Lista tem títulos
de editorias que vão da autoajuda até biografias
2023 é o ano e ainda vemos cenários onde a mulher é
preterida, agredida, diminuída e menosprezada pelo simples fato de... ser
MULHER. Em um mês de março, que marca a luta delas por igualdade, respeito e
direitos iguais decidimos celebrar com uma lista de grandes livros escritos por
mulheres que fazem a diferença.
São obras que exaltam os feitos feminino, que
mostram os atrasos na sociedade machista que ainda permanece latente e,
principalmente, que nos dão a esperança de ver, dia a dia, essa balança
desfavorável e as injustiças de séculos de injustiça serem corrigidos e
reparados.
Caiu na Net: Nudes e exposição de mulheres na internet – Ed. Telha
Pesquisa da FGV revela que o Brasil possui mais
celulares que pessoas (234 e 211 milhões, respectivamente). Não há como escapar
de uma foto, de uma filmagem ou de um flagra que, ao ser registrado, pode
ganhar o mundo através da internet. Para entender o fluxo que uma foto íntima –
o famoso ‘nude’ – percorre entre o clique e a exposição, a doutora em
antropologia e pesquisadora Beatriz Accioly Lins escreveu “Caiu na
Net: Nudes e exposição de mulheres na internet” onde seu maior foco
está na figura da mulher que sofre infinitamente mais com essa divulgação se
comparada ao homem.
Subversivas: A retomada do poder pelas mulheres para reconquistar seu
lugar de direito na civilização – Ed. Cultrix
Não é novidade dizer que o machismo (ainda) impera
em inúmeras camadas sociais, e que diversas mulheres lutam contra a submissão
em múltiplos níveis. Embora haja diversos movimentos pela igualdade de gênero,
nossa sociedade ainda não foi capaz de validar na prática uma paridade de
gênero, apesar de todo arsenal legal. Por conta desse cenário desolador, a
francesa especialista em filosofia política, Gisèle Szczyglak escreveu “Subversivas:
A retomada do poder pelas mulheres para reconquistar seu lugar de direito na
civilização”.
Lucélia Santos: Coragem para Lutar – Ed. Telha
Dona de uma carreira nas artes incontestável,
Lucélia Santos soube usar da fama em prol de seus valores e não somente para
enriquecer ou para benefício próprio. Em sua biografia, Lucélia compartilha
histórias e temos acesso a depoimentos que narram a trajetória de uma mulher
que fez de seu personagem mais icônico, uma escrava, o trampolim para que sua
voz, imagem e ações convergissem em uma luta – travada até hoje – contra
discursos de ódio e em defesa das minorias.
A Melhor Metade – Ed. Cultrix
Em seu novo livro, Shäron Moalem, médico que ficou
conhecido mundialmente por prever no começo da pandemia da Covid-19 que mais
homens morreriam vítimas do vírus do que homens, faz uma minuciosa análise
sobre essas as vantagens genéticas femininas, apresentando estudos de casos,
depoimentos de pacientes, pesquisas científicas (muitas delas feitas por ele
mesmo), além de experiências vividas em hospitais e em seu consultório.
Nossos Filhos Têm Mães – Ed. Telha
Seria impossível descrever a dor de alguém que
perde um filho. Imagine, então, se essa perda precoce fosse causada por quem
deveria trazer segurança e paz para a população. O que Nossos
Filhos Têm Mães quer é mostrar que muito além da vida perdida, o
Estado opressor e que mata sem medida destrói um lar, uma família, e,
principalmente, uma mãe. A partir da tese de mestrado da jornalista Giulia
Escuri, essa obra choca por sua profundidade ao passo que nos mostra uma
realidade que nenhum programa policial é capaz de transmitir.
Primavera das Mulheres – Ed. Cultrix
“O feminismo nunca desapareceu, muito pelo
contrário, avançou de forma rápida, sacudiu e transformou o mundo e, com ele,
todas e todos os seus habitantes, feministas ou não”, afirma a espanhola Pilar
Pardo Rubio. Desde seu surgimento no final do século XIX, novas ondas de
manifestações surgiram em direção à luta contra as agressões maritais, sexuais,
assédio moral ou remuneração salarial igualitária. Ao mesmo tempo, ser ativista
continua sendo um perigo para as mulheres.
Meu Nome é Selma – Ed. Seoman
São poucos os sobreviventes do Holocausto ainda
vivos para relatar as atrocidades pelas quais passaram durante a Segunda
Guerra. Aqueles que podem nos contar com as próprias palavras o medo que
sentiram, a coragem que encontraram e as experiências de resiliência,
criatividade e esperança em meio ao desespero. Selma Van de Perre é uma delas.
Com 100 anos de vida, a holandesa que vive em Londres, revela em Meu Nome é
Selma como sobreviveu a um dos campos de concentração mais cruéis
da história: Ravensbruck, no qual os nazistas aprisionavam somente mulheres.
Figuras da Causação: As novinhas, as mães nervosas & mães que
abandonam os filhos – Ed. Telha
Às margens das insuficientes vagas de creches e
escolas fundamentais disponibilizadas pelo poder público, há um sem número de
mães que precisam deixar seus filhos com alguém para poderem trabalhar. Esse
quadro gera, em especial nas favelas, porá produção de estereótipos aplicados
as mulheres pobres, segundo “Figuras da Causação: As novinhas, as mães nervosas
& mães que abandonam os filhos”, entre mães chamadas como “novinhas”, as
“mães nervosas” e, por fim, as “mães que abandonam os filhos”.
Boss Bitch – Ed. Seoman
Sucesso absoluto nos Estados Unidos e exibida em
mais de 190 país, a série ‘Sunset: Milha de Ouro’, da Netflixt, trouxe ainda
mais para os holofotes a vida de Christine Quinn, uma bem-sucedida corretora de
imóveis de Los Angeles, dona de uma personalidade forte e irretocável. Disposta
a dividir com as mulheres os valores que a levaram ao estrelato, a empresária
escreveu “Boss Bitch: Pare de se desculpar por quem você é... E seja dona da
p*rra toda”, um guia para mulheres que desejam alcançar o sucesso em todas as
áreas da vida.
A Criação do Patriarcado – Ed. Cultrix
A luta da mulher pela equiparação dos papeis na
sociedade perante o homem não é um tema atual, mas uma batalha de séculos. Você
já se perguntou qual a origem dessa hegemonia masculina? Em A Criação
do Patriarcado, a historiadora Gerda Lerner nos explica que isso
não se trata de algo puramente biológico ou “existencial” e que pode, sim,
deixar de existir por completo.
A Nova Revolução Sexual – Ed. Cultrix
Em uma época de crise, de colapso planetário e
tiranos reacionários, estamos presenciando uma transformação muito produtiva:
mudanças profundas e permanentes no modo como definimos gênero, sexo e
consentimento, assim como seus aspectos políticos no mundo contemporâneo. É o
que afirma a jornalista Laurie Penny, reconhecida por suas análises sobre
feminismo e gênero, além de seu trabalho como ativista. Em seu novo livro, A Nova
Revolução Sexual, ela analisa como o feminismo pode ser a chave
para essa transformação urgente.
Anfitriãs do Céu: Carreira, Crise e Desilusão a bordo da Varig – Ed.
Telha
Uma empresa que era o símbolo brasileiro dentro do
universo da aviação mundial, a Varig foi do estrelato – sem trocadilhos com a
estrela que simbolizava a companha – à falência. Neste triste fim, ela levou
consigo sonhos, histórias e pessoas que dedicaram a vida pela aviação. Com mais
força e também simbolismo que outros funcionários, as comissárias de bordo
foram as mais impactadas e, sem uma oferta de empregos em sua área à
disposição, viram a classe que fora tão cultuada por muitos sofrer uma
verdadeira parada cardíaca.
A Mulher Realizada – Ed. Pensamento
O ciclo menstrual feminino ainda é cercado por
desconhecimento, pré-conceitos e mitos. Pronta para libertar as mulheres de
quaisquer amarras sobre o tema, a escritora, professora e terapeuta mundialmente
conhecida Miranda Gray detalha em seu novo livro, A Mulher Realizada,
como usar seu ciclo como uma alavanca para o sucesso na vida pessoal,
profissional e afetiva.