Biólogo
alerta sobre risco dessas substâncias à saúde
Cerca de 11,6 toneladas de agrotóxicos ilegais foram
apreendidas nos últimos dois meses em uma ação realizada pelo Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) com o auxílio
da Receita Federal, Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal.
Contrabandeadas do Paraguai, a apreensão ocorreu no estado de Mato Grosso do
Sul. Tratam-se de inseticidas e herbicidas sem classificação de nível
toxicológico e do grau de periculosidade ambiental, e suspeita-se de que seriam
usados em plantações de soja e algodão, nos Estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul.
“Se para agrotóxicos legalizados já existe o risco de
desenvolvimento de doenças graves tanto para o trabalhador rural, que tem
contato direto com a substância, como também para o consumidor final, e por
isso se faz necessário o rígido controle das autoridades para seu uso, se tratando
de substâncias ilegais, como essas que foram apreendidas, a situação é ainda
mais perigosa”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho
Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
Mas, ao invés de diminuir o uso dessas substâncias, no
país vem ocorrendo justamente o contrário. Segundo o Instituto Nacional do
Câncer (Inca), o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. E de
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000
e 2012, dobrou o uso de agrotóxicos no país. “É urgente mudar esse panorama,
reduzindo o uso dessas substâncias progressivamente e, principalmente,
intensificar ainda mais a vigilância e o combate às substâncias ilegais”,
alerta o biólogo.
Abaixo, confira algumas dicas de como higienizar os
alimentos em casa para consumi-los com mais segurança:
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No caso de vegetais como alface, escarola e agrião, por exemplo, lave folha por
folha, criteriosamente;
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Para vegetais como pimentão, abobrinha e maçã, por exemplo, lave a casca preferencialmente
com a ajuda de uma bucha usada apenas para esse fim;
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Coloque os alimentos de molho em água clorada (tem um produto à base de
hipoclorito de sódio, à venda em supermercados), por até 30 minutos; Após esse
tempo, volte a lavar os alimentos em água corrente para eliminar resíduos
flutuantes;
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Se não for consumi-los imediatamente, seque os alimentos, coloque em sacos
plásticos apropriados e os guarde na geladeira.
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