Dr.
Aldeniz Leite descreve como identificar sintomas que podem identificar transtornos
de dependência à tecnologia
Segundo o especialista, as tecnologias disponíveis não são maléficas em si, trazendo diversas facilidades e possibilidades de entretenimento e contatos instantâneos entre pessoas de todo o mundo. Porém, o uso excessivo termina por prejudicar as outras atividades cotidianas e sociais e pode caracterizar dependência, além de causar danos ao crescimento pessoal.
Segundo o psiquiatra, os pais e familiares devem ficar atentos aos cinco fatores que podem dar indícios de que o filho ou conhecido está criando relações de pendência com a tecnologia:
1) Quando a pessoa está constantemente pensando no próximo momento de voltar a jogar ou em novas estratégias e lances para quando retornar ao game/rede social.
2) Quando está sem jogar/utilizar redes sociais, o indivíduo demonstra sintomas de natureza física e emocional, tais como ansiedade, palpitações, transpiração, lembrando características da síndrome do pânico.
3) Desenvolvimento de tolerância, quando demonstra necessidade de passar cada vez mais tempo jogando, para obter o mesmo efeito ou prazer do início.
4) Quando começa a usar artifícios de burlas ou mentiras para a obtenção de mais tempo no jogo ou rede social.
5) Prejuízo de atividades cotidianas, como atividades sociais, acadêmicas, profissionais.
Segundo Leite, "as redes
sociais criam um estado de ansiedade muito alto, pois a pessoas estão sempre à
espera do próximo like, um toque do telefone, uma notificação qualquer, criando
uma expectativa que beira o insuportável", descreve.
Aldeniz Leite - médico formado
pela Universidade Estadual de Medicina do Pará com especialização em Saúde
Mental e Nefrologia no Hospital Santa Marcelina. Associado da ABP - Associação
Brasileira de Psiquiatria, já soma 30 anos de atendimentos na área. Pesquisador
e palestrante, atende casos no espectro de saúde mental, particularmente no
tocante a quadros de depressão e ansiedade, tendo um trabalho específico
voltado à prevenção de suicídio e intervenção em crise. Diretor clínico da
Clinilogos, na capital paulista. Utiliza o modelo da Logoterapia a Análise
Existencial em terapias individuais e em grupo.
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