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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Com os pais devem falar de sexo com os filhos adolescentes?





Psicanalista e sexóloga Lelah Monteiro dá algumas dicas de como e quando abordar o tema, sem parecer amigo ou pais ausentes nessa fase tão importante

Os filhos crescem rápido e quando menos esperamos, eles tornam-se adolescentes, cheios de medos e dúvidas. Nesse momento, muitos pais ficam inseguros sobre o que fazer. É melhor chegar e explicar logo tudo sobre sexo? Ou esperar eles perguntarem? Mas será que vão perguntar? Para explicar qual a melhor forma de agir nessa fase, a psicanalista e sexóloga Lelah Monteiro (www.lelahmonteiro.com.br) dá algumas sugestões aos pais.
Lelah começa dizendo que é sempre bom responder apenas aquilo que os adolescentes estão perguntando. “Muitas vezes os pais, professores ou responsáveis não são assertivos por não saberem como abordar o tema que ainda é tabu”. É importante também que os pais esperem o adolescente sinalizar a necessidade ou curiosidade sobre o assunto. E quando isso acontecer, crie um ambiente propício para o diálogo. “Seja confiante ao falar e lembre-se que, nessa época, a opinião do grupo vale mais que a opinião dos adultos”.
Os pais devem olhar o adolescente de forma integral. A adolescência é uma fase de grande transição. Tudo novo, muitos hormônios chegando e, com isso, muitas dúvidas, conflitos e desejos. “Provavelmente o adolescente não saberá verbalizar o que está ocorrendo, nesse caso, esteja apenas presente, sem pressioná-los. Mas lembrem-se de que isso não significa pais ausentes, essa é uma das maiores queixas dos jovens”, ressalta a psicanalista.
Outro ponto relevante, é que o adolescente não é seu amigo. Ele é apenas seu filho. Portanto, não cobre tanto, nem inverta os papéis. “Não transfira suas dúvidas. Via de regras pais e professores não tiveram educação sexual, mas não deixe transparecer isso aos filhos. Se necessário, para sentir-se mais seguro durante a conversa, se informe mais sobre o assunto. Tire suas dúvidas”, explica a sexóloga.
Ela comenta ainda que os filhos são únicos. Não devemos trata-los como massa. Não é porque a filha ou filho de uma amiga apresentou algumas questões que o mesmo está acontecendo com o seu filho. “Temas como masturbação,  prevenção, preservativos, projetos de vida, mudanças no corpo da menina e menino, individualidade e respeito, diversidade sexual e outros assuntos do contexto social e econômico dos adolescentes deverão ser considerados e falados de forma clara, verdadeira e objetiva”, esclarece.

Lelah Monteiro - Sexóloga e Psicanalista pela Escola de Psicanálise de São Paulo, Educadora Sexual pelo Instituto Kaplan, Terapeuta Sexual (USP), Sexóloga da Rádio Globo AM 1100kHz SP, Master Coach e Fisioterapeuta especialista em sexualidade pela Universidade Estadual de Londrina. Co-autora do livro ‘Relacionamentos amorosos 2,com o capítulo ‘Pode um relacionamento sobreviver ao vaginismo?’. É membro das associações: Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica, ABRAFISM - Associação Brasileira de Fisioterapia Saúde da Mulher, ISSM - Sociedade Internacional de Medicina Sexual e da ISLAM - Sociedade Latino Americana de Medicina Sexual. www.lelahmonteiro.com.br

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