Pesquisar no Blog

sexta-feira, 10 de março de 2023

Vacina nonavalente contra HPV pode prevenir até 90% dos casos de câncer de colo de útero

Segundo o INCA, esse é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres no Brasil, com 17 mil novos casos estimados para 2023; Gardasil 9, vacina nonavalente acaba de chegar ao Brasil e oferece proteção adicional para diversos tipos de tumores

 

Anualmente, cerca de 30 mil brasileiros são diagnosticados com algum tipo de tumor que afeta o sistema reprodutor, como o câncer de colo de útero, vulva, vagina, canal anal, pênis, além de boca e garganta. A vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano) é considerada uma estratégia extremamente eficaz no combate de alguns desses tumores tanto em homens quanto em mulheres. A partir deste mês, está disponível no mercado brasileiro a Gardasil 9, a vacina nonavalente para aqueles que desejam de imunizar contra o HPV.  

Indicada para meninos e meninas, homens e mulheres de 9 a 45 anos, a vacina protege contra os quatro genótipos já contidos em Gardasil (6, 11, 16 e 18) e contra cinco adicionais (31, 33, 45, 52, 58). Estudos indicam que esses cinco novos subtipos são responsáveis por um acréscimo de 20% dos casos de câncer de colo de útero (além dos 70% causados pelos 4 subtipos contidos na vacina quadrivalente), sendo os 9 subtipos da vacina responsáveis por 85% dos casos de câncer vaginal. 

O câncer de colo de útero, excluídos os casos de câncer de pele não melanoma, é o terceiro tipo mais incidente. Em 2023, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 17 mil novos casos, o que representa um risco de 13 casos a cada 100 mil mulheres. ¹ Os dados são ainda mais alarmantes por esse se tratar de um tumor altamente evitável, visto que o câncer do colo do útero está diretamente relacionado à infecção persistente por alguns subtipos do vírus HPV (Papilomavírus Humano).Além disso, recentemente foi publicado um dado alarmante: no Brasil, a chance de uma mulher negra morrer de câncer de colo de útero é quase 30% maior do que a de uma branca, e quando olhamos para a população indígena, essa chance de morte fica 82% maior em comparação às brancas. ² 

De acordo com a Dra. Marcia Datz Abadi, Diretora Médica da MSD Brasil, a vacinação contra o HPV é mais efetiva quando ocorre na infância, por induzir a produção de mais anticorpos e garantir a proteção contra o vírus antes do contato com o mesmo, reduzindo, também, a transmissão do vírus. “A vacinação de meninas e meninos contra o HPV é um avanço significativo no caminho para a erradicação do câncer de colo de útero, mas ainda é recente. Há uma geração inteira de mulheres, hoje em idade adulta, que não tiveram acesso à vacina quando adolescentes”, afirma. 

Esse alerta está alinhado ao posicionamento da Febrasgo -- Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia que, em 2022, recomendou aos ginecologistas a indicação da vacina contra o HPV para todas as mulheres adultas, como forma de contribuir com a meta de erradicação do câncer de colo de útero. “Em mulheres até 30 anos, mesmo aquelas que já trataram lesões causadas pelo HPV, estudos clínicos mostraram redução de até 80% no risco de novas lesões ou reinfecções após a vacinação. Em mulheres até 45 anos, também observamos benefícios. Sem a cobertura vacinal, essas mulheres seguem expostas ao risco de novas infecções e do desenvolvimento de lesões cancerígenas”, completa a Dra. Márcia. 

Os tabus em torno do HPV, que se trata de uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), e a falta de informação sobre sua relação com o desenvolvimento de diversos tumores faz com que muitas mulheres cheguem ao consultório com lesões em estágio avançado. “Na maioria dos casos, essas lesões são causadas por infecções persistentes, que não foram diagnosticadas ou tratadas adequadamente, e acabaram evoluindo. Como na maioria das vezes esse tipo de tumor não apresenta sintomas nos estágios iniciais, muitas mulheres recebem o diagnóstico quando o câncer já está avançado”, afirma Dra Márcia. 

A médica destaca que a vacinação contra o HPV, associada ao rastreamento de lesões pré-cancerosas em mulheres, por meio do exame Papanicolau, pode reduzir significativamente a incidência do câncer cervical invasivo. “Em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde o acesso a exames preventivos ainda é difícil fora dos grandes centros, incentivar a vacinação de meninos e meninas é nossa melhor estratégia para, no médio-longo prazo, reduzir os casos e óbitos relacionados ao câncer de colo de útero”, reforça. 

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, sendo responsável por aproximadamente 28 mil óbitos anuais altamente evitáveis na região. No entanto, apesar de essa neoplasia ser a mais comumente relacionada ao HPV, a infecção pelo papilomavírus humano é fator de risco para outros tumores, inclusive em homens, como o câncer anal. 

A vacina nonavalente já está disponível em clínicas e consultórios particulares de todo o país. 

  

MSD no Brasil     
Facebook, LinkedIn, YouTube e Instagram.



¹Instituto Nacional do Câncer -- INCA. Controle do Câncer do Colo do Útero. Controle do câncer de colo de útero. Acesso em 23/2/2023.
²de Melo, A.C., da Silva, J.L., dos Santos, A.L.S. et al. Population-Based Trends in Cervical Cancer Incidence and Mortality in Brazil: Focusing on Black and Indigenous Population Disparities. J. Racial and Ethnic Health Disparities (2023). Link
3Sociedade Brasileira de Urologia. Câncer de pênis. Acesso em 23/2/2023.
 

Mulher versus menstruação: terapias alternativas ressignificam essa relação

No Brasil, as mulheres são a maioria: correspondem a 51,7% da população brasileira e todos sabem que o grupo enfrenta cólicas e outros desconfortos decorrentes da menstruação todos os meses. Com jornadas múltiplas, dar atenção ao bem-estar e à qualidade de vida faz toda a diferença para ampliar a leveza e o conforto do dia a dia feminino.

Há no mercado farmacêutico diversos analgésicos feitos para acabar com as dores, mas quem sofre desse mal sabe que nem sempre apenas um comprimidinho “dá conta do recado”. Além do mais, esses medicamentos podem acarretar efeitos colaterais para o organismo. Em uma sociedade onde são cada vez mais protagonistas, as terapias alternativas despontam como soluções para resolverem esses desconfortos em longo prazo e de forma totalmente natural.

Quando a medicina tradicional não basta para aliviar a cólica menstrual, há diversas terapias holísticas e soluções alternativas que as mulheres podem buscar para essa questão. É o caso da boa e velha bolsa de água quente, ou do adesivo quente na região do ventre. Um chazinho bem aquecido também pode fazer maravilhas pelo organismo. O de canela age como analgésico e ameniza a dor, por exemplo, e os chás de hortelã e erva-cidreira têm propriedades calmantes. Acupuntura e aplicação de ventosas são outras alternativas.

Um destaque conhecido globalmente por suas propriedades curativas são os pontos quânticos de carbono (PQCs). Por meio da emissão de ondas infravermelhas longas, já são utilizados como terapias há décadas para aliviar prisão de ventre, incontinência urinária e inchaço e agora vêm se popularizando no Brasil. Essas ondas, invisíveis a olho nu, ativam a microcirculação, estimulam o metabolismo celular e regularizam as funções fisiológicas do organismo, reduzindo as dores de forma contínua e potente. Quando utilizada em calcinhas, essa tecnologia se torna uma aliada estratégica do cotidiano das mulheres.

Pontos quânticos de carbono têm atraído enorme atenção da comunidade científica por sua ampla possibilidade de aplicações. Descobertos em 2004, esses sistemas apresentam rica fenomenologia associada ao mecanismo de emissão. Por meio de nanotecnologia, os PQCs utilizam a energia da luz e do eletromagnetismo para promover a cura e são cada vez mais utilizados por médicos e terapeutas ao redor do mundo.

Hoje, centenas de mulheres brasileiras já descobriram os benefícios da fórmula e ressignificaram a relação com os dias de fluxo menstrual. Cada mulher conta com necessidades específicas em relação à saúde e ao bem-estar. No entanto, algumas técnicas podem trazer de forma natural mais liberdade, autonomia e disposição, até mesmo nos piores dias do mês.

 

Tânia Tiburzio - copywriter na Obserantic, marca que tem como objetivo proporcionar bem-estar e qualidade de vida por meio de inovação tecnológica aplicada em seus produtos, que auxiliam na promoção da saúde física e mental.

 

Obserantic
https://www.obserantic.com.br/


Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo: 6 dicas para deixar esse mau hábito de lad

Sedentarismo é a causa de diversas doenças como diabetes, infarto e AVC; saiba como mudar

 

O brasileiro está cada vez mais parado. Com o isolamento social e mudanças de hábitos ao longo do período de pandemia, foi agravada uma tendência que já era percebida no país: o sedentarismo. Segundo a Covitel, pesquisa realizada pela Vital Strategies e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a inatividade física aumentou 40,6% desde o fim do lockdown, até 2022.

 

Para a pesquisa, a inatividade física inclui o grau de movimento em todos os tipos de atividade, desde aquelas características ao trabalho, até as realizadas no ambiente doméstico, nos períodos de lazer e na prática efetiva de exercícios físicos. Um recorte dessa realidade mostra que antes da pandemia, 38,6% dos brasileiros realizavam cerca de 150 minutos de exercícios, taxa que caiu para 30,3%, após o isolamento social.

 

O principal problema por trás do sedentarismo são as diversas doenças crônicas não transmissíveis a que o indivíduo fica submetido. No dia Mundial de Combate ao Sedentarismo (10), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, localizada no litoral paulista, alerta para os perigos da falta de atividade física regular.

 

“Hábitos sedentários afetam a saúde física e mental, interferindo diretamente em vários sistemas metabólicos. Isso aumenta, consideravelmente, as chances de desenvolver doenças crônicas e outras condições, como diabetes, hipertensão, infarto, AVC, alguns tipos de cânceres, osteoporose, estresse, ansiedade e depressão”, destaca Carlos Alberto de Oliveira Filho, médico e diretor Clínico da unidade.

 

A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.

 

Além das doenças relacionadas, o médico também lembra que o corpo também sofre alterações e dificuldades causadas pelo sedentarismo, como a perda de massa muscular, enfraquecimento ósseo, baixa imunidade, desequilíbrio hormonal e alterações no sono. 

 

O resultado disso é menos qualidade de vida e mortalidade precoce, que já soma 300 mil pessoas por ano no Brasil, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).


 

6 dicas práticas para deixar o sedentarismo de lado  

 

A OMS recomenda 5 horas de atividade física por semana, tempo que pode ser dividido em 40 minutos diários. Mas, embora a atividade física compreenda ações como ir a pé ao mercado, passear com o cachorro e até mesmo ajudar na limpeza da casa, o órgão recomenda a prática de atividade física moderada ou vigorosa.


 

Confira algumas dicas:

 

1. Faça atividades como andar de bicicleta, natação, vôlei, boxe e afins, sempre com a tenção à intensidade e regularidade;

2. Encontre um treino online que te agrade para fazer em casa;

3. Faça caminhadas pelo bairro;

4. Tenha alguns acessórios de treino em casa, como pesos de mão, faixas elásticas e/ou bola suíça;

5. Prefira usar escadas ao elevador;

6. Se possível, aproveite a hora do almoço para dar uma volta;

 

“O ideal é também realizar check-ups regulares para identificar possíveis predisposições a doenças, e restrições para certos tipos de atividades físicas, conforme avaliação médica. Após liberação, é importante respeitar seu limite nessa etapa de adaptação. Por isso a caminha é uma boa opção para quem está começando, já que a prática é leve e promove a redução do estresse”, orienta Carlos Alberto.


A cada ano cerca de 30000 mulheres brasileiras recebem o diagnóstico de algum tipo de câncer ginecológico, quase 100 mulheres por dia

Nesse mês da mulher é importante ressaltar o quanto a nutrição auxilia na prevenção de diversos tipos de cânceres ginecológicos, como câncer cervical (colo do útero), ovariano, do endométrio e de mama. 

A nutrição e o estilo de vida são as melhores formas de prevenção desses diversos tipos de câncer. A genética não é determinante na maioria dos casos. O papel da nutrição em diminuir esse risco é descrito há bastante tempo na literatura, proveniente de estudos epidemiológicos. 

Diversos macro e micronutrientes assim como desordens metabólicas acabam influenciando o risco de desenvolvimento de câncer.

 

Em relação aos tipos de câncer, como a nutrição pode ajudar?

 

Câncer cervical (colo do útero) - um grande aliado é o chá verde e o perfil alimentar com frutas e verduras parece ser interessante também devido ao alto teor de polifenóis, são antioxidantes e reduzem a persistência do vírus HPV. Quanto ao consumo de micronutrientes, a vitamina C, E e A, ácido fólico, β-caroteno, e licopeno podem reduzir o risco do desenvolvimento desse tipo de câncer.

 

Câncer ovariano - parece que o consumo de gordura animal aumenta o risco, inclusive leite e derivados. Uma alimentação com baixo teor de gordura é mais interessante. Frutas, vegetais e o chá verde podem estar relacionados com menores chances de desenvolvimento de diversos tipos de câncer, inclusive o câncer ovariano.

 

Câncer no endométrio - este câncer está diretamente relacionado com o excesso dos hormônios estrogênicos. O consumo de vegetais, a adesão à dieta do mediterrâneo e uma alimentação com baixo índice inflamatório podem proteger contra este tipo de câncer, pois favorecem um melhor metabolismo dos hormônios estrogênicos.


Existe uma relação positiva entre IMC e aumento do risco do câncer de endométrio. A redução de peso é fundamental na prevenção deste tipo de câncer.

 

Câncer de mama - primeiro ponto a se ressaltar como prevenção é a redução do consumo de bebida alcoólica pois é associado ao aumento no risco do desenvolvimento de câncer de mama.


Uma alimentação equilibrada em gorduras, com consumo de ômega 3 também parece ser favorável para prevenção. Assim como a dieta do mediterrâneo e níveis adequados de vitamina D.


Cabe a nós mulheres fazer o que está ao nosso alcance. A alimentação e o estilo de vida transformam a vida de milhões de mulheres no mundo, previnem o desenvolvimento de diversos tipos de cânceres.

O que você está esperando para começar a fazer o que pode mudar o seu futuro?

 

Camila Mercali,- nutricionista formada pela UFPR, mestre em fitoquímica UFPR, pós graduada em fitoterapia e clínica funcional. Camila atua há mais de 11 anos em nutrição, como professora de diversos cursos e de mais de 10 pós-graduações no Brasil. Foi sócia da Academia de Coaching e Nutrição, onde ministrava aulas de detox, fitoterapia, saúde da mulher, entre outros assuntos de nutrição funcional e nutrição clínica e coaching.


Herpes zoster oftálmico tem alta de 57% no Brasi

Levantamento indica que a região Sudeste concentra o maior número de casos e no  Sul o crescimento foi maior.

 

Dados do Ministério da Saúde revelam que os olhos respondem por metade das infecções por herpes zoster. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, levantamento realizado pelo hospital no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) da Pasta, aponta um aumento médio dos diagnósticos no País de 57% do início da pandemia de covid-19 até dezembro de 2022.  Neste período, o número de infecções causadas pela cepa passou de 10,6 mil para 16,7 mil casos. Na região Sul o número de casos aumentou 80%, passando de 1,74 mil para 3,14 mil. O Sudeste concentrou 10,58 mil pessoas contaminadas no último ano.

 

Outras complicações

O oftalmologista alerta que embora não se trate de uma epidemia, a maioria dos brasileiros tem risco de contrair o herpes zoster oftálmico porque a vacina imunizante só começou a ser fabricada em 1990. O problema, comenta é que o vírus pode causar complicações graves no olho, entre elas a ceratite, inflamação da córnea, e a uveite, inflamação da úvea formada pela íris, parte colorida do olho, corpo ciliar e coroide. “Estes tecidos são adjacentes à retina e nervo óptico que também podem ser afetados. Por isso, o herpes zoster oftálmico pode levar à perda da visão”, avisa. A recomendação é consultar um oftalmologista aos primeiros sinais da doença: formigamento ao redor do olho, coceira e vermelhidão que podem ser confundidos com conjuntivite antes do surgimento das primeiras erupções na pele.

 

Cepas que podem atingir os olhos

Neste período da pandemia fomos expostos ao consumo excessivo de medicamentos para nos livrarmos do coronavírus, falta de exercícios físicos, confinamento e pouco contato com o sol, condições que podem ter ‘acordado’ o vírus, comenta.

O oftalmologista ressalta que o olho pode ser atingido por duas cepas diferentes da família herpes. Uma dela é o vírus varicela zoster (VVZ) que causa o herpes zoster oftálmico.  A outra é o   herpes simplex (VHS) que causa o herpes ocular, lesões genitais e na boca. A única semelhança entre as duas cepas é que ambas ficam alojadas numa terminação nervosa. O herpes zoster, dificilmente reaparece no olho e o VHS provoca inflamações repetidas de tempos em tempos tendo como principal gatilho o stress.

 

Sintomas e grupos de risco

Queiroz Neto afirma a exposição ao vírus da covid-19 pode ter reativado o vírus varicela zoster – o mesmo da catapora – que estava hibernado nas terminações nervosas de quem teve catapora na infância e se manifestou agora no olho. “O herpes zoster surge quando nossa imunidade está baixa. Uma evidência disso é que o vírus se manifesta com mais frequência em maiores de 60 anos e pessoas imunodeprimidas pelos tratamentos de câncer, aids e outras doenças”, pontua. Conforme a doença ocular evolui, surgem erupções e vesículas cheias de líquido que deixam a pele ao redor dos olhos, bochecha, testa e nariz avermelhada. As erupções sempre ficam localizadas do mesmo lado porque seguem a raiz do nervo em que o vírus se alojou e são caracterizadas por coceira intensa. Por se tratar de uma inflamação do nervo a dor pode ser intensa e prolongada quanto maior for a idade da pessoa afetada.

 

Tratamento

O oftalmologista afirma que o tratamento do herpes zoster e feito com imunossupressores que devem ser utilizados sempre sob supervisão médica e colírio de corticoide que também deve ter o acompanhamento de um oftalmologista, para evitar a formação de cicatrizes na córnea e garantir que a dosagem seja reduzida de forma segura. Para aliviar o desconforto na pele, orienta lavar com água fria várias vezes ao dia e fazer compressas frias com gaze e água filtrada. O contágio não é comum, mas pode ocorrer caso outra pessoa tenha contato com o líquido que transborda das vesículas. Por isso, Queiroz Neto recomenda separar toalhas e fronhas que devem ser trocadas, pelo menos, uma vez ao dia.

 

Prevenção

Queiroz Neto afirma que as crianças e jovens que ainda não tiveram catapora podem ser imunizados em clínicas particulares porque a vacina ainda não está disponível no SUS. Por prevenção recomenda que os mais velhos também recorram à imunização para diminuir o risco de possíveis complicações nos olhos e nevralgia intensa que pode se prolongar por até um ano, caso o vírus encubado se manifeste.

 

Março Amarelo: Especialista explica por que a endometriose pode levar à infertilidade e qual a importância do diagnóstico precoce

Entre 30% e 40% de mulheres diagnosticadas enfrentam infertilidade. Se descoberta cedo, tratamento previne que condição atinja níveis graves

 

A endometriose afeta 8 milhões de mulheres no Brasil e 200 milhões no mundo todo, porém ainda é pouco falada fora dos consultórios médicos. Diante da falta de informação, a condição costuma levar anos para ser descoberta, dificultando o tratamento. Dentre os seus sintomas, dois afetam de forma severa a vida da mulher: as cólicas e a dificuldade em engravidar, um sonho entre boa parte da população feminina. Estimativas da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) apontam que entre 30% e 40% das mulheres diagnosticadas com a condição também enfrentam a infertilidade.  

“Para que mais mulheres tenham a oportunidade de conhecer melhor seus corpos, além do diálogo aberto com os médicos, é primordial que falemos mais sobre a endometriose, que haja mais informação e conscientização sobre o tema. Por meio da informação e da escuta, é possível antecipar o diagnóstico, fator que impacta muito o sucesso do tratamento e a qualidade de vida da mulher”, destaca o Dr. Patrick Bellelis, ginecologista especialista em endometriose.

 

Por que a endometriose pode causar infertilidade 

O útero é revestido pelo endométrio, um tecido que descama e é eliminado durante o ciclo menstrual, caso a mulher não esteja grávida. Quando a endometriose está presente, esse tecido cresce fora do útero, em diferentes partes do aparelho reprodutivo feminino, mudando a anatomia desses órgãos conforme a inflamação vai se agravando. É exatamente por conta dessa alteração que a infertilidade pode aparecer, além das cólicas de forte intensidade. 

A endometriose pode causar também dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, dores nas costas, entre outros sintomas. “Ao perceber qualquer coisa fora do normal durante o ciclo menstrual, é importante buscar atendimento e orientação de um ginecologista, para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes. O diagnóstico precoce previne que a endometriose atinja níveis mais graves”, reforça Bellelis.

 

PATRICK BELLELIS -- GINECOLOGISTA - Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intra uterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia -- FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação. Médico Assistente do Setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010. Professor do Curso de Especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva -- Pós- Graduação Latu Senso, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês desde 2011. Professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica -- IRCAD -- do Hospital de Câncer de Barretos, desde 2012.


Câncer de rim especialista alerta que tumor é duas vezes mais comum em homens do que nas mulheres

Todos os anos, são diagnosticadas 431 mil pessoas com o tumor no planeta

 

No Dia Mundial do Rim, é preciso reconhecer a importância do diagnóstico precoce para o tratamento do câncer renal. A efeméride, comemorada sempre na segunda quinta-feira de março, foi escolhida pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) para conscientizar sobre as doenças que afetam o sistema urinário, responsável por filtrar e eliminar impurezas e toxinas do nosso organismo. 

Todos os anos, são diagnosticadas 431 mil pessoas com a neoplasia, de acordo com os dados mais recentes da GLOBOCAN. A doença, silenciosa, é responsável por cerca de 3% das patologias malignas que atingem os adultos. Muitas vezes, a lesão no rim é descoberta quando o paciente realiza um exame para outra finalidade, como um ultrassom do abdome, por exemplo. 

“É mesmo comum que o carcinoma de rim seja descoberto acidentalmente, durante a realização de um exame de rotina ou por outra causa. A boa notícia é que em muitas dessas ocasiões ele ainda está em estágio inicial, localizado exclusivamente no rim, situação na qual são maiores as taxas de cura. O carcinoma renal ocorre mais frequentemente entre os 60 e 70 anos, sendo duas vezes mais comum nos homens que nas mulheres”, afirma o Dr. Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

Além disso, o médico aponta que a doença é quase duas vezes mais comum em homens do que nas mulheres. "Os dados mais recentes da International Agency for Research on Cancer, da Organização Mundial da Saúde, mostram que cerca de 271 mil homens foram diagnosticados com câncer renal em 2020, enquanto 160 mil casos foram descobertos nas mulheres. Além disso, a neoplasia é a 14ª mais comum em todo o mundo, sendo o 9º câncer mais comum no público masculino e o 14º no público feminino". 

Apesar do Inca não divulgar a estimativa de casos para câncer renal no triênio 2023/2025, a Organização Mundial de Saúde indica que em 2020, a doença acometeu aproximadamente 12 mil indivíduos. Cerca de 85% dos tumores de rim correspondem ao câncer renal de células claras. 

Já nas crianças, o câncer de rim mais frequente é o tumor de Wilms (7% dos casos). Este tipo, segundo o médico, pode acometer um ou ambos os rins, ocorrendo principalmente antes dos 6 anos de idade. A cada dez casos de câncer renal em crianças, aproximadamente nove são tumores de Wilms.

 

Prevenção e tratamento 

Segundo o Dr. Artur Ferreira, a tríade clássica do câncer renal (dor no flanco, sangramento urinário e massa renal abdominal palpável) ocorre em até 9% dos pacientes e quando presente, pode sugerir doença localmente avançada. A dor no flanco (uma das partes laterais do tronco), pode também surgir isoladamente, sem motivo aparente. A presença de sangue na urina (também conhecida como hematúria), pode se manifestar de várias formas como por exemplo, eliminação de urina com a cor rosa, vermelho vivo ou na coloração de “coca-cola”. 

Os principais fatores que podem aumentar o risco do câncer renal são idade avançada, tabagismo, obesidade, hipertensão arterial (“pressão alta”), insuficiência renal crônica (pessoas que fazem hemodiálise têm um risco maior para o câncer de rim) e presença de algumas síndromes hereditárias, como a síndrome de Von Hippel-Lindau, síndrome de Birt-Hogg-Dube, complexo de esclerose tuberosa e carcinoma papilar renal hereditário. 

“Embora alguns desses fatores sejam não modificáveis, como a idade por exemplo, muitos são evitáveis. Por exemplo: é desejável não fumar, adotar hábitos de vida saudáveis e seguir uma dieta equilibrada, além de ter um bom controle da pressão arterial. Portanto, mexa-se! Pratique atividades físicas e fique de olho em sua alimentação e seus comportamentos” finaliza o especialista.



Grupo Oncoclínicas
www.oncoclinicas.com


Transplante de rim é uma nova chance para quem sofre de insuficiência renal crônica

Procedimento de alta complexidade é corrida contra o tempo e oferece vida nova para milhares de pessoas 

 

Um dos procedimentos que podem dar uma nova chance para quem sofre de insuficiência renal crônica é o transplante de rim. O procedimento é o mais comum entre os transplantes de órgãos vitais no Brasil. De acordo com dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), mais de 5,3 mil transplantes renais foram realizados no país entre janeiro e dezembro de 2022. O procedimento de alta complexidade é considerado essencial para milhares de pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A gravidade da doença resultou na escolha do dia 9 de março como o Dia Mundial do Rim, a fim de chamar a atenção para o assunto.

 

A insuficiência renal é uma doença crônica que se desenvolve gradualmente e pode ser causada por várias razões, incluindo diabetes, hipertensão, doença renal policística, dentre outras.

 

"O transplante de rim é a terapia mais indicada para pacientes que sofrem de insuficiência renal crônica, pois o novo rim substitui a função do órgão doente. O procedimento oferece várias vantagens em relação à diálise, que é a terapia de substituição renal mais comum. Em primeiro lugar, os pacientes que passam por um transplante têm uma melhor qualidade de vida em comparação com aqueles que estão em diálise", explica Carlos Marmanillo, chefe do Serviço de Transplante Renal do Hospital Angelina Caron.


 

Demanda maior que a doação

 

Mesmo com os avanços da medicina, milhares de pessoas ainda precisam de transplante de rim e a demanda de doentes por um novo órgão é muito maior do que a oferta. O médico reforça que o número de doadores de órgãos no Brasil, apesar das boas taxas de alguns estados como o Paraná, é insuficiente para atender à necessidade, o que exige investimento público e da sociedade em prevenção e conscientização. 

 

"Temos a Central de Transplantes do Paraná como um exemplo bem-sucedido na conscientização para a doação de órgãos, além de alta taxa de sucesso nos transplantes. Aumentar a taxa de doação de órgãos significa reduzir o tempo de espera dos pacientes que aguardam por um transplante renal."


 

850 milhões de pessoas sofrem de alguma doença renal

 

No cenário mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 850 milhões de pessoas sofram de alguma doença renal. Segundo a entidade, a taxa de doação de órgãos varia significativamente em todo o mundo, e muitos países enfrentam desafios semelhantes ao Brasil em relação à falta de doadores. 

 

No Brasil, a taxa de doação de órgãos tem aumentado gradualmente nos últimos anos, e o país tem feito esforços significativos para melhorar a disponibilidade de órgãos doados. "Mas ainda há muito a ser feito para garantir que todos os pacientes que precisam de um transplante renal possam receber um órgão a tempo", comenta Marmanillo.


 

Consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma das principais causas

 

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de insuficiência renal crônica. O álcool é metabolizado pelos rins e o consumo excessivo de álcool pode levar à inflamação e à formação de cicatrizes, o que prejudica a função renal.

 

Além disso, o consumo excessivo de álcool também pode aumentar a pressão arterial, interferir na absorção de medicamentos usados para tratar doenças renais, levando à complicações.

 

"A prevenção de doenças renais passa por limitar o consumo de bebidas alcoólicas e adotar um estilo de vida saudável. Além disso, é importante lembrar que, mesmo que uma pessoa não tenha problemas renais, o consumo excessivo de álcool pode causar danos irreversíveis a vários órgãos e sistemas do corpo, incluindo o fígado, o coração e o cérebro", reforça.


 

Quatro transplantes de rins em 24h

 

A doação insuficiente de órgãos para o grande número de candidatos a transplante não é o único problema do Brasil. Poucos hospitais estão capacitados para fazer esse tipo de procedimento de alta complexidade. Segundo dados da Central de Transplantes do Paraná, que divulga anualmente o compilado estadual, o Hospital Angelina Caron (HAC) realizou mais de um quarto de todos os procedimentos feitos no estado no ano passado. Foram 119 transplantes em 12 meses.  

Em uma das fases mais agudas da pandemia da Covid-19, o HAC fez nada menos do que quatro transplantes de rim em apenas 24 horas. O médico João Nicoluzzi, coordenador da Central de Transplantes do HAC, observa que, além de corpo médico preparado, existe uma logística complexa envolvida nesse processo. “Seguramente, poucos hospitais no país possuem salas e logística disponíveis para realizar tantos procedimentos em um mesmo dia”, pontua.

 

 Hospital Angelina Caron

 

Como saber se a mulher está sendo vítima de stalking?

O que disseram o jurista João Henrique Tristão e a psicóloga Rachel Campos sobre o crime de perseguição que ainda é subnotificado pela falta de conhecimento das vítimas

Segundo o levantamento inédito do ISP Instituto de Segurança Pública -RJ, 604 mulheres registraram o crime em uma delegacia de polícia Psicológica no Estado do Rio de Janeiro, embora este recorte seja apenas do RJ em um dos estados que é cartão postal,imaginem como seria a contabilização nos 26 estados do País?

É cada vez mais alarmante o número de mulheres que sofrem violência por parte de homens, em muitos casos são de parceiros, companheiros, esposos,namorados entre outros. Todos os dias os noticiários repercutem crimes de feminicídio ou conhecemos mulheres que são ou foram vítimas de violência de gênero. Mas existe um tipo de crime que ainda é pouco divulgado e precisa ser esclarecido para a sociedade porque em muitos casos, é possível evitar que vidas de mulheres sejam ceifadas e os agressores punidos, se as vítimas denunciarem. Matérias jornalísticas com este tema são importantes para que não aconteçam subnotificações, afinal muitas mulheres devem ser vítimas do crime de stalking e não têm o conhecimento do ato e com isso não denunciam.

O que nos chama atenção é a violência psicológica, que foi destaque no levantamento inédito feito pelo ISP RJ chamado Dossiê Mulher que mostrou que 604 mulheres registraram o crime em uma delegacia de polícia no Estado do Rio de Janeiro e pela primeira vez divulgou dados sobre violência psicológica.

São do gênero, conhecidos como stalking, que é o ato de perseguir alguém incessantemente, independente do meio utilizado, podendo causar ameaça à integridade física ou psicológica, além de invadir sua esfera de liberdade ou privacidade.

Entrevistamos o advogado criminalista João Henrique Tristão que é membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais para explicar sobre o crime de perseguição que ainda é pouco divulgado, o jurista comentou sobre os dados da 17ª edição do Dossiê Mulher 2022 divulgado no último dia 8, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) RJ como mencionamos acima, que é o ato de perseguir alguém incessantemente, independente do meio utilizado, podendo causar ameaça à integridade física ou psicológica, além de invadir sua esfera de liberdade ou privacidade.

O crime é stalking a lei 14.132/21 que entrou em vigor em 1º de abril de 2021, sendo introduzida como parte Especial do Código Penal o crime de perseguição, também conhecido como stalking que é uma perseguição incessante, uma palavra de origem inglesa do verbo stalk, traduzindo refere a caça ou perseguidor. O Crime tem pena de 6 meses a 2 anos

Para o advogado criminalista João Henrique Tristão, o agente tem que ameaçar a integridade física e/ou psicológica, restringindo a liberdade ou perturbando a esfera de privacidade da vítima.Tem que sair da esfera do galanteador. É algo além…É uma conduta mais violenta, que pode acarretar danos psicológicos e emocionais. Posso listar alguns exemplos para as mulheres ficarem atentas as táticas e comportamentos de perseguidores: ligações e envio de mensagens insistentes importunando, o perseguidor percorre os locais que a vítima frequenta de maneira incômoda várias vezes embora a mulher tenha pedido um pouco de sossego e distanciamento,estes exemplos configuram o crime de stalking e as perseguições via internet são cyberstalking.

Existem relatos de mulheres que foram rastreadas por GPS e os perseguidores colocaram programas espiões nos computadores da vítima e hackearam, neste caso configura outro tipo de crime que é a lei Carolina Dieckmann que está no artigo 154-A do código penal , descreve o delito de invasão de dispositivo informático. O crime consiste no ato de invadir computador ou dispositivo semelhante de outra pessoa, modificar ou apagar informações ou ter acesso a dados privados no intuito de obter vantagem, causando prejuízo aos proprietários, acrescentou João Henrique Tristão.

Tristão faz um alerta: Estamos março no mês de comemoração as mulheres, é um alerta para a sociedade, os crimes de stalking é mais frequente do que imagina-se, informações sobre os direitos é fundamental, é necessário denunciar, seria interessante contratar um advogado ou defensoria pública e juntar provas da conduta do agente como: testemunhas, mensagens, e-mails, print screen etc, os direitos das mulheres precisam ser respeitados.

Perguntamos para o jurista João Henrique Tristão sobre se disseminação de boatos maldosos se enquadra no crime de stalking:

“Seria outra conduta delituosa, já entra no crime de difamação, contra honra que é diferente, se houver vulnerabilidade e violência de gênero, pode ser uma difamação com a incidência da Lei Maria da Penha.

Na visão da psicóloga Rachel Campos, Infelizmente a violência psicológica por meio de perseguição obsessiva pela parte que não aceita o não de uma relação, torna-se cada vez mais habitual. Persistir, seguir e importunar é sim violentar a tranquilidade e privacidade do outro. Concebendo danos emocionais e prejuízos à saúde mental e, incapacitado a vítima de sua vida diária lhe trazendo patologias crônicas como: depressão, ansiedade, estresse pós traumático, fobia social entre outros.

Nos dias atuais onde a vida virtual é muito mais veloz que a real, um grande ciclone que nos impõe padrões de funcionamento e auto defesas como um grande tribunal virtual.

O mundo digital torna cada vez mais severo o prejuízo psicológico às mulheres vítimas de ações abusivas. Muitas "armas" com imagens e vídeos são usados como poder de barganha de negociação, violando as vontades e desejos do momento presente. Encerrou a psicóloga Rachel Campos.

  

João Henrique Tristão - OAB/RJ 179.996 - Especialista

 

O que o metaverso reserva para crianças e jovens?

Lançado na década de 1960 e relançado em 1980, o desenho Os Jetsons trazia inúmeras tecnologias que, na época, julgávamos impossíveis de serem reproduzidas. A animação, que mostrava a vida em família de um casal, seus dois filhos, um cachorro e uma robô, se passava em 2062, mas nós, ainda em 2022, já usufruímos de muitas daquelas tecnologias que pareciam tão distantes.

Uma dessas grandes descobertas ainda caminha no campo da curiosidade e exploração tanto para adultos quanto para crianças. O novo ambiente — ou podemos chamar de mundo virtual — traz diversas oportunidades para o desenvolvimento e, por que não, para a educação infantil. Tal tecnologia promete possibilitar grandes avanços para nossas crianças e jovens, pois explicar conceitos abstratos pode se tornar muito mais fácil com o metaverso.

Passeios virtuais para mostrar planícies em uma aula de geografia, visitas em cidades históricas ou dentro das pirâmides do Egito, nas aulas de história, ou até mesmo visitar bibliotecas para estudar um pouco mais sobre literatura, são algumas das infinitas possibilidades que podem ser vivenciadas praticamente in loco e com uma experiência quase real entre alunos e professores.

Em alguns ambientes educacionais, essa ideia começa a ser colocada em prática e com boa aceitação, oferecendo novas possibilidades e experiências para estudantes, professores, gestores educacionais e famílias. Uma das formas de exploração desse metaverso será com as aulas especiais ou espaços ambientados para estudos de literatura, por exemplo, onde os livros poderão ser apresentados como um jogo diferente; ou ainda salas para seminários, palestras e outros momentos educacionais interativos.

A iniciativa pioneira visa recuperar a sensação interativa de uma sala de aula e resgata o propósito da escola, por ser um ambiente completamente voltado à educação. Além disso, a própria estética da experiência imersiva remete aos games, que tantas vezes competem pela atenção de crianças e adolescentes, facilitando assim a adesão e permanência dos jovens que, passando mais tempo na plataforma, acabam expostos ao conteúdo educacional com curadoria pedagógica por mais horas no dia.

Outra grande vantagem está na socialização — uma das atuais preocupações de pais com filhos que passam muito tempo nos computadores e videogames. No metaverso, a ideia é que as interações sejam muito mais dinâmicas, por meio de avatares personalizados e em mundos virtuais tecnicamente seguros e controlados, que podem se tornar ambientes saudáveis para estimular a criatividade e a convivência em sociedade. A ideia é oferecer experiências interativas e gamificadas no segmento educacional brasileiro de forma aberta e gratuita.

Minecraft e Roblox_ são exemplos de jogos que já organizam momentos de educação e entretenimento entre os jovens fora do ambiente educacional. Porém, é preciso sim ficar atento. Os riscos de violação dos direitos das crianças são muito elevados e alguns especialistas ainda temem os efeitos do metaverso sobre os pequenos. É importante lembrar que o espaço on-line é propício para crimes, inclusive contra crianças. Por isso, o acompanhamento da escola e dos pais segue sendo indispensável nesses casos.

No ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) incluiu a privacidade, proteção, educação e diversão no mundo digital como direitos das crianças. Ou seja, é preciso acompanhar a evolução virtual para garantir que elas estejam protegidas e seguras. Esse é um terreno ainda muito novo, que promete uma gama incrível de oportunidades, mas ainda necessita de cuidados especiais.

 

Roberta Perazzo Campanini - diretora adjunta de Marketing, Produtos e Experiência do Cliente da FTD Educação do Grupo Marista

 

Onde há poder, há homens. Onde há poder, o neutro tem gênero e é masculino", denuncia jurista do CEUB

Especialista defende a urgência de medidas aceleradoras para alcançar a igualdade de gênero na sociedade, nos parlamentos, nos ambientes público e privado


“Não existe neutralidade social. O neutro é masculino. Sempre que você pensar no padrão, no homem comum, no senso comum, no neutro, é um padrão masculino”. A partir desta reflexão, Christine Peter, professora de Direito Constitucional do Centro Universitário de Brasília (CEUB), aborda o constitucionalismo feminista, corrente de pensamento que busca analisar as normas jurídicas a partir da perspectiva de gênero, questionando as hierarquias e as assimetrias que são reproduzidas pelo sistema jurídico.

De acordo com a jurista, o constitucionalismo feminista se mostra como instrumento para a promoção dos direitos das mulheres e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “O Artigo. 5º - Inciso I da Constituição Federal diz que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Esse é o primeiro dos direitos fundamentais enunciados na perspectiva individual e coletiva e foi fruto de muitas lutas. Tudo que diz respeito à igualdade de gênero é fruto de muita luta, de muito trabalho, de muita conversa, de muito diálogo, de muitos acordos no ambiente da política”, considera Christine Peter.

Como exemplo, a professora relata suas experiências de vida como mulher em um ambiente masculino e como demorou para compreender que o Direito Constitucional é uma área masculina por natureza, onde as relações são assimétricas e as vantagens pendem para o sexo masculino. “Onde há poder, há homens. Onde há poder o neutro tem gênero e é masculino”, enfatiza.

A partir da perspectiva daqueles que foram excluídos desde a gênese do poder aplicado no estado de direito, a professora cita decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tributação de pensões, que afetou principalmente mulheres, já que são elas que assumem a maior parte dos cuidados com os filhos e, consequentemente, recebem a pensão alimentícia dos pais. “Isso mostra como as questões de gênero devem ser consideradas em todas as áreas do Direito, incluindo a tributária, para que a justiça seja efetiva para todos os gêneros”.

Christine aponta que apesar de algumas políticas afirmativas reservarem 20% a 30%, a realidade mostra que as mulheres ocupam pouco mais de 10% dos lugares de poder. Os desejáveis 50% só se concretizam quando o critério de escolha é meritocrático.”O direito das mulheres à educação é um exemplo disso, tendo sido conquistado com muita luta ao lado do direito ao voto. A naturalização da igualdade de oportunidades para as mulheres ainda é um processo em andamento, que requer uma mudança de mentalidade na sociedade”, destaca a professora do CEUB.

A jurista também defende a urgência da representatividade política das mulheres e a necessidade de medidas aceleradoras, como as cotas, para alcançar a igualdade de gênero nos parlamentos. Para Peter, a cota é um instrumento para garantir a presença feminina em espaços historicamente ocupados pelos homens, sendo a representatividade política uma das muitas formas de combater o patriarcado que limita a participação das mulheres em diferentes esferas da sociedade.

A partir do exemplo de sua vida como mulher, profissional e mãe, Christine reafirma que todos os complicadores socioeconômicos, sociais, políticos mostram que a condição feminina é realmente um elemento que precisa ser percebido. “A primeira consciência que precisamos ter é que é preciso olhar para as mulheres com empatia, porque é uma condição diferenciada”, considera.

 

Marília, em SP, recebe o título de "município mais careiro" quando o assunto são os preços de frutas, verduras e legumes

Pixabay
Nova pesquisa da Price Survey mostra que produtos que mais sofreram oscilações de valores foram as bananas nanica e prata e a abobrinha italiana


Uma nova pesquisa da Price Survey, empresa mineira considerada a “Uber das pesquisas de mercado”, registrou variações acima de 55% nos preços de frutas, verduras e legumes no Brasil em diversas localidades do país.

Foram avaliados três estados, com um total de oito cidades: Fortaleza e Eusébio, no Ceará; Rio de Janeiro/RJ; e Bauru, Itapetinga, Jundiaí, Marília e Orlândia, em São Paulo. A pesquisa foi realizada entre abril de 2022 e janeiro de 2023 e registrou um grande disparate de preços: enquanto consumidores paulistas pagam R$ 7,79 pelo quilo da banana nanica, por exemplo, os cearenses desembolsam R$ 3,24 pelo mesmo produto.

Segundo o levantamento, o Ceará foi o estado com os melhores preços para o bolso do consumidor, em detrimento do restante do país. Comprar frutas, verduras e legumes por lá saiu 30,15% mais em conta do que nos demais municípios avaliados, sendo que Eusébio foi a cidade mais barata, com uma média dos produtos na faixa de R$ 5,77.

Por sua vez, em Marília/SP, quem gosta de comer frutas e verduras tem que andar com o bolso preparado, afinal, o município recebeu o título de “mais careiro” nesses alimentos, com uma média de R$ 11,95 nos itens de hortifruti. Em geral, em todas as cidades de São Paulo observadas houve uma variação de 5% nos preços finais ao consumidor.

Os produtos que apresentaram variações de preço acima de 55%, no quilo, entre os três estados pesquisados foram: abobrinha italiana (61,40%); banana nanica (58,41%); e banana prata (57,85%). No caso da abobrinha italiana, no estado de São Paulo, ela estava sendo comercializada por R$ 5,16; no Rio de Janeiro, R$ 4,99; e, no Ceará, por R$ 1,99.

Em São Paulo, os consumidores de banana nanica tinham que pagar R$ 7,79 pelo quilo da fruta, sendo que no Ceará o valor era de R$ 3,24. No Rio, de R$ 7,22. Por fim, no caso da banana prata, enquanto os cearenses desembolsavam R$ 3,99, os paulistas tinham que pagar R$ 9,47; e, os cariocas, R$ 9,44.

Os produtos pesquisados pela Price Survey, no levantamento, foram: abacate; abacaxi pérola; abóbora leite; abobrinha italiana; alface americana e crespa; alho; ameixa importada; banana nanica e prata; batata branca, comum e doce rosada; berinjela; caqui importado e ramaforte; cebola; cebolinha; cenoura; chuchu; coco verde; coentro maço; goma fresca pinheiro; kiwi importado gold e kiwi importado a granel; laranja importada; pera; limão tahiti; maçã fuji; maçã gala; maçã red importada; mamão formosa e papaya; manga palmer nacional e tommy; maracujá azedo; massa tapioca Da Terrinha; melancia; melão amarelo nacional e amarelo rei; morango bandeja 250g; ovo branco grande com 20 unidades; e ovo caipira vermelho com 10 unidades.

A Price Survey realiza com frequência pesquisas que servem como diagnóstico para o mercado. Na visão de Flávio Adriano de Barros, gerente executivo da Rede Pérola Supermercados, esse trabalho é muito importante tanto para quem compra quanto para quem vende, já que, com esse tipo de ação, é possível promover uma melhor imagem na percepção de preço. “Consolidando cada vez mais essa experiência, atendemos uma necessidade do público ante um cenário econômico incerto e uma renda com menos poder de compra”.

Ele conta que, para a Rede Pérola, o aplicativo ajuda na tomada de decisões dos preços. “A ferramenta é uma parceira estratégica de ampliação de nosso share [fatia de mercado] e nas decisões de princing [precificação]. Munidos de dados, melhoramos margem, rentabilidade, gestão de mix e nos posicionamos frente à concorrência no propósito de blindar nosso espaço no mercado”.


Tecnologia

A possibilidade de realizar uma pesquisa de forma totalmente eletrônica vem caindo no gosto das empresas que pretendem ter um diagnóstico rápido sobre os seus produtos e o posicionamento da marca. Harlen Duque, CEO da Sucesu Nacional, fundador da Wblio e especialista no mercado de transformação digital, acredita que as pesquisas de mercado como essa no setor de hortifrutis, da Price Survey, podem ajudar as empresas no momento de adequar os valores de produtos aos valores praticados no mercado. E os levantamentos on-line se mostram ainda mais eficientes, porque não dependem do que há de mais caro em uma coleta de dados, por exemplo, pessoas e telefonia. “Assim, o custo de um estudo chega a ser bem mais barato e a empresa pode otimizar seu orçamento e fazer mais entrevistas pagando menos e com canais de comunicação que ligam os entrevistadores a consumidores de todo o país”.

Outra vantagem desse tipo de pesquisa são os filtros de segmentação, em que é possível escolher os perfis mais apropriados para participar do levantamento, além da possibilidade de ter os resultados da coleta de dados em tempo real, não sendo mais necessário esperar a pesquisa terminar para ter os primeiros insights.

Lançado em 2017, o App Price Survey de pesquisa de mercado e promoção conta hoje com 250 mil downloads. Segundo Maycon Andrade, fundador e atual CEO da Price Survey, o que a startup oferece representa uma economia de até 70% para as indústrias e varejo.

Hoje, a Price Survey tem contrato com 41 corporações que atuam em diferentes nichos de mercado em quatro países: Brasil, Chile, Estados Unidos e Paraguai. Mais de 201 mil pessoas já têm o aplicativo no smartphone, sendo 34.600 pesquisadores ativos espalhados em 2.200 cidades do mundo, incluindo Nova Iorque e Seattle.

 

Posts mais acessados