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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Publicidade em mídias sociais continua a crescer em ritmo acelerado, aponta pesquisa da iProspect


  • Segundo a pesquisa “Paid Social Trends” do 2º trimestre, investimento em anúncios em mídias sociais cresceu 40% em base anual
  • Maior variação foi registrada nos investimentos no Linkedin: 245% em base anual

Os investimentos em publicidade em mídias sociais (paid social) mantiveram sua trajetória de crescimento acelerado e registraram um crescimento de 40% em base anual (Jul/2017-Jun/2018 em relação ao mesmo período anterior). É o que mostra o estudo “Paid Social Trends” do 2º trimestre, desenvolvido pela iProspect, agência de marketing full performance presente em 54 países. Essa taxa leva em consideração investimentos no Facebook, Instagram, Pinterest, Snapchat, Twitter e Linkedin. A pesquisa foi realizada com mais de 210 marcas, cujas ações abrangem investimentos em vários países, incluindo o Brasil.

“O anúncios em mídias sociais continuam a ganhar espaço dentro do mix de ações de marketing. Isso tanto pela mudança do comportamento do consumidor, como por melhorias das plataformas que continuam a desenvolver formatos mais amigáveis para os anunciantes. Apenas nos segundo trimestre, já foram ao menos 72 atualizações. Essas alterações impactam a performance das campanhas, retroalimentando o interesse neste tipo de comunicação”, explica Gustavo Macedo, diretor de Marketing e Creative Content da iProspect. 

A pesquisa mostra que o LinkedIn foi a rede social que registrou o maior crescimento em investimentos em anúncios pagos, 167% comparado ao trimestre anterior e 245% em base anual. Tal desempenho está associado à sazonalidade das estratégias dos anunciantes na plataforma (o investimento no 2º trimestre costuma ser maior do que nos trimestres anteriores) e ao alto engajamento dos usuários do Linkedin que atraem muitas marcas de B2B ou mesmo de B2C com produtos corporativos e de luxo. Novas funções como o Lead Generation e o Carousel Ads também trouxeram grandes oportunidades para as marcas. 

Já o Facebook Inc. (holding que reúne Facebook, Instagram e Audience Network) registrou uma variação positiva de 54% (base anual) e 17% (em relação ao trimestre anterior). Embora o crescimento se verifique em todas as plataformas da holding, a rede Facebook foi a que mais contribuiu para este crescimento que está associado a questões sazonais, expansão orgânica, busca de novos prospects e uso mais intensivo de modelos mais interativos de anúncios (a exemplo do Dynamic Ads for Broad Audiences), dentre outros. 

Chama a atenção também o fato de os investimentos em anúncios em vídeo na holding já representarem 53% do total. Isso é devido à adoção de novidades como o Instagram Stories e In-Stream (mid-roll), bem como a maior adoção de recursos de vídeo e animação para blocos de anúncios. 

Os gastos com o Snapchat aumentaram 142% em relação ao ano anterior e 9% em relação ao trimestre. Ambos os avanços são devidos à introdução de novos tipos de anúncios, incluindo filtros não geográficos e Lentes Snap, e para o maior espaço/destaque para a publicidade na plataforma. Houve um aumento de 168% comparado ano a ano em gastos com o Snap Ads, o que indica o amadurecimento deste formato e também a resposta positiva do mercado a criação da recém-lançada unidade de publicidade do Snapchat. 

O Pinterest registrou um crescimento de 17% em base anual e uma queda de 11% em relação ao trimestre anterior. Esta queda está associada a fatores sazonais e a iProspect esperar que os investimentos nesta rede continuem a crescer, assim como vem ocorrendo nos trimestres anteriores. Isso porque a rede vem promovendo aprimoramentos importantes em termos de mensuração e formatos de publicidade que facilitam o desenvolvimento e acompanhamento de campanhas.

Por fim, o investimento no Twitter caiu 66% comparando ao ano anterior. Mas, está em alta em 2018, com 32% de aumento em comparação com o primeiro trimestre do ano. Vídeos no Twitter continuam a representar a maior parte do gasto por objetivo - 36% - no segundo trimestre de 2018, conforme as marcas continuam a ver fortes resultados com o formato Vídeo In-Stream. O estudo aponta que as marcas estão começando a explorar o Twitter não apenas para obter visualização de seus vídeos, como para atingir outros objetivos de comunicação. Melhorias nos produtos de publicidade oferecidos e a possibilidade de checagem de dados de audiência por terceiros contribuem com este movimento. 

“Como as redes sociais são um canal em constante evolução, o sucesso das marcas depende, em grande parte, de sua capacidade de acompanhar esses desenvolvimentos e adaptar suas estratégias, tanto em termos de mensagens e formatos, como em relação a diferentes aspectos da jornada do consumidor”, ressalta Gustavo Macedo.



Jovens revelam qual fator mais chateia no trabalho


Para muitos, lidar com reclamações e até mesmo com o bom humor exacerbado é um grande implicativo


Ter altos e baixos é normal na jornada de qualquer ser humano. Contudo, conforme as gerações mudam, transformam-se também os anseios, as ambições, o modo de ver a vida e, consequentemente, as frustrações. Diante desse contexto, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios realizou um estudo com a seguinte questão: “hoje, o que mais te chateia no trabalho?”. O resultado apontou a dificuldade da operação em equipe!

Se antigamente as funções eram mais individualizadas e não havia tantos meios de comunicação e necessidade de interação, nos dias atuais, a realidade mudou. O relacionamento interpessoal é ponto chave para o sucesso. Todavia, uma pesquisa realizada com 41.058 jovens, entre 15 e 26 anos, em todo o Brasil, apontou ser essa a principal barreira de quem está ingressando no mundo corporativo.

Para 72,55% dos entrevistados, ou 29.789, o pior é “estar ao lado de pessoas reclamonas”. Outros 2,16% (886) afirmaram ser irritante “lidar com quem tem bom-humor constante”. Apesar de um possível estresse gerado pelos extremos dessas situações, é importante saber atuar em grupo. Afinal, nos times, cada integrante assume um papel e impacta na dinâmica geral. “Nesse estudo é possível ver o quanto as relações humanas vivenciadas no ambiente organizacional podem sensibilizar o bem-estar e satisfação do colaborador”, explica a analista de treinamento, Jéssica Alves.

Por isso, o ideal é observar de maneira consciente as atitudes e impulsionar comportamentos positivos. “Nem tudo funciona de acordo com as expectativas criadas. O indicado é estabelecer com a gestão uma relação positiva e aberta”, explica a especialista. Assim, será mais fácil solucionar problemas, bem como expor ao colega o quanto ele pode ser inconveniente em algumas ocasiões.  Além disso, é válido lembrar: ninguém é feliz o tempo todo, mas o entusiasmo é uma ferramenta muito útil para proporcionar bom rendimento.

Já para 12,36% (5.076) o obstáculo é “ter prazos curtos e viver sobre pressão”, enquanto para 12,21% (5.014) é “fazer sempre as mesmas coisas”. Para esses, é fundamental se auto conscientizar a respeito da realidade corporativa. “É necessário adaptar-se a rotinas e também a mudanças rápidas trazidas pela globalização”, enfatiza Jéssica. Já para as organizações, o segredo é despertar em seu quadro de funcionários a visão de quais resultados serão agregados ao mundo como um todo, por meio das atividades desempenhadas. “Isso brilha aos olhos dos colaboradores”, indica.

Por fim, 0,71% (293) enfatizaram o quanto é péssimo “serem obrigados a cumprir regras e horários”. Todavia, muitos se esquecem do fato das empresas possuírem indivíduos com pontos de vista diversos. “Então, as normas existem para garantir uma convivência saudável e respeitosa entre todos os envolvidos, assim como para proporcionar ao cliente final a entrega de serviços e produtos eficazes”, ressalta Jéssica.

Para quem deseja se aperfeiçoar, Jéssica cita algumas dicas: “Indico praticar o autoconhecimento, ou seja, descobrir quais são os comportamentos sabotadores e impulsionadores. Também é preciso ser flexível, manter o respeito e impactar de maneira benéfica quem está ao redor”, finaliza. Portanto, o conselho é motivar os colegas, estabelecer uma relação de confiança com os pares e supervisores e, com isso, fazer a diferença no meio no qual está inserido.





Fonte: Jéssica Alves -, analista de treinamento do Nube



Três experiências que estão mudando para melhor a educação no Brasil


Um sistema educacional de qualidade é condição fundamental para o desenvolvimento de um país. No Brasil, indicadores nacionais e internacionais apontam que ainda estamos longe de atingir um patamar considerado aceitável e que ofereça a todos os alunos as mesmas oportunidades de aprendizado. A complexidade da educação pública brasileira é consequência de decisões históricas, incluindo a escolha do modelo de sistema educacional. Somos o quinto maior país do mundo em extensão territorial e em número de habitantes. Só na educação básica, que atende os alunos matriculados desde as creches até o ensino médio, são mais de 48 milhões de matrículas, sendo que 81% dos alunos estudam em escolas públicas. Quando se trata de ensino público, a responsabilidade prioritária dos municípios é garantir o atendimento desde a Educação Infantil até o término do Ensino Fundamental. Logo, o avanço da qualidade e dos resultados da educação pública depende e muito do sucesso da gestão municipal. 

Para a coordenadora do Instituto Positivo, Cristiane da Fonseca, é preciso considerar o contexto dos municípios brasileiros para compreender melhor o tamanho dos desafios no campo da educação: “Sabemos que 70% das cidades são consideradas pelo IBGE como de pequeno e de médio porte, ou seja, com menos de 23 mil habitantes. Muitas delas comprometem grande parte do orçamento com as despesas da folha de pagamento, sobrando assim pouco recurso para outros investimentos necessários, como por exemplo, a formação continuada de professores, a melhoria da estrutura física, a realização de eventos pedagógicos e aquisição de materiais”, explica Cristiane. Aliado a isso, a falta de continuidade de uma política educacional, em função da troca constante dos secretários de educação, pode comprometer a motivação dos profissionais e a progressividade das iniciativas. “Quando se analisa esse cenário surge a pergunta: haveria alguma maneira de superar esses obstáculos para viabilizar saltos de qualidade na educação pública?”, questiona Cristiane.

Em algumas regiões brasileiras, prefeituras, escolas e educadores parecem ter encontrado um caminho: atuar em regime de colaboração por meio da implantação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação - ADE. Os arranjos são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências, planejar e trabalhar em conjunto - e não mais isoladamente - somando esforços, recursos e competências para solucionar conjuntamente as dificuldades na área da educação. A proposta dos arranjos foi homologada pelo MEC em 2011 e incluída como uma opção para o alcance das metas e das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014 (artigo 7º, parágrafo 7º).

O Brasil possui hoje 12 ADEs, com aproximadamente 200 municípios trabalhando nesse modelo de colaboração. Outros ainda estão surgindo nas regiões Nordeste e Sul do país. Alguns deles já conquistaram avanços consistentes que indicam que estão no caminho certo.


ADE Instituto Chapada

A primeira experiência de trabalho em colaboração entre municípios surgiu em 1997, no interior da Bahia. Na época, a região da Chapada Diamantina registrava índices altíssimos de analfabetismo, imersa num cenário em que a educação não era prioridade. Uma professora decidiu que era necessário mudar isso e avaliou que o único caminho viável era a união e colaboração. Para dar início ao projeto, 12 municípios foram mobilizados. Numa região extremamente vulnerável, os dois principais desafios que enfrentavam eram a alfabetização e a evasão escolar. Os gestores e educadores envolvidos iniciaram as trocas de experiências, implantaram a formação continuada dos professores, instituíram o cargo de coordenador pedagógico e diretor escolar e buscaram apoio com parceiros técnicos. 

Atualmente, estes municípios compõem o território com melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do estado da Bahia. Em 2005, quando o Brasil começou a medir o Ideb, eles tinham um indicador médio no território de 3,08. Dez anos depois eles praticamente duplicaram esse índice, passando para 5,28. Individualmente, eles também ocupam as primeiras posições, caso de Ibitiara, com Ideb 6,5, Novo Horizonte, com índice 6,3 e Piatã, com 6,1 – números que já superam a meta estabelecida para 2021 e fazem frente ao de capitais com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) bastante superior ao destas cidades. O município de Boa Vista do Tupim, que em 2005 apresentava um Ideb de 2,2, a partir do trabalho em colaboração, saltou para 5,8 em apenas 4 anos. 

O principal impacto foi a melhoria da aprendizagem das crianças, especialmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Outras grandes vantagens foram o fortalecimento da atuação dos educadores, que recebem formação continuada, e a mobilização sociopolítica, que engaja as futuras lideranças dos municípios em prol da educação. Por meio de uma estratégia chamada de Dia E, o Instituto busca garantir o comprometimento dos candidatos a prefeito com a causa e a continuidade das boas políticas já empregadas. Eles participam de uma sabatina e assinam um termo de compromisso no qual, se eleitos, comprometem-se a cumprir com o que está definido no documento, elaborado em fóruns municipais abertos à população.

“A metodologia de trabalho do ADE Chapada engloba a escuta sensível, a formação continuada de professores e a construção real de tomada de decisões. A chance do outro participar das tomadas de decisões, ao lado de uma equipe de trabalho experiente e qualificada no contexto da Educação Pública, junto à formação continuada, faz a diferença para que o projeto dê certo e a colaboração de fato exista”, afirma Cybele Amado de Oliveira, presidente e diretora executiva do Instituto Chapada.


ADE Noroeste Paulista

Em 2009, uma mobilização iniciada no município de Votuporanga conseguiu reunir 17 municípios da região noroeste paulista para que, juntos, conseguissem identificar quais eram as necessidades comuns das cidades na área de educação. Atualmente, já são 58 municípios integrando o ADE. Ao iniciarem o diagnóstico sobre a realidade da educação na região, perceberam o potencial ainda pouco explorado para a formação de professores. Surgiu então a ideia de realizar um congresso que oferecesse formação mais qualificada e diversificada aos docentes. Hoje na 5ª edição, o Congresso Internacional de Educação do Noroeste Paulista reúne, em média, 1.500 professores de 250 escolas. Neste ano, serão 3 dias de programação voltada para a atualização dos docentes, que participam de cursos e palestras sobre práticas metodológicas e inovação, com a presença de especialistas renomados nacional e internacionalmente. "A consolidação de um evento desse porte só foi possível graças ao trabalho em regime de colaboração, pois além das secretarias se unirem para viabilizar as palestras e o congresso, o número de participantes acaba atraindo mais facilmente os parceiros”, destaca a secretária de Educação de Votuporanga e coordenadora do ADE, profa. Encarnação Manzano.

Além do congresso anual, o ADE promove também fóruns - nos quais são discutidos temas como sistema de avaliação e rendimento escolar, contraturno e educação em tempo integral, planejamento estratégico e mecanismos para ajudar a implementar as políticas de educação. Toda essa articulação regional trouxe avanços: o Ideb médio do território aumentou de 5,9 em 2007, para 6,5 em 2015. O engajamento de gestores municipais e docentes também aumentou. “Quando há união e cooperação entre todos, mais força a Educação tem, mais conquistas, mais resultados”, avalia Encarnação. 


ADE Granfpolis

Dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos ADEs no Brasil, o Instituto Positivo é parceiro da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS), em Santa Catarina. Com a Granfpolis, em uma articulação pioneira, lançaram, em 2015, o primeiro ADE do Sul do País. Atualmente, os 22 secretários de educação da região e as suas equipes trabalham de forma conjunta, a fim de alcançar as três metas territoriais, definidas em comum acordo e que visam melhorar a qualidade do ensino no território. No ano de fundação do ADE, 16% dos alunos das redes municipais que compreendem o Arranjo estavam em situação de distorção idade/ano escolar. Portanto, a redução da evasão e da reprovação escolar foi considera uma meta prioritária. No total, em 2017, 1.200 alunos, de 14 municípios, receberam atenção especial e participaram conjuntamente de programas de formação e implantação da alfabetização e de aceleração na aprendizagem. Destes, 100% chegaram ao final de um ano em condições de fazer a progressão de nível. 

A professora Lilian Boeing, uma das líderes do ADE e secretária de Educação do Município de São José, conta que os educadores tinham grandes preocupações e muita energia para promover a melhoria do processo de alfabetização. “Por meio da colaboração e mobilização dos secretários de educação  eles conseguiram estabelecer uma parceria com o Instituto Ayrton Senna. A partir das metodologias implantadas 92% dos alunos atendidos chegaram ao final do ano letivo plenamente alfabetizados. Crianças que antes não conseguiam decifrar as palavras, hoje, já conseguem ler um livro”, comemora Lilian. Segundo Cristiane, “esses exemplos demonstram como municípios organizados em regime de colaboração conseguem unir forças, identificar um foco de trabalho territorial prioritário, atrair parceiros, ratear custos e executar projetos conjuntos capazes de potencializar resultados efetivos em prol da educação”. 






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