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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Aids: o que é CD4 e seu papel nos 30 anos de combate à doença no Brasil



 
·         Saiba mais sobre o teste CD4, que é feito gratuitamente no país, e sua importância para a saúde do soropositivo
·         Empresa de tecnologia médica BD é fornecedora do programa do Ministério da Saúde, criado em 1986 e considerado referência mundial



Foto: Equipamento da BD para teste CD4 (Crédito: Divulgação/BD)

O Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PN-DST/AIDS) completa 30 anos em 2016 e, neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), a empresa de tecnologia médica BD explica o papel do CD4 na política pública e na saúde do soropositivo.

Histórico
O Ministério da Saúde no Brasil criou o PN-DST/AIDS em 1986, hoje considerado referência mundial. Em 1997, foi criada a Rede Nacional de Laboratórios para Realização de Exames de Carga Viral e Contagem de CD4+/CD8+, dois testes essenciais para o acompanhamento do estado de saúde da pessoa soropositiva.

O que significa CD4?
CD4 são células do sistema imunológico (linfócitos) e o principal alvo do vírus HIV. O número de CD4 diminui com a evolução da patologia. Quanto menos linfócitos CD4, maior a vulnerabilidade do sistema imunológico e maior o risco de complicações e infecções

O que revela o teste CD4?
A contagem de CD4 mede a quantidade de linfócitos e é realizada gratuitamente no Brasil. Resultados que demonstram estabilidade da infecção são aqueles em que as células CD4 estão em grande número. A contagem normal de CD4 em um adulto deve ficar acima de 500 células por milímetro cúbico (mm3). Quando a taxa de CD4 for inferior a 200 células por mm3, significa que o paciente está em estado avançado de imunossupressão.

Para os testes de CD4, o Ministério da Saúde conta com a parceria da BD como fornecedora desde o início da gratuidade do exame no sistema público.

Por que o teste CD4 é importante?
A distribuição de medicamentos antirretrovirais grátis não garante, por si só, a qualidade do tratamento do paciente: é preciso monitorar a resposta do sistema imunológico à medicação, para que se possa avaliar sua eficácia e determinar o nível de avanço da doença.

Até poucos anos atrás, o CD4 era usado para determinar o tratamento na saúde pública: ele só era iniciado quando a contagem de linfócitos estivesse baixa. Hoje, o tratamento deve ser começado, segundo orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), desde a confirmação do diagnóstico do HIV.

O Brasil segue essa recomendação: foi o primeiro país em desenvolvimento a iniciar tratamento quando o paciente é diagnosticado positivamente, independentemente dos índices de CD4. Porém, dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que cerca de 25% dos casos de HIV no país ainda são diagnosticados quando o paciente já apresenta contagem de CD4 abaixo de 200 células por mm3, ou seja, em estado avançado de imunossupressão.

O tratamento precoce reduz o vírus circulante no organismo do paciente, diminuindo o risco de transmitir a doença no caso de relações sexuais desprotegidas. Acompanhar os níveis de CD4 pelo exame gratuito no sistema de saúde ajuda o paciente a saber o avanço da patologia, e norteia os médicos a tomar os devidos cuidados.




BD



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