Especialista destaca cuidados, prevenção e efeitos colaterais
“Uma dor insuportável,
uma queimação absurda e uma coceira que não parava por nada. Mal conseguia
dormir.” É assim que a aposentada Maria de Lourdes, de 71 anos, descreve a
aflição que sentia quando foi diagnosticada com herpes zoster.
A doença lhe causou lesões vermelhas na pele da região abdominal e
uma semana de intenso mal-estar. Procurou atendimento, seguiu o tratamento
indicado, mas até hoje não sabe ao certo o que causou a doença.
“O médico disse que poderia ser por causa do calor ou por estresse.” É verdade. Causada pelo mesmo vírus da catapora (varicela zoster), o herpes zoster é uma doença misteriosa e ainda sem razão conhecida para acontecer.
Sabe-se, entretanto, que alguns fatores (intoxicação química, trauma sobre a região onde o zoster surge depois, fatores emocionais, etc.) “acordam” o vírus que estava dormindo no organismo da pessoa. Como fica incubado no nervo, sua ativação pode causar inflamação intensa no local, provocando dores fortes.
“O médico disse que poderia ser por causa do calor ou por estresse.” É verdade. Causada pelo mesmo vírus da catapora (varicela zoster), o herpes zoster é uma doença misteriosa e ainda sem razão conhecida para acontecer.
Sabe-se, entretanto, que alguns fatores (intoxicação química, trauma sobre a região onde o zoster surge depois, fatores emocionais, etc.) “acordam” o vírus que estava dormindo no organismo da pessoa. Como fica incubado no nervo, sua ativação pode causar inflamação intensa no local, provocando dores fortes.
O seu surgimento também está associado à baixa imunidade.
“Idosos e pessoas com sistemas imunológicos debilitados, como soropositivos ou
que estejam fazendo quimioterapia e/ou radioterapia, têm risco claramente maior
de zoster que o restante da população”, destaca o infectologista Dr. Jacyr
Pasternak, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Complicações
Se a pessoa nunca tiver tido catapora, pode pegar a doença. Se tiver tido, já tem o vírus. No Brasil, 95% da população possuem o vírus no organismo.
O importante é tomar cuidado com a manipulação da ferida. A pessoa deve lavar as mãos com água e sabão antes e depois de cuidar da lesão e, se as bolinhas estourarem, deve-se cobrir a região para não deixar que o líquido contendo vírus vaze.
Se a pessoa nunca tiver tido catapora, pode pegar a doença. Se tiver tido, já tem o vírus. No Brasil, 95% da população possuem o vírus no organismo.
O importante é tomar cuidado com a manipulação da ferida. A pessoa deve lavar as mãos com água e sabão antes e depois de cuidar da lesão e, se as bolinhas estourarem, deve-se cobrir a região para não deixar que o líquido contendo vírus vaze.
O maior problema clínico do herpes zoster é a persistência da
dor, a neurite pós-herpética, que não responde bem aos analgésicos comuns.
Assim como em outras doenças crônicas, ela pode acarretar depressão, alteração do humor e disfunção psíquica e física. Outra complicação possível é que esse vírus percorra o caminho do nervo ocular. Nesse caso, a doença pode causar lesão na córnea e até cegueira.
Assim como em outras doenças crônicas, ela pode acarretar depressão, alteração do humor e disfunção psíquica e física. Outra complicação possível é que esse vírus percorra o caminho do nervo ocular. Nesse caso, a doença pode causar lesão na córnea e até cegueira.
Gravidez x vírus
Apesar de mais comum na terceira idade, o herpes zoster também pode atingir jovens.
A jornalista Mariana Souza* teve a doença em fevereiro deste ano. À época, ela estava sobrecarregada com as demandas do emprego e finalizando sua tese da pós-graduação.
Em seu caso, sua maior preocupação foi com uma colega de trabalho grávida que não tinha tido catapora na infância. “Fiquei receosa. Não queria fazer mal a ninguém, menos ainda para uma criança”, diz.
Apesar de mais comum na terceira idade, o herpes zoster também pode atingir jovens.
A jornalista Mariana Souza* teve a doença em fevereiro deste ano. À época, ela estava sobrecarregada com as demandas do emprego e finalizando sua tese da pós-graduação.
Em seu caso, sua maior preocupação foi com uma colega de trabalho grávida que não tinha tido catapora na infância. “Fiquei receosa. Não queria fazer mal a ninguém, menos ainda para uma criança”, diz.
Apesar de pouco contagioso, Pasternack diz que, neste caso, a
gestante deve fazer uso profilático do antiviral.
“A varicela em recém-nascido pode ser muito grave. O ideal é que todo mundo se vacine, sobretudo mulheres que pretendam engravidar. A vacina dá imunidade contra a doença e se a mãe não tiver varicela [catapora] ou zoster, o risco para a criança desaparece.”
“A varicela em recém-nascido pode ser muito grave. O ideal é que todo mundo se vacine, sobretudo mulheres que pretendam engravidar. A vacina dá imunidade contra a doença e se a mãe não tiver varicela [catapora] ou zoster, o risco para a criança desaparece.”
Prevenção
A vacinação, aliás, é a melhor forma de prevenir o herpes zoster. Quem ainda não teve catapora, mas recebeu a vacina contra ela, já realizou a primeira prevenção do vírus. Há dois anos, a vacina contra a catapora está disponível na rede pública de saúde e faz parte do calendário de vacinação infantil.
A vacinação, aliás, é a melhor forma de prevenir o herpes zoster. Quem ainda não teve catapora, mas recebeu a vacina contra ela, já realizou a primeira prevenção do vírus. Há dois anos, a vacina contra a catapora está disponível na rede pública de saúde e faz parte do calendário de vacinação infantil.
Para as pessoas que já tiveram catapora, é
indicada a imunização a partir dos 50 anos, com a vacina própria para a doença.
Fabiane Schmidt
Site Coração & Vida
(coracaoevida.com.br)
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