Para a terceira
idade a dança pode aperfeiçoar de forma descontraída
o condicionamento físico e a saúde mental
Para
ter um envelhecimento saudável é necessário praticar exercícios físicos
regularmente. No entanto, movimentar-se nem sempre é atrativo para quem
está na terceira idade. A maioria dos idosos convivem
com problemas crônicos de saúde como desgastes ósseos,
dores de coluna e nas articulações, o que dificulta o
interesse devido as chances de colisão. Nestes casos a
dança é uma ótima opção, seus movimentos são debaixo impacto e mais
leves do que outras atividades.
"O
professor deve ensinar artimanhas para que os alunos possam
fazer os movimentos. Eu pego os passos principais daquele ritmo e estudo uma
forma confortável que eles possam executar, para não dar atrito no
joelho", diz Cristina Feitosa professora de dança da
Universidade Aberta e da Terceira Idade (UATI) da UNG
Universidade. Ao recomendar a prática
da atividade, a professora explica que deve haver cuidados
na formação da coreografia conforme as limitações e os problemas de saúde apresentados
pela turma.
A modalidade
já é ofertada ao público idoso por muitos clubes
e academias. A música envolve os alunos e os socializa,
possibilitando que apreciem da companhia de outros dançarinos e
formem laços. Aspecto importante para os que estão nesta idade, porque
muitos são aposentados e nem sempre têm a família presente,
passam a maior parte do tempo sozinhos.
Mas
este não é o único benefício da dança. Ela ajuda o funcionamento cerebral,
os alunos devem memorizar e acompanhar as
sequências dos passos, estimulando o aumento das conexões
neurais, proporcionando o raciocínio e a concentração. Tudo
isso de forma descontraída, sem que a pessoa se sinta
pressionada a cumprir a tarefa. Trabalha também o lado
cognitivo ao forçar o controle motor a responder diferentes
comandos ao mesmo tempo. Enquanto o pé esquerdo vai para uma direção o
braço contrário vai para outra, proporcionando que o idoso faça movimentos
que não estão presentes no seu cotidiano. Treinos como este permite que o corpo
e a mente trabalhem melhor em conjunto.
Além
disso, nesta idade é comum o aumento do peso devido à
queda dos níveis hormonais, e a dança ajuda a manter
o ponteiro da balança no lugar. Por tratar-se de uma atividade aeróbica,
ela queima muitas calorias e previne problemas como pressão alta, doenças
cardíacas e diabetes. Em casos menos graves é possível com a prática
regular diminuir a dependência de remédios
relacionados a essas doenças, porém essa avaliação
cabe apenas ao médico. Não se deve cortar nenhum medicamento
sem a autorização do especialista que acompanha o tratamento.
Todo
treino de dança deve incluir exercícios de alongamento antes
da prática, o que ajuda o idoso a aumentar a flexibilidade
e reduzir dores musculares causadas
por atrofiamento. A modalidade fortalece a articulação do
corpo e aumenta a amplitude dos movimentos.
Consequentemente, melhora a velocidade das ações, o equilíbrio
e a resistência do corpo, evitando quedas que são comumente ocorridas
nesta faixa etária. Diante de tantos pontos positivos, não
há desculpas para não se mexer e alcançar a longevidade que
todos desejam.
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