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quinta-feira, 5 de março de 2015

Mulher não é propaganda de cerveja!





Por que comemoramos o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher? Talvez uma das perguntas que marque esse texto seja: será uma data comumente para comemorações?
A história que conhecemos diz que no dia 25 de março de 1911, uma greve de operárias – que reivindicavam melhores condições de trabalho – culminou com ações extremamente violentas, na morte por carbonização de 146 tecelãs. Contudo, é sabido que desde o final do século 19, os protestos já ocorriam em cidades da Europa e nos Estados Unidos, por organizações femininas oriundas de movimentos operários.
Neste caso encontramos contradições sobre a historiografia para esses dois fatos. Sobre as datas não existem dados fidedignos, o que gerou mitos sobre os acontecimentos da época e a verdadeira história sobre a criação do Dia Internacional da Mulher.. É provável que a morte das trabalhadoras tenha se incorporado ao imaginário coletivo, de modo que este episódio seja, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.
Há vários estudos que comprovam que o dia é comemorado em 8 de março, pois em 1917, na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução Russa, entretanto, somente em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres, e em 1975 comemorou-se oficialmente o Dia Internacional da Mulher.
Depois de uma breve história sobre a origem do dia internacional da mulher, aproveito para, quiçá, responder a pergunta inicial do texto. Além de uma celebração que marca a luta de mulheres contra a discriminação, por igualdade de gênero, melhores condições de trabalho e salários equiparados aos homens, direito ao voto, a sexualidade, entre outros, demarca a necessidade de (re)visitarmos as reflexões frente a mulher na sociedade atual.
Observo que o dia comemorativo está, nesse momento, capturado pelo “encanto” de agradar e reconhecer a mulher nessa sociedade. Parte-se, então, da premissa que esse dia precisa ser munido por rosas, bombons e vinho tinto. Fixa-se a data como a cultuação do amor à mãe, esposa, namorada e as mulheres como um todo. Ou seja, toda a história de militância e busca por igualdade das mulheres está sendo “trocada” pelo consumo das supostas felicidades materiais e a compra e troca de produtos que demonstram amores e paixões.
Somos cúmplices dessa modernidade fetichista que cultua a compra e a venda dos afetos e utiliza do corpo feminino como parte desse regime. Mulher não é propaganda de cerveja! A estética está impregnando as curvas, os cabelos, os olhos, o rosto, as roupas das mulheres. Está escrevendo no corpo uma pessoa que muitas vezes não existe, mas, pelo desejo do consumo quer existir. As academias lotadas, os inúmeros medicamentos milagrosos, os verões chamando os olhos para o “perfeito”. Além dessa e de outras obrigações, as mulheres ainda carregam a necessidade – porque são mulheres – de cuidar da casa, trabalhar e cuidar dos filhos e do marido. Afinal, quem vocês são? Quem gostariam de ser? E, novamente, mulher não é propaganda de cerveja!
É preciso olhar com mais fineza e mais cuidado o desejo que se propaga de consumir o outro sem muito deguste. Precisamos (re)olhar nossas lutas e deveres, afinar nossas vozes e não deixar que nos coisifiquem. As mulheres não podem ser vistas como propaganda de cervejas e muito menos esquecer suas conquistas e suas lutas históricas. Consumam a vida, lambuzem-se dos encantos cotidianos, mastigue os sabores da autenticidade do viver e militar por melhores condições. Mulheres, avante, não sejam propaganda de cerveja, sejam mulheres com toda a força e graça que carregam.
Mulheres, parabéns por esse e pelos outros tantos dias de mulher.


Joel Fernando Borella - psicólogo e professor do curso de Psicologia do Centro Universitário Anhanguera de Leme

Dia Internacional da Mulher: a luta continua





No dia 8 de março de 1857, em uma fábrica de tecidos de Nova York, operárias decidiram fazer greve para reivindicar melhores condições de trabalho, pois cumpriam jornada de 16 horas diárias. Elas também pediam equiparação salarial com os homens, que chegavam a ganhar três vezes mais exercendo a mesma função. A greve, porém, não foi bem sucedida. Como forma de represália, a polícia trancou as mulheres dentro da fábrica e ateou fogo. Mais de 100 delas morreram carbonizadas.
Em 1910, após uma Conferência Internacional Feminina, na Dinamarca, em homenagem as mulheres assassinadas em 1857 nos Estados Unidos, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”
Mesmo passado tanto tempo, ainda hoje mulheres são “carbonizadas” em diversas situações: violência doméstica, exploração sexual, falta de atendimento médico especializado. Mas posso afirmar que nós mulheres somos muito batalhadoras e guerreiras.
Quantas de nós cumprem a jornada de trabalho com competência e eficiência o dia todo, para depois chegar em casa e iniciar o “segundo turno” com a mesma disposição e ainda mais dedicação? Lavar, passar, cozinhar, olhar os cadernos dos filhos, perguntar como foi a aula, se tem tarefa, e auxiliá-los na realização da lição de casa. É nossa casa, nossos filhos, maridos, nossa família! Além de competência e eficiência no trabalho, devemos realizar nossas tarefas caseiras com carinho e amor.
Algumas famílias podem contar com HOMENS de verdade, que apoiam suas esposas, auxiliando nas atividades domésticas, no cuidado com os filhos e, quando chega a noite, mesmo cansados, encontram um tempo para conversar, assistir a um filme juntos e brincar com as crianças. Esses merecem o meu respeito.
Mas a realidade é que a maioria das mulheres ainda tem que dar conta de tudo sozinha, mesmo tendo um marido em casa. E que o dizer daquelas que não têm um companheiro ao seu lado? São as famosas “chefes do lar”, verdadeiras “mulheres de ferro”. Têm dupla jornada de trabalho, sustentam a casa, levam e buscam os filhos na escola, participam da reunião de pais, levam as crianças ao médico, educam com esforço e dedicação e ainda com toda paciência do mundo acolhem seus filhos quando passam por alguma dificuldade. Tentam proporcionar à sua família tudo do bom e do melhor, dentro de suas condições. E quando surge algum problema, querem resolvê-los rapidamente e fazem isso com “classe” e de cabeça erguida!
E depois de tudo isso ainda ouço dizer que mulheres são “o sexo frágil”. Frágil? É isso que muitos pensam. Mas ao contrário, somos assim:
Mesmo  bravas, somos lindas,
Mesmo tristes, sabemos sorrir,
Mesmo alegres, sabemos chorar,
Mesmo irritadas, sabemos encantar,
Mesmo nervosas, sabemos dosar,
Mesmo apaixonadas, sabemos ignorar,
Mesmo frágeis, sabemos ser fortes
E mesmo exageradas, somos demais!

Daniele Vilela Leite - Coordenadora de Operações na empresa Planneta (www.plannetaeducacao.com.br). Graduada em Serviço Social, tem grande experiência em trabalhos relacionados à Educação (daniele.leite@vitaebrasil.com.br)

terça-feira, 3 de março de 2015

Levantamento aponta que 3,2 milhões de pessoas morrem por falta de exercícios




OMS revela que o sedentarismo está entre as principais causas de morte no mundo

A promoção de atividades físicas e desportivas pode ser a solução para evitar cerca de 3,2 milhões de mortes por ano, de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A OMS garante que a prática regular de exercícios físico aliada a uma alimentação adequada funciona como prevenção para diversas doenças não transmissíveis, como câncer, diabetes, doenças cardíacas, pulmonares e respiratórias.
Por esse e outros motivos, médicos e especialistas aconselham que todos tomem ciência da importância de uma vida ativa com alimentação equilibrada. Esses métodos funcionam como remédio natural para uma vida mais saudável e longa.
Os profissionais do Saúde com Definição, programa de coaching nutricional e esportivo, confirmam com experiências profissionais e pessoais que a vida muda quando você muda o modo como a leva.
O nutricionista Leandro Kuroda, criador do Saúde com Definição, que até a adolescência era acima do peso, garante que sentiu mudança não apenas no físico, como também no psicológico, percebendo mudanças comportamentais, físicas e sociais. “Ter uma alimentação equilibrada aliada a exercícios não traz apenas benefícios estéticos como muitos pensam. É realmente uma superação diária, é um exercício de força de vontade que você pode aplicar em todas as áreas da sua vida. Quando seu organismo está equilibrado, sua mente também está e isso facilita muito as coisas”, destaca Kuroda.
Focado na melhoria de vida através do esporte, o personal trainer Caio Fonseca, acompanhou diversos casos de melhorias. Entre eles, de uma cliente na terceira idade. “A Dona Maria, 85 anos, tinha uma vida sedentária e resolveu iniciar exercícios físicos por recomendação médica. Com a prática regular, ela reduziu o uso dos medicamentos para pressão alta, inibindo os problemas cardíacos e controlando melhor a diabetes, além de fortalecer postura e ganhar mais equilíbrio, conquistando até a liberdade de andar sem o auxílio de bengala”, explicou o personal.

Crise econômica e escândalos de corrupção devem provocar aumento do número de fusões e aquisições de empresas em 2015



Quem acompanha o mercado financeiro brasileiro deve ter visto os bons números sobre o mercado de fusões e aquisições – M&A, na sigla em inglês – em 2014. Os dados positivos sobre o setor, divulgados recentemente pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), contrariam as previsões mais pessimistas e o momento fúnebre em que a economia se encontra.
Incólume aos juros altos, inflação galopante, PIB pífio, e borbulhantes escândalos de corrupção, os números de M&A bateram recorde de quase R$ 193 bilhões no ano passado, um crescimento de 16,6% em relação ao ano de 2013, segundo a Anbima. Nove das dez maiores operações ultrapassaram a casa dos R$ 5 bilhões, o que alavancou o saldo positivo.
Porém, se a economia vai tão mal, como se percebe claramente nas ruas com a crise hídrica e elétrica, somada ao alto custo do capital, a baixa produção industrial e a queda no consumo, quais motivos levaram as fusões e aquisições a crescer quase 17% em 2014?
Dois fatores merecem ser lembrados. O primeiro é que a aquisição da GVT pela Telefônica foi fechada em 2013, mas a aprovação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se deu apenas no ano passado, o que engorda os números de 2014.
O outro fator, e de enorme importância, se deve justamente ao cenário econômico ruim, crises elétrica e hídrica, e aos escândalos de corrupção.
“Com a operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga contratos superfaturados com a Petrobras, as construtoras envolvidas estão se desfazendo de ativos ou buscando consolidação em função de suas restrições de crédito”, analisa Gustavo Sardinha, sócio da B2L Investimentos S/A, advogado especialista em M&A, avaliação de empresas e desenvolvimento de negócios.
A contribuição da crise energética e hídrica para os bons números de M&A em 2014 fica com as empresas de óleo e gás e o setor elétrico, ambos com dificuldades de financiamento. Além de tudo isso, a crise econômica tem provocado baixa taxa de ocupação de imóveis comerciais e, por conseqüência, a redução dos ativos locais na Bolsa de Valores.
“Todos os pontos negativos na economia brasileira, se vistos de outra perspectiva, mostram que têm sim, o seu lado próspero, onde a crise logo se torna uma oportunidade de negócio. Acreditamos que o mercado de M&A deverá continuar aquecido e em crescimento. A crise econômica e os escândalos de corrupção ainda perdurarão por um bom tempo. E com isso, inúmeras oportunidades de fusões e aquisições irão surgir pelos próximos meses”, acredita Gustavo Sardinha.
O crescimento no volume de fusões e aquisições em 2014 se deu, principalmente, por grandes operações nos setores de Telecomunicações. Apenas a venda pela Oi do ativo Portugal Telecom para a Altice, e a compra da GVT pela Telefônica, somaram R$ 47,3 bilhões – 24,55% do total movimentado no ano passado. E esse número é, sem dúvidas, ainda maior.
Segundo relatório anual da PricewaterhouseCoopers (PwC), das 879 transações anunciadas em 2014, apenas 266 tiveram seu valor divulgado. A empresa mostrou que do total anunciado, 22 transações tiveram valor de compra acima de US$ 1 bilhão, totalizando US$ 79,83 bilhões. Já as transações de até US$ 100 milhões lideram o total de negócios com valor divulgado – 168 transações.
A região Sudeste ocupou o primeiro lugar no ranking de operações de M&A no ano de 2014, com 71,7% das transações, ampliando sua participação no mercado – em 2013, a liderança era de 68,6 %, com o estado de São Paulo detendo 59,6%.

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