quarta-feira, 24 de abril de 2019

5 sintomas que podem caracterizar dependência em games e redes sociais


Dr. Aldeniz Leite descreve como identificar sintomas que podem identificar transtornos de dependência à tecnologia


O uso da tecnologia está cada vez mais presente nos lares e o tempo despendido em jogos eletrônicos e redes sociais tem crescido, principalmente entre os adolescentes. Essa é a opinião do dr. Aldeniz Leite, psiquiatra clínico com larga experiência em atendimentos a transtornos psicológicos.

Segundo o especialista, as tecnologias disponíveis não são maléficas em si, trazendo diversas facilidades e possibilidades de entretenimento e contatos instantâneos entre pessoas de todo o mundo. Porém, o uso excessivo termina por prejudicar as outras atividades cotidianas e sociais e pode caracterizar dependência, além de causar danos ao crescimento pessoal.

Segundo o psiquiatra, os pais e familiares devem ficar atentos aos cinco fatores que podem dar indícios de que o filho ou conhecido está criando relações de pendência com a tecnologia:


1) Quando a pessoa está constantemente pensando no próximo momento de voltar a jogar ou em novas estratégias e lances para quando retornar ao game/rede social.


2) Quando está sem jogar/utilizar redes sociais, o indivíduo demonstra sintomas de natureza física e emocional, tais como ansiedade, palpitações, transpiração, lembrando características da síndrome do pânico.


3) Desenvolvimento de tolerância, quando demonstra necessidade de passar cada vez mais tempo jogando, para obter o mesmo efeito ou prazer do início.


4) Quando começa a usar artifícios de burlas ou mentiras para a obtenção de mais tempo no jogo ou rede social.


5) Prejuízo de atividades cotidianas, como atividades sociais, acadêmicas, profissionais.

Segundo Leite, "as redes sociais criam um estado de ansiedade muito alto, pois a pessoas estão sempre à espera do próximo like, um toque do telefone, uma notificação qualquer, criando uma expectativa que beira o insuportável", descreve.





Aldeniz Leite - médico formado pela Universidade Estadual de Medicina do Pará com especialização em Saúde Mental e Nefrologia no Hospital Santa Marcelina. Associado da ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria, já soma 30 anos de atendimentos na área. Pesquisador e palestrante, atende casos no espectro de saúde mental, particularmente no tocante a quadros de depressão e ansiedade, tendo um trabalho específico voltado à prevenção de suicídio e intervenção em crise. Diretor clínico da Clinilogos, na capital paulista. Utiliza o modelo da Logoterapia a Análise Existencial em terapias individuais e em grupo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário