emergência,
principalmente se estiver viajando sozinho”, sinalizou Marina. Também é válido
sinalizar que você tem diabetes e que faz uso de medicação contínua.
ANTES DE SAIR
Fique de olho na glicemia
Observar
a glicemia, especialmente se você tem diabetes tipo 1, deve fazer parte de sua
rotina. Por isso, esteja atento à sua glicemia logo antes de sair de casa, para
não correr o risco de ser pego por uma hipoglicemia inesperada. Essa atenção
deve ser redobrada se você for dirigir por longos períodos.
NO
CAMINHO
Movimente-se e beba
água
Uma das
características do diabetes é a forte dor nas pernas, causada pela má
circulação sanguínea. Durante viagens longas, procure fazer pausas para
caminhadas (seja dentro do avião ou nas paradas em postos de conveniência) e
mantenha-se hidratado, a fim de evitar complicações circulatórias. "Uma
boa dica para viagens longas é o uso de meias de compressão. Elas auxiliam a
circulação e aliviam a sensação de inchaço", disse Marina.
Avise se precisar
medir a glicemia ou aplicar insulina
As
pessoas ao seu redor podem não ter conhecimento do que é diabetes e de como ele
é tratado. Se o trajeto for longo e você necessitar medir sua glicemia ou
aplicar insulina, explique rapidamente a quem estiver ao seu lado o que fará.
Essas
dicas podem ajudar na hora de planejar uma viagem ou gerenciar qualquer
emergência que aconteça enquanto você estiver longe de casa. Mas lembre-se:
fale com seu médico e ele poderá oferecer orientações específicas para você.
Novo
Nordisk
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