Alergista explica como travesseiros e colchões
podem ser inimigos de quem tem algum tipo de alergia
Todos
os dias você afofa os travesseiros, estica as cobertas e se prepara para uma
noite de sono tranquila e reparadora, certo? Errado! Para quem tem alergia, a
cama pode ser um dos piores locais da casa e a noite, uma hora de pesadelo e
crises de espirros.
“Travesseiros e colchões juntam suor, saliva, células mortas da pele e essas substâncias alimentam os ácaros que acabam penetrando no tecido”, conta a Dra. Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela USP, “com o tempo, eles acabam morrendo, mas a proteína alergênica que carregam permanece dentro dos travesseiros e colchões onde respiramos diretamente por 8 horas (na média) por dia”.
Parece assustador? Pois aí está a importância da higienização e da troca do colchão e do travesseiro de tempos em tempos.
Segundo Dra. Brianna, os travesseiros devem ser trocados a cada dois anos, mesmo se forem higienizados a cada seis meses ou se usar algum tipo de protetor específico. “É que depois desse tempo, 30% do peso do produto, independentemente do seu estado, é composto por excrementos e restos de ácaros”, conta.
Apesar de serem feitos para durar até
10 anos, a recomendação é que a troca do colchão seja feita entre 5 e 7 anos. E
o uso “inadequado” pode encurtar esse prazo. Com o mau uso, a alergia cita
dormir em um colchão que não oferece sustentação suficiente ou não fazer uma
boa higienização nem o giro regular.
Colocar travesseiros e colchões ao sol de vez em quando também ajuda a eliminar
os ácaros, mas segundo a médica, não elimina a proteína que causa a alergia. O
ideal, para os travesseiros, é uma lavagem completa -- que pode ser feita em casa
ou em lavanderia -- e, para o colchão, o uso de capas protetoras, além do giro
da peça.
Dra. Brianna
Nicollei - Alergista e Imunologista pela USP.
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