Alimentos fontes de ômega 3
contribuem para saúde do coração, controle do colesterol e regularização dos
níveis de triglicérides
Grande parte da população brasileira
desconhece que as doenças do coração são as principais causas de morte no país.
Especialistas afirmam que a maior parte dessas doenças são causadas por má
alimentação, sedentarismo e genética. Em setembro, mês em que é comemorado o
Dia Mundial do Coração, 29, médicos alertam sobre a importância de cuidar bem
desse órgão essencial para o bom funcionamento do corpo. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam mais de 17 milhões de
pessoas por ano em todo o mundo e, no Brasil, são cerca de 400 mil casos
anuais.
O consumo de ômega 3, ácido graxo
essencial, considerado uma gordura boa para o bom desempenho das funções do
organismo, é apontado como um grande aliado na manutenção da saúde,
especificamente a do coração. Para quem não consegue ingerir os níveis
adequados de ácidos graxos por meio da alimentação ou busca praticidade, a
suplementação com mini cápsulas ultraconcentradas de Centrum Ômega 3 com 80% de
EPA e DHA são uma alternativa viável para atingir a necessidade diária.
Segundo a cardiologista Maria
Cristina Izar, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o
ômega 3 melhora o equilíbrio entre o LDL (colesterol ruim) e o HDL (colesterol
bom), colaborando no combate ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. “Os ácidos
graxos agem reduzindo os níveis de triglicérides em até 30%, se consumidos
diariamente, além disso, reduzem a pressão arterial, possuem ação
anti-inflamatória e diminuem a variabilidade da frequência cardíaca”, explica a
médica.
A especialista alerta que o Brasil, em parceria com
a OMS, tem como objetivo reduzir a mortalidade cardiovascular em até 25% em um
período de dez anos e, para auxiliar a população, responde a questões simples
com a finalidade de contribuir para a saúde do coração:
- Comer peixe reduz o risco de ter doença cardíaca?
Existem
evidências de que o consumo de peixes e óleos ricos em ácidos graxos ômega 3
sejam protetores para eventuais doenças cardiovasculares principalmente em indivíduos
que apresentam predisposição para doenças coronarianas. Sabe-se que entre os
esquimós, cujo consumo de peixes de águas frias, ricos em ômega-3 é grande, e
que também ingerem grande quantidade de gorduras em suas dietas, apresentam
baixa incidência de doenças cardiovasculares.
- O que são os triglicérides e o que eles podem causar em níveis descontrolados?
Os
triglicérides são a forma mais comum de gordura do corpo usada para fornecer
energia, mas também é armazenada em tecidos adiposos. Elevações dos
triglicérides aumentam o risco de doença cardiovascular, quando em níveis
moderados, e podem causar dores abdominais e até mesmo a pancreatite, que é um
afecção aguda inflamatória do pâncreas.
- Quem possui os níveis de triglicerídeos controlados precisa consumir alimentos com ômega 3?
Segundo
posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o consumo de duas
refeições à base de peixes é recomendado a pessoas com risco baixo e
intermediário de doenças cardiovasculares, visando a redução do risco
cardiovascular e particularmente em indivíduos de alto risco, que já tenham
apresentado um infarto do miocárdio.
- E quando não é possível o consumo de peixes, seja por uma questão de paladar ou outros fatores?
Quando o
consumo de peixes não é possível pode-se suplementar 1 g/dia a esses indivíduos
de baixo e médio risco, e em especial aos de alto risco, particularmente
aqueles sobreviventes ao infarto do miocárdio e com insuficiência cardíaca. A
recomendação é de utilização de cápsulas contendo EPA e DHA, que são os ácidos
graxos ômega 3 bioativos.
- O DHA e EPA são nutrientes do ômega 3?
Os ácidos
graxos ômega-3 são compreendidos por ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido
eicosapentaenóico (EPA), que são de origem marinha, e o alfalinolênico (ALA) de
origem vegetal. O DHA e o EPA correspondem aos ácidos graxos ômega-3 de cadeia
longa, que não precisam ser metabolizados no organismo para produzirem seus
efeitos benéficos, e auxiliam na saúde do coração. Já o ácido alfalinolênico
(ALA) precisa ser metabolizado por enzimas para exercer suas funções.
- Além dos peixes, outros alimentos possuem ômega 3?
Alimentos
de origem vegetal considerados fontes de ácidos graxos ômega-3 são de
ocorrência rara na natureza, existindo alguns representantes como a soja,
canola, e a semente de linhaça, sendo a linhaça o alimento que mais contém
ômega-3 (58-60%). No entanto, o ômega-3 encontrado nesses vegetais é o ácido
alfalinolênico (C18:3), o qual precisa ser convertido nos principais
representantes da classe, EPA e DHA para ser bioativo no organismo. Entre as
fontes de ômega-3 de origem marinha estão os peixes de água fria como o salmão,
o arenque, a sardinha e a cavala. No entanto, a maior parte dos ácidos graxos
ômega-3 não se encontra nas partes comestíveis desses peixes. Assim, a
suplementação de ácidos graxos ômega-3 é uma opção interessante para garantir a
quantidade de ômega-3
- Qual a recomendação diária de consumo de ômega 3?
Para
reduzir os níveis elevados de triglicérides, recomenda-se o consumo de 2
a 4 gramas diárias de ômega 3, que age diminuindo os níveis de triglicérides em
até 30%. Já na prevenção da doença aterosclerótica, recomenda-se o consumo de 1
g por dia, com efeitos benéficos na pressão arterial, na proteção vascular,
reduzindo a inflamação.
- Os médicos indicam o consumo em cápsulas?
Em
situações em que o consumo de peixes e alimentos fonte de ômega-3 é baixo, pode-se
suplementar ácidos graxos ômega-3 na forma de cápsulas.
- Que outras atitudes a população pode tomar para manter a saúde do coração?
Hábitos
saudáveis sempre contribuem para a saúde como um todo, mas uma dieta
equilibrada pobre em gorduras saturadas e em colesterol, rica em gorduras mono
e poliinsaturadas, rica em fibras, em vitaminas, com carboidratos complexos e
com pouco sódio e rica em potássio e magnésio. Outro fator importante na
promoção de cuidados para a saúde do coração inclui a prática de exercícios
físicos, não fumar, além de ingerir álcool em quantidade moderadas, se for
permitido.
Referências:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_analise_consumo/pofanalise_2008_2009.pdf.
Acessado em 10 de setembro de 2015.
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Gorduras.pdf
.
Acessado em 10 de setembro de 2015.
Pfizer
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