Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica destaca o trabalho dos pediatras em conjunto com oncologistas na luta contra o câncer
Durante a jornada contra o câncer, há diversos profissionais essenciais para a identificação da doença, tratamento e a cura da criança ou adolescente. Um deles é o médico pediatra, que atua principalmente no diagnóstico precoce. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça a importância do acompanhamento pediátrico para a saúde e bem-estar do público infantojuvenil.
Apesar de o câncer ser uma doença que exige um alto grau de suspeição, é essencial que o profissional esteja atento aos sintomas. "O pediatra bastante atento e que conheça a criança, tende a efetuar uma suspeita diagnóstica o mais precocemente possível e fazer com que a criança chegue ao centro de tratamento com a doença menos avançada. Nessa situação, a chance de cura é muito maior", afirma Dr. Gustavo Ribeiro Neves, médico Oncologista e Hematologista, membro da SOBOPE.
O pediatra que conhece o histórico de desenvolvimento da criança consegue distinguir sintomas que às vezes são muito sutis. Para Neves, o acompanhamento regular permite que a criança tenha um apoio, que haja uma orientação aos pais para crescimento, atenção em relação às vacinas e tudo aquilo que envolve os cuidados com a criança, além de possibilitar que sintomas discretos sejam notados mais rapidamente. “Assim, o médico conseguirá realizar um diagnóstico melhor e com mais assertividade”.
Após o diagnóstico de câncer, as visitas de rotina ao pediatra continuam sendo necessárias. Em conjunto com o oncologista, o especialista irá observar o desenvolvimento da criança durante e após o tratamento oncológico, que pode deixar sequelas.
"O pediatra precisa ser, pelo
menos, orientado pelo oncologista sobre quais são as sequelas esperadas após
aquele tratamento. Os oncologistas conseguem ter uma expectativa de complicações
baseada no tipo e intensidade do tratamento feito pela criança. O profissional
deve estar atento a essas complicações, pois podem acontecer apenas no futuro,
quando o oncologista não estará mais tão presente no acompanhamento",
conclui Dr. Gustavo.
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