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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Jogo pedagógico alerta para a violência e o abuso sexual contra crianças e adolescentes

ONG Visão Mundial, em parceria com Editora Aletria, lança jogo Não me toca, seu boboca, uma adaptação do livro sobre o enfretamento a situações de abuso e violência sexual


Qual a melhor forma de ensinar crianças e adolescentes a diferenciarem carinho de assédio? Ao falar sobre abuso sexual, é necessário usar a linguagem adequada para cada idade. É importante que a forma apresentada e os materiais didáticos usados tenham representatividade, para que haja identificação e maior compreensão. Pensando nisso, a Visão Mundial lança o jogo pedagógico Não me toca, seu boboca, envolvendo a temática do enfrentamento ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes. O jogo é inspirado no livro, de mesmo nome, da autora Andrea Taubman, publicado pela Editora Aletria, parceiras da ação. O jogo também conta com a parceria de Daniel Martins, da D+1 Design e Jogos.

Mais de 95 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes foram registradas em 2020, e a cada hora, três crianças ou adolescentes são violentados sexualmente no Brasil, segundo dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100) divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. "Com a pandemia da COVID-19, as crianças estão isoladas, em casa, muitas vezes convivendo mais tempo com abusadores. Precisamos ensinar, de forma criativa, sobre partes do corpo, limites e sobre como buscar ajuda caso presencie ou sofra alguma situação de abuso ou violência sexual", alerta a gerente de programas da ONG Visão Mundial, Ruth Lima.

Segundo a gerente da Visão Mundial, que também é educadora, essa é uma maneira de promover à criança acesso a oportunidades de aprender brincando. "É importante falar na linguagem da criança, ensinando ela a se comunicar quando acontecer algum abuso. O jogo pedagógico ensina a diferenciar o tipo de carinho, mostrando que ninguém pode tocar, sem permissão, deixando claro o que pode e não pode. É uma maneira de contribuir com a compreensão da criança para que ela aprenda a proteger a si e aos seus pares contra abusos, abordando o tema de maneiras diferentes, incentivando a denúncia feita diretamente por crianças e adolescentes. Assim como o livro, o jogo fala a língua da criança e abre portas que podem não ser abertas em uma conversa formal", comenta.

O jogo, na mesma linha do livro, conta a história da Ritoca, uma coelha que percebe que o novo morador, a quem a turma de amigos chamou de Tio Pipoca, embora pareça todo bonzinho, na verdade não respeita seus direitos e seu corpo. O jogo aborda a violência sexual contra crianças e adolescentes, falando na linguagem da criança, um tema muito importante e difícil de ser conversado. A duração de cada jogada é em média de 25 minutos. A faixa etária indicada é para crianças com mais de 5 anos, podendo participar de 1 a 6 jogadores, podendo ou não ser moderado e guiado por uma pessoa adulta, que lê as instruções e ajuda nas dinâmicas.

Também pensando em distribuir o jogo em escolas e em organizações que realizam atividades com crianças e adolescentes, foi produzido um guia que apoia educadores com sugestões de atividades adicionais que potencializam o processo de ensino-aprendizagem a partir da lógica do tema contida no jogo.

Juntos pelas crianças contra a COVID-19

Desde o início da pandemia, a Visão Mundial tem atuado na resposta à essa emergência de saúde, concentrando seus esforços em atender as necessidades das populações mais vulneráveis, principalmente as crianças. O jogo faz parte do Kit Contra o Abuso Sexual, um dos kits da ONG Visão Mundial voltados para o compromisso de proteção da infância e famílias em situação de vulnerabilidade, principalmente nesse momento crítico da pandemia. Para saber mais sobre essa ação e como doar, acesse: https://visaomundial.org/covid19/







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