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quarta-feira, 28 de junho de 2023

Revolução IA: como a inteligência artificial pode mudar o mercado de trabalho

 Novas funções envolvem desde engenheiros de machine learning a profissionais de ética digital


As plataformas de Inteligência Artificial generativa se tornaram tema central das discussões sobre tecnologia e mercado de trabalho nos últimos meses. Desde o lançamento do ChatGPT, uma ferramenta poderosa que usa técnicas de processamento de linguagem natural para criar diálogos indistinguíveis dos humanos, promete uma revolução sem precedentes na maneira como interagimos com a tecnologia. Muito além de gerar respostas instantâneas a questões complexas, a IA tem demonstrado potencial para assumir atividades que, antes, apenas humanos eram responsáveis por realizar.

De acordo com o relatório Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial, com o rápido desenvolvimento das IAs, muitos cargos podem desaparecer nos próximos anos. Entre 2023 e 2027, por exemplo, a previsão é de que profissões como a de balconistas, secretários administrativos e vendedores de porta em porta deixem de existir. Ao mesmo tempo, novas funções, categorias e especialidades devem aparecer.

Para o BizHub, ecossistema de inovação e tecnologia da A&M que oferece soluções com base em inteligência artificial, no futuro, teremos profissionais capacitados para educar IA, além de trabalhar lado a lado com a tecnologia. “Já vemos iniciativas e projetos utilizando inteligência artificial para além do ChatGPT, como no atendimento de clientes e para a otimização de vários processos”, afirma Ricardo Bonora, co- fundador do BizHub.

Alguns desses cargos já existem, como é o caso dos designers conversacionais. Responsáveis pela adaptação das interfaces aos atendimentos. Eles trabalham com UX (experiência do usuário, em português), mas poderão adquirir uma nova habilidade para treinamento de IA e suas respostas.

Outro cargo que provavelmente ganhará ainda mais atenção, são os designers de Prompts para IA, especializados na interação entre humano e tecnologia. Os prompts são perguntas, instruções e demandas comuns, presentes na comunicação entre o usuário e o sistema. O propósito desse cargo é identificar as principais necessidades dos usuários ao interagir com uma inteligência artificial.

Segundo o BizHub, redatores e designers estarão mais propensos a se adaptarem à IA. “São profissões que não necessariamente vão acabar, mas que podem se tornar especialistas em utilizar a IA ao seu favor, ganhando mais escala nas suas entregas”, afirma Bonora. Ferramentas como o Canva já integraram a IA para o desenvolvimento de imagens. No entanto, é necessário um profissional direcionando para essa construção. Os redatores passam por um processo parecido, em que a técnica pode ser potencializada pela IA. “O redator sabe melhor o que e como perguntar, além de todas as otimizações necessárias, pensando em SEO”, explica.

Algumas profissões surgiram do zero, baseadas em cargos tradicionais em tecnologia que temos hoje. Para que os computadores consigam operar com base em dados e algoritmos, os engenheiros de Machine Learning - aprendizado de máquina -, serão cruciais. Responsáveis pela programação, esse profissional cria e treina os modelos computacionais para execução de tarefas específicas.

Não se limitando a gerar ou extinguir ocupações, esses sistemas de IA têm o potencial de revolucionar todas as áreas profissionais. Eles possibilitam a automação de tarefas, incentivam a criatividade e propiciam o aprendizado, amplificando de maneira significativa a produtividade e concedendo maior autonomia ao trabalhador. Assim, um funcionário em início de carreira que domina a ferramenta, é capaz de desempenhar funções mais avançadas que sua posição. O mesmo acontece com os funcionários plenos e a nível sênior. A IA permite expandir as habilidades e competências de todas as categorias.

Mas as mudanças provocadas pela IA não se restringem ao mercado de trabalho. A discussão sobre regulação, segurança e governança precisa acompanhar o desenvolvimento. Por trás de toda tecnologia, existe uma programação realizada por humanos, com ideais e julgamentos particulares. O profissional de ética em IA será responsável por fazer essa análise, bem como, certificar de que os processos lógicos e programados das máquinas não se sobreponham às questões humanitárias.

A curadoria para desenvolvimento da IA é, talvez, uma das funções mais importantes para o funcionamento, de acordo com o BizHub. “Esse profissional é responsável pela melhoria contínua das interações dos usuários com as interfaces conversacionais e vice-versa. O trabalho é feito por meio da análise das interações, mapeamento e criação de novos exemplos para o modelo de inteligência artificial, e do acompanhamento dos objetivos de negócio”, explica Bonora. Muito próximo do engenheiro de Machine Learning, o curador é a pessoa que vai pesquisar, analisar e selecionar as informações que a IA terá acesso.

Apesar de toda a efervescência, a Inteligência Artificial ainda está no início do que pode se tornar. Funções e cargos ainda não imaginados podem surgir conforme a tecnologia avança. Empresas como o BizHub, já se mostram atentas para antecipar tendências e preparar seus times para essa nova realidade. 


BizHub - ecossistema de inovação e tecnologia da A&M


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