Os medicamentos genéricos
apresentaram alta de 10,7% nas vendas em volume no terceiro trimestre de 2015.
Foram comercializadas 254,3 milhões de unidades de medicamentos contra 229,6
milhões em igual período do ano passado. Os dados são de levantamento da
Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos,
com base nos indicadores do IMS Health, instituto especializado que audita o
varejo farmacêutico no Brasil e no mundo.
“Esperávamos alcançar um crescimento
médio de 15% ao longo do ano em unidades, mas compreendemos que o cenário é
bastante difícil na economia, com o poder de compra das famílias penalizado por
conta da inflação. Diante dessa realidade, os números têm correspondido às
nossas expectativas”, afirma Telma Salles, presidente executiva da
PróGenéricos.
A participação de mercado dos
genéricos no varejo atingiu a marca histórica de 29,6%. No terceiro trimestre
do ano passado, era de 27,8, enquanto que no terceiro trimestre de 2013
registrou 27,6%, ficando praticamente estagnado. “Isso demonstra que os
genéricos continuam tendo habilidade de conquistar novos consumidores em
cenários de crise, por serem produtos mais baratos e confiáveis”, afirma
Salles.
Já em valores, as vendas do segmento
cresceram 21%, movimentando entre julho e setembro R$5,2 bilhões contra R$4,3
bilhões no terceiro trimestre de 2014. O percentual de crescimento foi pouco
inferior ao registrado no terceiro trimestre de 2014, comparado ao de 2013, que
foi de 22%
“Apesar de positivo e de estar na
contramão do restante da economia que vem se deteriorando de forma
significativa nos últimos meses por conta da crise, o resultado sofre impacto
direto por conta da alta do dólar e o aumento substancial dos custos de
produção, incluindo importação de insumos, energia, distribuição, entre
outros”, analisa Salles.
Diante deste cenário, segundo a
executiva, as indústrias já se preparam para equilibrar as contas em 2016.
Entre as principais medidas, revisão das políticas de descontos nos pontos de
venda e a adequação da capacidade produtiva. “Se o crescimento não acontece
dentro do esperado, se há redução na rentabilidade aliada à possibilidade de
reduções na renda e no doer de compra das famílias, não há outra saída”,
explica.
O resultado das vendas do mercado
total de medicamentos no terceiro trimestre registrou alta de 6,2% em unidades,
com a comercialização de 872,6 milhões de medicamentos, contra 821,2 milhões no
ano passado.
Ao excluir os genéricos do resultado
total do varejo farmacêutico, porém, o crescimento em unidades cai para 4,5%.
No terceiro trimestre de 2014, o desempenho a indústria em unidades, não
contabilizando as vendas de genéricos foi de 6,2% em relação ao ano
anterior. Já em relação ao terceiro trimestre de 2013 versus o mesmo período de
2013, o crescimento do varejo foi de 11%.
“Isso mostra que os genéricos seguem
sendo fundamentais para os maiores players do varejo e que em tempos de crise,
o mercado passa a depender mais dos genéricos”, conclui Salles.
Em valores, o mercado total registrou
vendas de R$19,7 bilhões entre julho e setembro, enquanto que no mesmo período
de 2014 foram contabilizados R$17,3 bilhões, crescimento de 13,7%.
Associação
Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) - www.progenericos.org.br
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