Nova pesquisa da
Price Survey mostra que produtos que mais sofreram oscilações de valores foram
as bananas nanica e prata e a abobrinha italianaPixabay
Uma nova pesquisa da Price Survey, empresa mineira
considerada a “Uber das pesquisas de mercado”, registrou variações acima de 55%
nos preços de frutas, verduras e legumes no Brasil em diversas localidades do
país.
Foram avaliados três estados, com um total de oito
cidades: Fortaleza e Eusébio, no Ceará; Rio de Janeiro/RJ; e Bauru, Itapetinga,
Jundiaí, Marília e Orlândia, em São Paulo. A pesquisa foi realizada entre abril
de 2022 e janeiro de 2023 e registrou um grande disparate de preços: enquanto
consumidores paulistas pagam R$ 7,79 pelo quilo da banana nanica, por exemplo,
os cearenses desembolsam R$ 3,24 pelo mesmo produto.
Segundo o levantamento, o Ceará foi o estado com os
melhores preços para o bolso do consumidor, em detrimento do restante do país.
Comprar frutas, verduras e legumes por lá saiu 30,15% mais em conta do que nos
demais municípios avaliados, sendo que Eusébio foi a cidade mais barata, com
uma média dos produtos na faixa de R$ 5,77.
Por sua vez, em Marília/SP, quem gosta de comer
frutas e verduras tem que andar com o bolso preparado, afinal, o município
recebeu o título de “mais careiro” nesses alimentos, com uma média de R$ 11,95
nos itens de hortifruti. Em geral, em todas as cidades de São Paulo observadas
houve uma variação de 5% nos preços finais ao consumidor.
Os produtos que apresentaram variações de preço
acima de 55%, no quilo, entre os três estados pesquisados foram: abobrinha
italiana (61,40%); banana nanica (58,41%); e banana prata (57,85%). No caso da
abobrinha italiana, no estado de São Paulo, ela estava sendo comercializada por
R$ 5,16; no Rio de Janeiro, R$ 4,99; e, no Ceará, por R$ 1,99.
Em São Paulo, os consumidores de banana nanica
tinham que pagar R$ 7,79 pelo quilo da fruta, sendo que no Ceará o valor era de
R$ 3,24. No Rio, de R$ 7,22. Por fim, no caso da banana prata, enquanto os
cearenses desembolsavam R$ 3,99, os paulistas tinham que pagar R$ 9,47; e, os
cariocas, R$ 9,44.
Os produtos pesquisados pela Price Survey, no
levantamento, foram: abacate; abacaxi pérola; abóbora leite; abobrinha
italiana; alface americana e crespa; alho; ameixa importada; banana nanica e
prata; batata branca, comum e doce rosada; berinjela; caqui importado e
ramaforte; cebola; cebolinha; cenoura; chuchu; coco verde; coentro maço; goma
fresca pinheiro; kiwi importado gold e kiwi importado a granel; laranja
importada; pera; limão tahiti; maçã fuji; maçã gala; maçã red importada; mamão
formosa e papaya; manga palmer nacional e tommy; maracujá azedo; massa tapioca
Da Terrinha; melancia; melão amarelo nacional e amarelo rei; morango bandeja
250g; ovo branco grande com 20 unidades; e ovo caipira vermelho com 10
unidades.
A Price Survey realiza com frequência pesquisas que
servem como diagnóstico para o mercado. Na visão de Flávio Adriano de Barros,
gerente executivo da Rede Pérola Supermercados, esse trabalho é muito
importante tanto para quem compra quanto para quem vende, já que, com esse tipo
de ação, é possível promover uma melhor imagem na percepção de preço.
“Consolidando cada vez mais essa experiência, atendemos uma necessidade do
público ante um cenário econômico incerto e uma renda com menos poder de
compra”.
Ele conta que, para a Rede Pérola, o aplicativo
ajuda na tomada de decisões dos preços. “A ferramenta é uma parceira
estratégica de ampliação de nosso share [fatia de mercado] e nas decisões de
princing [precificação]. Munidos de dados, melhoramos margem, rentabilidade,
gestão de mix e nos posicionamos frente à concorrência no propósito de blindar
nosso espaço no mercado”.
Tecnologia
A possibilidade de realizar uma pesquisa de forma
totalmente eletrônica vem caindo no gosto das empresas que pretendem ter um
diagnóstico rápido sobre os seus produtos e o posicionamento da marca. Harlen
Duque, CEO da Sucesu Nacional, fundador da Wblio e especialista no mercado de
transformação digital, acredita que as pesquisas de mercado como essa no setor
de hortifrutis, da Price Survey, podem ajudar as empresas no momento de adequar
os valores de produtos aos valores praticados no mercado. E os levantamentos
on-line se mostram ainda mais eficientes, porque não dependem do que há de mais
caro em uma coleta de dados, por exemplo, pessoas e telefonia. “Assim, o custo
de um estudo chega a ser bem mais barato e a empresa pode otimizar seu
orçamento e fazer mais entrevistas pagando menos e com canais de comunicação
que ligam os entrevistadores a consumidores de todo o país”.
Outra vantagem desse tipo de pesquisa são os
filtros de segmentação, em que é possível escolher os perfis mais apropriados
para participar do levantamento, além da possibilidade de ter os resultados da
coleta de dados em tempo real, não sendo mais necessário esperar a pesquisa
terminar para ter os primeiros insights.
Lançado em 2017, o App Price Survey de pesquisa de
mercado e promoção conta hoje com 250 mil downloads. Segundo Maycon Andrade,
fundador e atual CEO da Price Survey, o que a startup oferece representa uma
economia de até 70% para as indústrias e varejo.
Hoje, a Price Survey tem contrato com 41
corporações que atuam em diferentes nichos de mercado em quatro países: Brasil,
Chile, Estados Unidos e Paraguai. Mais de 201 mil pessoas já têm o aplicativo
no smartphone, sendo 34.600 pesquisadores ativos espalhados em 2.200 cidades do
mundo, incluindo Nova Iorque e Seattle.
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