Bastante conhecidas por seus efeitos e utilizadas,
geralmente, por jovens em momentos de lazer e diversão, as drogas sintéticas
são tão prejudiciais para o organismo quanto as tradicionais. Encontradas em
forma de pó, comprimidos ou pastilhas, em líquido ou diluída em água para ser
inalada, as drogas sintéticas provocam sérias distorções no funcionamento do
cérebro, além de poder causar quadros psicóticos e até a morte.
“Essas
drogas são substâncias psicoativas ou uma mistura delas produzidas através de
meios químicos os quais possuem componentes ativos que não são encontrados na natureza.
Todas elas provocam distorções no funcionamento cerebral, o usuário sente-se um
‘super-homem’, incapaz de avaliar situações de risco ou perigo. Há também
ilusões, alucinações, confusão mental, paranoia, tensão muscular, desmaios e
arrepios, vômitos, pupilas dilatadas, perda de apetite, tremores, temperatura
corporal elevada, sensação artificial de euforia, medo de perder o controle,
flashbacks, irritabilidade, entre outros”, explica o psiquiatra
da Clínica Maia, Dr. Fernando
Branco.
De acordo com o especialista, o agrupamento dessas
substâncias em uma categoria reflete o perfil da população usuária, geralmente
adultos jovens de classes econômicas com poder aquisitivo médio e alto, e o
contexto de uso recreativo caracterizado pelo consumo em bares, danceterias,
shows e festas do tipo rave.
Dentre as principais drogas sintéticas, algumas se destacam
como o LSD, as anfetaminas, o ecstasy, o GHB (gamahidroxibutirato), os
inalantes, as metanfetaminas e os poppers (incenso líquido).
Os prejuízos para o indivíduo
que faz o uso de drogas sintéticas são diversos e podem interferir diretamente
na sua vida, bem-estar e qualidade de vida. “Na esfera sócio-financeira como
perda de emprego, relacionamentos conturbados, isolamento, distanciamento,
comportamentos de risco em relação à promiscuidade sexual, exposição a
situações de perigo, prática de roubos e furtos afim de manutenção do vício; e,
na esfera psicológica, danos cerebrais em longo prazo que afetam o pensamento e
a memória, danos em parte do cérebro que regulam as funções como aprendizagem,
sono e emoção, depressão, ansiedade e perda de memória servem como gatilhos
para a instalação de quadros psicóticos, colapso cardiovascular, convulsões e
até mesmo óbito”, completa Dr. Branco.
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