9 dicas para pacientes com asma
Com a mudança de temperatura, é
preciso que pacientes fiquem atentos ao tratamento para evitar crises
exacerbadas da doença e lotação de hospitais
Com a mudança brusca de temperatura durante o outono, crises de doenças respiratórias costumam se tornar constantes em todo país. Entre os tipos de pacientes, grande parte já possui doenças pré-existentes como as respiratórias crônicas, destacando-se a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (“DPOC”) e a asma como as mais prevalentes.
No dia 2 de maio é comemorado o dia da conscientização do combate a asma. A doença atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil[[i]] e é usualmente caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, sendo infelizmente responsável por 7 óbitos por dia no país [ii]. Permanece como uma das maiores causas de falta de ar e chiado no peito em crianças, adolescentes e adultos[[iii]]. Seus sintomas podem causar sérios impactos na vida do paciente, como insônia, fadiga, diminuição do nível de atividade física e faltas na escola e no trabalho [[iv] [v]]. Ainda que não tenha cura, a asma, adequadamente tratada, pode ser controlada, permitindo a diminuição de riscos e, desta forma, a restauração da qualidade de vida.
Porém, durante a pandemia de COVID-19, alguns pacientes não conseguiram manter seus tratamentos por medo de sair de casa ou do possível contágio o que, consequentemente, podem ter desencadeado exacerbações da doença durante esse ano. A interrupção do tratamento sem dúvida pode levar o paciente a confundir crises exacerbadas de asma com sintomas de contaminação por Covid-19 ou gripe. Daí a importância de abordar amplamente este assunto, conscientizar a população sobre a importância de manter o tratamento e até em aumentar o acesso a medicamentos que tratem da condição, visto que o diagnóstico precoce e tratamento adequado reduzem taxas de exacerbação (crises respiratórias), internação hospitalar e a mortalidade[[vi]].
O médico Pneumologista Dr. José Roberto Megda Filho
lista 9 dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como
asma e DPOC, podem seguir para reduzir a frequência das crises e manter a
qualidade de vida
- Seguir regularmente o tratamento prescrito;
- Vacinar-se contra a COVID-19[vii], contra a gripe (influenza)
anualmente e contra a pneumonia de acordo com as diretrizes e o Plano
nacional de Imunização (PNI) em vigor;
- Realizar atividades físicas regularmente, seguindo o plano de
orientação médica;
- Caso seja fumante, procurar ajuda do seu (sua) médico de confiança
ou de um (a) pneumologista para cessar o hábito tabagista.
- Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos se estiver com
sobrepeso ou obesidade, conforme orientação de um(a) nutricionista;
- Discutir com seu médico um plano de ação a ser seguido, caso haja
uma piora dos sintomas.
- Procurar um serviço de saúde se não apresentar melhora seguindo o
plano de ação proposto no item 6, se estiver com aumento significativo da
falta de ar.
- Caso seja necessário ir até um hospital ou a consultas médicas,
aconselha-se manter o uso de máscaras faciais, respeitar o distanciamento
social, estar com as mãos higienizadas com álcool gel e caso esteja
tossindo cobrir a boca com um lenço ou com o braço ( etiqueta da tosse).
- Não fumar cigarros, e-cigs, Vapes e quaisquer outro derivado do
tabaco para evitar exacerbações graves da doença.
Boehringer Ingelheim
[i] DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde,
Ministério da Saúde, do Brasil, 2013.
[ii] Pizzichini MMM, Carvalho-Pinto RM, Cançado JED, Rubin AS,
Cerci Neto A, et al. 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for
the management of asthma. J Bras Pneumol. 2020 Mar 2;46(1):e20190307. 2.Barreto
ML, RibeiroSilva Rde C, Malta DC, Oliveira-Campos M,Andreazzi MA, Cruz AA.
Prevalence of asthma symptoms among adolescents in Brazil: National Adolescent
School-based Health Survey (PeNSE 2012). Rev Bras Epidemiol 2014;171:106--115.
[iii] Goulart FAA. Doenças Crônicas Não Transmissíveis:
estratégias de controle e desafios e para os Sistemas de Saúde [Internet].
Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2011. [citado 2014 nov 14].
[iv]
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Doenças respiratórias crônicas [Internet]. Brasília: Ministério
da Saúde; 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos); (Cadernos de Atenção
Básica, 25). [citado 2014 nov 14].
[v]
Gazzotti, Mariana Rodrigues, Oliver A. Nascimento et al. "Nível de
controle da asma e seu impacto nas atividades de vida diária em asmáticos no
Brasil." Jornal Brasileiro de Pneumologia 39.5 (2013): 532-538.
[vi] Pizzichini MMM, Carvalho-Pinto RM, Cançado JED, Rubin AS,
Cerci Neto A, et al. 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for
the management of asthma. J Bras Pneumol. 2020 Mar 2;46(1):e20190307.
[vii] Nota técnica Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia (SBPT), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Brasileira
de Alergia e Imunologia (ASBAI) com orientações sobre asma e COVID-19.
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