Pessoas
com obesidade podem fazer parte dos portadores da Síndrome metabólica que
inclui diabetes, hipertensão, dislipidemia
Segundo estudo da
Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em dezembro de 2019, 2,3 bilhões
de pessoas no mundo estão com sobrepeso ou obesidade. No Brasil, a estimativa é
que 55,7% dos brasileiros estavam obesos em 2018, data da publicação da Pesquisa
de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, divulgado em julho de
2019.
A obesidade é causada, principalmente, pela alimentação inadequada ou
excessiva (quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética), mas
também pode ocorrer por fatores genéticos ou até psicológicos como o estresse,
ansiedade, depressão, que podem desencadear a compulsão alimentar. Distúrbios
endócrinos também podem estar presentes. Por sua vez, episódios de apneia do
sono, dificuldade para movimentar-se, cansaço frequente e distúrbios no ciclo
menstrual nas mulheres podem acompanhar a obesidade.
Problema importante é constituído pelo acúmulo de gordura no organismo
que aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, asma, diabetes,
apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado e outras doenças crônicas que,
neste momento de pandemia da Covid-19, incluem as pessoas no chamado grupo de
risco.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, a vítima mais
jovem a falecer no Brasil com a COVID-19, um jovem de 23 anos do Rio Grande do
Norte, era obeso e veio a óbito no último dia 31 de março, em um hospital particular.
"A melhor maneira de se prevenir, além dos cuidados gerais com a
hipertensão, diabetes, hipercolesterodemia, entre outros, é estar atento à
ingestão de alimentos saudáveis, ricos em proteínas, fibras e sais minerais e
pobres em açúcar e gorduras. A ingestão de uma boa quantidade de água é
desejável, além da realização de atividade física de rotina", afirma
Joaquim Prado de Moraes Filho, Diretor de Comunicação da Federação Brasileira
de Gastroenterologia (FBG).
Em casos mais complexos, o uso de medicamentos, desde controladores de
apetite até os que reduzem a absorção de gordura pelo organismo, podem ser
utilizados. "A cirurgia bariátrica é recomendada para pessoas que possuam
IMC acima de 35 e que tenham enfermidades associadas à obesidade e para aqueles
que têm IMC acima de 40 e não conseguem emagrecer com outros tratamentos",
afirma o médico.
De todo modo, a melhor maneira de se evitar o
sobrepeso e a obesidade é a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática
regular de exercícios desde cedo. "Temos que lembrar também das crianças.
De acordo com o Vigitel, cerca de 12,7% dos meninos e 9,4% das meninas são
obesos. Caso não se tome uma medida com relação ao assunto, a OMS projeta que o
número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões no
mundo", finaliza Joaquim Prado de Moraes Filho.
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