Condição prejudica descanso noturno e provoca
outros problemas de saúde
Mais do que um barulho incômodo, o ronco alto pode indicar um grave distúrbio de sono, como é o caso da apneia, situação em que pessoa para de respirar por alguns segundos, diversas vezes, durante a noite. A condição atinge 30% da população adulta brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde.
O coordenador do curso de Medicina da Uniderp, médico otorrinolaringologista Alexandre Cury, explica que muitas pessoas têm apneia do sono sem conhecimento do problema e não fazem tratamento para aliviá-la. “Metade da população brasileira se queixa da qualidade de sono ruim. Uma noite mal dormida provoca inúmeros outros problemas, como déficit de atenção, sonolência excessiva durante o dia e agravamento do estresse”, destaca.
A condição se divide em dois tipos: a apneia obstrutiva do sono e apneia do sono central. A primeira é a forma mais comum e se caracteriza pelo relaxamento dos músculos da garganta e fechamento das vias respiratórias. “Esse movimento dificulta a respiração, reduzindo a concentração de oxigênio no sangue, o que emite um sinal de alerta ao cérebro dizendo que algo está errado. Ao sentir dificuldades de respirar, a pessoa desperta do sono e isso acontece várias vezes durante a noite. Nesses episódios, há produção do ronco ou um som que se assemelha a um sufocamento”, explica o especialista.
Já
a apneia do sono central está associada às funções cerebrais, quando o órgão
falha em transmitir os sinais para os músculos da respiração. Nesse caso, a
pessoa acorda com falta de ar e também encontra dificuldades para dormir. Em
ambas as condições, um dos sintomas é a sonolência durante o dia. “Até mesmo
crianças podem ter essas condições de saúde, mas acometem principalmente
homens, em geral, com mais de 50 anos de idade. Mulheres com excesso de peso e
na menopausa também estão mais propensas a desenvolverem apneia”, esclarece o
médico.
Causas e tratamento -- Na apneia obstrutiva do sono a causa principal é a obstrução do canal respiratório, que pode resultar de condições como obesidade, aumento das amígdalas, circunferência do pescoço e alterações craniofaciais. Já no outro tipo da patologia, a causa mais comum é a insuficiência cardíaca e, em menor ocorrência, o acidente vascular cerebral e uso de medicamentos para dor (opioides).
Além do ronco alto e sonolência excessiva, os sintomas incluem ainda falta de ar, despertar com a boca aberta, dor de cabeça matinal, insônia, déficit de atenção, falta de memória e episódios de irritabilidade e impaciência. No diagnóstico, o médico pode solicitar um exame de polissonografia, que consiste na avaliação noturna do sono, para monitorar a respiração e outras funções do corpo.
O
tratamento vai ser prescrito pelo médico e pode incluir o uso de aparelhos
odontológicos para manter as vias respiratórias desobstruídas. O objetivo é que
a respiração não seja interrompida durante o sono. Também pode ser adotada o
uso de uma máscara facial. “Nos casos mais graves, a cirurgia pode ser uma
opção: no nariz ou na cavidade óssea; remoção das amígdalas e adenoides”,
destaca o especialista. Confira as dicas do médico para aliviar os sintomas:
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Evite a ingesta de bebidas alcoólicas;
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Evite dormir de barriga para cima;
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Adote um estilo de vida saudável, com prática de atividade física e alimentação
equilibrada, afastando o excesso de peso e obesidade;
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Não fume;
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Pessoas com rinite devem fazer tratamento evitar obstrução nasal.
Uniderp
Kroton
Med
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