A aplicação de Agile marketing nos mais variados projetos exige interação cada vez maior das equipes que dominam essa estratégia. A prestigiada ferramenta funciona bem desde os mais robustos aos mais compactos planejamentos dentro de uma empresa. O objetivo vai muito além de ser simplesmente uma metodologia ágil de gestão de projetos que utiliza ciclos curtos de trabalho. E sua abordagem interativa e incremental se traduz em melhorias contínuas nas estratégias de marketing.
Mas como ter um processo fluído, ágil, flexível, a partir de boas práticas, e
extrair os melhores insights na estrutura de marketing? Uma perspectiva segura
é sempre se orientar pela necessidade específica para cada cliente, levando-se
em conta a experiência com cada ação e seguindo os fluxos de implementação de
metodologia.
O agile maketing é concebido a partir de comportamento e atitudes. Como o
momento atual exige muita adaptabilidade e flexibilidade nas organizações, o
conceito de marketing ágil deve ser incluído e implementado na prática dos
negócios.
Eu costumo dizer que para fazer a ‘roda girar’ é vital conectar áreas
complementares em um mesmo objetivo, como por exemplo, atendimento com o time
de projetos e suas distintas lideranças. Essa sinergia forma uma grande
oportunidade de acelerar os processos, tracionando melhor as demandas do
cliente.
Para atingir os resultados ao longo das iniciativas realizadas, o melhor
caminho é investir numa visão de multidisciplinaridade, com conversas
frequentes entre as equipes, trocas para provocar a quebra de silos entre
departamentos, seja projetando tecnologias complementares, usando as várias
práticas de marketing, enfim, tudo o que possa transformar e gerar benefícios
para o cliente.
Cada vez mais, vemos a necessidade de ser ágil na tomada de decisão e na
mudança e readequação de rota, de ter menos planejamento fixo e ter muitas
cabeças conectadas, que pensam diferente, movimentando essa sinergia, com
recorrência de conversas, operando sempre com olhar para o resultado do
cliente. Hoje, não atuamos mais com a chamada ‘entrega de prateleira’, é tudo
mais personalizado. Agora, essa dinâmica também tem de ser impressa dentro do
cliente. Temos que corresponder a esse novo movimento e o marketing ágil veio
para auxiliar nesse formato. Aqui, vale lembrar que há circunstâncias em que
não é tão fácil fazer essa movimentação, podemos ter um ‘transatlântico’ que
não consegue fazer a mudança de rota tão rápida. E aí que entra nosso maior
desafio.
Há barreiras culturais a serem transpostas, temos milhões de variáveis e
precisamos ter a capacidade de se adaptar e se modelar para uma corrigir rotas
em tempo real e ter a coragem de tomar melhores decisões, ou seja, nessa etapa
vale exercer a adaptabilidade e a flexibilidade.
Não podemos confundir agilidade com velocidade para atingir determinados
resultados. Não é bem assim que funciona. A melhor tática é fazer mini
entregas, entregas pontuais, com coleta de resultados nas primeiras semanas.
Assim, é possível ver o alicerce do projeto subindo mais rápido. Você experimenta
iniciativas menores e vê como se comportam, passo a passo, com ações mais
testáveis e não mais uma campanha gigantesca. Desta forma, você traz a sensação
de agilidade e de maior assertividade, diferente da metodologia tradicional
aplicada. Ser ágil é o famoso ‘vamos devagar para ir rápido’, fazendo vários
testes para ir mais rápido e ganhar tração.
E isso é uma novidade, ainda em fase de aprendizados. A tecnologia se adaptou
bem a esse universo e entendeu o benefício de maneira mais rápida. O marketing
ainda está absorvendo e trazendo essa metodologia para a nossa realidade do dia
a dia e cobrando mais de seus fornecedores. Não há tanto a necessidade de fazer
uma grande reunião para tornar o projeto mais ágil, mas é fundamental estar
presente na tomada de decisão e inserir cada vez mais os processos agile.
O ideal é buscar a flexibilidade e a dinâmica mais aplicável ao negócio do cliente.
É importante entender a real necessidade dele, olhar para o que realmente faz
sentido e, dentro do cenário que enxergamos, identificar qual a melhor forma de
conduzir os métodos mais ágeis e eficientes a serem aplicados. Ter todas as
opções de frameworks e ferramentas que dão flexibilidade de aprimoramento aos
processos como um todo. No entanto, a confiança da liderança e a aposta no que
for mais assertivo naquele momento são fundamentais. O agile é ‘líquido’ e vai
se adaptando à medida que os resultados são, de fato, efetivos e comprovados.
Felipe Rodriguez - diretor de Operações da Gauge, do Grupo Stefanini
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