· Saiba mais sobre o teste CD4, que é feito gratuitamente no
país, e sua importância para a saúde do soropositivo
· Empresa de tecnologia médica BD é fornecedora do programa do
Ministério da Saúde, criado em 1986 e considerado referência mundial
Foto: Equipamento da BD para teste CD4
(Crédito: Divulgação/BD)
O Programa Nacional de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids (PN-DST/AIDS) completa 30 anos em 2016 e, neste Dia
Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), a empresa de tecnologia médica BD
explica o papel do CD4 na política pública e na saúde do soropositivo.
Histórico
O Ministério da Saúde no Brasil criou o PN-DST/AIDS em 1986, hoje considerado
referência mundial. Em 1997, foi criada a Rede
Nacional de Laboratórios para Realização de Exames de Carga Viral e Contagem de
CD4+/CD8+, dois testes essenciais para o acompanhamento do estado de saúde da
pessoa soropositiva.
O que significa CD4?
CD4 são células do
sistema imunológico (linfócitos) e o principal alvo do vírus HIV. O número de
CD4 diminui com a evolução da patologia. Quanto menos linfócitos CD4, maior a
vulnerabilidade do sistema imunológico e maior o risco de complicações e
infecções
O que revela
o teste CD4?
A contagem de CD4 mede a
quantidade de linfócitos e é realizada
gratuitamente no Brasil. Resultados que demonstram estabilidade da infecção são
aqueles em que as células CD4 estão em grande número. A contagem normal de CD4
em um adulto deve ficar acima de 500 células por milímetro cúbico (mm3).
Quando a taxa de CD4 for inferior a 200 células
por mm3, significa que o
paciente está em estado avançado de imunossupressão.
Para os testes de CD4, o Ministério da
Saúde conta com a parceria da BD como fornecedora desde o início da
gratuidade do exame no sistema público.
Por que o teste CD4 é
importante?
A distribuição de
medicamentos antirretrovirais grátis não garante, por si só, a qualidade do
tratamento do paciente: é preciso monitorar a resposta do sistema imunológico à
medicação, para que se possa avaliar sua eficácia e determinar o nível de
avanço da doença.
Até poucos anos atrás, o
CD4 era usado para determinar o tratamento na saúde pública: ele só era
iniciado quando a contagem de linfócitos estivesse baixa. Hoje, o tratamento
deve ser começado, segundo orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS),
desde a confirmação do diagnóstico do HIV.
O Brasil segue essa
recomendação: foi o primeiro país em desenvolvimento a iniciar tratamento
quando o paciente é diagnosticado positivamente, independentemente dos índices
de CD4. Porém, dados do Conselho Federal de
Medicina (CFM) mostram que cerca de 25% dos casos de HIV no país ainda são
diagnosticados quando o paciente já apresenta contagem de CD4 abaixo de 200
células por mm3, ou seja, em estado avançado de imunossupressão.
O tratamento precoce
reduz o vírus circulante no organismo do paciente, diminuindo o risco de
transmitir a doença no caso de relações sexuais desprotegidas. Acompanhar os
níveis de CD4 pelo exame gratuito no sistema de saúde ajuda o paciente a saber
o avanço da patologia, e norteia os médicos a tomar os devidos cuidados.
BD
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