Grupo
Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo trabalha
para o paciente e seus familiares
#endocrinologia
#sbemsp
Os distúrbios que afetam a diferenciação do sexo
podem trazer graves implicações médicas, psicológicas e sociais, seja para um
recém-nascido, com ambiguidade da genitália externa, ou para um adolescente com
atraso puberal ou características puberais heterossexuais.
Para centralizar as atividades de assistência e pesquisa
nesta área, em prol dos pacientes com ambiguidade sexual e seus familiares, foi
fundado, há 27 anos, o GIEDDS (Grupo Interdisciplinar de Estudos da
Determinação e Diferenciação do Sexo) Hospital das Clínicas (HC) – FCM –
UNICAMP, pelo endocrinologista Dr. Gil Guerra-Júnior e a geneticista Dra.
Andréa Trevas Maciel-Guerra, juntamente com médicos pediatras. Hoje, o GIEDDS
contabiliza mais de 1.000 casos atendidos.
“O grande desafio é chegar a um diagnóstico etiológico
preciso, do qual depende a definição do sexo, os procedimentos terapêuticos
subsequentes e o aconselhamento genético da família. Nos casos de ambiguidade
genital, é fundamental o diagnóstico precoce, ainda no período neonatal, antes
do estabelecimento da identidade sexual social e psicológica”, conta o Dr. Gil
Guerra-Júnior, médico membro da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia (SBEM-SP).
No grupo estão envolvidos pediatras, geneticistas,
endocrinologistas, cirurgiões, ginecologistas, radiologistas,
anatomopatologistas, médicos legistas, psicólogos, psiquiatras, e assistentes
sociais. A atuação desses profissionais, de forma integrada, permite maior
rapidez no diagnóstico e a uniformização das informações que são transmitidas à
família, e, consequentemente, uma maior confiança dos familiares na equipe
médica como um todo.
Os principais desafios a serem enfrentados ainda são
relacionados: (1) ao encaminhamento precoce, com necessidade constante de
formação dos pediatras, em especial dos neonatologistas, na avaliação adequada
do recém-nascido e na identificação da ambiguidade genital. (2) ao financiamento
da investigação destes casos, em geral com alguns exames hormonais e testes
funcionais sofisticados, além de estudos citogenéticos e moleculares, nem
sempre cobertos pelo atendimento SUS.
As mudanças desde a criação do GIEDDS compreendem: na área
assistencial, o aumento significativo dos encaminhamentos de casos. Na área de
tratamento, a formação de uma equipe de cirurgia especializada e com técnicas
de correção da genitália externa com melhores resultados. Em recursos humanos,
o aumento significativo de residentes e pós-graduandos interessados na área. Na
pesquisa, o desenvolvimento e aplicação de novas técnicas moleculares para
diagnóstico.
SBEM-SP (Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) - Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo
- http://sbemsp.org.br/
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