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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Semana Mundial de Aleitamento Matern


A Semana Mundial de Aleitamento Materno, um evento anual que começa no dia 1 de agosto e vai até o dia 7, celebra e promove a importância da amamentação para a saúde e o bem-estar de mães e bebês ao redor do mundo. Durante esta semana, há a conscientização e incentivo à prática da amamentação, destacando seus benefícios para o desenvolvimento saudável das crianças e o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. 

Segundo recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), as crianças até os seis meses de vida, devem receber o aleitamento materno exclusivo, sendo apenas o leite materno, evitando a inclusão de qualquer outro tipo de alimento complementar ou bebidas. 

De acordo com Michelle Ferreira, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade, os principais benefícios nutricionais da amamentação para o bebê representam a redução em 13% da mortalidade até os cinco anos, evita diarréia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva a uma melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Além disso, o ato contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal do pequeno e promove o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. 

O sistema imunológico da criança também é favorecido, pois a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas por meio do leite materno confere imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo.  

A exposição precoce a antígeno oral por meio do leite materno leva à tolerância ou a memória imunológica, dependendo da natureza do antígeno transferido e acompanhando os cofatores presentes no leite materno. As alergias e intolerâncias são processos mediados pelo sistema imunológico e durante a amamentação o bebê recebe toda a parte imunológica que a mãe adquiriu em toda sua vida, é de fundamental importância a amamentar. Os estudos mostram que o fator de proteção para a criança não ter alergia ou ter a possibilidade de ficar curada o mais rápido possível é a amamentação.

 

·       Cuidados da mãe lactante quanto à nutrição 

Para as mulheres, os benefícios da amamentação, tanto no aspecto físico quanto emocional são diversos. Michelle diz que um dos principais benefícios no aspecto físico é a aceleração na perda de peso que muito incomoda as mulheres nesse momento. Existem estudos relacionando a redução da incidência de cânceres de mama, ovário e endométrio durante o período de lactação.

 

Acredita-se que a amamentação traz benefícios psicológicos para a criança e para a mãe. “Uma amamentação prazerosa, os olhos nos olhos e o contato contínuo entre mãe e filho certamente fortalecem os laços afetivos entre eles, oportunizando intimidade, troca de afeto e sentimentos de segurança e de proteção na criança e de autoconfiança e de realização na mulher”, diz a nutricionista. A amamentação é uma forma muito especial de comunicação entre a mãe e o bebê e uma oportunidade de a criança aprender muito cedo a se comunicar com afeto e confiança. 

Quanto às recomendações nutricionais específicas para mães que amamentam para garantir a qualidade e quantidade adequada de leite materno, é importante saber que as mulheres que amamentam necessitam de aproximadamente 500 kcal/dia adicionais além do recomendado para mulheres não grávidas. A estimativa é derivada do volume médio de leite materno produzido por dia (média de 780 mL, faixa de 450-1200 mL) e o conteúdo de energia do leite (67 kcal / 100 mL). Durante a gravidez, a maioria das mulheres armazena de 2 a 5 kg (19.000 a 48.000 kcal) extras em tecido, principalmente como gordura, em preparação fisiológica para a lactação. Se as mulheres não consumirem as calorias extras, as reservas corporais serão usadas para manter a lactação. Por isso, não é incomum que as mulheres lactantes percam 0,5-1,0 kg / mês após o primeiro mês pós-parto.

 

Há ainda menos recomendações baseadas em evidências para a ingestão de nutrientes durante a amamentação em comparação com a gravidez. A lactação é considerada bem sucedida quando a criança amamentada está ganhando uma quantidade adequada de peso. A dose diária recomendada de proteína durante a lactação é de 25 g/dia adicionais.


Os requisitos de muitos micronutrientes aumentam em comparação com a gravidez, com exceção das vitaminas D e K, cálcio, flúor, magnésio e fósforo. Como tal, recomenda-se que as mulheres continuem a tomar uma vitamina pré-natal diariamente enquanto amamentam.


“Parece que, desde a amamentação, o bebê já pode sentir os sabores e aromas dos alimentos consumidos pela mãe por meio do leite, e isso o deixa mais disponível para aceitar os mesmos alimentos durante a introdução da alimentação complementar”, argumenta Michelle.

 

Ela indica que é imprescindível ter uma alimentação rica em nutrientes, o mais natural, diversificado e menos industrializado possível:

 

Deve-se consumir no mínimo 5 porções de frutas e vegetais durante o dia - prefira a fruta inteira e, se possível, com casca. Consuma os vegetais antes das refeições principais;

 

Sucos naturais (não industrializado ou de caixinha) - maracujá, limão, morango, acerola, folhas verdes com vegetais, caju e frutas vermelhas (sem açúcar). Inclua vegetais no suco como cenoura, salsão, couve, beterraba, entre outros;

 

 Consuma de 3,0 a 3,5 litros de água por dia;

 

Evite o álcool, mesmo em quantidade reduzida;

 

Usar e abusar de temperos e ervas naturais.

 

Para as mães que desejam continuar amamentando durante o período de introdução alimentar do bebê, as principais orientações nutricionais são de que a introdução alimentar deve ser feita de forma lenta e gradual, pois inicialmente devem complementar o leite materno e não substituí-lo. A partir dos seis meses, os bebês precisam de uma alimentação variada, mas o aleitamento materno deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais. O leite materno continua sendo uma importante fonte de energia, proteína e outros nutrientes, como vitamina A e ferro. O leite materno ajuda a prevenir doenças enquanto for consumido.

 

·       Cuidados ginecológicos para a mulher que está amamentando 

Thaís Fonseca, médica do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), ginecologista e obstetra pela UFRJ, pós graduada em Nutrologia pela ABRAN, apresenta que os principais cuidados na questão ginecológica para as mulheres são: 

·       Manter uma boa higiene na região genital ajuda a prevenir infecções; 

·       Certifique-se de amamentar corretamente, avaliando sempre a pega ideal do bebe, para evitar problemas de saúde mamária, como mastite;

·       Uma dieta equilibrada e nutritiva é essencial para a saúde geral da mãe e do bebê;

·       Beber bastante água é importante para uma boa produção de leite materno e para o bem-estar geral;

·       Escolher absorventes adequados durante o período pós-parto é essencial para evitar irritações e infecções;

·       Continuar realizando exames ginecológicos de rotina é importante para a detecção precoce de problemas de saúde;

·       Sempre consultar um profissional de saúde antes de tomar qualquer medicamento durante a amamentação;

·       Exercitar-se de maneira segura e apropriada pode contribuir para a saúde física e emocional da mãe;

·       Priorizar o descanso e o sono adequado é fundamental para o bem-estar geral;

·       Manter uma rede de apoio emocional pode ajudar a lidar com as demandas da maternidade e contribuir para o bem-estar emocional da mulher lactante.

Os sintomas ou alterações ginecológicas durante a lactação podem requerer atenção médica e acompanhamento mais próximo, as patologias que podem acontecer na amamentação são lesões mamárias, como mastite, fissuras, devido a pega e produção de leite. Então em caso de dor, vermelhidão e edema das mamas, deve-se procurar o seu médico assistente. 

 

A amamentação pode trazer problemas como por exemplo afetar a menstruação e a lubrificação vaginal, por isso Thaís explica que essas mudanças ocorrem devido aos hormônios envolvidos na produção do leite materno e no pós-parto.

 

Durante a amamentação, algumas mulheres podem experimentar um atraso ou ausência da menstruação, especialmente quando amamentam exclusivamente (sem oferecer outros alimentos ou líquidos ao bebê). Isso acontece devido ao hormônio prolactina, que é liberado em resposta à sucção do bebê e inibe temporariamente a ovulação em algumas mulheres. No entanto, é importante notar que a ausência da menstruação não é um método confiável de contracepção, e a ovulação pode ocorrer mesmo antes que a menstruação retorne. À medida que a amamentação diminui em frequência, os níveis de prolactina tendem a diminuir, e a menstruação pode retornar gradualmente. O momento exato do retorno varia de mulher para mulher e não pode ser previsto com precisão.

 

“Algumas mulheres podem notar uma diminuição temporária na lubrificação vaginal durante este período. Isso também está relacionado aos níveis hormonais, particularmente ao estrogênio. A queda deste hormonio, pode causar secura vaginal, tornando as relações sexuais desconfortáveis. No entanto, a lubrificação geralmente retorna ao normal após o período de amamentação”, diz ela.

 

É importante que a mulher comunique qualquer preocupação ou sintoma incomum ao seu médico. Além disso, é recomendável utilizar lubrificantes à base de água para tornar as relações sexuais mais confortáveis, se necessário.

 

A higiene íntima também pode acender um sinal de alerta, e a lista de cuidados inclui: 

·       Sempre lave as mãos antes de tocar ou cuidar da região genital para evitar a transmissão de germes indesejados;

·       Lave a área genital externa com água morna e sabonete neutro ou específico para a região íntima. Evite o uso de sabonetes perfumados, duchas vaginais ou produtos químicos agressivos que possam irritar a região;

·       Se estiver usando absorventes após o parto, troque-os regularmente para manter a área limpa e seca;

·       Opte por roupas íntimas de algodão confortáveis e evite o uso de roupas apertadas, que podem reter umidade e favorecer o crescimento de bactérias;

·       Após cada sessão de amamentação, limpe delicadamente os mamilos e a aréola com água para remover resíduos de leite e prevenir a acumulação de umidade;

·       Caso tenha feridas ou fissuras nos mamilos, siga as orientações do profissional de saúde para o tratamento adequado e evite a contaminação por germes;

·       Além da higiene íntima, mantenha uma boa higiene geral, tome banhos regulares e troque as roupas suadas ou molhadas prontamente.


Para evitar infecções ginecológicas e problemas mamários durante esse período, é importante manter o acompanhamento e rotina com seu médico assistente. Voltar a ter relação sexual apenas no tempo indicado pelo seu médico, usar preservativo, manter uma higiene adequada e avaliar se a pega do bebe na hora da amamentação está correta.

 

·       Relação com baixa líbido  

Segundo Thaís, isso ocorre devido a várias razões hormonais, emocionais e físicas. Durante o período de amamentação, os níveis hormonais, como a prolactina, podem afetar o desejo sexual. Além disso, a fadiga e o estresse relacionados à maternidade podem impactar a disposição sexual.

 

Para promover o bem-estar sexual da mulher lactante, algumas estratégias podem ser adotadas: 

·       Comunicação aberta: falar abertamente com o parceiro sobre as mudanças na libido e nas necessidades emocionais é essencial para manter a intimidade e o entendimento mútuo;

·       Redução da pressão: é normal que a prioridade da mulher esteja voltada para o bebê durante o período de lactação. Reduzir a pressão sobre si mesma em relação à atividade sexual pode ajudar a aliviar ansiedades e expectativas;

·       Tempo para intimidade: encontrar momentos de tranquilidade e intimidade com o parceiro pode ser benéfico. Mesmo que a frequência sexual seja menor, buscar conexão emocional pode fortalecer o vínculo;

·       Cuidados com a saúde: manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas (após a liberação médica) e buscar o descanso adequado podem contribuir para a energia e bem-estar geral;

·       Lubrificação vaginal: como mencionado anteriormente, algumas mulheres podem experimentar secura vaginal durante a amamentação. O uso de lubrificantes à base de água pode ajudar a tornar as relações sexuais mais confortáveis;

·       Converse com um profissional de saúde: se a falta de libido ou quaisquer problemas relacionados ao bem-estar sexual persistirem, converse com seu ginecologista para obter orientações adicionais e suporte.

É fundamental lembrar que cada mulher é diferente, e a experiência durante o período de lactação pode variar. A comunicação com o parceiro e o autocuidado são aspectos essenciais para promover o bem-estar sexual durante esse período.

 

·       Métodos de anticoncepção durante a amamentação 

Para as mulheres que estão amamentando, garantindo o seu bem-estar e evitando uma nova gestação indesejada, Thaís aponta que todos os métodos que não possuam estrogênio são indicados, como Pílulas de Progesterona, DIUs de cobre e hormônios, a escolha vai depender do padrão menstrual prévio, sintomas durante ciclo e tempo de contracepção.

 


FONTES:

Michelle Ferreira - nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade. Nutricionista da equipe do Instituto Nutrindo Ideais, Michelle Ferreira é formada pela UGF 2006, pós graduada em nutrição funcional e esportiva, especializada em saúde da mulher e fertilidade.

Thaís Fonseca - médica do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), ginecologista e obstetra pela UFRJ, pós graduada em Nutrologia pela ABRAN, pós graduada em Endócrino e nutrição clínica, atualmente cursando pós graduação em performance mental e otimização da saúde.



REFERÊNCIAS:

https://www.unicef.org/brazil/aleitamento-materno

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf

https://www.saude.ce.gov.br/2019/08/22/leite-materno-e-fundamental-na-prevencao-de-alergias-alimentares-em-bebes/

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/12_-_AMAMENTACAO_E_IMUNIZACAO.pdf


Especialista dá dicas sobre a nutrição na melhor idade

 

Com uma dieta saudável e equilibrada, é possível ter uma melhor qualidade de vida

 

Com a chegada da melhor idade, os cuidados em relação à saúde devem ser reforçados, principalmente no que diz respeito à alimentação. O corpo da pessoa passa por algumas mudanças, incluindo o desaceleramento do metabolismo. Por isso, a importância de uma dieta equilibrada e nutritiva. 

“O ideal é que essas pessoas tenham uma alimentação variada e rica em vitaminas, minerais e fibras. Frutas, legumes, verduras, grãos integrais, proteínas magras e fontes de cálcio são exemplos do que deve estar presente na dieta diária. A hidratação também é um fator que deve ser levado em consideração. Água, sucos naturais e chás garantem o bom funcionamento do organismo”, explica Meydson Souza, nutricionista e professor do curso de Nutrição da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista. 

Também precisam estar atentos ao controle do peso corporal para evitar possíveis problemas de saúde, tendo consciência de que uma alimentação saudável é capaz de evitar o surgimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e osteoporose. 

“No caso de deficiências específicas na dieta, é indicado a avaliação do uso de suplementos nutricionais. Isso deve ser feito sob a orientação de um profissional de nutrição, entendendo que cada indivíduo possui necessidades específicas”, comenta.

De acordo com Meydson, a nutrição desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e bem-estar na melhor idade. “Com hábitos alimentares adequados e uma dieta balanceada, é possível desfrutar de uma vida saudável, ativa e com qualidade. As dicas nutricionais são valiosas para orientar esse público a fazer escolhas conscientes, valorizando nutrientes importantes e prevenindo doenças”.


Dor ciática: o que é, sintomas e tratamentos

Dores nesta região são muito comuns em pessoas de todas as idades


Ciatalgia, ou ciática, são os nomes dados para a dor que se manifesta pela compressão ou inflamação no nervo ciático. Ele é o maior nervo do corpo humano, que tem início na região da coluna lombar, tendo um que segue o trajeto da perna direita e outro da perna esquerda, se estendendo até a inervação dos pés. De acordo com a Sociedade Europeia da Coluna - Eurospine, muitos casos de dor ciática se resolvem sem necessidade de tratamento e em até seis semanas. Para lidar com o desconforto, opções como analgésicos, exercícios físicos e até mesmo compressas frias ou quentes ajudam a aliviar as dores.

Segundo o Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, a dor ciática é um dos sintomas de diversas patologias que podem causar a compressão deste nervo, como a hérnia de disco, degeneração discal, espondilolistese, estenose do canal lombar, entre outros. "O disco herniado, no entanto, é o responsável pela maioria dos casos de dor ciática, pois além de causar compressão, o material do seu núcleo pode vazar e causar irritação ao nervo, devido sua composição química”, diz o especialista.

A dor ciática costuma se manifestar por toda a extensão do nervo. Pode iniciar de forma leve, com formigamentos que evoluem para dor de intensidade progressiva; de forma aguda, quando aparece de repente, com característica de pontadas e queimação; e pode se tornar crônica, quando persiste por mais de três meses. “Existem situações em que o problema foi tratado e a dor não responde, isso significa que o caso evoluiu para um quadro de dor crônica complexa e intratável, uma das complicações mais temidas desse tipo de lesão. Neste cenário, será preciso uma intervenção específica para estas dores”, explica Evaristo.


Dicas para evitar e aliviar a dor ciática

A melhor prevenção é a adoção de hábitos saudáveis para a manutenção do peso e da postura. Dessa forma, exercícios simples, como alongamento, caminhada, fortalecimento muscular na região abdominal e costas, auxiliam na sustentação da coluna e evitam o desgaste dos discos intervertebrais. Se não for possível evitar a dor, algumas indicações podem ajudar a aliviar:

  • Não ficar muito tempo na mesma posição;
  • Fazer compressas frias ou quentes, para conter a inflamação;
  • Ao dormir, utilizar colchões firmes, mas não muito duro ou macio demais;
  • Fazer alongamento de lombar e pernas, com cuidado para não machucar e piorar a inflamação;
  • Tomar analgésicos, anti-inflamatórios ou outros tipos mais específicos de medicação, como anti-depressivos específicos e anti-convulsivantes, com orientação de um médico;
  •  Recorrer a terapias alternativas, como acupuntura.

“Estas dicas ajudam a aliviar o quadro de dor, que pode durar até seis semanas, mas é imprescindível procurar um médico para identificar a manifestação da dor ciática. Dessa forma, a ação será na causa, com consequente cura ou melhora deste sintoma”, finaliza o Dr. André Evaristo.

 

Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br


Desnutrição se apresenta como um desafio para mulheres que buscam o peso ideal

De acordo com Deise Doi, nutricionista e criadora do método de emagrecimento Magra&Livre, o foco deve ser na melhora da performance e na busca por uma vida mais saudável, livre de compulsão, desânimo e excesso de remédios

 

A desnutrição é um problema global, que afeta milhões de pessoas. No entanto, as mulheres estão mais sujeitas a seus impactos e adversidades. A busca pelo peso ideal e uma vida mais saudável é uma preocupação legítima, mas é importante abordar essa questão com cautela e buscar conhecimento antes de realizar qualquer ação radical. 

De acordo com Deise Doi, nutricionista pós-graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase, criadora do método de emagrecimento Magra&Livre, que envolve a reprogramação da mente para perder a fome e estratégias que secam e aceleram o metabolismo, além de fundadora da Clínica de Injetáveis InjetSlim, a desnutrição ocorre quando o corpo não recebe nutrientes suficientes para atender às suas necessidades diárias. “Isso pode acontecer de várias formas, como dietas desequilibradas, falta de acesso a alimentos nutritivos, excesso de alimentos inflamatórios que geram má absorção de nutrientes, e, no caso da mulher, fluxo menstrual intenso”, relata.

A especialista aponta que esse quadro pode causar os mais diversos impactos na saúde. “A desnutrição enfraquece o sistema imunológico, tornando as mulheres mais propensas a infecções e doenças. Também pode levar a deficiências nutricionais graves, como anemia, hipotireoidismo, queda de cabelo, aumento da fome por massas e doces, infertilidade, miomas, endometriose, síndrome do ovário policístico e doenças auto-imunes, além de problemas de crescimento e desenvolvimento inadequado. A falta de nutrientes essenciais também causa fadiga crônica e diminuição da performance física e mental, afetando negativamente a produtividade das atividades diárias e sendo confundido com a depressão”, revela.

O fator psicológico também é afetado. “A falta de nutrição pode trazer grandes problemas ao bem-estar emocional das mulheres, levando a sintomas como ansiedade, irritabilidade, depressão e dificuldade de concentração”, alerta a nutricionista.

Deise acredita que existem maneiras de aumentar a performance na busca pelo peso ideal e manter uma vida saudável. “Antes de iniciar qualquer plano ou mudança na dieta, é fundamental consultar um médico ou nutricionista. Eles poderão avaliar a saúde geral da mulher, suas necessidades específicas e criar um plano nutricional personalizado. A adoração de uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas e gorduras saudáveis também é fundamental, com a variedade de alimentos garantindo que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas”, pontua.

Segundo a especialista, reprogramar a mente para não ter uma fome exagerada, utilizando estratégias nutricionais para manter um metabolismo salutar também é essencial. “É exatamente esse processo que trará todos os benefícios necessários para alcançar um emagrecimento, efetivamente, saudável”, revela.

Atividades físicas regulares e uma hidratação adequada também fazem parte da busca pelo peso desejado de forma saudável. “Os exercícios desempenham um papel importante nessa jornada e na melhoria da performance em geral. Para isso, o ideal é encontrar uma atividade prazerosa e que se encaixe na rotina diária. A água, por sua vez, é essencial para o bom funcionamento do corpo e o apoio a processos fisiológicos importantes”, relata.

Vale lembrar que cada organismo responde de maneira diferente a determinadas abordagens. “A saúde não se resume apenas a nutrição e exercícios. É importante repor nutrientes que estão em déficit no organismo, dedicar tempo para o autocuidado, gerenciamento do estresse, dormir o suficiente e reservar momentos de lazer para promover uma vida saudável e equilibrada. Para evitar riscos de desnutrição, a busca pelo peso ideal deve ser uma jornada bem informada e cuidadosamente planejada”, finaliza.



Deise Doi - Palestrante e nutricionista com mais de 15 anos de experiência, pós-graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase. Fundadora da Clínica de Injetáveis InjetSlim e criadora do método de emagrecimento Metabolismo Magro, que abrange três elementos: perder a fome falsa, ter acesso às estratégias mais efetivas e acelerar o metabolismo.
https://www.instagram.com/deisedoinutri/
https://www.facebook.com/Deisedoinutricionista/
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Vertex recebe nova aprovação da ANVISA para KALYDECO® (ivacaftor)

Novas aprovações são registradas para pessoas com fibrose cística com idade igual ou superior a 4 meses que apresentem determinadas mutações gating e para pessoas entre 6 e 18 anos que apresentem a mutação R117H

 

A Vertex Pharmaceuticals anuncia hoje que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o registro de uma nova formulação do KALYDECO® (ivacaftor), em granulado, para pessoas com fibrose cística (FC) com idade igual ou superior a 4 meses que apresentem uma das seguintes mutações no gene regulador da condutância transmembrana na fibrose cística (CFTR): G551D, G1244E, G1349D, G178R, G551S, S1251N, S1255P, S549N ou S549R. A ANVISA também aprovou uma nova indicação do KALYDECO® (ivacaftor) para pessoas com fibrose cística entre 6 e 18 anos que apresentem a mutação R117H no gene CFTR.

 

"Este é um passo importante para crianças e jovens com FC e seus cuidadores. Dada a natureza progressiva da fibrose cística, é importante tratar o mais cedo possível para retardar a progressão da doença", disse Fernando Afonso, Country Manager da Vertex no Brasil.

 

KALYDECO® foi aprovado pela primeira vez no Brasil em 2018 e agora está disponível em mais de 30 países, incluindo o Brasil. Agora que o medicamento teve sua aprovação regulatória estendida, a Vertex irá colaborar com as autoridades competentes para iniciar o processo de garantia de acesso a essa extensão do rótulo ao tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Sobre a Fibrose Cística

A fibrose cística é uma doença genética rara que reduz a expectativa de vida e que afeta mais de 88,000 pessoas em todo o mundo. A FC é uma doença progressiva e multissistêmica que afeta os pulmões, fígado, pâncreas, trato gastrointestinal, seios perinasais, glândulas sudoríparas e sistema reprodutivo. A FC é causada por uma proteína CFTR ausente ou defeituosa, resultante de mutações no gene CFTR. As crianças devem herdar dois genes CFTR defeituosos - um do pai e outro da mãe - para terem FC, e estas mutações podem ser identificadas através de um teste genético. Embora existam muitas mutações conhecidas no gene CFTR que podem causar a doença, a maioria das pessoas com fibrose cística tem, pelo menos, uma mutação F508del. Estas mutações resultam na produção de proteínas CFTR que não funcionam e/ou são muito escassas na superfície celular. A função alterada ou a ausência da proteína CFTR resulta num fraco fluxo de sal e água para dentro e para fora das células, em múltiplos órgãos. Nos pulmões, isto leva à acumulação de um muco pegajoso e espesso, que pode causar infeções pulmonares crônicas e danos pulmonares progressivos, eventualmente levando muitos pacientes à morte. A expectativa de vida média no Brasil é de aproximadamente 17 anos1.


Sobre o KALYDECO® (ivacaftor)

KALYDECO® (ivacaftor) é o primeiro medicamento a tratar a causa subjacente da fibrose cística em pessoas com mutações específicas no gene CFTR. Conhecido como um potencializador da proteína CFTR, o KALYDECO® é um medicamento oral projetado para manter as proteínas CFTR da superfície celular abertas por mais tempo para melhorar o transporte de sal e água através da membrana celular, o que ajuda a hidratar e limpar o muco das vias aéreas. KALYDECO® está disponível em comprimidos de 150 mg para adultos e pacientes pediátricos com 6 anos de idade ou mais e é tomado com alimentos que contenham gorduras. Também está disponível em grânulos de 50 mg e 75 mg para pacientes pediátricos com 4 anos de idade ou mais e é administrado com alimentos pastosos ou líquidos que contenham gordura. KALYDECO® foi aprovado pela primeira vez para pacientes com idade acima de 4 meses em 2012 nos EUA e agora está disponível em mais de 30 países.



Vertex
VertexBR@speyside-group.com



Referências:

Registro Brasileiro de Fibrose Cística 2020, disponível em: http://portalgbefc.org.br/ckfinder/userfiles/files/REBRAFC_2020.pdf

Dia Nacional da Saúde: 46% dos gastos com saúde são para compra de medicamento

 

Gastos com saúde levam muitas pessoas a pobreza
e alto custo de medicamentos pode causar
abandono dos tratamentos 
 
 Divulgação

Especialistas alertam sobre os riscos de interromper tratamentos, principalmente para doentes crônicos; medicamentos genéricos podem garantir acesso para aqueles que mais precisam


Segundo dados do Banco Mundial cerca de 10 milhões de brasileiros são empurrados para a pobreza devido aos gastos com saúde. Nesse cenário, os medicamentos representam aproximadamente 46% dessa parcela do orçamento familiar, levando muitas pessoas a abandonarem seus tratamentos devido aos altos preços dos remédios, o que pode acarretar complicações ainda maiores. 

“É fundamental que o paciente se sinta à vontade com o médico para discutir dificuldades relacionadas aos custos dos medicamentos e o impacto disso nas contas do mês. Não pode haver vergonha, pois abandonar um tratamento é muito pior. Juntos, médico e paciente, podem buscar alternativas. Em casos de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, a falta de acompanhamento pode não gerar prejuízo imediato, mas a longo prazo pode resultar em infarto, insuficiência renal e até mesmo exigir hemodiálise”, explica a clínica médica dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Larissa Hermann. “Já vimos muitos casos de pessoas que deixaram de tomar anticoagulantes e acabaram retornando ao hospital com complicações graves de trombose”, exemplifica Larissa. 

Farmácia Popular e genéricos

Os medicamentos que fazem parte do programa Farmácia Popular e os genéricos, que são vendidos pelo menos 35% mais baratos que os de referência, são uma alternativa cada vez mais buscada pela população para reduzir os gastos no orçamento mensal. “Os genéricos, são uma alternativa mais econômica e uma forma segura de continuar os tratamentos de saúde sem impactar tanto o orçamento. Conversar com o médico de confiança e pedir indicações de remédios disponíveis na Farmácia Popular ou SUS também é sempre importante”, ressalta a médica.

O medicamento genérico possui a mesma qualidade, segurança e eficácia do medicamento de referência. Sua intercambialidade é garantida por meio de testes de equivalência, que incluem comparações in vitro e estudos de bioequivalência em humanos, apresentados para avaliação final da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “O medicamento de referência é aquele que traz inovação e é o primeiro a ser comercializado no país. Isso requer um trabalho de pesquisa que garante a segurança e a qualidade, além de comprovação científica junto ao órgão regulador por meio de ensaios clínicos. Por isso, o preço é mais elevado”, explica o farmacêutico e gerente de pesquisa e inovação da Prati-Donaduzzi, Liberato Brum Junior. A partir daí, o caminho é aberto para os medicamentos genéricos, que permitem ampliar o acesso pelos preços mais acessíveis. 

 

Prati-Donaduzzi,


A Creatina Não é Apenas Para o Desempenho Físico: Conheça Seus Benefícios para o Cérebro e a Saúde Cogniti

A creatina é amplamente conhecida por seus benefícios no desempenho muscular e no aumento da força física. No entanto, pesquisas recentes têm revelado que seus benefícios vão além do sistema muscular, estendendo-se ao cérebro e à saúde cognitiva. O médico em endocrinologia e metabologia, Dr. William Hafemann Viana, explica o papel da creatina no sistema nervoso, abordando seus efeitos benéficos na saúde cerebral, melhora da memória cognitiva e sua relação com a carne vermelha. Além disso, indica como utilizar a creatina adequadamente.



Você Sabe o que é Creatina?

A creatina é uma substância orgânica nitrogenada, encontrada naturalmente no corpo humano. É sintetizada principalmente no fígado, rins e pâncreas, e também pode ser obtida através da dieta.

Quimicamente, a creatina é um aminoácido composto por três aminoácidos: glicina, arginina e metionina. Ela é sintetizada em duas etapas: primeiro, os aminoácidos glicina e arginina se combinam para formar a guanidinoacetato; em seguida, ocorre a metilação desse composto pela metionina, resultando na formação da creatina.

A creatina é uma substância essencial para fornecer energia rápida em células que precisam de muita energia, como as células dos músculos e do cérebro. Ela atua como uma reserva de energia rápida, fornecendo um "combustível" chamado ATP, que é o que nosso corpo usa para ter energia. Quando precisamos de energia imediata, o ATP é quebrado e se transforma em ADP. A creatina entra em ação nesse momento, doando um "pedaço" de energia para o ADP, fazendo com que o ATP seja regenerado rapidamente e nossa energia, seja restabelecida. É como se a creatina recarregasse nossas baterias para nos manter ativos e alertas.

Por essa razão, a creatina é amplamente conhecida por seu papel no aumento da força e resistência muscular, além de ser utilizada como suplemento por atletas e praticantes de atividades físicas intensas para melhorar o desempenho durante treinos e competições.



Creatina e Saúde Cerebral

Estudos científicos têm apontado para a relevância da creatina no fornecimento de energia ao sistema nervoso central. Além de sua atuação nos músculos, a creatina também possui papel no cérebro, onde está presente e expressa. Suas propriedades antioxidantes têm sugerido efeitos terapêuticos em doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, ajudando a atenuar a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs) e protegendo o cérebro contra danos oxidativos.



Melhora da Memória Cognitiva

Estudos preliminares têm indicado que a creatina pode melhorar a função cognitiva, incluindo a memória e o aprendizado. Através da produção de fosfocreatina, a creatina atua como uma reserva de energia rápida que pode ser prontamente utilizada durante atividades cognitivas intensas ou períodos de maior demanda energética no cérebro. “Esses efeitos energéticos da creatina no cérebro têm levantado a hipótese de que ela pode ser benéfica para a saúde cognitiva e o desempenho mental”. Afirma o Dr. William Hafemann Viana.



Creatina na Carne Vermelha

Além de poder ser obtida através de suplementos, a creatina é encontrada naturalmente em alimentos de origem animal, especialmente na carne vermelha. Sua maior concentração está presente nos músculos desses animais. Portanto, o consumo de carne vermelha é uma das principais fontes de creatina na dieta.

Além da carne vermelha, outros alimentos de origem animal, como carne de aves e peixes, também contêm creatina, embora em menor quantidade. No entanto, para indivíduos que seguem uma dieta vegetariana ou vegana, a ingestão de creatina através dos alimentos pode ser reduzida, já que a creatina é encontrada principalmente em fontes animais.


Utilização Adequada e Acompanhamento Especializado

“Embora a creatina seja uma substância natural e segura para a maioria das pessoas, é essencial utilizá-la adequadamente e com acompanhamento médico. Antes de iniciar a suplementação de creatina, é importante consultar um médico ou profissional de saúde qualificado, especialmente se houver algum problema de saúde pré-existente ou uso de outros medicamentos. A dose e a duração da suplementação devem ser individualizadas de acordo com as necessidades e objetivos de cada pessoa”. Destaca o médico Dr. William Hafemann Viana
 .


Dr. William Hafemann Viana - CRM: 101.602. Médico em endocrinologia e metabologia esportiva. Com formação em Medicina pela Fundação André Arco Verde - Faculdade de Medicina de Valença, ele é dedicado a ajudar seus pacientes a alcançarem uma saúde ótima por meio do diagnóstico, tratamento e prevenção. Fundação André Arco Verde – Faculdade de Medicina de Valença. Pós-graduação Lato Sensu em Endocrinologia e Metabologia: IPEMED/SP


Existe risco de engravidar durante a perimenopausa?

Ginecologista explica que ainda que rara a possibilidade pode chegar a 10%


O fim do período reprodutivo feminino ainda é um assunto que gera diversas dúvidas entre as mulheres. Além das transformações físicas e mudanças hormonais, que são típicas dessa fase, a falta de conhecimento sobre o próprio corpo gera outro conflito: existe risco de engravidar durante a perimenopausa? 

Para quem não sabe, a perimenopausa é a fase que antecede a menopausa. “A perimenopausa é um período de 5 a 7 anos que antecede a menopausa. Um fato marcando nessa fase da vida da mulher e a irregularidade no ciclo menstrual que pode ser precoce (duração do ciclo inferior a 23 dias) ou tardia (duração do ciclo maior a 40 dias)” explica a ginecologista Loreta Canivilo.

Com a chegada da perimenopausa muitas mulheres acreditam que não podem mais engravidar devido a irregularidade da menstruação, porém ainda que baixa as possibilidades, elas existem. Estatisticamente, entre mulheres de 40 a 44 anos a chance é de 10% e mulheres de 45 a 49 anos as chances caem para 4%.

“Na perimenopausa os ciclos de ovulação são imprevisíveis, à medida que os níveis de estrogênio e progesterona aumentam e diminuem, respectivamente. Durante esses anos de oscilações dos níveis dos hormônios, os ovários continuam a liberar óvulos para fertilização, ou seja, fazendo com que a gravidez seja totalmente possível, ainda que bastante rara”, evidencia Dra. Loreta.

É importante ressaltar que apesar das chances de engravidar durante a perimenopausa serem baixa, elas existem, e os médicos devem alertar suas pacientes. Diante desses casos, o ginecologista deve recomendar o uso de anticoncepcionais ou tratamentos alternativos eficazes, seguros e apropriados até que a menopausa seja confirmada.

 

Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, especialista em reposição hormonal feminina. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade BWS, referência em educação em medicina.Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 30 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto BWS – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.


Confira sete sintomas de testosterona baixa

A diminuição acontece em homens e mulheres e possui diversos tratamentos


A baixa testosterona pode afetar a saúde física e emocional, mas existem formas de diagnosticar a queda do hormônio para tomar as providências necessárias ao paciente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a testosterona baixa afeta de forma leve ou moderada cerca de 25% dos homens.

“A testosterona é um hormônio importantíssimo e está relacionada a diversas funções. A queda desse hormônio afeta significativamente sua qualidade de vida, causando frustração, irritabilidade e outros sintomas”, explica o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Ele lembra que isso pode ser ocasionado por diferentes fatores, que passam por envelhecimento, doenças crônicas, sedentarismo, obesidade e uso de medicamentos. Existe, por exemplo, uma diminuição natural de 0,8% anuais a partir dos 40 anos do homem. 


Confira sete sintomas de que uma pessoa está com baixa testosterona:

  1. Queda da libido,
  2. Cansaço excessivo,
  3. Diminuição da força,
  4. Irritabilidade,
  5. Ereções ruins,
  6. Aumento da gordura da barriga
  7. E piora da memória.

Para ter certeza de que é o que ocorre com seu corpo, busque um profissional que faça o diagnóstico corretamente. Uma vez que esteja confirmado, é possível realizar um tratamento personalizado, com sucesso. O melhor caminho, de acordo com o Dr. Igor, é entender a causa dessa baixa, para tratar o problema desde a raiz e escolher a maneira de lidar mais adequada. 

“E aqui vai a surpresa: a baixa de testosterona não afeta apenas os homens, mas também as mulheres. Isso mesmo, mulheres também podem sofrer com a queda desse hormônio e apresentar sintomas como diminuição da libido, fadiga e mudanças de humor. Lembre-se, cuidar da sua saúde é fundamental para ter uma vida plena e feliz”, acrescenta o especialista.  



Dr. Igor Barcelos - Médico Endocrinologista e Metabologista, com título de especialista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Somando mais de 30 mil pacientes no Brasil, dentre as suas formações estão a residência em Clínica Médica e Pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP. O Dr. Igor já atuou como professor universitário e hoje realiza palestras e treinamentos em sua área, sendo uma referência para colegas e pacientes em grandes eventos. Também possui formações em desenvolvimento pessoal e negócios, sendo membro de grandes grupos com intenso networking, que possibilita crescimento e atualizações constantes em seus negócios.
@dr.igorbarcelos
https://meuendocrino.com.br/

GIST: tipo raro de cancer que afeta o intestino delgado e estômago é mais comum após os 60 anos

O tumor estromal gastrointestinal (GIST) é um câncer que em 60% dos casos ocorre no estômago e em 35% no intestino delgado. Também pode ser diagnosticado no esôfago, cólon (intestino grosso), reto ou no abdômen. Raro, o GIST pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum a partir dos 60 anos. Silenciosa, essa doença costuma ser diagnosticada após sintomas como sangramento digestivo, anemia e mal-estar geral


Foi anunciado ontem (31), que o cantor e compositor Paulinho da Viola, de 80 anos, foi internado no Rio de Janeiro após apresentar sangramento digestivo. Ao realizar exames, recebeu o diagnóstico de tumor estromal gastrointestinal (GIST) no intestino delgado. Raro, o GIST é um tumor maligno que pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum após os 60 anos. Sua localidade mais comum é no estômago (6 entre 10 casos) e a segunda mais comum é a mesma acometida em Paulinho da Viola, que representa 35% dos casos. Os outros 5% ocorrem no esôfago, cólon (intestino grosso) e reto ou se desenvolvem no abdômen fora do trato gastrointestinal.

Os GISTs são um tipo de sarcoma de tecidos moles. Antes de 1998, os médicos classificavam a doença como leiomiossarcoma, tumor do nervo autônomo gastrointestinal (GANT) ou uma combinação desses dois tipos de tumor. Não há estatísticas oficiais para GIST no Brasil, mas é sabido que sua prevalência média esteja em torno de 2 a 2,5 casos novos por 100 mil habitantes, o que representaria mais de 3 mil casos anuais entre os brasileiros. Nos Estados Unidos, segundo a American Cancer Society, anualmente o número total de casos de GIST diagnosticados no país varia de cerca de 4 mil a 6 mil.

Silenciosos no início, os GISTs são frequentemente encontrados durante uma endoscopia ou tomografia computadorizada para uma condição não relacionada com essa doença. Esses exames podem mostrar o tamanho do tumor, onde começou, se algum órgão ou tecido próximo está envolvido e se o tumor se espalhou para outras partes do corpo. A confirmação do diagnóstico é feita após a biópsia, feita a partir da coleta de uma amostra do tumor. Quando os pacientes com GIST apresentam sintomas como sangramento digestivo ou anemia, a doença costuma estar mais avançada. De acordo com o National Cancer Institute, dos Estados Unidos, quando a doença é diagnosticada em fase inicial (restrita ao órgão de origem) a chance de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o tratamento) supera os 90%.

Conforme explica o cirurgião oncológico Héber Salvador, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica SBCO e titular de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo Cancer Center, o principal tratamento dos GISTs é a ressecção cirúrgica completa, sempre que possível com a preservação da integridade do tumor (que não se retire por partes) para prevenir que se espalhe dentro do abdômen por ruptura e extravasamento. “Esse cuidado é essencial, pois representa uma cirurgia oncológica segura para o paciente, com menor risco de deixar doença remanescente. Além disso, reduz também a probabilidade de recidiva (volta da doença)”, explica Héber Salvador.

A cirurgia, em situações específicas, pode ser o único tratamento. Na maioria dos casos, a cirurgia é seguida por um tratamento de três anos com uma terapia-alvo chamada imatinibe (que é um inibidor da proteína tirosina quinase). A radioterapia é raramente indicada para tratar pacientes com GIST. Em alguns casos, o imatinib pode ser feito na neoadjuvância (antes da cirurgia) para reduzir o tamanho do tumor antes da operação.  


O QUE CAUSA O GIST – O GIST tem como principal causa uma mutação genética no gene Kit. Na maioria dos casos, esta mutação é somática, ou seja, acontece nas células que originam o tumor ao longo da vida da pessoa acometida. Em casos mais raros estas mutações podem ser herdadas geneticamente, podendo inclusive ocorrer em outros genes como na Neurofibromatose tipo 1.

Embora inespecíficos, segundo o inventário para GIST do MD Anderson Cancer Center, os sintomas que podem alertar para um GIST, além de sangramento digestivo, são anemia, problemas de pele, mal-estar geral, desconforto abdominal, inchaço ou plenitude abdominal (sensação de saciedade constante), dor muscular ou hematomas que surgem facilmente.  Ao apresentá-los, é recomendado consultar um médico, que avaliará e poderá solicitar exames.

  

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - SBCO

 

Primeira consulta ginecológica: o que perguntar?

Especialista do São Cristóvão Saúde comenta alguns pontos importantes para uma avaliação médica assertiva e esclarecedora 


Engana-se quem pensa que deve agendar uma consulta ginecológica somente ao surgir algum desconforto, ou após o início da vida sexual. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam que a primeira consulta ginecológica ocorra entre 13 e 15 anos de idade, mesmo para adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual.  

Porém, muitas dúvidas surgem nas pacientes em relação ao que serão questionadas, devem perguntar ou expor proativamente ao especialista, para que a consulta seja mais eficaz. Com esse foco, a ginecologista e obstetra do São Cristóvão Saúde, Dra. Aline Teixeira Bueno Muniz, médica especializada em Uroginecologia e Estudo Urodinâmico, traz algumas orientações: 

  1. Perguntas sobre histórico médico: Você deve ser questionada sobre seu histórico médico, incluindo alergias, condições de saúde pré-existentes e quaisquer problemas ginecológicos que tenha enfrentado no passado;
     
  2. Histórico menstrual: O médico perguntará sobre o início da menstruação, a regularidade do ciclo, duração e intensidade do fluxo menstrual, bem como sobre quaisquer problemas menstruais que você possa estar enfrentando;
     
  3. Atividade sexual: Serão feitas perguntas sobre sua vida sexual, uso de contraceptivos e eventuais preocupações relacionadas à saúde sexual. Serão realizadas orientações sobre os cuidados para evitar as infecções sexualmente transmissíveis.
     
  4. Métodos contraceptivos: O especialista pode questionar sobre os métodos contraceptivos que você adota ou pretende utilizar;
     
  5. Sintomas específicos: É indispensável relatar eventuais sintomas ou desconfortos específicos para que o médico possa avaliar adequadamente o quadro e oferecer orientações;
     
  6. Preocupações com a saúde reprodutiva: Caso planeje engravidar ou tenha preocupações sobre a fertilidade, a especialista indica ser esse o momento adequado para discutir tais questões;
     
  7. Hábitos de vida: Contar sobre seu estilo de vida, dietas, exercícios,consumo de álcool e tabaco, para avaliar a influência desses fatores na sua saúde.

Durante a avaliação, médico e equipe devem se esforçar para criar um abiente confortável e acolhedor. “Caso sinta desconforto ou ansiedade, não hesite em comunicar ao especialista”, recomenda a Dra. Aline. “A consulta é o momento ideal para fazer todas as perguntas e esclarecer quaisquer dúvidas que você possa ter sobre sua saúde ginecológica. O médico realizará um exame físico, que pode incluir a palpação das mamas, a palpação abdominal e o exame pélvico, de modo a avaliar os órgãos reprodutivos internos(naquelas que já tiveram iniciado a vida sexual) como a vagina, a vulva, o útero e os ovários.” 
 

Momento certo para a primeira avaliação

De acordo com Dra. Aline, “a partir da adolescência, a frequência de consultas ao ginecologista depende de vários fatores, incluindo recomendações médicas e idade da paciente. Caso haja alguma anormalidade ou histórico de alterações, o médico pode recomendar maior regularidade”.  

Além disso, é essencial que você se sinta à vontade para expressar suas preocupações e fazer perguntas durante a consulta ginecológica. “Isso ajudará a construir um relacionamento de confiança com o(a) médico(a) e garantir que suas necessidades sejam atendidas de forma adequada e respeitosa”, sugere a especialista. Dependendo das necessidades identificadas durante a avaliação, o médico pode recomendar consultas de acompanhamento ou exames periódicos. Também é possível que haja a necessidade de exames adicionais, com base na avaliação. “Nestes casos, certifique-se de entender as razões e a importância de cada um deles”, reforça a ginecologista.  

“Durante a menopausa, por sua vez, também é recomendado o acompanhamento ginecológico regular, pois as necessidades de saúde mudam nessa fase”, finaliza Dra. Aline Muniz.  Não hesite em agendar uma avaliação, de modo a obter orientações específicas para o seu caso. Afinal, a consulta ginecológica é essencial para uma abordagem personalizada e adequada ao histórico de saúde e às necessidades individuais de cada mulher.

 

Grupo São Cristóvão Saúde


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