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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Dia mundial de combate a Asma

9 dicas para pacientes com asma 

Com a mudança de temperatura, é preciso que pacientes fiquem atentos ao tratamento para evitar crises exacerbadas da doença e lotação de hospitais

 

Com a mudança brusca de temperatura durante o outono, crises de doenças respiratórias costumam se tornar constantes em todo país. Entre os tipos de pacientes, grande parte já possui doenças pré-existentes como as respiratórias crônicas, destacando-se a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (“DPOC”) e a asma como as mais prevalentes. 

No dia 2 de maio é comemorado o dia da conscientização do combate a asma. A doença atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil[[i]] e é usualmente caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, sendo infelizmente responsável por 7 óbitos por dia no país [ii]. Permanece como uma das maiores causas de falta de ar e chiado no peito em crianças, adolescentes e adultos[[iii]]. Seus sintomas podem causar sérios impactos na vida do paciente, como insônia, fadiga, diminuição do nível de atividade física e faltas na escola e no trabalho [[iv] [v]]. Ainda que não tenha cura, a asma, adequadamente tratada, pode ser controlada, permitindo a diminuição de riscos e, desta forma, a restauração da qualidade de vida. 

Porém, durante a pandemia de COVID-19, alguns pacientes não conseguiram manter seus tratamentos por medo de sair de casa ou do possível contágio o que, consequentemente, podem ter desencadeado exacerbações da doença durante esse ano. A interrupção do tratamento sem dúvida pode levar o paciente a confundir crises exacerbadas de asma com sintomas de contaminação por Covid-19 ou gripe. Daí a importância de abordar amplamente este assunto, conscientizar a população sobre a importância de manter o tratamento e até em aumentar o acesso a medicamentos que tratem da condição, visto que o diagnóstico precoce e tratamento adequado reduzem taxas de exacerbação (crises respiratórias), internação hospitalar e a mortalidade[[vi]]. 

O médico Pneumologista Dr. José Roberto Megda Filho lista 9 dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma e DPOC, podem seguir para reduzir a frequência das crises e manter a qualidade de vida

  1. Seguir regularmente o tratamento prescrito;
  2. Vacinar-se contra a COVID-19[vii], contra a gripe (influenza) anualmente e contra a pneumonia de acordo com as diretrizes e o Plano nacional de Imunização (PNI) em vigor;
  3. Realizar atividades físicas regularmente, seguindo o plano de orientação médica;
  4. Caso seja fumante, procurar ajuda do seu (sua) médico de confiança ou de um (a) pneumologista para cessar o hábito tabagista.
  5. Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos se estiver com sobrepeso ou obesidade, conforme orientação de um(a) nutricionista;
  6. Discutir com seu médico um plano de ação a ser seguido, caso haja uma piora dos sintomas.
  7. Procurar um serviço de saúde se não apresentar melhora seguindo o plano de ação proposto no item 6, se estiver com aumento significativo da falta de ar.
  8. Caso seja necessário ir até um hospital ou a consultas médicas, aconselha-se manter o uso de máscaras faciais, respeitar o distanciamento social, estar com as mãos higienizadas com álcool gel e caso esteja tossindo cobrir a boca com um lenço ou com o braço ( etiqueta da tosse).
  9. Não fumar cigarros, e-cigs, Vapes e quaisquer outro derivado do tabaco para evitar exacerbações graves da doença.

 

 

Boehringer Ingelheim  

 

 

[i] DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde, Ministério da Saúde, do Brasil, 2013.

[ii] Pizzichini MMM, Carvalho-Pinto RM, Cançado JED, Rubin AS, Cerci Neto A, et al. 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for the management of asthma. J Bras Pneumol. 2020 Mar 2;46(1):e20190307. 2.Barreto ML, RibeiroSilva Rde C, Malta DC, Oliveira-Campos M,Andreazzi MA, Cruz AA. Prevalence of asthma symptoms among adolescents in Brazil: National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE 2012). Rev Bras Epidemiol 2014;171:106--115.

[iii] Goulart FAA. Doenças Crônicas Não Transmissíveis: estratégias de controle e desafios e para os Sistemas de Saúde [Internet]. Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2011. [citado 2014 nov 14].

[iv] Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças respiratórias crônicas [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos); (Cadernos de Atenção Básica, 25). [citado 2014 nov 14].

[v] Gazzotti, Mariana Rodrigues, Oliver A. Nascimento et al. "Nível de controle da asma e seu impacto nas atividades de vida diária em asmáticos no Brasil." Jornal Brasileiro de Pneumologia 39.5 (2013): 532-538.

[vi] Pizzichini MMM, Carvalho-Pinto RM, Cançado JED, Rubin AS, Cerci Neto A, et al. 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for the management of asthma. J Bras Pneumol. 2020 Mar 2;46(1):e20190307.

[vii] Nota técnica Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) com orientações sobre asma e COVID-19.

 

Maio amarelo - ortopedistas ensinam a prevenir lesões no trânsito

 

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, todos os anos o mês de maio ganha a cor amarela. Segundo o Ministério da Saúde, as lesões causadas pelo trânsito representam a principal causa de morte, a décima primeira causa mais importante de todas as mortes e o nono fator contribuinte para a carga mundial de morbidade, além de centenas de milhares de pessoas feridas e - algumas delas - se tornam permanentemente incapacitadas. 

Os traumatismos mais comuns decorrente dos acidentes são as fraturas em membros inferiores, como no fêmur, tíbia e nos pés além de desgaste e problemas na coluna, quadril e ombros pela má postura na direção. “Geralmente, em acidentes, os pacientes apresentam diversas lesões devido à alta velocidade e impacto do trauma, já o descuido na postura ao dirigir pode levar a dores musculares e problemas sérios na coluna e lesões ligamentares graves nos joelhos”, afirmam os médicos ortopedistas Dr. Pedro Baches Jorge e Dr. Bruno Takasaki Lee, ambos de SP.

Em um acidente, o dano mais comum está diretamente ligado à coluna cervical e ao pescoço. “Na maioria das vezes, essas lesões são provocadas pelo movimento da cabeça em relação ao tórax na batida que pode ainda provocar inúmeros traumatismos, fraturas ósseas e intervenções cirúrgicas. Fraturas do úmero (osso do braço articulado ao ombro), por exemplo, geralmente afetam o paciente politraumatizado”, revela Dr. Pedro. 

E não são apenas os acidentes que podem causar problemas. Dr. Bruno avisa que o descuido ao dirigir também pode trazer consequências como o encurtamento dos músculos da coxa devido a longos períodos com os joelhos dobrados, fraqueza e desequilíbrio muscular e lesões como hérnias, fissuras e desgaste nos discos da coluna vertebral. “Dores agudas, aquelas que surgem pontualmente, também podem acometer aqueles que não se cuidarem atrás do volante - em especial na região das costas e ir desde a coluna cervical até a lombar”, fala. 

Para todos os descuidos, os médicos concordam podem ser corrigidos com a adoção de uma postura correta atrás do volante, aliada ao tratamento dos problemas adquiridos, podem ajudar a combater a progressão deles. “Quanto aos problemas musculares, o quadro é menos grave e mais simples de resolver se o motorista de manter ativo fisicamente e investir nos alongamentos e exercícios de fortalecimento muscular. Isso inclui a manutenção do peso corporal, evitando a obesidade e a prática diária de exercícios físicos”, finaliza Dr. Lee.
 

 

Dr. Pedro Baches Jorge - CRM 117.484 - Ortopedista Especialista em Joelho e Medicina Esportiva.

Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é especialista em Cirurgia do Joelho e Oncologia Ortopédica, Medicina Esportiva e Artroscopia. É responsável pelo Núcleo de Medicina do Joelho da Clínica SOU, Mestre e Doutorando em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo e também membro de seu Grupo de Trauma Esportivo, é membro do corpo clínico e membro cofundador do Núcleo de Medicina Esportiva do Hospital Sírio Libanês, Diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE) e também membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.
 

Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM: 120.229 - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo

Médico formado e Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés. Esta nova técnica, em sua opinião, revolucionou e continuará revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.


Rara, gravidez ectópica traz riscos para mãe e bebê


Segundo a FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a gravidez ectópica (fora do útero) acontece em 1% de todas as gestações do mundo, sendo que, dentro deste 1% das ectópicas, a possibilidade de nascer no ovário é de 1%. O risco de mortalidade materna é 90 vezes maior que uma gestação normal e o risco de o bebê falecer é de 95%. 

Por ser rara, a gravidez ectópica ainda é uma incógnita para muitas mulheres. Para esclarecer as principais dúvidas sobre essa condição, o Dr. Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da FEBRASGO e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade Conjugal e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO; listou pontos essenciais:

 

O que é a gravidez ectópica

Em uma gestação normal, um óvulo fertilizado passa pelas trompas de falópio e chega ao útero, local em que se implanta e começa o processo de formação do bebê. Já na gravidez ectópica, o óvulo fertilizado se implanta fora do útero, geralmente nas trompas de falópio. Quando isso acontece, a gestação não evolui, pois não há possibilidade de um embrião se desenvolver nesta região.

 

Possíveis causas

- Infecção: se uma das trompas de falópio estiver infeccionada, ela pode ficar inteiramente ou parcialmente fechada. Sendo assim, o óvulo fertilizado não consegue chegar ao útero. 

- Tecido cicatricial: o óvulo pode ter dificuldade de atravessar a trompa de falópio se o tecido cicatricial de uma infecção ou de uma cirurgia estiver bloqueando o percurso. 

- O formato das trompas de falópio: algumas mulheres podem ter um problema congênito nas trompas, como o crescimento acima do comum. Nestes casos, o óvulo fertilizado pode ter dificuldades para chegar ao útero.

 

Probabilidade de uma gravidez ectópica

- Mulher com mais de 35 anos de idade. 

- Histórico de gravidez ectópica anterior. 

- Histórico de cirurgia abdominal. 

- Histórico de doença pélvica inflamatória. 

- Gravidez após laqueadura ou com uso incorreto do DIU. 

- Fumante. 

- Histórico de endometriose.

 

Sintomas

É possível notar sintomas diferentes de uma gestação normal, principalmente entre a 4ª e 12ª semanas. Os sintomas são: 

- Dor aguda na pélvis, no abdômen ou até nos ombros e no pescoço. 

- Sangramento intenso ou leve. 

- Desconforto ao urinar ou defecar. 

- Fraqueza, tontura ou desmaios.

 

Diagnóstico

Os seguintes exames solicitados pelo médico podem identificar a gravidez ectópica: 

- Exame pélvico para avaliar dor, sensibilidade ou identificar massas no abdômen. 

- Ultrassonografia transvaginal para confirmar se a gestação está desenvolvendo no útero. 

- Teste de urina ou de sangue para medir o nível do HCG, hormônio da gravidez. Se estiver abaixo do normal, será necessário investigar uma possível gravidez ectópica.

 

Tratamento

Envolve a interrupção da gravidez por meio das seguintes opções: 

- Medicamento específico para absorção do tecido da gravidez ectópica. 

- Cirurgia minimamente invasiva, como uma laparoscopia, para remoção do tecido remanescente da gravidez ectópica e reparação da trompa de falópio afetada. 

- Remoção total ou parcial da trompa de falópio, caso tenha havido alargamento ou rompimento. 

- Monitoramento médico e checagem do nível de HCG, garantindo que o tecido ectópico tenha sido completamente removido.


Maio Roxo: o que pôr à mesa e o que evitar para a saúde da flora do "segundo cérebro"

No Mês da Conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais, especialistas alertam para a importância de uma alimentação saudável para o sistema gastrointestinal 

 

Para colorir o mês de maio e marcar o World IBD Day (Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, celebrado em 19 de maio), a campanha de conscientização Maio Roxo, encabeçada pelas Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), e Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB), visa conscientizar e alertar a sociedade para importância de diagnóstico precoce e tratamento dessas doenças. Segundo dados da SBCP, as doenças inflamatórias intestinais (DII) atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e a incidência média fica em torno de 7 para cada 100 mil habitantes, constatando progressivo aumento na ocorrência de novos casos. 

As DII são divididas em dois subtipos: colite ulcerativa com acometimento, principalmente do cólon, e Doença de Crohn, que pode afetar qualquer região do trato gastrointestinal. As pessoas comumente são acometidas por esses males no início da idade adulta, mas é possível ocorrer em qualquer fase da vida. Nos últimos anos, a prevalência tem aumentado, atingindo desde crianças até idosos. A causa é multifatorial e engloba fatores genéticos e ambientais, como o estilo de vida ocidentalizado, incluindo padrão alimentar caracterizado pelo alto consumo de proteínas e gorduras saturadas e baixa ingestão de vegetais, frutas e fibras que favorecem o ambiente pró-inflamatório, além de fatores como urbanismo, melhoria da higiene, aumento do uso de antibióticos e ingestão de anticoncepcionais orais. Todas essas condições interferem na microbiota do corpo como um todo, afetando as defesas naturais.


Eixo Cérebro-Intestino

A regra é clara: quem nunca sentiu dor de barriga em momentos de ansiedade ou estresse? Não é coincidência, visto que o cérebro e o sistema digestivo estão estritamente interligados. No intestino, estão presentes bactérias que compõem a “microbiota intestinal”. Os tipos e as quantidades desses microrganismos são influenciados pelo padrão alimentar, visto que os produtos da digestão interagem com essas bactérias, fazendo com que produzam substâncias que interferem em vias sistêmicas do corpo, inclusive as relacionadas às funções cerebrais, como é o caso do triptofano. O triptofano, por sua vez, é o aminoácido precursor da serotonina, ou seja, é necessário para que tenha a formação e a liberação desse hormônio, o qual está relacionado com o bem-estar. Por isso, as emoções influenciam na sensação geral de prazer, bem como a alimentação impacta a saúde cerebral. 


Alimentando as boas bactérias intestinais: o que pôr à mesa 

A alimentação saudável, tanto do ponto de vista qualitativo quanto do ponto de vista quantitativo, auxilia na prevenção e no tratamento das DII. A analista de P&D da Jasmine Alimentos, Erika Rodrigues explica que devemos priorizar a tradicional comida de verdade. “A base dessa alimentação deve conter verduras, como folhas em geral, alface, rúcula, agrião, legumes como, por exemplo, abobrinha, brócolis e couve-flor e frutas. As oleaginosas como, por exemplo, castanhas-do-pará, castanha de caju e amêndoa também são muito importantes. As sementes de abóbora, de gergelim, de linhaça e os grãos e cereais integrais como arroz integral, quinoa, aveia são indispensáveis. As leguminosas, ou seja, feijão, lentilha e ervilha e as fontes de proteínas com quantidades menores de gorduras saturadas, como peixes e ovos complementam o que chamamos de comida de verdade”, diz. 

Essa base de alimentação possui nutrientes e compostos bioativos que atuam diretamente na inativação de vias pró-inflamatórias, assim como na redução de substâncias relacionadas à inflamação, contribuindo para o controle da dor, cicatrização e reparação da mucosa. Ainda, atuam como pré e probióticos, proporcionando e preservando uma microbiota saudável, ou seja, crescimento e desenvolvimento de bactérias benéficas para a saúde intestinal.

Outro nutriente relevante é a fibra, visto que a ingestão adequada deste nutriente colabora com a redução do risco das DII a longo prazo. Esse nutriente está presente em frutas, verduras, legumes, leguminosas, grãos e cereais integrais, além de sementes de linhaça e de chia.

“Em relação aos compostos bioativos, sabe-se que o polifenol e suas classes flavonóides, estilbenos, ácidos fenólicos e lignanas têm propriedades anti-inflamatórias e podem reduzir o estresse oxidativo decorrente de patologias, podendo contribuir para a melhoria dos sintomas das doenças inflamatórias intestinais. Em outras palavras, priorize o consumo de vegetais e frutas como cebola, brócolis, alho e frutas vermelhas que possuem ação antioxidante e efeitos anti-inflamatórios”, detalha a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo.

Por fim, cabe ressaltar que os alimentos de coloração vermelha e roxa como uva, morango, framboesa, mirtilo, açaí, goji berry e cranberry também têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. “Uma dica imprescindível é o consumo do açafrão, também conhecido como cúrcuma. Seu uso diário foi relacionado com a remissão clínica da colite em pacientes que mantiveram o tratamento medicamentoso indicado para o quadro”, explica Adriana. 


O que não comer para o intestino inflamado

O ômega-6 é a família de ácidos graxos que, ao contrário do ômega-3, possui ação pró-inflamatória quando ingerido em quantidades elevadas, estando presentes em óleos vegetais e margarina. Segundo estudos, o risco de desenvolver colite ulcerativa é duas vezes maior em pacientes com alta ingestão de ômega-6. 

Ainda, a sucralose, sacarina, aspartame, ciclamato e outros adoçantes artificiais podem aumentar o risco de DII. Da mesma forma, emulsificantes também podem aumentar o risco de desenvolvimento de colite devido à alteração da microbiota e da mucosa intestinal, com possível supercrescimento de Escherichia coli e proteobactérias, que, consequentemente, aumentam a inflamação e danos intestinais.


SOS: fase de ativação da doença

“Quando o portador de DII estiver com a doença ativa, deve-se pensar em quais são os sintomas predominantes para que a dieta seja ajustada de forma a contribuir com a diminuição dos mesmos. De modo geral, o raciocínio é pensar nos alimentos que têm fácil digestibilidade para não demandar tanto do trato gastrointestinal, considerando que já está consideravelmente inflamado em decorrência da doença. Pensando nisso, alguns alimentos, apesar de serem saudáveis, podem ser reduzidos por um período até o restabelecimento da homeostase intestinal”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos. 

Os alimentos fermentáveis, oligo, di, monossacarídeos e polióis possuem carboidratos de cadeia curta que são mal absorvidos e podem desencadear inchaço abdominal, dor, flatulência e diarreia. Esses alimentos são: cebola, alho, ervilha, beterraba, couve, milho, couve-flor, maçã, pera, manga, melancia, pêssego, ameixa, abacate, leite de vaca, queijo fresco, ricota, feijão, grão-de-bico, soja, trigo, centeio, castanha de caju, pistache e industrializados com xarope de milho, glicose, sacarose e polióis (xilitol, manitol e sorbitol). Estudos apontam que 50% das pessoas que tiveram redução do consumo desse grupo de alimentos apresentaram melhora dos sintomas.

 

 Jasmine Alimentos

www.jasminealimentos.com


SOBOPE ressalta a importância do acompanhamento pediátrico para um diagnóstico precoce

  Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica destaca o trabalho dos pediatras em conjunto com oncologistas na luta contra o câncer

 

Durante a jornada contra o câncer, há diversos profissionais essenciais para a identificação da doença, tratamento e a cura da criança ou adolescente. Um deles é o médico pediatra, que atua principalmente no diagnóstico precoce. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça a importância do acompanhamento pediátrico para a saúde e bem-estar do público infantojuvenil. 

Apesar de o câncer ser uma doença que exige um alto grau de suspeição, é essencial que o profissional esteja atento aos sintomas. "O pediatra bastante atento e que conheça a criança, tende a efetuar uma suspeita diagnóstica o mais precocemente possível e fazer com que a criança chegue ao centro de tratamento com a doença menos avançada. Nessa situação, a chance de cura é muito maior", afirma Dr. Gustavo Ribeiro Neves, médico Oncologista e Hematologista, membro da SOBOPE. 

O pediatra que conhece o histórico de desenvolvimento da criança consegue distinguir sintomas que às vezes são muito sutis. Para Neves, o acompanhamento regular permite que a criança tenha um apoio, que haja uma orientação aos pais para crescimento, atenção em relação às vacinas e tudo aquilo que envolve os cuidados com a criança, além de possibilitar que sintomas discretos sejam notados mais rapidamente. “Assim, o médico conseguirá realizar um diagnóstico melhor e com mais assertividade”. 

Após o diagnóstico de câncer, as visitas de rotina ao pediatra continuam sendo necessárias. Em conjunto com o oncologista, o especialista irá observar o desenvolvimento da criança durante e após o tratamento oncológico, que pode deixar sequelas. 

"O pediatra precisa ser, pelo menos, orientado pelo oncologista sobre quais são as sequelas esperadas após aquele tratamento. Os oncologistas conseguem ter uma expectativa de complicações baseada no tipo e intensidade do tratamento feito pela criança. O profissional deve estar atento a essas complicações, pois podem acontecer apenas no futuro, quando o oncologista não estará mais tão presente no acompanhamento", conclui Dr. Gustavo.


Professora de Nutrição do Centro Universitário São Camilo explica o Processo de Educação Alimentar e Nutricional para evitar a obesidade infantil

 

A obesidade infantil é uma doença multifatorial em que a criança fica acima do peso para a sua idade. No Brasil temos 6,4 milhões de crianças com excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade, de acordo com pesquisa mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde, em 2021. A professora do curso de Nutrição e do Mestrado Profissional em Nutrição do Centro Universitário São Camilo, Deborah Masquio, explica o Processo de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) para que os pais de crianças obesas planejem uma mudança no estilo de vida.  

  

Primeiramente, é importante entendermos o por que de algumas crianças se tornarem obesas. A professora explica que elas, em geral, ganham peso com facilidade devido ao consumo de calorias para além de suas necessidades, assim como à ingestão de alimentos ultraprocessados, que são industrializados e ricos em açúcar e gordura. De acordo com dados recentes publicados pelo Ministério da Saúde em 2022, 88% das crianças entre 5 e 9 anos consomem alimentos ultraprocessados.  

  

Outros fatores que não os alimentares também são aliados da obesidade infantil: “As horas despendidas excessivamente em telas de meios eletrônicos leva ao sedentarismo e ao consumo alimentar desequilibrado e excessivo, e isto também influencia no ganho de peso", alerta a professora do Centro Universitário São Camilo.  

  

Segundo Deborah, como consequência da obesidade infantil, surgem doenças como alteração da glicemia, colesterol, pressão arterial, excesso de gordura no abdômen - conhecida como gordura visceral -, resistência à ação da insulina, acúmulo de gordura no fígado, alterações ortopédicas e respiratórias e problemas emocionais de ansiedade e depressão. Além disso, é muito comum crianças consideradas obesas sofrerem bullying.  

  

Para que não chegue a este ponto crítico, a professora alerta aos pais o planejamento de uma mudança no estilo de vida para cuidar da alimentação do filho, selecionando todos os alimentos que serão consumidos e incentivando a criança a praticar atividade física.


Por que é importante suplementar ácido fólico durante a gestação?

 

O folato ou vitamina B9 é uma vitamina do complexo B imprescindível na formação de glóbulos vermelhos e para o crescimento e função celular saudável. O nutriente é crucial durante o início da gravidez para reduzir o risco de defeitos congênitos do cérebro e da coluna vertebral. Na gestante, a carência de vitamina B9 leva a anemia e maior risco de pré-eclâmpsia.

A carência de vitamina B9 está relacionada à má formações fetais, abortos, além de diferentes graus de retardo mental e de dificuldades de aprendizagem escolar. Sua deficiência também pode levar à ansiedade, depressão, cansaço, queda de cabelo, glossite e hipertensão em gestantes.

O folato é encontrado principalmente em vegetais folhosos verde-escuros, feijões, ervilhas e nozes. Frutas ricas em folato incluem laranjas, limões, bananas, melão e morango. 

A forma sintética do folato é o ácido fólico, sendo um componente essencial das vitaminas pré-natais e está em muitos alimentos fortificados, como cereais e massas.

Contudo, estudos atuais indicam que a melhor forma de suplementação seria o metilfolato, que é a vitamina B9 na sua forma ativa. Isso porque muitas pessoas apresentam polimorfismos genéticos que impossibilita a conversão do ácido fólico na sua forma ativa. Assim sendo, suplementar metilfolato ultrapassa esse obstáculo bioquímico.

Sobretudo, podemos otimizar ainda mais sua absorção, suplementando na forma sublingual. Dessa forma, potencializamos a biodisponibilidade do metilfolato, absorvendo-o sem a passagem pela barreira microbiana e do trato gastrointestinal.

O metilfolato é responsável pela redução dos níveis de homocisteína, uma substância tóxica relacionada à doenças cardiovasculares, renais e neurológicas.

Ademais, o metilfolato é essencial para as reações de metilação, processo fundamental na regulação dos genes, na formação de membranas e da bainha da mielina, sendo essencial na formação fetal.

Como grande parte da vitamina B9 é transmitida ao feto pela placenta, a gestante pode ter carência desse nutriente fundamental, podendo inclusive sofrer de depressão visto sua essencialidade na síntese de neurotransmissores relacionados ao humor e motivação como a serotonina e a dopamina.

Lembrando que tentantes também devem obter uma boa oferta de vitamina B9 visando a programação de uma gestação saudável.

A quantidade diária recomendada de folato para adultos é de 400 microgramas. Contudo, a demanda por folato aumenta durante a gravidez porque também é necessária para o crescimento e desenvolvimento do feto.

Para garantir que as mulheres tenham estoques adequados de folato durante a gravidez, os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e o Instituto de Medicina recomendaram que 600 mcg de ácido fólico sejam tomados diariamente por mulheres grávidas e que essa suplementação seja continuou durante toda a gravidez é reduzido para 500 mcg durante a lactação.

Portanto, a vitamina B9 é necessária para uma boa saúde gestacional e a suplementação na forma de metilfolato é a melhor forma de corrigir sua carência ou manter seus níveis de excelência no organismo.

  


Alessandra Feltre - nutricionista da Puravida

 

Pessoas com dores nas articulações têm sintomas agravados mais no frio? Ortopedista explica

Dr. David Gusmão tira dúvidas sobre como o frio pode piorar as dores causadas pela artrose.



Você já ouviu falar ou é uma daquelas pessoas que sofrem com dores nas articulações nas épocas mais frias do ano? Muitos acreditam que esse aumento de dores é mito, mas não é. O médico ortopedista David Gusmão explicou que o tempo frio faz, sim, com que as articulações que têm algum grau de artrose doam mais.

Segundo o médico, “não é à toa que pacientes de mais idade procuram se mudar também para locais mais quentes. Antigamente, Miami era um reduto de aposentados muito em função das dores articulares de doenças respiratórias, onde um tempo quente diminui a dor articular, como também nas articulações de quem tem artrose e as doenças respiratórias”.

David contou que outro fato interessante é que as articulações que têm artrose ou ossos que sofreram alguma fratura, costumam doer mais quando está para chover.

“Isso acontece porque quando o tempo está fechando e está próximo de chover ocorre uma mudança da pressão atmosférica e muitas vezes a pressão intraóssea de uma articulação que está com desgaste de um osso, que teve uma fratura, não consegue se equilibrar na velocidade adequada, na velocidade rápida o suficiente a essa mudança de pressão atmosférica de quando está pra chover. Então, o tempo frio causa mais dor articular em quem tem artrose e as mudanças bruscas de pressão atmosférica de quando está pra chover”, explicou.

Gusmão também disse que “não é à toa que articulações que estão com um processo de artrose costumam melhorar quando se usa uma bolsa de água quente. A artrose prefere o calor!”.

O ortopedista informou que as pessoas sempre confundem: se a gente está com alguma dor devemos usar frio ou calor?

“Quando a pessoa fez um exercício, teve um traumatismo, ou fez um exercício extenuante e aquela articulação que ela tem artrose está doendo, imediatamente após exercício colocar gelo é uma boa alternativa. Porém, se a pessoa tem uma articulação com artrose e essa dor vem sem ser relacionada com um exercício, aí o calor costuma ser melhor.”

Além disso, o médico também afirmou que podemos observar esse fenômeno da seguinte forma: “quando a pessoa tem alguma articulação com artrose, em um grau médio, por exemplo, e ela começa uma atividade física, o corpo aquece, aumenta lubrificação, aumenta a flexibilidade do tecido de colágeno, que o tecido de colágeno responde a temperatura ficando mais flexível. A lubrificação daquela articulação aumenta no início da atividade física e com corpo aquecido isso diminui os sintomas. O corpo frio, parado, pouca lubrificação, pouca elasticidade do colágeno causa mais dor articular”, finalizou.



 

Dr. David Gusmão (CREMERS 24792) - Médico Ortopedista, especialista em Quadril e Cartilagem. Formado em Medicina pela PUC do Rio Grande do Sul e com diversas especializações nos Estados Unidos e Europa. A sua missão é preservar a função do quadril com as melhores e mais modernas técnicas da medicina.

Sobre: https://instagram.com/davidgusmao?igshid=YmMyMTA2M2Y=


Falta de conhecimento e tratamento errado levam a 2 mil mortes por asma por ano

Chiado no peito e tosse estão entre os sintomas

                        03/05 – Dia Mundial da Asma 

 

"Os desafios a serem vencidos no tratamento da asma". Esse é o tema do Dia Mundial da Asma deste ano, que acontece amanhã, 03 de maio, e é organizado pela Global Initiative for Asthma (GINA) e promovido no Brasil pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) com o objetivo de aumentar a conscientização da asma em todo o mundo. A asma acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano.

 

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética.

 

Os principais sintomas da asma em decorrência da inflamação dos brônquios são falta de ar, chiado no peito, tosse, sensação de cansaço e dor no peito, manifestação clínica normalmente acentuada após esforço físico e até mesmo ao falar e rir.

 

Desafios – É possível controlar os sintomas da asma para prevenir e reduzir as crises, também chamadas de episódios de exacerbações. O Dr. Pedro Giavina Bianchi, coordenador do Departamento Científico de Asma da ASBAI, conta que são muitos os desafios para se chegar ao controle da doença, entre eles a dificuldade de conseguir que o paciente dê continuidade ao tratamento proposto pelo especialista. “Ainda é muito comum se ouvir que a bombinha para asma vicia e que quando as crises melhoram, não precisa mais seguir com a medicação”, conta Dr. Bianchi.

 

Além do abandono do tratamento pelo paciente, há uma série de lacunas no cuidado da asma que requerem intervenção, como o custo e acesso aos medicamentos. Outros desafios apontados por especialistas são:   

  • Igualdade de acesso ao diagnóstico e tratamento
  • a comunicação e cuidados através da interface de atenção primária/secundária/terciária
  • o conhecimento da asma e a conscientização da doença entre os profissionais de saúde
  • a prescrição de inaladores e o monitoramento da adesão e capacidade de uso desses dispositivos
  • a conscientização do público em geral (que não tem asma) e dos profissionais de saúde de que a asma é uma doença crônica e não aguda

 

Tratamento – A base do tratamento da asma é com corticosteroides inalados para controle da inflamação brônquica, redução de sintomas e das exacerbações. Essas medicações não devem ser abandonadas, nem tampouco retiradas do tratamento do paciente com asma sem a devida supervisão médica.

 

“Durante as crises de asma, o uso de corticosteroide oral em doses preconizadas deverá ser utilizado com parcimônia e sob orientação médica. A falta de controle da doença pode resultar em crises graves e levar até à morte”, comenta Dr. Pedro Bianchi.

 



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Se diagnosticado precocemente, câncer de colo de útero tem um índice de cura de 100%

A ginecologista e obstetra do Hospital Sapiranga, Andreia Meine, reforça a importância da prevenção ao terceiro câncer que mais atinge mulheres no Brasil

 

Conscientizar a população feminina a respeito do câncer de colo de útero, com ênfase nas medidas preventivas é um dos objetivos do Hospital Sapiranga. A iniciativa tem grande valor na atenção à saúde da mulher, tendo em vista que, em 2021, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, 270 mulheres morreram no país devido à doença.

Terceiro tumor maligno mais comum no público feminino brasileiro, o câncer de colo de útero tem um índice de cura de 100% se diagnosticado precocemente, conforme a ginecologista e obstetra do Hospital Sapiranga, Andreia Meine.

“É importante na prevenção desse câncer a vacinação contra o HPV, disponível nos Serviços de Saúde para mulheres de 11 a 26 anos. As infecções genitais por HPV (papiloma vírus humano) estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento de câncer de colo de útero, portanto, a vacinação de grandes populações trará uma queda na incidência desse tipo de câncer”, explica a médica.

 Muitas vezes não há apresentação de sintomas, sendo o diagnóstico feito a partir da coleta de um “pré-câncer” (exame realizado por profissional habilitado que coleta células do colo do útero que são, posteriormente, analisadas em laboratório). Quando presentes, os sintomas são bem inespecíficos, como corrimento vaginal, sangramento vaginal irregular ou sangramento após as relações sexuais. É fundamental, deste modo, prestar atenção aos exames preventivos. A recomendação de coleta de citopatológico de colo de útero é a partir do primeiro ano da primeira relação sexual, de forma anual, pelo menos até os 50 anos de idade. A partir daí pode-se intervalar em dois anos a coleta do exame, se o resultado dos anteriores foi sempre normal.

 

 

Julian Schumacher


Tenho alergia a ovo, posso tomar a vacina da gripe?

Alergista tira dúvidas sobre a segurança do imunizante, que usa o alimento como um insumo de produção.

 

Ouvimos falar muito - e muitas vezes - sobre a alergia ao leite e a intolerância à lactose (sim, são coisas diferentes!), mas sabia que uma das alergias mais comuns é ao ovo? Um alimento tão comum no dia a dia, existem muitas pessoas que sofrem com reações alérgicas, das mais brandas às mais graves, por conta dele. 

Mas o ovo, como é de se pensar, não aparece apenas na alimentação. Ele é utilizado de uma série de maneiras, inclusive como insumo de vacinas. Vamos entender melhor sobre o assunto abaixo: 


Alergia a ovo: o que é e como se manifesta? 

"Os sintomas de alergia acontecem quando o nosso sistema imunológico se torna sensível e apresenta uma resposta alérgica inflamatória a uma de suas proteínas", explica a alergista e imunologista pela USP Dra. Brianna Nicoletti. 

Falando especificamente do ovo, essa alergia pode se manifestar de algumas formas: 

  • Imediata: alguns minutos ou horas após a ingesta, o corpo sofre com vermelhidão e inchaços na pele, coceira, coriza, tosse, chiado no peito, dificuldade na respiração, dor de estômago, náuseas, vômitos e diarreia, além de sangramento intestinal.
  • Tardia: até alguns dias após a ingesta, o paciente sofre com eczemas no corpo, lesões mais grosseiras, vermelhas e descamativas em dobras e/ou na face.

"O diagnóstico de alergia deve ser feito associando uma história clínica detalhada, além de exame físico do paciente e exames específicos, como testes cutâneos e/ou exames de sangue e, até mesmo, teste terapêutico de exclusão e reintrodução", continua.

 

Alergia a ovo X Vacina contra gripe 

A vacina contra gripe é essencial no combate a circulação do vírus influenza entre a população, especialmente no momento do ano em que estamos agora; o início do outono. 

Como a alergia ao ovo responde como a segunda principal causa de alergia a alimentos na infância, e a vacina da gripe ser cultivada em fluidos de ovos embrionários de galinhas, é comum que os pacientes tenham dúvidas sobre a segurança do imunizante nesses casos. 

Mas, não há motivo para medo: a vacina é totalmente segura, mesmo em caso de alergia ao alimento. Segundo o Departamento de Alergia Alimentar da ASBAI, as recomendações a esse respeito são as seguintes: 

  • Pacientes alérgicos a ovo podem receber a vacina a partir do 6.º mês de vida.
  • Pacientes com histórico de anafilaxia ao ovo devem, de preferência, ser vacinados em ambiente seguro, sob supervisão médica.
  • A vacina não deve ser aplicada em doses fracionadas para os alérgicos a ovo.


No mais, a observação pós-vacinação será necessária apenas se o médico assim a considerar. Caso contrário, não existe a necessidade de precauções adicionais. 

"Tendo em vista o perfil de segurança e o benefício da imunização, a ASBAI e nós, alergistas, nos posicionamos altamente favoráveis à vacinação contra a gripe em pacientes alérgicos ao ovo", finaliza a profissional.

 

Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Saiba identificar se você possui Erosão Dentária.


Fique Alerta Para Esse Problema.

 

Com a mudança de hábitos, a população começou a sofrer com novos problemas de saúde. Entre esses problemas, se encontra diversos que são bucais, um deles é a erosão dentária. 

A cirurgiã dentista especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde, explica que a erosão dentária define-se do desgaste do esmalte dos dentes provocado pelo contato excessivo de ácidos e/ou quelante, sem envolvimento de bactérias. Isso gera um grande problema, o desgaste deixa a dentina vulnerável, tornando os dentes mais suscetíveis a cáries, infecções e inflamações. 

Os ácidos responsáveis pela erosão não são produtos da flora bucal, podendo ser de origem da dieta, ocupação ou fontes intrínsecas. De acordo com Imfeld4 (1996), a classificação pode ser baseada na etiologia, sendo dividida em: 

• erosão extrínseca: Comidas e bebidas, especialmente frutas, suco de frutas e refrigerantes, podem conter uma variedade de ácidos danosos ao dentes; assim como ácidos presentes no ar de ambientes de trabalho, piscinas com monitoramento do pH deficiente e administração oral de medicamentos.
• erosão intrínseca: Por desordens psicossomáticas como bulimia e a anorexia, Desordens somáticas envolvendo períodos de gravidez, alcoolismo e problemas gastrointestinais, com recorrentes quadros de refluxos, regurgitações e vômitos.

• erosão idiopática: quando o diagnóstico não se faz possível por meio de exames clínicos ou anamnese.


Sabe como identificar se possui erosão dentária? Fique atento aos seguintes sinais:

1 -- Hiper sensibilidade dentária.

“A hipersensibilidade dentária é caracterizada por dores de curta duração, aguda e súbita, devido a exposição dentinária em resposta a estímulos térmicos como o contato com um alimento quente ou muito gelado.” Relata Dra. Bruna. 

Os dentes possuem camadas de tecido com funções exclusivas. Uma dessas camadas, chamada dentina, fica logo abaixo da superfície do esmalte. Os túbulos que passam pela dentina ajudam a perceber as sensações nos dentes. Embora façam parte da função normal dos dentes, podem surgir problemas. 

São diversas as causas que podem contribuir para o problema, que podem levar à exposição dos túbulos dentinários causando a sensibilidade, entre elas, a erosão por dietas ácidas, escovação inadequada, interferências oclusais , uso de abrasivos (substâncias naturais ou sintéticas que possuem a ação de desgastar os dentes), contaminação bacteriana, recessão gengival, entre outros. 

Estudos relatam que a hipersensibilidade dentinária afeta 35% da população mundial. De acordo com as pesquisas, essa hipersensibilidade afeta 1 a cada 6 pessoas, sendo maior o índice em indivíduos na faixa etária dos 30 anos.
 

2 -- Transparência nas pontas dos dentes.

A Dra. Bruna Conde alerta que um conjunto de maus hábitos pode ser o principal responsável pelo desenvolvimento de transparência na ponta dos dentes. A perda de estrutura dentária nas pontas dos dentes frontais, utilizados para morder os alimentos, pode ser causada por ácido gástrico ou regurgitação, e também a ingestão de alimentos ácidos. Isso significa que os dentes passam por um processo de erosão que acaba agravando ao longo dos anos. 

A erosão dentária pode acarretar diversos problemas para a saúde bucal, estética e mastigação. Isto acontece porque ela realiza a desmineralização dos dentes, provocando sensibilidade dentária, por exemplo. Esse enfraquecimento pode se tornar uma perda da estrutura dentária nas pontas dos dentes frontais (utilizados para morder os alimentos), deixando-os com uma aparência transparente. Além disso, é capaz de provocar fissuras nos dentes.

“É possível intervir esse processo, desde que se observe a causa do problema, para escolher o tratamento mais adequado. Porém, o problema não estará resolvido por completo se os maus hábitos continuarem os mesmo, procure o auxilio de um especialista odontológico capacitado para obter um direcionamento correto.” Ressalta Bruna Conde.
 

3 -- Fissuras e rachaduras nos dentes.

O dente trincado acontece quando existe uma rachadura no esmalte dentário, que pode ser aparente ou não. Dependendo do caso, a rachadura pode ser tão pequena que somente por meio de uma radiografia é possível identificá-la. 

A fissura dentária geralmente é uma fenda que percorre a superfície ou a face lateral do dente ou molar. No entanto, às vezes a fissura vem na forma de furos muito pequenos.

De acordo com a cirurgiã dentista Bruna Conde, ter uma fissura dentária não é necessariamente sinônimo de ser vítima de uma dor terrível. Além disso, isso só ocorre quando o dente é realmente dividido com a separação de fragmentos. Uma simples sensibilidade dentária pode estar anunciando a presença de uma fissura. Se suspeitar que você tem um dente quebrado, não hesite em agendar uma consulta com o dentista, pois as consequências de uma fissura não tratada podem ser devastadoras. Leve em consideração os seguintes sintomas:
 

• Dor na mastigação;
• Dor repentina;
• Sensibilidade dentária;
• Desconforto da mordida.


A partir do diagnóstico podem-se instituir métodos preventivos, para que se possa atuar sobre os fatores das causas da lesão, com o objetivo de impedir sua formação ou progressão, buscando a restituição da forma, função e estética. 

A Dra. Bruna Conde indica que a prevenção da erosão pode ser estabelecido de duas maneiras: pelo enfraquecimento do potencial erosivo dos ácidos ou pelo aumento na resistência dos dentes.

A utilização de bochechos com flúor e cremes dentais fluoretados tem sido um método preventivo, uma vez que o flúor aumenta a resistência do esmalte à dissolução provocada pelos ácidos. 

Se a erosão tiver como etiologia a dieta, deve-se diminuir a frequência de consumo de comidas ácidas e restringir seu consumo juntamente com as refeições. A ingestão de bebidas ácidas deve ser realizada, preferencialmente, de forma rápida ou utilizando-se canudo.
 
O dentista deve ser capacitado e realizar o diagnóstico preciso e global para evitar que o problema retorne ou persista. O paciente deve estar ciente de todos os cuidados. Uma equipe multidisciplinar pode ser necessária para bem estar completo do paciente.



Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


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