Com dicas, cuidados e recomendações, a pediatra Michelle Hygino explica como reforçar o aproveitamento infantil nos dias mais quentes
É impossível negar que, quando se fala em verão,
nossa mente nos remete a praia, piscina e banho de mangueira e com a maioria
das famílias não é diferente. Ainda assim, para os dias de altas temperaturas a
atenção aos detalhes conta e muito! De acordo com Michelle Hygino, pediatra há
6 anos e uma das profissionais associadas da Baby Concierge, uma das maiores
plataformas de conteúdo materno-infantil, os acessórios que protegem o corpo
contra os malefícios do sol não são apenas para os adultos. “Roupas com
proteção UV, óculos contra raios solares e chapéu com aba de 3 polegadas para
proteção do rosto, são alguns dos acessórios que recomendo para as crianças. No
caso dos bebês, os cuidados precisam ser ainda maiores.”
Quanto aos ainda menores, não restam dúvidas! A
pele dos bebês é indiscutivelmente mais fina e delicada. Por isso, a pediatra
aconselha uma atenção ainda mais intensa e com uma grande novidade para a
maioria, sobre o uso de protetor solar: “Bebês com menos de 6 meses devem,
preferencialmente, ser mantidos fora da luz solar direta, para evitar o risco
de insolação. Além disso, é preciso cobri-los de proteção física sobre o corpo
todo com roupas leves e feitas de algodão. Vale lembrar que a Sociedade
Brasileira de Pediatria recomenda para menores de 6 meses, o uso exclusivo de
bonés, roupas, guarda sol ou sombrinhas. Ou seja, é aconselhável fazer uso do
protetor solar somente a partir dos 6 meses de idade”.
De qualquer forma, os mais velhos não se safam do
uso constante de filtro solar. Michelle lembra que para crianças maiores, a
aplicação com pequenos intervalos é imprescindível: “É preciso passar protetor
a cada 2h, após nadar, suar ou se secar. Ao sair de casa, lembrem-se de aplicar
a loção no máximo 15 minutos antes de sair ao ar livre.” Ela também revela uma
dica infalível para convencer as crianças sobre a importância do uso:
“Dando um bom exemplo e mostrando que a aplicação precisa ser feita pela
família inteira, a criança pode se espelhar nos primos, pais e irmãos,
entendendo a necessidade do uso, facilitando a aplicação constante”.
Quando o assunto é praia a animação é a mesma,
desde os baixinhos, até os mais velhos. Sentir a areia nos pés é o desejo de
muitos durante o verão. Porém, nem toda faixa etária deve desfrutar deste
prazer. “Nós não somos os únicos que amam a areia. Insetos e animais podem
deixar seus dejetos e provocar infecções. Crianças pequenas costumam levar tudo
em direção a boca, o que também pode levar a uma irritação”. Reforçando o
cuidado com insetos, a pediatra também relembra o uso do repelente: “Entre 1 a
12 anos, a frequência recomendada é duas vezes ao dia. A partir dos 12 anos,
podem ser realizadas três aplicações e para menores de dois meses, o uso é
recomendado somente em situações de exposição inevitável”, afirma a
especialista.
Além da areia, outro aspecto comum, capaz de deixar
aquela “vontade de praia” são eles: os petiscos. E falando em comer, a pediatra
fornece conselhos sobre a alimentação infantil nos dias mais quentes: “Em dias
ensolarados o ideal é evitar alimentos gordurosos e pesados, focando na
validade de alimentos derivados do leite. Importante lembrar de sempre hidratar
o bebê e a criança, além de oferecer alimentos leves como frutas e legumes.”
Sobre as guloseimas dos ambulantes, Michelle recomenda um alerta redobrado: “É
preciso ter muito cuidado com alimentos vendidos na praia, pois podem ter sido
preparados com higiene inadequada. O mais apropriado é levar lanchinhos de
casa”.
É preciso afirmar também que, sobre a boa
alimentação, nem todos os dizeres são mitos. Quem nunca ouviu uma mãe ou uma
tia dizer que entrar no mar ou piscina depois de comer pode ser prejudicial?
Infelizmente para os pequeninos, isso é um fato! Porém, com algumas ressalvas
da doutora: “Se fizermos alguma atividade intensa após uma refeição, o
organismo concentrará as suas atividades não somente na digestão, como deveria,
mas também na função muscular, atrapalhando o processo de digestão. Não há
problema em entrar na piscina após uma refeição, desde que a mesma seja leve e
não haja esforço físico. Do contrário, é preciso esperar cerca de 1h para
voltar a fazer atividades”.
Por fim, não podemos esquecer que o cuidado com as
crianças não inclui somente o bem-estar, mas também sua proteção. Dados afirmam
que, em somente uma praia do sul do país, 20 crianças se perdem por dia. Para
evitar ocorrências como essa, Michelle revela algumas soluções: “é necessário que
a criança esteja sempre acompanhada de um cuidador. Supervisão o tempo todo
pode evitar afogamentos, além do uso de bóias. Mesmo que pareça estranho,
pulseiras de identificação são ótimas alternativas e aconselho também que os
pais conversem com as crianças maiores, definindo um local de encontro adequado
caso haja alguma perda. Isso pode prevenir uma diversidade de enfermidades,
garantindo a diversão dos pequenos”, finaliza.
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