A startup curitibana Kultivi, plataforma
de ensino a distância, registrou um aumento de 140 mil alunos desde cadastrados
desde o início de março
No
final de 2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) publicou os resultados de um censo que avaliou o ensino
superior no Brasil. Os dados revelaram que naquele ano, pela primeira vez desde
a regulamentação da modalidade EaD (Ensino a Distância), as ofertas de vagas
para cursos a distância superaram os da categoria presencial no país,
reforçando o quadro de crescimento anual de 5% no número de matrículas em EaD
registrados pela mesma pesquisa.
Embora
englobe somente as ofertas de graduação e pós graduação, os resultados deixam
claro o interesse dos brasileiros em alternativas de capacitação online. E se
os atrativos do formato, como flexibilidade de horários, variedade de cursos e
qualificações e a própria possibilidade de estudar em casa, antes ganhavam
adeptos pela facilidade e conforto, em tempos de distanciamento social a
ferramenta tem se tornado um dos principais aliados ao enfrentamento da
pandemia global do novo coronavírus, tanto no âmbito educacional, quanto como
uma forma pessoal de tornar o período de reclusão mais proveitoso.
“Desde
que as autoridades de saúde passaram a recomendar o isolamento social, os
recursos tecnológicos tomaram o protagonismo em diversas atividades do
cotidiano e um número cada vez maior de pessoas tem recorrido a conteúdos de
capacitação online para aproveitar o tempo e adquirir novas habilidades e
conhecimentos”, afirma Cláudio Matos, um dos responsáveis pelo sucesso da
startup Kultivi (www.kultivi.com) ao lado
dos empresários Ricardo Pydd, Emir Conceição e Carlos Siaudzionis. A plataforma
de ensino gratuita, que conta com mais de 80 cursos em diferentes áreas, como
idiomas, empreendedorismo, medicina e voltados ao Enem e à OAB, contabilizou
140 mil novos alunos desde o início do mês de março, quando a quarentena
obrigatória ou voluntária passou a ser adotada no Brasil.
A
Kultivi tem registrado em média 3.000 novos alunos por dia e acaba de atingir o
número de 550 mil estudantes com acesso gratuito as mais de 4.500 aulas
disponíveis no site. “Chegamos a registrar o número de 18 mil novos cadastros
no site em um único dia. Nosso canal no Youtube passou de 140 mil para 224 mil
inscritos em pouco mais de um mês”, diz Matos. Durante o período, alguns
conteúdos têm se destacado na preferência dos usuários, e sido apontados como
uma projeção também para a fase pós-pandemia. “Temos notado uma busca muito
grande por cursos de idiomas, especialmente o inglês”, acrescenta o
profissional. Grande destaque da plataforma, o curso de inglês conta atualmente
com 173 mil alunos e oferece cerca de 220 aulas, além de materiais
especiais de apoio. “Um curso de inglês como o nosso, se vendido, não
sairia por menos de R$ 10 mil. Na Kultivi, oferecemos a democratização deste
tipo de ensino, estamos muito felizes em registrar aumentos tão significativos
no número de estudantes em nossa plataforma e acreditamos que esse pico
impulsionado pela quarentena vai refletir como tendência para o futuro da
modalidade em todo o mundo”, complementa.
Conteúdo
integralmente gratuito
Todas
as aulas disponíveis na plataforma da Kultivi são desenvolvidas por
especialistas renomados em cada segmento e integralmente gratuitas para o
usuário. Mas como é possível gerar conteúdo sem custo para os estudantes? A
lógica de funcionamento é simples. A plataforma é mantida pela venda de espaços
publicitários para marcas parceiras que acreditam no projeto, além da captação
de recursos na iniciativa privada. “São empresas que querem desenvolver
educação de qualidade no Brasil e atrelar sua marca a esse projeto”, explica o
sócio da Kultivi. Outra forma de manutenção do projeto está no apoio prestado
por Pessoas Físicas e Jurídicas. Por meio da iniciativa chamada de “Apoia.se”,
é possível que qualquer um contribua com o projeto. Mais da metade dos recursos
doados (56%) é destinada aos profissionais, que são remunerados de acordo com o
valor de mercado.
Entre
os professores, encontram-se profissionais com muita experiência no mercado e
com experiência em instituições de ensino públicas e privadas, com titulações
elevadas, como mestres e doutores, assim como jovens educadores com uma
didática mais dinâmica, especialmente para os cursos preparatórios para os
exames.
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