Desde que a pandemia da COVID-19 se
instaurou, o mundo tem vivido uma verdadeira corrida de obstáculos, que começou
com a batalha para se controlar a disseminação do vírus, se estendeu à forma
como costumavam se estabelecer as relações pessoais e comerciais, e levou a uma
profunda transformação na forma de trabalhar e de como as empresas conduzem
suas operações cotidianamente. No cenário de retração econômica, que ainda
prevalece, somaram-se a isso as pressões por resultados, tornando ainda mais
desafiadora a gestão dos negócios.
Muitos colaboradores das empresas foram impactados pela pandemia, direta ou indiretamente. O distanciamento social aprofundou dificuldades. Se antes da COVID-19 alguns já se sentiam inseguros, desestimulados ou não incluídos ou pertencentes à organização, essas dificuldades se acentuaram, gerando a necessidade, da parte das empresas, de desenvolverem iniciativas que ajudassem a dar uma “energizada” nos times, ajudá-los a lidar com as dificuldades e encorajá-los para enfrentarem os desafios, velhos ou novos, com o espírito renovado.
Mas, em um cenário em que muitos paradigmas mudaram, qual é a eficácia de se implementar os programas que, tradicionalmente, sempre tiveram lugar na área de RH das corporações? Se o mundo e a forma de viver e trabalhar mudaram, certamente os modelos usualmente utilizados para falar com as equipes, para estimulá-las e dialogar com elas, também teriam que mudar. Repensar as estratégias e formatos de treinamento tem sido uma consequência dos períodos de crise, levando as lideranças, em todos os níveis, a reavaliarem as iniciativas com base nas transformações ocorridas neste período.
E foi essa direção que algumas empresas seguiram, adotando modelos inovadores, como os treinamentos de alto impacto, que utilizam diversas técnicas para promover transformações nas pessoas, ajudá-las a enfrentar os problemas e adversidades, a melhorar sua autoconfiança, seu desempenho, seu protagonismo e engajamento.
Estas mudanças passam, geralmente, por mudar a forma de pensar, agir e reagir, pelo rompimento de padrões comportamentais e crenças limitantes e sabotadoras. Isto significa provocá-los para ampliar a visão sobre si mesmos, enxergar suas fortalezas e fraquezas, aumentar sua autoestima e, consequentemente, ter mais segurança e protagonismo.
É um trabalho que pode se refletir na maior empatia entre as equipes, no maior protagonismo profissional, na melhor tomada de decisões e das escolhas realizadas; bem como na melhor gestão do tempo e para se alcançar um equilíbrio maior entre a vida pessoal e no trabalho.
Mas em que consiste um treinamento de alto impacto?
São atividades que surpreendem, provocam, exigem que a pessoa vá além das
situações de conforto. Elas podem incluir, por exemplo, desafios com movimentos
corporais, a fim de estimular a confiança, a segurança e as atitudes de
coragem, ou ainda caminhar sobre brasas, o que lhes fará se sentirem mais
fortes para lidar com qualquer obstáculo.
A ideia principal é a pessoa buscar os recursos interiores que a ajudarão a realizar as mudanças. No treinamento, provocamos muitas reflexões sobre a vida pessoal e sobre o que elas podem fazer para mudar. O fato de realizar e vivenciar na prática determinadas situações potencializa o aprendizado e a mudança.
Vivências práticas, de alto impacto, estimulam o envolvimento individual em todos os aspectos -- físico, mental e emocional, em um treinamento intenso emocionalmente, no qual a pessoa aprende mais rápido e gera também mudanças mais rápidas do que no universo do powerpoint, com resultados surpreendentes, que contribuem para transformar tanto a vida profissional quanto pessoal dos participantes.
Com tantas transformações na vida das pessoas nesse novo normal, uma dinâmica que as veja em todo o seu conjunto certamente traz benefícios para além do mundo do trabalho, ajudando-as a se empoderarem do próprio processo de evolução profissional e pessoal.
Jean
Patrick - master coach e treinador comportamental, CEO e founder head coach do
Instituto Jean Patrick.
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