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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

INSS terá nova idade mínima em 2026: como a mudança impacta quem está perto de se aposentar?

Advogada Carla Benedetti explica como mudança deve alterar o planejamento de quem pretende se aposentar em breve

 

As regras da aposentadoria para beneficiários do INSS seguem em ajuste conforme o cronograma da Reforma da Previdência. A partir de janeiro de 2026, haverá um novo aumento na idade mínima para quem busca se aposentar por tempo de contribuição. 

O INSS informou que, em 2026, a idade mínima exigida será de 59 anos e 6 meses para mulheres, além de 30 anos de contribuição, e 64 anos e 6 meses para homens, com 35 anos de contribuição. A alteração faz parte da transição que eleva a idade a cada ano até chegar aos limites finais de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. 

Para quem está perto de se aposentar, isso significa que completar os requisitos apenas no início de 2026 pode exigir uma espera maior. Mesmo com todo o tempo de contribuição concluído, a idade passa a ser determinante para a concessão do benefício. Para a advogada Carla Benedetti, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP e doutoranda em Direito Constitucional, esse é um momento que exige atenção. Ela afirma que é essencial que o trabalhador revise todo o histórico de contribuições e identifique com clareza em qual regra de transição se encaixa. 

Segundo Carla Benedetti, quem adianta o pedido sem observar os novos critérios pode ter o benefício negado ou precisar aguardar mais tempo, o que afeta o planejamento financeiro e pessoal para o período pós-trabalho. Ela reforça que entender as regras vigentes é fundamental para evitar prejuízos. 

Outras formas de aposentadoria continuam válidas, como a regra dos pontos e os pedágios de 50% e 100%, que podem ser mais vantajosos para determinadas pessoas. Cada modalidade exige cálculos específicos e pode alterar o tempo de espera ou o valor final do benefício. 

Para muitos trabalhadores que esperavam se aposentar entre 2025 e 2026, o recado é claro: revisar o tempo de contribuição, conferir a documentação e planejar com cuidado. Em muitos casos, buscar orientação especializada pode fazer diferença no momento do pedido. 

Carla Benedetti também destaca a importância de checar o Cadastro Nacional de Informações Sociais para confirmar se todos os períodos de trabalho e contribuição foram registrados corretamente. Segundo ela, esse é o primeiro passo para evitar surpresas desagradáveis na hora de solicitar a aposentadoria.

 

Carla Benedetti - Ela é sócia da Benedetti Advocacia; mestre em Direito Previdenciário pela PUC/SP; doutoranda em Direito Constitucional também pela PUC/SP; membro da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina/PR; associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário); e coordenadora de pós-graduação em Direito Previdenciário.

 

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