No dia 8 de março de 1857, em uma
fábrica de tecidos de Nova York, operárias decidiram fazer greve para
reivindicar melhores condições de trabalho, pois cumpriam jornada de 16 horas
diárias. Elas também pediam equiparação salarial com os homens, que
chegavam a ganhar três vezes mais exercendo a mesma função. A greve, porém, não
foi bem sucedida. Como forma de represália, a polícia trancou as
mulheres dentro da fábrica e ateou fogo. Mais de
100 delas morreram carbonizadas.
Em 1910, após uma Conferência
Internacional Feminina, na Dinamarca, em homenagem as
mulheres assassinadas em 1857 nos Estados Unidos, ficou decidido que
o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”
Mesmo passado tanto tempo, ainda hoje
mulheres são “carbonizadas” em diversas situações: violência doméstica,
exploração sexual, falta de atendimento médico especializado. Mas posso afirmar
que nós mulheres somos muito batalhadoras e guerreiras.
Quantas de nós cumprem a jornada de
trabalho com competência e eficiência o dia todo, para depois chegar em casa e
iniciar o “segundo turno” com a mesma disposição e ainda mais
dedicação? Lavar, passar, cozinhar, olhar os cadernos dos filhos,
perguntar como foi a aula, se tem tarefa, e auxiliá-los na realização da lição
de casa. É nossa casa, nossos filhos, maridos, nossa família! Além de
competência e eficiência no trabalho, devemos realizar nossas tarefas caseiras
com carinho e amor.
Algumas famílias podem contar com
HOMENS de verdade, que apoiam suas esposas, auxiliando nas atividades
domésticas, no cuidado com os filhos e, quando chega a noite, mesmo cansados,
encontram um tempo para conversar, assistir a um filme juntos e brincar com as
crianças. Esses merecem o meu respeito.
Mas a realidade é que a maioria das
mulheres ainda tem que dar conta de tudo sozinha, mesmo tendo um marido em
casa. E que o dizer daquelas que não têm um companheiro ao seu lado? São as
famosas “chefes do lar”, verdadeiras “mulheres de ferro”. Têm dupla jornada de
trabalho, sustentam a casa, levam e buscam os filhos na escola, participam da
reunião de pais, levam as crianças ao médico, educam com esforço e dedicação e
ainda com toda paciência do mundo acolhem seus filhos quando passam por alguma
dificuldade. Tentam proporcionar à sua família tudo do bom e do melhor, dentro
de suas condições. E quando surge algum problema, querem resolvê-los rapidamente
e fazem isso com “classe” e de cabeça erguida!
E depois de tudo isso ainda ouço dizer
que mulheres são “o sexo frágil”. Frágil? É isso que muitos pensam. Mas ao
contrário, somos assim:
Mesmo bravas, somos lindas,
Mesmo tristes, sabemos sorrir,
Mesmo alegres, sabemos chorar,
Mesmo irritadas, sabemos encantar,
Mesmo nervosas, sabemos dosar,
Mesmo apaixonadas, sabemos ignorar,
Mesmo frágeis, sabemos ser fortes
E mesmo exageradas, somos demais!
Daniele Vilela Leite -
Coordenadora de Operações na empresa Planneta (www.plannetaeducacao.com.br).
Graduada em Serviço Social, tem grande experiência em trabalhos relacionados à
Educação (daniele.leite@vitaebrasil.com.br)
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