Governo de São Paulo
anunciou volta às aulas presenciais a partir de 2 de agosto, sem percentual
limite de capacidade, mas estudantes devem manter distanciamento de ao menos 1
metro Shutterstock
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O Governo de São
Paulo, por meio do Plano São Paulo, anunciou o retorno às aulas presenciais a
partir do dia 2 de agosto. A iniciativa foi apresentada após a antecipação da
imunização dos profissionais da educação, bem como do calendário vacinal de boa
parte da população do Estado, e prevê a volta total dos alunos, sem percentual
limite para a capacidade.
O cenário, no entanto,
ainda gera preocupação em muitos pais, que temem pelo aumento do risco de
contágio aos filhos, especialmente quando se trata dos alunos mais novos.
Uma das principais
recomendações adotadas durante toda a pandemia permanece: o distanciamento
físico. Mesmo sem limitar a quantidade de alunos em sala de aula, a orientação
é que crianças e adolescentes cumpram a distância de pelo menos 1 metro.
Além disso, todas as
demais regras sanitárias, como uso de máscara de proteção, continuam sendo
válidas e precisam ser respeitadas pelos estudantes e pelos profissionais de
ensino. Vale ressaltar que as atividades presenciais continuam não sendo
obrigatórias e os alunos podem seguir fazendo apenas as aulas remotas.
A seguir, a otorrinolaringologista
Leila Tamiso, do Hospital Paulista, esclarece as principais dúvidas de pais e
educadores para aqueles que optem por retornar ao convívio escolar presencial.
- Que cuidados os pais
devem observar neste retorno às aulas? Quais materiais não devem ser
compartilhados, por exemplo?
Os pais e responsáveis
devem ter o cuidado em orientar bem as crianças e adolescentes não apenas para
o uso do álcool em gel nas mãos, mas também para que não se esqueçam de trocar
as máscaras no tempo correto e não compartilhem nenhum tipo de material com o
colega. Além disso, é necessário reforçar com os filhos para que retirem o
equipamento de proteção apenas em ambiente arejado e somente na hora do lanche
ou da troca.
Obviamente, nenhum
material deve ser compartilhado. Cada aluno deve ter o seu material próprio,
que não deve ser dividido, assim como outros objetos, evitando o contato
indireto entre os estudantes.
- No caso de irmãos em
idade escolar distinta, se um deles contrai algo na escola, o que não deve ser
compartilhado de jeito nenhum em casa?
Além dos itens
escolares, esses irmãos não devem dividir copos, talheres, toalhas e roupas.
Recomenda-se também não ficarem muito próximos e, principalmente, não
compartilharem a máscara.
- Além da Covid-19,
que outras doenças são geralmente transmitidas por crianças em idade escolar?
Há várias e,
geralmente, a transmissão ocorre via oral e pelas mãos. Entre as mais
frequentes estão estomatite, infecção de garganta - tanto a viral quanto a
bacteriana -, caxumba, catapora, gripe, resfriado e diarreia.
Nos casos de caxumba e
catapora, importante frisar que a contaminação pode ser evitada a partir da
imunização através de vacina. Para a gripe, também temos à disposição o
imunizante contra influenza, além de medidas básicas de higiene, como a lavagem
frequente e correta das mãos, que funcionam para evitar diversas doenças.
- Caso a criança
apresente sintomas da Covid-19, qual protocolo os pais devem seguir?
O ideal é que os pais
testem a criança que apresentar sintomas para confirmar ou eliminar o
diagnóstico de Covid-19, já que estes sintomas são bastante parecidos com os de
gripe e resfriado.
Caso a criança teste
negativo para Covid-19, mas esteja gripada, ainda assim a recomendação é
mantê-la em casa, sem frequentar a escola, festinhas ou encontros de amigos, no
intuito de evitar a transmissão do vírus influenza. E, para a recuperação, pode
ser administrado um antigripal líquido, que ajudará a aliviar febre, coriza e
dores na garganta e no corpo, além de melhorar a imunidade neste momento de
indisposição.
- Que orientações
daria para os professores e profissionais de educação que lidarão com dezenas
de crianças ao mesmo tempo neste retorno? Quais são os principais cuidados?
O uso do face
shield em cima da máscara tradicional é uma boa estratégia para ampliar a
proteção, além do cumprimento do distanciamento seguro. Também será necessário
dedicar esforço para que não haja manipulação de nenhum material dos alunos,
deixando cadernos e todos os outros itens escolares com cada um deles, sem
levar nada para casa para correção.
Os educadores devem
ficar atentos ainda para evitar o compartilhamento de objetos entre as crianças
e adolescentes no ambiente escolar, além do uso do álcool em gel nas mãos
constantemente, já que haverá toque constante nas portas, maçanetas e
corrimãos.
Importante
também promover a correta ventilação das salas de aula, mantendo portas e
janelas abertas para melhorar a circulação do ar, e orientar a troca de
máscaras a cada três horas ou após o lanche/intervalo.
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
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