No Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial, especialista reforça a importância dos cuidados com a
saúde
Vários
são os fatores associados ao grupo de risco do novo coronavírus. Um deles é a
hipertensão arterial, doença crônica que atinge um em cada quatro brasileiros.
Neste 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial,
o médico cardiologista Everton Dombeck, do Hospital Cardiológico Costantini,
explica os motivos do hipertenso ter uma pior evolução da doença quando infectado
pela Covid-19.
Primeiramente,
é importante saber que a Hipertensão Arterial atinge pessoas de todas as
idades, com incidência maior em pessoas acima de 60 anos. Apesar da hipertensão
possuir várias causas, sabe-se que ela pode ser genética ou comportamental,
sofrendo influências dos maus hábitos de saúde e rotinas desregradas. Além da
predisposição familiar ou hereditariedade, a obesidade, o tabagismo, o alto
consumo de bebidas alcoólicas, o estresse, o excesso de sódio nas refeições e o
sedentarismo são os principais aspectos que motivam o aparecimento da doença.
Dombeck
explica que, na maioria das vezes, a doença é assintomática, além de não ter
cura, ou seja, o tratamento precisa ser contínuo. “O ideal é criar o hábito de
sempre aferir a pressão e mudar completamente a rotina alimentar e de
exercícios físicos. O hipertenso precisa consumir alimentos mais saudáveis,
fazer avaliações médicas periódicas e tomar os medicamentos prescritos pelos
médicos”.
Hipertensos
e o novo coronavírus
Diversos
estudos já publicados sobre o novo coronavírus mostram que os hipertensos podem
apresentar formas mais severas da doença. Porém, para Dombeck, cada caso deve
ser avaliado individualmente e os hipertensos devem reforçar as medidas de
prevenção. “A lavagem constante de mãos e o distanciamento social são as
primeiras e mais importantes, que devem ser redobradas. Além disso, é
importante manter uma rotina saudável, com o sono regular e evitar cigarro e
álcool”, explica.
O
estresse, outro fator associado a pressão alta, tende a aumentar com as pessoas
em quarentena e com este novo mundo em que estamos vivendo. “Não temos, ainda,
nenhuma ideia de como as coisas serão pós pandemia e isso causa pânico e
ansiedade, o que aumenta os índices da pressão. É importante manter a calma
nesse momento e cuidar da saúde em primeiro lugar”, aconselha Dombeck.
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