Todo mundo sabe o quanto empoderar é importante,
mas e quando precisamos fazer isso com as nossas filhas? Já ouviu aquela frase
de que “os pais são responsáveis pelo sucesso e os insucessos de seus filhos?”
Pois é, a arte de educar é mais complexa do que se imagina.
O dever dos pais vai além de oferecer segurança e
garantir que os direitos de desenvolvimento físico, psicológico, moral e social
dos pequenos, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sejam
cumpridos.
Abrir um diálogo franco com as meninas sobre os
desafios que encontrarão em suas vidas, compartilhando fatos cotidianos,
auxiliarão essas futuras mulheres a refletirem sobre a importância do
posicionamento feminino.
Assim como os adultos precisam ser respeitados em
suas individualidades, as crianças também necessitam desse acolhimento. É
imprescindível que sejam valorizadas por suas competências e estimuladas a
construir autonomia e protagonismo.
Por exemplo: se a mãe de Maria adora balé, mas a
garotinha gosta de vôlei, então devemos oferecê-la a oportunidade de fazer as
suas escolhas, mesmo que contrarie as expectativas da família e as idealizações
dos pais. É através desse ato de amor que mostraremos a Maria qual é o seu lugar
no mundo.
A leitura é capaz de auxiliar aos pais nessa
difícil tarefa. Livros com histórias inspiradoras ajudam as crianças a buscarem
exemplos, e através desse entendimento, elas aprendem a transformarem seus
sonhos em realidade. Estas referências empoderam devido às histórias de
superação de mulheres que enfrentaram seus próprios medos e encontraram seus
lugares na história.
Meninas nascem mulheres. É necessário ensinar quais
são os desafios frente ao popular epiteto “sexo frágil”, a busca pela garantia
dos seus direitos na luta pela igualdade de gênero e seus deveres para que suas
vozes sejam ouvidas onde quer que estejam. E esse ensinamento precioso começa
desde a primeira infância.
Os pais que optarem por empoderar suas filhas,
através de uma criação que respeite suas essências, capacitarão essas meninas
para se tornarem mulheres inspiradoras no futuro. Quebrar os paradigmas e
deixar que nossas meninas busquem o que as agrada, garantirá uma autoestima
estruturada em uma rede de apoio familiar, onde os valores são legítimos e
inspiradores.
Rita Cota -
escritora
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