“Inovação
distingue um líder de um seguidor”. “Todos nós precisamos de pessoas que nos
deem feedback. Assim melhoramos”. A primeira passagem foi proferida por Steve
Jobs; a segunda, por Bill Gates. Em comum, o fato de que ambas constam na
página oficial da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, como algumas das
frases que todo líder de negócios deve ouvir.
Mais do que
motivadoras, ambas expõem a pura realidade de que fazer bons negócios demanda
um verdadeiro “algoritmo” por parte de gestores, administradores e demais
executivos para ser bem sucedido em um ambiente cada vez mais veloz,
competitivo e de constante atualização, tanto da parte tecnológica quanto de
padrões de comportamento e consumo.
Faço um à parte
aqui para me fazer mais claro. Por definição, algoritmo na Computação significa
um “conjunto das regras e procedimentos lógicos perfeitamente definidos que
levam à solução de um problema em um número finito de etapas”. Este raciocínio
é perfeitamente relacionável com a troca entre fornecedor e consumidor, não é?
Pois bem.
Me sinto bem à
vontade para usar essa correlação entre tecnologia e negócios, uma vez que
estou no mundo da TI há 34 anos, liderando grandes e complexos projetos em
diversas instituições, distribuídos em ambientes de múltiplas plataformas e
múltiplas tecnologias. Sempre estive próximo das mudanças de métodos e
processos ao longo desta grande jornada.
Um negócio, porém,
começa antes de falarmos de dados e números. Uma boa formação que lhe credencie
na sua área de atuação e a capacidade de construir relacionamentos são duas
boas qualidades iniciais para ser bem sucedido ao gerir ou administrar um
negócio. Isto vai lhe permitir uma série de ações positivas, como exercitar a
empatia e se colocar no lugar do seu cliente em favor da resolução de
problemas.
A oportunidade de
fechar bons negócios ganha corpo e forma tão logo exista empenho também na
experiência do cliente, conhecimento do seu negócio e se manter próximo em
todas as etapas do processo de negociação. Desta forma, ele vai se lembrar de
você. Na outra ponta, essa presença e preocupação será um bônus precioso, seja
nos negócios de hoje ou nos de amanhã.
Entretanto, o desenvolvimento
das relações envolve somente uma parcela do que chamo de “algoritmo dos
negócios”. Internamente, cada companhia precisa ter uma boa visão da sua
proposta, das suas qualificações e como colocá-las em público. É bom aproveitar
para esclarecer: gestão e administração são conceitos distintos, e aproveito
para tocar nisso.
Gerir significa
desenvolver algo muito valioso, incentivando a participação, a autonomia e a
responsabilidade das pessoas. É uma ação voltada para o quadro
político-administrativo de uma empresa ou time. Por sua vez, administrar trata
do planejamento, do controle e direcionamento de recursos, com foco em
objetivos específicos e projeção de resultados.
O que não muda é a
necessidade de quem está no comando das principais operações tentar conciliar
os conceitos de gestão e administração, trabalhando com probabilidades, com a
percepção do quanto relacionamentos e esforços possam virar negócios efetivos.
Dessas relações também podem sair novos entendimentos sobre, por exemplo,
tendências que lhe permitam antecipar movimentos da concorrência.
Procuro trabalhar
com especialistas e executivos antenados no que há de mais moderno para a
transformação digital de negócios. Nossa consultoria para modelos de tech
embarcada – processos que ligam diferentes tecnologias a outros recursos,
agregando funcionalidades entre software e hardware, compondo uma dinâmica
arquitetura de dados –, respira diariamente do “algoritmo dos negócios”.
Evidentemente, o
conjunto de regras e procedimentos que visam solucionar um problema em um
mercado – o que, em essência, define o conceito do termo negócio – não é uma
receita pronta e imutável. Muito pelo contrário. Ele está em constante
transformação, acompanhando as mudanças, das mais singulares às mais amplas.
Voltando a Gates, ele também costuma
dizer que “seus clientes mais insatisfeitos são sua maior fonte de
aprendizado”. E nós estamos sempre aprendendo e atualizando os nossos
algoritmos.
Alessandro
Buonopane - CEO Brasil da GFT Technologies.
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