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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Estresse pode afetar funções do cérebro



Especialista em ginástica cerebral dá dicas para manter a saúde do cérebro, em meio à correria e às preocupações do dia a dia


Vivemos sob alto nível de estresse – mudanças econômicas, problemas no trabalho, tensões familiares e overdose de tecnologia, enfim, tudo gerando uma preocupação incessante. Este ritmo de vida pode causar danos não à saúde física, inclusive à saúde do cérebro.

Algumas pessoas já aprenderam a lidar com esta rotina, mas se não controlarmos a intensidade do estresse ele pode impactar nossa habilidade de pensar com clareza e tomar decisões acertadas. De acordo com especialistas em saúde do cérebro, o estresse crônico pode levar à depressão e, inclusive, aumentar o risco de declínio cognitivo, afetando nossa capacidade de memória e trazendo à tona sintomas de Alzheimer.

Solange Jacob, especialista em saúde do cérebro da SUPERA, rede de escolas de ginástica cerebral com 270 unidades no Brasil, o sistema límbico do cérebro – responsável pelas emoções, memória e aprendizagem – dispara um alarme que ativa a resposta de luta ou fuga, aumentando a produção de adrenalina e cortisol.

“Estas duas substâncias trabalham juntas para acelerar o ritmo cardíaco, o metabolismo e controlar a pressão arterial, melhorar a atenção, o sistema imunológico, a resposta anti-inflamatória e a resistência à dor – tudo o que você precisa quando sua vida está em jogo… tudo o que você precisa para ter qualidade de vida”, explica a especialista.

Assim, concluímos sob estresse constante, o corpo não consegue reagir bem, manifestando doenças como diabetes e pressão alta. Estes eventos bloqueiam a formação de novas conexões neuronais no hipocampo, a parte do cérebro responsável por decodificar novas memórias. Quando novas conexões são bloqueadas, o hipocampo pode realmente diminuir de tamanho, o que dificulta a memória.

Muito estresse pode nos deixar “esquecidos, desmotivados e mentalmente exaustos. 

Então, aqui vão algumas dicas da especialista, que pode limitar efetivamente o nível de estresse e aumentar sua resiliência emocional, para que não apenas você tenha um melhor desempenho no dia a dia como também proteja seu cérebro dos efeitos nocivos do estresse.


Faça exercícios: Você pode até estar cansado desta recomendação, porém não é à toa que ela aparece em todo lugar. Isto é uma das coisas mais eficazes que você pode fazer para aliviar o estresse e ter qualidade de vida. Uma pesquisa de 2012 descobriu que as pessoas que se exercitavam pouco apresentaram maior atrofia relacionada ao estresse do hipocampo (parte do cérebro que armazena as memórias) na comparação com aquelas que se exercitavam mais.


Relaxe: Parece muito fácil, não é? Mas relaxamento por meditação, tai chi, ioga, uma caminhada na praia e o que for preciso para aquietar a mente e fazer você se sentir mais calmo pode diminuir a pressão arterial, o ritmo da respiração, e a tensão muscular.


Socialize-se:  Quando o estresse toma conta, a primeira coisa que a gente pensa é em ficar em casa, e as relações pessoais ficam em último plano. Mas estudos científicos mostram que as relações pessoais, as interações sociais, são fundamentais para a saúde física e mental. Criar um ambiente saudável em casa, convidando amigos e familiares, ajuda a combater o estresse e a exercitar o cérebro.


Mantenha o controle: Estudos mostram uma relação direta entre o sentimento de capacidade e controle do estresse. Acreditar que você é capaz de controlar uma situação difícil te ajuda a reduzir o estresse crônico e te dá confiança para assumir o controle da saúde do seu cérebro. Alguns videogames e aplicativos baseados em variação do ritmo cardíaco podem ser bons para você aprimorar a capacidade de controlar seu nível de estresse.


Dar risadas: Nós sabemos por experiência própria que dar boas risadas faz-nos sentir muito melhor e isto é cada vez mais comprovado por estudos da ciência. O riso reduz o estresse, ajudando no controle dos níveis de adrenalina e cortisol. Divertir-se com amigos é um hábito que coloca em prática duas coisas que contribuem para a saúde do cérebro.






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