Dados apontam que 60% dos brasileiros acreditam que
o nível de conscientização das pessoas ainda é baixo e falta sensibilização da
opinião pública
Embora a maioria dos brasileiros
acredite na eficiência dos recentes tratamentos para o combate ao câncer, ainda
encara a doença como sentença de morte. Isso é o que demonstra uma pesquisa
realizada pelo PACE (Patient Access to Cancer care Excellence), programa global
da Eli Lilly, que visa reunir diversos atores para atuar na melhoria do acesso
aos cuidados e tratamentos de excelência em oncologia. Essa afirmação foi feita
por 49% dos brasileiros contra 32% da média global, o que demonstra que no
Brasil o estigma do câncer ainda é maior do que outros países. A pesquisa, encomendada
pela Eli Lilly e realizada pela GFK, ouviu mais de três mil pessoas em sete países,
sendo 500 no Brasil.
De todos os entrevistados, 89%
afirmam que uma das maiores preocupações é não ser capaz de pagar e de não ter
acesso ao melhor tratamento contra o câncer (86%). Outros dados apontam para a
desconfiança existente nos sistemas de saúde: aproximadamente dez anos foi o
prazo citado para que uma nova droga esteja disponível ao paciente para tratar a
doença no Brasil (mencionado por 44% dos respondentes) e 62% não acreditam na
capacidade do SUS para oferecer o melhor tratamento para pacientes com câncer.
Os planos de saúde privado tiveram uma avaliação um pouco melhor, mas, ainda
assim, um terço dos entrevistados ainda não é totalmente confiante nesta opção.
O presidente Eli Lilly do Brasil,
Julio Gay-Ger, explica que objetivo da iniciativa é oferecer à população
brasileira informações sobre o atual cenário do câncer no País e compreender as
principais necessidades, visando melhorias no tratamento. “Ouvir atentamente e
realizar parcerias de trabalho ajudam a gerar benefícios significativos para as
pessoas, e a trazer as respostas que precisamos para continuar a oferecer
melhores opções de tratamento para os pacientes”, revela o executivo.
De acordo com a psico-oncologista
Luciana Holtz, representante brasileira no Conselho Global do PACE e presidente
do Instituto Oncoguia, a pesquisa revela importantes e diversos pontos de vista
do brasileiro frente ao câncer, tanto em relação ao diagnóstico, tratamentos e
investimentos. “É muito importante saber que o brasileiro reconhece o avanço
nos tratamentos do câncer e, mais ainda, saber quais questões os afligem. Com
as respostas podemos traçar novos caminhos e viabilizar novas ações em
conjunto”, relata Luciana. “A informação é uma arma importante, que empodera e possibilita
que os pacientes e familiares busquem pelos seus direitos, pelo acesso aos melhores
tratamentos contra o câncer, que participem do processo de decisão sobre o
tratamento que está sendo oferecido e realizado e, enfim, que tenham suas
vontades e opiniões ouvidas”, completa a presidente do Oncoguia.
A medicina personalizada, que
busca encontrar a solução para combater o câncer nas suas mais diferentes
mutações, oferecendo o tratamento certo para o paciente certo, ainda não é um
conceito conhecido. A pesquisa mostra que apenas uma em quatro pessoas está
ciente deste modelo e, inclusive, 80% acreditam que não há informação
suficiente e disponível sobre os novos tratamentos. A grande maioria concorda
que os médicos precisam discutir medicina personalizada com todos os pacientes.
Isso porque 60% consideram que o mesmo tratamento de câncer pode produzir
resultados muito diferentes em pacientes com diagnóstico semelhante.
Principais resultados da pesquisa:
·
1
em cada 3 brasileiros diz que um ano extra de vida de um paciente com câncer
vale até R$ 400.000.
·
Poucos
acreditam que os pacientes devem pagar o tratamento (10%), enquanto um grande
número acredita que o governo (69%) deve ser financeiramente responsável.
·
67%
acreditam que são necessários R$ 200 milhões ou menos para levar um medicamento
de câncer para o mercado.
·
A
maioria (64%) acredita que os estudos clínicos oferecem aos pacientes a chance
de receber tratamentos melhores do que os convencionais.
·
2
em 3 acreditam que todos os participantes de estudos clínicos recebem
tratamentos que são pelo menos tão eficaz quanto aqueles atualmente disponíveis
(68 %).
Sobre o Câncer
Câncer é o nome genérico para um
grupo de mais de 200 doenças. Embora existam muitos tipos de câncer, todos
começam quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer
fora de controle. Esse crescimento é diferente do crescimento celular normal.
Em vez de morrer, as células cancerosas continuam crescendo e formando novas
células anômalas. As células cancerosas também podem invadir outros tecidos,
algo que as células normais não fazem. O crescimento fora de controle e
invadindo outros tecidos é o que torna uma célula em cancerosa.
Eli Lilly and Company
Instituto
Oncoguia
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