O Dia Mundial do Combate ao Câncer, lembrado em 8
de abril, é reservado para reforçar a importância da prevenção no combate à
doença
O dia 8 de abril foi
escolhido para conscientizar a população mundial sobre a importância da
prevenção no combate ao câncer. E muitas vezes, essa luta pode ser vencida
quando a descoberta da doença é feita no início. Nesses casos, os tratamentos
em geral costumam ser mais eficientes, embora os efeitos colaterais sejam
inevitáveis. Para lidar com isso e ajudar na melhoria do bem-estar e da
qualidade de vida dos pacientes, o canabidiol (CBD), substância extraída da
cannabis, tem se tornado um importante aliado.
Segundo a diretora médica da
Ease Labs, Gabriela Gonçalves, o CBD tem propriedades medicinais que auxiliam
na redução dos efeitos colaterais dos tratamentos contra o câncer. “Pacientes
em tratamento oncológico tem dores frequentes, perda de apetite, náusea,
ansiedade e outras alterações emocionais e orgânicas. Remédios convencionais
utilizados para controle desses sintomas podem não conseguir o efeito desejado,
além de desencadearem outros efeitos colaterais. O canabidiol pode então
tornar-se uma alternativa terapêutica, uma vez que tem ações analgésica,
anti-inflamatória, antiemético sem trazer efeitos adversos ao organismo"
explica.
Essas propriedades se devem
a atuação do CBD no sistema endocanabinoide, responsável pela homeostase, ou
seja, condição que mantém o equilíbrio do corpo. “Pacientes que fazem o uso do
CBD durante os tratamentos relatam uma melhora no bem-estar, reduzindo a
ansiedade, a depressão e as náuseas. A administração da substância ainda
contribui positivamente para o apetite e a qualidade do sono”, relata Gabriela.
Atuação antitumoral
Artigos científicos recentes
têm investigado a capacidade do canabidiol inibir o crescimento de tumores.
Segundo um estudo de 2019, realizado pela Universidade de Columbia, nos Estados
Unidos, conduzido pelos pesquisadores Jinhua Wu, Tom Hei, Tony Wang e Vladimir
Ivanov, o CBD pode estimular mecanismos que levam a morte de células
cancerígenas e proporcionar que o glioblastoma (tumor maligno cerebral) fique
mais sensível às radioterapias, sem afetar tanto as células saudáveis. O
projeto foi conduzido in vitro, ou seja, em um ambiente
fora do organismo vivo criado em laboratório. “Os estudos ainda estão no
início, mas são muito promissores e tem apresentado resultados animadores a
respeito do tema”, destaca Gabriela.
A médica acrescenta que é
certo que o CBD hoje já proporciona uma melhora considerável na qualidade de vida
dos pacientes, mas que futuramente, com o avanço das pesquisas e a evolução da
tecnologia, os resultados provavelmente serão ainda mais amplos.
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