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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Por que falar de obesidade é tão importante?




Dra Viviane Christina de Oliveira Endocrinologista e Metabologista da Endoquali, explica por que informar sobre obesidade é tão importante:

A obesidade é uma doença crônica e multifatorial. Crônica, pois é resultado do acúmulo excessivo de gordura e deve ser controlada durante toda a vida, mesmo após o emagrecimento. E multifatorial, pois diversos fatores causadores estão envolvidos, estes vão além do tipo de alimentação e sedentarismo. Em última análise, pode representar fator de risco maior - risco para aparecimento de outras doenças e/ou risco de morte propriamente dita, pois, estudos ligam proporcionalmente o ganho do peso ao aumento dos níveis de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), de glicemia (diabete), elevação da pressão, dentre outros.
Dra. Viviane explica que existem diversas doenças comuns em obesos (comorbidades), são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade, diminuição da expectativa e da qualidade de vida e o motivo principal da necessidade do controle do peso. Diabetes, hipertensão arterial, hiperlipidemia, coronariopatias como angina e infarto, doenças articulares, apneia do sono, insuficiência respiratória e cardíaca, além de diversas formas de câncer, têm elevada prevalência entre os obesos e o controle dessas doenças necessariamente envolve a perda do excesso de peso.
Quanto aos índices de obesidade, estes têm aumentado em todo o mundo, o Brasil já é o quinto país com o maior número de pessoas acima do peso (52,5% dos homens brasileiros estão acima do peso são obesos; entre as mulheres, esse percentual é de 58,4%). Segundo um estudo divulgado na revista científica Lancet no inicio de 2015, o primeiro país no ranking é os Estados Unidos, seguido por China, Índia e Rússia. No mundo todo, há 2,1 bilhões de pessoas acima do peso, um salto em relação a 1980, em que o número chegava a 875 milhões.
Outro fator preocupante é o numero de crianças e adolescentes acima do peso, este só aumenta, 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas estavam acima do peso ou eram obesos em 2013. “Sabemos que uma criança obesa tem muito mais chance de tornar-se um adulto obeso, com todas as suas complicações.” Conclui a endocrinologista.
O controle do peso corporal é muito mais complexo do que se imagina, pois envolve além de uma alimentação equilibrada e pratica de atividade física, outros fatores como:

ü o controle das emoções e da ansiedade,
ü mudança de hábitos,
ü controle sobre o que se come e da fome,
ü controle do estresse,
ü ter um padrão de sono adequado,
ü ter o intestino funcionando bem e
ü os hormônios em equilíbrio.

O tratamento do ganho de peso é extremamente complexo, há alguns anos quando não havia conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na sensação de fome, na capacidade do metabolismo em gastar energia e na facilidade de certos indivíduos em acumular e armazenar gordura no corpo, os obesos eram vistos simplesmente como pessoas que comiam muito. A obesidade, portanto, era tida muito mais como desleixo do que um caso para ser levado ao consultório médico.
Hoje, com as descobertas sobre as inúmeras razões por trás do aumento de peso, podemos afirmar: quem é obeso não esta nesta situação simplesmente porque quer. “Embora estejamos cansados de saber dos malefícios do excesso de gordura e de açúcar e dos riscos da obesidade, para um número cada vez maior de pessoas é impossível resistir e controlar o que se come e o quanto se come. A vontade de comer é mais forte que as recomendações médicas e os ideais de beleza.” Finaliza Dra. Viviane Christina de Oliveira Endocrinologista e Metabologista.

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