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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Faz sentido falarmos em Facebook vs. Instagram?


As recentes discussões sobre investimentos das marcas em redes sociais, principalmente pertencentes ao Facebook, também despertaram debates sobre a importância dessas ferramentas no alcance de público. Fato é que Instagram e Facebook são - e devem continuar sendo - líderes quando o assunto são os investimentos em publicidade digital. Hoje, mais de 6 milhões de profissionais de marketing dedicam esforços de campanhas nessas plataformas. Além disso, seu volume de usuários é desafiador para qualquer outra rede em busca de destaque nas escolhas desses profissionais.

Ao longo dos anos temos visto um constante investimento das redes de Zuckerberg em formatos cada vez mais diferentes para atração do público. Com isso, o Instagram passou a ganhar destaque em relação ao "irmão mais velho". Para se ter uma ideia, estimativas revelam que a contribuição do Instagram para a receita do Facebook passou de US$ 3.4 bilhões em 2016 para US$ 20 bilhões em 2019, correspondendo a quase 30% do total. Além disso, em 2020, o Instagram ampliou sua liderança sobre o Facebook durante a pandemia, com uma audiência global 28% maior. E essa diferença de público e posicionamento das redes também se aplica às interações, que chegam a ser 16 vezes maior no Instagram do que os resultados encontrados no Facebook, que por sua vez viu seu engajamento crescer consideravelmente no primeiro trimestre do ano com o maior número de pessoas em casa em razão da pandemia.

Todos esses números nos levam a crer que existe uma competição entre as redes ou, para alguns mais críticos, esse pode ser o início do fim do Facebook. Mas seria isso possível? Mais do que acreditarmos que uma plataforma ou outra deixará de existir - ou seguirmos fomentando esse embate, entendo que é preciso voltarmos o olhar para um outro ponto: a evolução dos profissionais e equipes de marketing para entender a diferença entre elas e como explorar cada vez melhor seus recursos para criar campanhas cada vez mais assertivas.

 

 

Enquanto o Instagram lidera o envolvimento e o tamanho do público, as marcas ainda publicam mais no Facebook. Afinal, as plataformas diferem na maneira como os usuários interagem com elas, sendo o Facebook frequentemente a escolha de conteúdo mais informativo enquanto o Instagram é altamente eficaz para promover o engajamento e alcançar grandes públicos e é cada vez mais o lugar certo para as empresas se mostrarem de maneira criativa, estimularem engajamento e aumentarem o reconhecimento da marca. Enquanto isso, o Facebook continua sendo a melhor opção para alcançar segmentos específicos do público e transformar leads em clientes.

Nem toda indústria encontrará sucesso em ambas as plataformas, muitas vezes vemos a necessidade das marcas escolherem o caminho mais efetivo para comunicação com o seu público e isso muitas vezes se dará em apenas uma delas. Isso serve como prova de que as plataformas não se substituem, mas devem ser analisadas separadamente de acordo com os objetivos das ações digitais. Cada vez mais, o imperativo para os profissionais de marketing é se concentrar na otimização do conteúdo da publicidade e na personalização de suas experiências com anúncios. A escolha de estratégias similares entre os canais não trará os resultados desejados.

Para tirar o máximo proveito do Facebook e do Instagram, é importante conhecermos os diferentes formatos de anúncio disponíveis em cada uma e seus pontos fortes e fracos. As equipes de marketing digital têm como aliadas - e não combatentes - em suas campanhas duas das maiores redes sociais do mundo, que também residem na vanguarda da tecnologia e inovação e que continuarão a evoluir para atender, compreender e contribuir para relação das marcas com os desejos, sentimentos e comportamentos dos consumidores. Mais do que um embate entre plataformas, afinal as duas fazem parte de uma mesma empresa, temos pela frente uma luta dos profissionais e marcas para criar conteúdos cada vez mais eficazes para cada canal e que sejam reconhecidos pelo público por uma postura autêntica.





Alexandra Avelar - country manager da Socialbakers no Brasil, empresa líder global em soluções para a otimização de performance corporativa em redes sociais

 

Consumidor é atraído com falsa promessa feita em nome do Grande Prêmio Brasil de Fórmula-1

O Procon-SP irá apurar golpe em que criminosos utilizam o nome do Grande Prêmio Brasil de Fórmula-1 para enviar falsas mensagens pelas redes sociais e obter os dados do consumidor. Os organizadores do evento já informaram que não são responsáveis pelas mensagens.

Enviada por uma suposta conta do Grande Prêmio Brasil de Fórmula-1, a mensagem pede que a vítima faça um cadastro com os seus dados para participar de um sorteio cujo prêmio seria um tour no autódromo de Interlagos. Em seguida, é enviado um link de verificação para o consumidor acessar. O consumidor não deve enviar seus dados, nem clicar no link.

O Procon-SP também irá pedir abertura de inquérito policial no Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).

Algumas dicas para evitar cair em golpes

* não acredite em ofertas de ajuda, sorteio, dinheiro etc enviadas pelo whatsapp, redes sociais, e-mails e não clique nesses links;

* não confie e não compartilhe links e informações dos quais não tenha certeza da origem;

* não preencha formulários que não estejam nos sites oficiais;

* baixe aplicativos apenas das lojas oficiais;

* em caso de dúvidas ou dificuldades, procure um familiar ou amigo que possa ajudar;

* utilize antivírus no computador, tablet e smartphone.

 

Procon-SP


Quem é o profissional resolutivo?

Quem é o profissional resolutivo, promovido pela pandemia?

 

Parece um contrassenso imaginar que empresas estejam promovendo em meio à crise e retração da economia. Porém, é muito mais comum do que a maioria pode imaginar. Nesse momento, empresas estão buscando um tipo raro de profissional: o resolutivo. 

Em momentos de expansão de mercado, crescimento econômico e aumento espontâneo do volume de negócios, empresas em crescimento costumam buscar profissionais com perfil adequado ao modelo mental da própria organização, afinal, estão crescendo e o objetivo natural seria crescer baseado na continuidade. 

Momentos de expressiva mudança exigem profissionais que reclamem ou lamentem pouco e vejam cada problema como uma oportunidade de posicionar a empresa de forma diferente no mercado. Empresas surgem para mudar a realidade, mas profissionais costumam entrar nas empresas focados em se alinhar culturalmente. Esse alinhamento costuma carregar as situações positivas, mas também dar sequência às situações que tiram a competitividade da empresa. 

Mas esse profissional resolutivo que está sendo promovido agora é alguém desalinhado com a organização? Não exatamente. O profissional resolutivo possui total alinhamento de valores da organização, respeita as premissas que baseiam as decisões. Mas, ao mesmo tempo, é capaz de mudar seu olhar de dentro da organização para a visão do cliente. Se a empresa existe para resolver problemas e melhorar uma situação, ele analisa as ações da sua área sob o ponto de vista do consumidor da empresa e analisa o que pode ser feito para que essas ações que lidera possam gerar benefícios perceptíveis para o consumidor. 

Não existe mais espaço para o “financeiro burocrata” para o RH que pensa em felicidade e esquece os resultados da organização ou para o marketing que busca promover uma peça linda que não vende. Os profissionais resolutivos que estão sendo promovidos são aqueles que estão contestando o “sempre foi assim”, que não gera valor ao cliente de suas empresas. 

 




 Ismael Kolling - Executivo de carreira, foi de assistente administrativo a criador e diretor geral de um negócio com faturamento anual bilionário. Atuou em marketing, vendas, gestão financeira e gestão geral de negócios. Doutrinador da gestão simples e negócios escaláveis, ministra mentorias a executivos e empresários; realiza consultorias para expansão escalável de negócios; conselheiro de administração de empresas consolidadas e startups. Empresário dos ramos de varejo de moda, alimentação e consultoria. Autor do livro “Fazer gestão é fácil” pela Literare Books International.

 

Como criar um kit financeiro de primeiros socorros para se proteger de imprevistos

A pandemia provocada pelo novo coronavírus veio mostrar que imprevistos podem acontecer a qualquer momento. E neste cenário é importante ter um bom planejamento para ter uma reserva de emergência. Nesse processo, sugiro um kit de primeiros socorros, que deve incluir um valor financeiro, um plano de saúde e um seguro de vida.

A reserva de emergência é o primeiro pilar financeiro que serve de respaldo para, por exemplo, uma perda temporária da renda, como desemprego, afastamentos por curto tempo, ou queda da renda, como muitos estão vivendo hoje. Para calcular este valor, deve-se basear em seis meses de despesas básicas individuais, como aluguel, água, luz e alimentação e, caso a pessoa precise se afastar do trabalho por qualquer motivo como, por exemplo, internação por covid-19, pode contar com esse respaldo para cobrir as despesas no período de afastamento.

Um detalhe importante: a reserva de emergência precisa estar em alguma aplicação que tenha liquidez imediata, portanto deve ser direcionada a uma aplicação mais conversadora, como a atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais) ou poupança, mas nunca em aplicações de longo prazo, como previdência e ações que não têm essa liquidez instantânea.

O segundo pilar financeiro essencial que deve compor o kit de primeiros socorros é o plano de saúde, servindo para custear um cenário mais grave, como internações, tratamentos que exigem a pessoa estar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou mesmo tratamento doença grave.

O terceiro pilar para completar o kit é o seguro de vida, que passou por uma evolução nos últimos anos e não é mais um seguro de morte, ou seja, não precisa morrer para o benefício valer. Hoje, o seguro é em vida e abrange diversas coberturas, como doenças e invalidez, e pode custear, no mínimo, 30% das despesas, tornando o segurado livre de dívidas e da dependência financeira da família.

No Brasil, este tipo de seguro ainda não era tão explorado, como nos Estados Unidos e no Japão, por conta de eventos, como tsunami e terremoto. No entanto, a pandemia veio para mudar esse conceito do brasileiro porque inclui vários benefícios hospitalares.

Inclusive, estudos apontam que quando a pessoa está mais tranquila financeiramente ela melhora mais rápido: o dinheiro não traz felicidade, mas reduz o sofrimento, com mais conforto e chances de sobrevivência. Por exemplo, se o paciente quiser ser atendido pelo seu médico, a chance de sobrevivência é maior.

Portanto, o mercado oferece diversas opções para você não passar aperto financeiro em caso de imprevisto, como ocorreu com a pandemia. Investindo nos três pilares financeiros - reserva de emergência, plano de saúde e seguro de vida - sua proteção será completa.

 


Patrícia Araújo - consultora financeira e especialista em despesas pessoais e gestão de risco.


Covid-19: A transformação da indústria na dimensão do futuro

Empresas que estavam tendo bons resultados com retomada da economia, com crescimento de 1,2% do PIB em 2019, com reformas importantes, melhores indicadores e ainda com uma agenda positiva, agora enfrentam uma brusca mudança no cenário, exigindo agilidade dos seus executivos de empresas na tomada de decisão, para enfrentar as deteminações do governo,  para a preservação da saúde, seguindo as orientações da OMS.

Com a disseminação mundial de uma nova doença, o COVID-19 está provocando nas sociedades onde se incluem as empresas, uma corrida para a imunização e o enfrentamento contra o coronavírus, levando a transformações no ambiente social e de trabalho, criando novos valores, junto com a consolidação de uma imagem positiva e forte frente o atual cenário. No ambiente de trabalho estão sendo experimentadas novas formas do senso de pertencimento organizacional, levando a novos olhares sobre a avaliação da eficiência, o desempenho, a motivação e principalmente sobre o comprometimento de cada colaborador.

Home office, um ambiente digital, um dos protocolos a serem seguidos pelas empresas, para a segurança dos colaboradores para evitar contágios, foi adotado como solução emergencial, o trabalho remoto subsequente ao início da pandemia foi abrupto, configurando a principal mudança nas relações de trabalho esse ano. Essa solução tem se mostrado bastante efetiva, e está sendo um dos maiores desafios para empresas manter um novo modelo de gestão, junto ao seu maior ativo, o capital intelectual, motivado. Esse ambiente deve oferecer possibilidade para dar continuidade aos trabalhos da empresa, com infraestrutura necessária, flexibilidade pela interferência normal de um ambiente residencial e ainda com um controle eficaz das atividades e dos processos em execução. 

A fusão casa/trabalho, uma realidade hoje, onde atividades profissionais se confundem com atividades prazerosas e o lazer em um único ambiente. Cuidados trabalhistas, desgastes familiares, jornadas de trabalho excessivas, saúde dos colaboradores, comprometimentos, devem fazer parte da agenda do RH da empresa. 

Como benefício as empresas vivenciam uma aparente diminuição de conflitos internos, um ambiente harmonioso e favorável para a realização de trabalhos individuais ou conjuntos, onde um grupo pode interagir online, na elaboração e revisão de documentos, pareceres, estudos, entre outras atividades. 

Para a indústria madura e tradicional, calcada em processos e tecnologia, oportunidades se desenham para torná-las dinâmicas, voltadas para a inovação, consequentemente preparadas para a grande mudança. As empresas precisam estar conscientes de que não existe mais um único caminho a percorrer, devem vislumbrar uma atuação o mais amplo possível, visando sua atualização, modernização, e foco na sua diferenciação no mercado. Existirá sempre muitas formas de envolver as diversas áreas técnicas e expertises junto com toda a infraestrutura instalada nas empresas, para ampliar e criarem novas possibilidades de negócios, produtos e serviços, tendo nas pessoas, as suas contribuições nessa jornada de renovação. As pessoas em situações adversas, se sentem desafiadas, se unem, tornam-se mais humildes na sua interação e articulação, para buscarem soluções de superação. 

Com a pandemia, as indústrias estão ficando mais adaptativas, precisam avaliar e investir em novas tecnologias, diante do momento em que estão vivendo, um ambiente desconhecido e incerto e ainda precisam sair de forma fortalecida para um uma mudança de paradigma, um novo futuro no mercado. 

Para isso as organizações romperão barreiras culturais, organizacionais e buscarão um novo modelo de liderança, de forma a acompanhar a transformação da economia com mudança em hábitos de consumo, com adoção acelerada do comércio sem contato físico, crescimento de serviços públicos digitais, junto com a transformação digital, uma nova maneira de pensar, uma nova mentalidade estratégica, mais do que que da infraestrutura de TI. A Transformação Digital está voltada sobretudo, aos principais fatores: Clientes, Competição, Dados, Inovação e Valor. 

Diante disso, a mudança não é mais uma opção, sem inovação não será possível responder de forma rápida e construtiva, sendo necessário a valorização do trabalho em rede, de um ambiente de cooperação, a utilização do Marketing Digital, E-Commerce, Varejo Digital, entre outros recursos, ferramentas em alta no momento, e devem estar no planejamento da retomada em um cenário em transformação.
Esta nova realidade vai transformar a empresa, o mercado, os seus clientes e os seus parceiros de negócios. E não há porque acreditar que a sua empresa não será transformada.

 

 


Anita Dedding - Gerente Divisional de Tecnologia Industrial da ABIMAQ, e Secretária Executiva do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos (IPDMAQ).


Decisão emblemática do Tribunal Superior Eleitoral sobre o abuso do poder religioso

Decisão recente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 6 votos a 1, rejeitou a possibilidade de políticos terem o mandato cassado por abuso de poder religioso já na próxima eleição. O ministro relator Edson Fachin, em que pese tenha afastado no caso concreto o abuso, propôs a fixação de tese no sentido de criar um tipo de abuso específico consistente no "abuso de poder religioso". O caso analisado é foi o Recurso Especial nº 000008285, que envolve a vereadora Valdirene Tavares (Republicanos), de Luziânia (GO), que é  pastora da Assembleia de Deus e foi acusada de usar sua posição na igreja para promover a candidatura, influenciando o voto de fiéis.

O ministro Fachin votou contra a cassação da vereadora, por não encontrar provas suficientes no caso concreto, mas ressaltou que Estado e religião devem ser mantidos separados para garantir a livre escolha dos eleitores. Integrantes da Corte avaliavam que o caso em si não era dos melhores para se lançar a figura do abuso de poder religioso.

Importante ressaltar que, atualmente, a legislação eleitoral prevê três tipos de abuso de poder que podem levar à perda do mandato: o político, o econômico e o uso indevido dos meios de comunicação. 

No julgamento, o ministro Luís Felipe Salomão ressaltou que não há uma previsão legal que combata especificamente o abuso de poder religioso – o que dependeria de aprovação de uma lei pelo Congresso. Segundo o ministro, eventuais práticas ilícitas que venham a ser cometidas na esfera religiosa podem ser punidas por meio de dispositivos já previstos na legislação eleitoral, tais como propaganda irregular, compra de votos, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. E o ministro Og Fernandes foi na mesma linha. “Não vejo como conceber o abuso de poder religioso de forma autônoma.  Tenho o entendimento de que não é preciso destacar uma categoria para sedimentar que a Constituição proíbe a fraude às eleições, de modo que eventuais abusos praticados por lideranças, sejam elas eclesiásticas, sindicais, patronais, esportivas, artísticas, corporativas, docentes e que visam, em última análise, a influenciar a livre escolha do eleitor, estão incluídas na expressão ‘fraude’, cuja acepção é ampla e abrange a coação oriunda da ascendência desses líderes sobre determinado grupo de eleitores”, disse Og. Og, Salomão e Sérgio Banhos acompanharam o entendimento dos ministros Alexandre de Moraes e Tarcísio Vieira, que já haviam votado contra a criação da figura do abuso de poder religioso.

As questões que surgiram com esse julgamento foram: pode o Tribunal Superior Eleitoral criar uma nova figura de abuso? Há na espécie interferência do Poder Judiciário nas funções do Poder Legislativo? Por fim, há necessidade de criação de um tipo autônomo para apurar eventual abuso por parte de "autoridades religiosos" em favor de candidato?

A Declaração Universal dos Direitos Humanos garante, em seu artigo 18, que: "Todo ser humano tem direito a liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular".

O artigo 5º, VI, da Constituição da República: "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias".

Qual o limite da autonomia religiosa no processo eleitoral? O artigo 19, I, da Constituição da República estabelece a cláusula geral da separação Estado-igreja (Estado laico), ao dispor que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios "estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público".

A liberdade religiosa não constitui direito absoluto. Não há direito absoluto. O ministro Henrique Neves destacou, com acerto, que a liberdade de pregar a religião, essencialmente relacionada com a manifestação da fé e da crença, não pode ser invocada como escudo para a prática de atos vedados pela legislação. (TSE, RO 265308, j. 7/3/2017, DJe 5/4/2017, p. 2).

Deve haver vedação à participação das religiões no processo político, mas quais são os limites segundo o Tribunal Superior Eleitoral? Nosso ordenamento jurídico não veda a criação de partidos políticos declaradamente confessionais e tampouco a candidatura de atores políticos ligados diretamente a instituições religiosas, muito embora haja limitação quanto à fonte de financiamento das campanhas e a proibição de propaganda nos templos de qualquer culto. 

Não obstante inexistir expressamente no ordenamento jurídico a figura do abuso do poder religioso, seria ele prática punível, tal e qual os abusos de poder econômico e/ou poder político? Muitos dos casos que chegam aos tribunais não utilizam o termo "abuso de poder religioso", mas as situações fáticas e os argumentos que embasam as decisões indicam o abuso de poder e o caráter religioso como um subtipo do ilícito.

Portanto, foi acertada a decisão da Corte Superior Eleitoral ao não criar a figura do abuso do poder religioso, mesmo porque despicienda, na medida em que pode ser subsumida nas figuras de abuso de poder de autoridade ou abuso dos meios de comunicação, já previstos expressamente no artigo 22, caput, da Lei Complementar 64/90.

 



Marcelo Aith - advogado especialista em Direito Público e Eleitoral e professor convidado da Escola Paulista de Direito.

 

Juros abusivos nos empréstimos pessoais: como restituir na Justiça

Ao contratar um empréstimo pessoal, financiamento ou solicitar crédito às instituições financeiras, os consumidores devem consultar a taxa de juros dos contratos. Caso tenham constatado os juros abusivos na celebração dos seus contratos, podem assim pleitearem na Justiça o que foi cobrado desproporcionalmente e receberem a restituição dos seus valores pagos de forma lesiva.

Mas, antes de tudo, o que são juros abusivos? 

Os juros abusivos são taxas de juros consideradas extorsivas e cobradas acima de um valor máximo previsto pelo Banco Central do Brasil. São juros astronômicos e fora da realidade da boa-fé entre as partes. Esse tipo de juro está geralmente associado aos empréstimos pessoais, onde as instituições financeiras oferecem créditos em patamares altíssimos lesando de forma direta o consumidor.

Os Tribunais brasileiros estão entendendo que juros acima de 8% ao mês são considerado abusivos. Os magistrados entendem que a instituição financeira deve seguir a média do mercado e não podem aplicar valor superior que este percentual.

Existem instituições que concedem crédito pessoal a juros exorbitantes. Segundo o Banco Central, exemplos de instituições são a Anual, Agibank, Realize CFI, Banco Seguro, BMG e Crefisa. A Crefisa encabeça a lista com juros mensais de 20,97%, por exemplo. Já o BMG apresenta um percentual de 20,57%.

Nota-se que estas taxas mensais superam em muito a razoabilidade do mercado, sendo bem superiores ao patamar de 8% e, de maneira clara, prejudicando o consumidor que precisa deste serviço ou até mesmo utilizando-se de sua inocência e situação financeira. Algumas instituições, por exemplo, costumam chamar a atenção para os pontos fortes de seu financiamento e acabam ludibriando as pessoas que não conseguem calcular juros abusivos para contratarem seus serviços. Esta é considerada uma prática de má-fé. Por conta disso, é importante recorrer dos juros abusivos.

A Justiça entende que os valores superiores ao mercado são nulos e devem ser desconsiderados. Assim, ingressar com uma ação judicial é uma alternativa disponível para quem já contratou as prestações com juros altos. É possível abrir uma ação revisional de juros perante o Poder Judiciário. Com ela, o consumidor do empréstimo pleiteia ajustar a taxa de juros de acordo com a média do financiamento do Banco Central do Brasil ou, caso deseje, poderá procurar o Procon para sanar as suas dúvidas e obter orientações. 

Já para saber se os juros são abusivos, é necessário ter o valor dos juros aplicados no contrato, sendo que estes em linhas gerais não podem ser superiores a 8% ao mês, como já observado. Estes valores estão disponíveis no contrato com a financiadora, ou seja, no contrato estabelecido entre o consumidor e a financiadora há o valor negociado. Caso o consumidor não tenha este contrato, poderá solicitar à instituição. 

Outra maneira de ter ideia do valor aplicado de juros é calcular por meio de simuladores de taxa o percentual aplicado. O Banco Central, por exemplo, disponibiliza pela internet ao público a chamada "Calculadora do Cidadão", onde o usuário preenche os dados do financiamento e gera o resultado real do financiamento de acordo com os juros. São quatro dados fixos e os usuários precisam preencher ao menos três na calculadora: número de meses; taxa de juros ao mês; valor da parcela; e valor financiado. Por meio do cálculo, sabemos qual o valor será pago ao final do financiamento e qual o valor total de juros pago e aplicado no contrato. 

Também é fundamental evitar a incidência de juros abusivos. Quando as instituições financeiras não usam do bom senso na taxa de juros, os consumidores devem estudar o contrato e utilizar as seguintes regras. É importante comparar, evitar pagar juros e pesquisar. Por exemplo, qual a taxa de juros das outras instituições bancárias e financiadoras? É possível economizar e não contratar o financiamento? Qual a melhor oferta e valor do mercado? Qual o prazo para proceder esta restituição de valores? 

O prazo para ingresso da ação é de 10 anos, ou seja, o consumidor que se enquadra nesta lesão de cobrança excessiva tem 10 anos, a contar da data da celebração do contrato, para ingressar pleiteando a restituição dos valores pago a mais ou a revisão do seu contrato.

Portanto, as instituições financeira não podem agir de má-fé e cobrar juros elevados. Caso isso aconteça, resta ao consumidor procurar os seus direitos e pleitear a restituição dos valores na Justiça.

 



Ruslan Stuchi - advogado especialista em Direito do Consumidor e sócio do escritório Stuchi Advogados.

  

Especialista dá 5 dicas para reduzir despesas

Simone Sgarbi, idealizadora do Investir, eu?, explica como se livrar de tarifas bancárias e otimizar compras


Mesmo com diversos setores da economia paralisados, gastos com certas atividades diminuídos e planos adiados em razão da pandemia, o endividamento dos brasileiros só aumentou. Em julho, o índice de famílias com dívidas chegou a 67,4%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Soma-se isso ao fato de que para 60% da população os gastos com alimentação, produtos e serviços também cresceram, segundo a pesquisa Ipsos Essentials: Cost of Living Amid Covid-19

Uma das formas de amenizar esse problema é implementar medidas para reduzir despesas. Para ajudar a elaborar um plano de redução de custos, a especialista em organização financeira pessoal do Investir, eu?, Simone Sgarbi, listou 5 dicas. 


  1. Com o que estou gastando? 

O primeiro passo para reduzir despesas é realizar um diagnóstico completo da sua situação. Para isso uma planilha de gastos, como esta disponível aqui, pode ajudar bastante. Também é possível usar aplicativos para controle de despesas, como o Mobils ou o Organizze. 

Depois disso, você pode implementar alguns métodos de controle. Um muito eficiente é a técnica dos envelopes, em que no início de cada mês você separa um envelope para cada tipo de despesa, seja ela moradia, alimentação, saúde, transporte, etc. Escreva do lado de fora o valor máximo de cada uma e acompanhe semanalmente se está dentro do que você planejou.


  1. Varejo ou atacado: a hora das compras 

Alimentação e produtos de limpeza são as áreas que mais causaram o aumento dos custos na pandemia. Segundo a pesquisa da Ipsos, 65% dos consumidores notaram a diferença. Comprar no atacado só vai compensar quando você não estiver imobilizando um valor que pode faltar no final do mês. No mais, é possível combinar pequenas medidas que vão ajudar a otimizar o valor gasto nesse segmento:

  • Defina um valor para gastar por mês no supermercado e divida-o por semana. Anote o resultado e considere-o o valor máximo semanal que você pode usar para isso;
  • Antes de montar sua lista de compras semanal, olhe na geladeira, despensa e armários. Assim, será possível montar um cardápio que custe menos na semana seguinte;
  • Elabore um cardápio semanal. Leve em conta o que você ainda tem em casa e tenha preferência por frutas e legumes da estação, além de carnes com o custo menor;
  • Para limpeza você pode optar por marcas mais baratas, como marcas próprias dos mercados. Dá também para fazer produtos caseiros ou usar alternativas, por exemplo, bicarbonato e vinagre já são suficientes para limpar a casa toda;
  • Evite compras muito grandes, pois você vai usar um dinheiro que pode precisar mais tarde. Aproveite e pesquise os preços na internet antes de sair de casa, fazendo a lista caber no seu bolso; 
  • Vá ao mercado ou faça a lista somente quando não estiver com fome; 
  • Para aproveitar descontos dos atacadões, sem comprometer sua verba mensal, combine com vizinhos, amigos ou parentes criar uma lista em comum. Então, será possível dividirem os produtos e aproveitar os descontos. 

  1. Comprar online ajuda mesmo? 

A facilidade das compras online pode representar um perigo real ao bolso do consumidor, principalmente durante uma pandemia. É legal fazer uma limpa no e-mail e descadastrar todas as lojas - geralmente, ao final do e-mail há uma opção para cancelar o envio desse tipo de comunicação. Ao fazer uma pesquisa de um produto na internet prefira usar o modo anônimo do seu navegador para evitar rastreamento e personalização de ofertas. 

Depois, comece a dificultar as compras por impulso. Vale retirar seus dados do cartão salvos em aplicativos e evitar decorar o número dos seus cartões. Dessa forma, toda vez que você for comprar algo, vai precisar ir atrás do cartão e, nisso, estará dando ao seu cérebro um tempo para repensar. Aqui vai uma dica de ouro: sempre espere pelo menos 24 horas antes de concluir uma compra. 


  1. Como usar melhor os métodos de pagamento

Por questões de segurança quase não usamos dinheiro em espécie, porém, quando você não consegue controlar seus gastos a dor do pagamento é educativa. Nesse caso, vale aplicar a técnica dos envelopes mencionada na dica 1, para sentir que o dinheiro está sendo gasto. Já o cartão de débito é mais seguro, mas exige que você preste atenção no extrato para não cair em cheque especial, que é hoje um dos maiores juros do mercado. 

Contudo, se você já for uma pessoa organizada, é possível facilitar o controle das compras no cartão de crédito, visto que você pagará essas despesas em um único dia do mês, além de ter à mão todos os gastos descritos. Mesmo assim, sempre pague a fatura integral para que você não entre em uma bola de neve de dívidas. 


  1. Tarifas bancárias e do cartão de crédito

Os bancos são obrigados a disponibilizarem uma conta essencial para todos os clientes, de forma gratuita. Na conta essencial, você tem consultas ilimitadas pela internet, 1 cartão do banco e 10 folhas de cheque, além de 4 saques, 2 extratos, 2 transferências bancárias por mês entre contras da mesma instituição. Caso faça muitas movimentações, você pode migrar para uma conta em um banco digital, sem cobrança de tarifas. 

Também é possível se livrar das tarifas de cartão de crédito. Se a instituição na qual você tem o cartão ainda cobrar a tarifa, entre em contato e peça a isenção. Se não aceitarem, troque para um cartão que não cobre essa taxa. Existem vários no mercado com essa opção. 

 



Simone Sgarbi - O ponto de virada na vida aconteceu em um momento em que ela estava sufocada em múltiplas dívidas. Então, pensando em estratégias para sair desse ciclo, iniciou no mundo da educação financeira e, não só reverteu a sua situação, passando de devedora a investidora, como criou o Investir, eu?, que ajuda outras pessoas a se planejarem financeiramente e a investir. Especialista em organização financeira pessoal, com formação na FGV (Fundação Getúlio Vargas), no curso Como organizar o orçamento familiar, e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), nos cursos Mercado financeiro de A a Z e Planejamento de Investimentos, atualmente Simone também promove o Círculo de Educação Financeira que, por meio de pequenos grupos e grade de estudos personalizada, dispõe às pessoas conhecimentos e ferramentas exclusivas para melhorar sua relação com o dinheiro. 

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Governo de SP amplia a permissão de abertura do comércio; especialista dá dicas para organizar o estabelecimento

O setor de Alimentação Fora do Lar (AFL) foi um dos mais afetados pela crise do coronavírus. A expectativa dos comerciantes para recuperar o prejuízo é grande. O governo do estado de São Paulo vai ampliar de 6 horas para 8 horas a abertura de comércio, shoppings, bares, restaurantes, salões de beleza e academias. A medida começa a valer a partir de sexta-feira, 21, e somente nas regiões que estão na fase 3 amarela do Plano São Paulo, a diretriz que determina a quarentena.

Segundo Leonardo Almeida, CEO da Menu - startup que abastece os restaurantes conectando os principais distribuidores e indústrias do mercado food service -, para minimizar os impactos causados pelo fechamento de bares, pizzarias e restaurantes, os estabelecimentos precisam enxugar as suas contas."É importante que o comerciante busque por concessões de crédito e, principalmente, renegocie seus custos fixos como o aluguel. Ele pode pedir ao locatário para adiar o pagamento do mês atual. Após esse período, as pessoas voltarão a comprar, em consequência o fluxo de caixa vai aumentar", comenta. 

1. Entenda a real situação das suas dívidas 


Durante a crise é comum ter contas atrasadas e gastos inesperados. Com isso, logo as dívidas se acumulam.Por isso, o controle efetivo do fluxo de caixa é essencial e capaz de evitar um cenário ainda pior. Organize-se, coloque no papel quanto você está devendo, há quanto tempo e para quem, incluindo até mesmo os pequenos débitos. 



2. Aumente a preocupação com a higiene 


O segmento de alimentação fora do lar já possui uma série de cuidados relacionados à alimentação segura, que compreendem o manuseio e a higiene de alimentos. Reforce isso ainda mais no seu estabelecimento, na utilização de álcool em gel na entrada e saída de clientes, na limpeza de mesas, cadeiras e balcões. Evite também o uso de suportes, como saleiros e outros itens que ficam sobrepostos à mesa. 



3. Garanta serviços futuros

 
Receber antecipadamente pelos serviços pode ser extremamente útil neste momento em que você precisa aumentar seu capital. Construir uma estratégia de voucher, cartão-presente e até cartão fidelidade pode ser uma saída interessante para o seu negócio. Pense em formas criativas de chamar atenção do cliente para a causa em si e se organize para realizar esses atendimentos futuramente de forma a não impactar sua estrutura. 



4. Continue vendendo por meio de delivery 


Mesmo com a reabertura dos estabelecimentos, muitas pessoas não se sentirão seguras em frequentar esse tipo de espaço público. Por isso, as entregas são fundamentais para garantir o atendimento daqueles que ainda vão preferir pedir comida de casa. 



5. Controle seu estoque de insumos 


Invista em tecnologias que agilizam processos e libere seu tempo para dedicar a outras atividades. Com a Menu é possível melhores negociações com seus fornecedores, sofrendo menos interrupções para recebimento nas lojas. A startup oferece um sistema de gestão de pedidos integrado aos fornecedores e operadores logísticos. Além disso, outro diferencial está relacionado ao abastecimento. A Menu centraliza o estoque e a entrega de seus clientes em até 48 horas. 

 

4 caminhos para ensinar crianças a lidarem com dinheiro em meio à pandemia

Neste período de crise e pandemia é fundamental ir além do convencional e repensar no papel dos pais no desenvolvimento da educação financeira dos filhos. Neste momento, não é mais possível se omitir sobre esse tema, sendo que todos precisam entender minimamente o tema para que o impacto seja menor em relação ao endividamento e inadimplência.

"Diante de um cenário assustador de quarentena que se estende, crise, população endividada ou frustrada por não conseguir realizar seus sonhos, ensinar como lidar com dinheiro e anseios para crianças e jovens tornou-se um dos principais desafios de pais. Lembro que as famílias têm papel fundamental no significado que os filhos atribuem ao dinheiro e a forma como se lida com seus recursos financeiros pode influenciar a maneira como a criança irá administrar seus bens no futuro", explica Reinaldo Domingos, PhD em Educação Financeira e autor do livro Mesada não é só dinheiro (Editora DSOP);

Ele conta que muitos pais, que não receberam orientações dessa natureza e encontram dificuldades em transmitir esse tipo de conhecimento. Um dos caminhos para famílias educarem financeiramente seus filhos é estimular que esses identifiquem seus sonhos de curto, médio e longo prazos; ensinando a investigar quanto custam esses e, junto com os pais, começarem a poupar.


Reinaldo Domingos preparou quatro orientações de como os pais podem educar financeiramente os filhos:


Começar cedo - É uma característica das crianças serem muito observadores e cedo começam a perceber que o dinheiro tem uma importância na vida dos pais e, em paralelo tem estabelecido os desejos de consumo, assim, a partir da percepção deste entendimento, que ocorre normalmente por volta dos três anos, já deve ter início a educação financeira. Frequentemente eles observam os adultos entregarem dinheiro, cartões, cheques em vários locais em troca de mercadorias. Ou seja, observam que troca dinheiro por coisas que se quer ter. Ao mesmo tempo crianças e jovens estão expostos às mensagens publicitárias que estimulam o desejo de ter. São duas forças importantes que movimentam a sociedade e, portanto, precisam ser bem compreendidas.


Envolva nas decisões - O antídoto para os possíveis efeitos nocivos do estímulo ao consumo é envolver esses nas decisões familiares sobre os gastos, colocando os sonhos em primeiro lugar. Temos de mostrar que é preciso ter objetivos, fazer escolhas e que nada é mágico, porém, tudo é possível, desde que o dinheiro seja usado com foco e sabedoria. Dessa forma, habitua-se as crianças e jovens que acordos não significam negação, mas sim negociação. Eles perceberão que é possível ter, porém, nem sempre no momento que se quer. Essa prática também ajuda a aliviar o sentimento de culpa de muitos pais porque, nesse exercício, eles também aprendem a se reeducar financeiramente e deixam de ver o dinheiro - ou o poder de comprar - como uma válvula de escape para suprir lacunas em outros aspectos da vida.


Cuidado com o excesso de publicidade - A exposição das crianças às ações publicitárias faz com que estas se tornem cada vez mais cedo consumistas, por isso é preciso conversar sobre esse tema, mostrar que nem tudo que aparece na tv ou na Internet ele precisa. . Hoje a criança é elevada ao status de consumidora sem estar preparada. E a publicidade utiliza de propagandas são apelativas, que causam desejos imediatos nas crianças de querer o produto, e isso não significa necessariamente que essa criança é excessivamente consumista, pois, esse desejo será rapidamente esquecido. Uma situação que indica uma criança excessivamente consumista é quando ela gasta todo seu dinheiro ganho com mesadas e logo pede mais dinheiro para seus pais. Porém, não existe um índice que mostre qual o grau que esse problema atingiu.


Você é o exemplo - Os pais são referências para os filhos, ocorre que cada família deve ter seus valores, mas mesmo assim é necessário cuidado. Se a criança vê os pais comprando sem parar, vão tender a seguir esse exemplo e acabar ficando desta forma. Assim, é fundamental ter muito cuidado com o exemplo que os familiares passam, e desde cedo demonstrar que a felicidade não está associada ao consumismo desenfreado e sim na atitude de atingir seus objetivos. No caso do exemplo externo, a família também terá um papel de grande relevância, que é o de estabelecer os limites para esta atitude. Os pais podem reforçar ou não a atitude consumista da criança e se o comportamento da criança não mudar nesse primeiro momento é muito provável que ela se torne um adulto sem limite nos seus gastos.

 

Como a gamificação pode revolucionar a estratégia organizacional e alavancar os negócios

 A especialista Nayra Karinne revela os principais benefícios da gamificação e seus impactos na gestão de negócios empresariais


Profissionais em sintonia com os millennials. Processos mais dinâmicos. Lideranças mais abertas ao diálogo. Estes são alguns dos benefícios que o processo de gamificação pode trazer para sua empresa. Segundo a especialista em gamificação Nayra Karinne algumas mudanças simples nas estratégias organizacionais podem tornar todos mais eficientes. 

 "Sem essas transformações as companhias podem ficar para trás e perderem espaço rapidamente no mercado. São reflexões que devem fazer parte de como as empresas deverão se posicionar daqui em diante. Usamos os processos para atender demandas da sociedade e modernizar os costumes empresariais. Tudo isso reflete em melhores processos e resultados”, explica.

A especialista detalha abaixo alguns dos benefícios nas empresas e mostra como negócios e relações de trabalho são impactados. Confira:


1 -  O controle do estado de flow, a imersão nas atividades:

Quando você realiza uma tarefa prazerosa você nem vê o tempo passar porque entrou em um estado de flow – sentimento de total envolvimento e sucesso no processo da atividade, porque é divertido e não é uma obrigação. A gamificação propõe utilizar técnicas que usa reforços e estímulos positivos associados aos elementos de jogos no ambiente de trabalho, para estimular comportamentos e promover bem-estar dos colaboradores. Resultando na elevação do desempenho desses profissionais aliado a satisfação e alegria de realizar um trabalho significativo. 

 

2 - Diversão tem hora, mas é essencial no processo:

Um dos itens mais importantes nas técnicas de gamificação, são os momentos de interação e curiosidade, chaves essenciais da diversão. Os indivíduos jogam não apenas para melhorar gráficos de desempenho e levam em conta experiências e sensações que podem sentir durante o game. Eles buscam a ideia de diversão leve e casual, experiência de jogo como desafios e metas, acompanhados de feedback, engajamento de grupos e a sensação de realizar tarefas significativas, mesmo que pequenas. Nos cursos de gamificação empresarial, essa lógica de game é direcionada às metas de forma lúdica e que estimulam a melhora individual e o progresso profissional, sem deixar de lado a sensação de diversão do game proposto e, ainda, implementando o engajamento social entre as equipes.

Esse tipo de atividade, além de facilitar o trabalho do RH em traçar metas e perfis, integra gerações e também aproxima os millennials da filosofia da empresa.

 

3 - Processos de gamificação para atrair talentos:

Uma nova abordagem para descobrir profissionais de alto desempenho. Quando as ações de gamificação estão alinhadas aos objetivos da organização, junto ao RH, fica mais fácil estabelecer o perfil de profissional que você quer em sua equipe. Com isso, o RH pode desenvolver o melhor “game” já durante o processo seletivo para determinadas vagas, tornando a contratação mais leve, efetiva e fugindo das rotinas engessadas que os RHs costumam utilizar ao longo dos anos. Isso faz com que o profissional fique tranquilo e, por conta disso, não tenha vícios em suas respostas e atitudes durante o processo. Assim, a contratação é mais assertiva e o perfil do profissional será o adequado aos objetivos da empresa.

O processo pode ocorrer de várias formas e utilizar jogos de tabuleiros, desafios fora do escritório e, até mesmo, ao ar livre.

 

4 - O CEO é o primeiro funcionário que precisa aderir ao processo:

Existem percalços que impedem que a cultura organizacional seja plenamente observada no cotidiano das empresas, até porque isso depende de um trabalho conjunto, resulta de comportamentos, da interação entre funcionários novos e antigos. E é justamente nesse desequilíbrio que a gamificação enquanto ferramenta para a cultura organizacional vai atuar. Efetivamente, a gamificação aplicada da forma certa em ambientes corporativos, traz diversos benefícios como clima otimizado, relação positiva entre os colaboradores e aumento da produtividade. Mas, é essencial que essa prática, quando aplicada, não fique somente em uma certa parte da hierarquia da empresa. Os diretores e CEO têm que participar de todo processo, seja ele feito por meio de jogos ou mesmo, atividades lúdicas. Ao compreender que, independente do cargo, o CEO está próximo aos colaboradores, certamente o ambiente será mais leve, resultando em desempenho melhor e, por consequência comprovada, retorno de lucro visível.

 

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Shopping Penha realiza Campanha de Vacinação contra o Sarampo


Ação acontece no dia 22/08 e é destinada ao público de 6 meses a 49 anos


O Shopping Penha, em parceria com a UBS Vila Esperança - Dr. Cássio Bitencourt Filho, realiza no próximo dia 22 de agosto a Campanha de Vacinação contra o Sarampo. A ação é destinada ao público de 6 meses a 49 anos de idade e será realizada de duas formas: Vacinação Indiscriminada e Vacinação Seletiva.

 Para crianças e adultos, a vacinação será feita como um reforço contra a doença, ou seja, o público de 1 a 3 anos e de 15 a 49 anos de idade, podem tomar a dose mesmo com o calendário de vacinação em dia. Já os bebês de 6 a 11 meses e crianças e jovens entre 3 a 14 anos devem ser vacinados para manter o calendário de vacinas vigente em dia.

A vacinação acontece na entrada de pedestres do empreendimento, pela Rua João Ribeiro, 304, das 09h às 15h. Vale ressaltar a importância do distanciamento de até 2 metros entre as pessoas na fila e o cuidado para não aglomeração.

 

Serviço – Campanha de Vacinação Sarampo
Data:
22 de agosto
Local: Entrada de pedestres (Rua Dr. João Ribeiro, 304)
Horário: 09h às 15h
Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, 304 – Penha – São Paulo - SP
Informações: (11) 2095-8237 – www.shoppingpenha.com.br

  

Pesquisa da UFSCar investiga fatores comportamentais e experiências vivenciadas durante a pandemia de Covid-19


Pesquisa busca pessoas voluntárias para responderem questionário online

 

Pesquisadores do Laboratório de Estudos do Comportamento Humano (LECH) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) buscam voluntários para participação em pesquisa online intitulada "Fatores comportamentais e experiências vivenciadas durante a pandemia de Covid-19", sob responsabilidade do pós-doutorando Julio César de Camargo, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade. O objetivo é investigar possíveis relações entre as experiências vivenciadas durante a pandemia de Covid-19 e os processos comportamentais que são inerentes a decisões que envolvem resultados incertos ou que afetam outros indivíduos. 


Podem participar quaisquer pessoas com 18 anos completos ou mais, residentes no Brasil. A participação na pesquisa se dará por meio do preenchimento de um questionário online (https://bit.ly/2XZovlI), com duração aproximada de 40 minutos. O sigilo é assegurado.


A expectativa é que o estudo leve a uma melhor compreensão da relação entre alguns fatores comportamentais e as experiências vivenciadas durante a pandemia de Covid-19, o que pode subsidiar intervenções que ajudem a melhorar a qualidade de vida das pessoas no cenário atual. 


Mais informações estão detalhadas no formulário (https://bit.ly/2XZovlI) e dúvidas podem ser esclarecidas com o pesquisador pelo telefone (16) 3351-8492 ou pelo e-mail pesquisacovidufscar@gmail.com. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 35825920.0.0000.5504).



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