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segunda-feira, 28 de março de 2022

Especialistas em comportamento alimentar apontam como manter uma rotina de alimentação saudável

 No dia 31 de março é celebrado o Dia da Saúde e Nutrição; nutricionistas da Eurekka, apontam como o comportamento influencia em uma melhor relação com os alimentos

 

No mês da Saúde e Nutrição, a Eurekka, uma das maiores redes de saúde mental do Brasil, reuniu especialistas em comportamento alimentar para ajudar aqueles que buscam uma vida mais saudável e melhor relação com os alimentos. Para eles, é importante entender os momentos que levam a hábitos alimentares ruins, uma vez que o emagrecimento é decorrência do comportamento das pessoas. 

Os especialistas atuam com comportamento alimentar, que trabalha com uma abordagem que permite processos mais constantes para aqueles que querem, ou precisam, estabelecer uma rotina de alimentação mais saudável. Essa atuação não se baseia apenas no plano alimentar que, embora possa ser efetivo, muitas vezes causa frustrações. Segundo os profissionais, entender a relação que temos com a comida e ter um comportamento saudável, permite reduzir a ansiedade e o imediatismo dos pacientes no processo de emagrecimento.

Para a nutricionista e estudante de psicologia, Ana Paula Portela, que atua com equilíbrio alimentar com ênfase nas terapias comportamentais contextuais, existe um mito em relação a consultas ao nutricionista de que o profissional indicará dietas e restrições e fará um milagre. “A saúde não é relativa e o paciente precisa entender e priorizar a sua saúde tanto física quanto psíquica", pontua. 

De acordo com a nutricionista Paola Prunzel, o comportamento e transtornos alimentares precisam ser tratados com cuidado, pois muitas vezes esse comportamento disfuncional é desencadeado por um processo de restrição alimentar muito severa. "Nosso papel é desconstruir que chocolate faz mal e não só frutas que fazem bem. Buscamos trazer equilíbrio, leveza e comer sem culpa", afirma a profissional. 

Recentemente, um estudo da Universidade de Minnesota constatou que, durante a pandemia, houve um aumento nos distúrbios alimentares. A pesquisa conduzida pela universidade apontou que as doenças relacionadas à alimentação atingem 9% da população mundial e, por consequência, podem gerar uma repercussão negativa para a saúde psiquiátrica. Cerca de 26% das pessoas com transtornos alimentares tentam o suicídio. "O cuidado está em não gerar gatilhos para um comportamento inadequado e sim promover a saúde das pessoas", pontua Prunzel. 

Já para Gabriel Brunelli, nutricionista com foco em nutrição esportiva e comportamento alimentar, é um grande erro ter os alimentos como vilões na alimentação. “A meu ver, o papel do nutricionista é muito mal interpretado. Hoje vivemos uma mudança de entender o impacto da comida no emocional das pessoas. No caso dos atletas, olhamos a performance mas também a relação deles com os alimentos”, destaca.


Eurekka


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