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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Dia Mundial do Gato: veja como cuidar dos bichanos





Veterinária da DrogaVET dá dicas sobre as principais doenças e formas de prevenção


O Dia Mundial do Gato, lembrado em 17 de fevereiro, é marcado por mimos e homenagens dos tutores aos seus bichanos, mas também é um bom momento para alertar sobre os cuidados com a espécie. “A saúde de nossos animais é garantida no dia a dia, não apenas nas vacinações ou durante o tratamento, quando estão acometidos por doenças”, comenta Andressa Felisbino, veterinária da DrogaVET - maior rede de farmácias de manipulação veterinária do Brasil.

Os cuidados começam pela escolha de uma ração de qualidade adequada à fase da vida do animal, se é castrado ou não, ou até mesmo "rações de tratamento", que ajudam a minimizar os sintomas de doenças como problemas renais, cardíacos, obesidade, entre outros. Além disso, água fresca, potes corretamente limpos, ambiente confortável e seguro e higiene frequente da caixa de areia colaboram de forma significativa para o bem estar do animal. Sem esquecer, é claro, que arranhadores para afiarem as unhas, atividades físicas como brincadeiras e o afeto do tutor também são essenciais.

A aplicação mensal de antipulgas evita o desconforto causado por parasitas, vermes e até possíveis problemas de pele. Da mesma forma, a administração do vermífugo deve ser realizada mensalmente, evitando anemias e até mesmo doenças como a dirofilariose. Outro problema bastante comum são as bolas de pelos formadas no aparelho digestivo devido ao hábito do animal lamber-se para cuidar de sua própria higiene. Quando não eliminadas naturalmente pelo trato gastrointestinal provocam desconforto e vômitos.

Para auxiliar a passagem e eliminação natural das bolas de pelos existem no mercado diversas opções de medicamentos. “Dar remédios para gatos não costuma ser tarefa fácil para o tutor, por isso, desenvolvemos vermífugos e medicamentos para tratar bolas de pelos em apresentações que facilitam este processo e com sabores atrativos para os gatos”, explica Sandra Schuster, farmacêutica e sócia-proprietária da DrogaVET. “Pastas nos sabores frango ou peixe são as mais procuradas, pois podem ser aplicadas na pata do animal induzindo-o a lamber o medicamento”, complementa.

A aplicação da vacina quíntupla previne as seguintes doenças felinas: rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, clamidiose e leucemia. A primeira dose deve ser aplicada quando o gato completar 60 dias, a segunda com 90 e a terceira com 120 dias. Já a vacina anti-rábica deve ser administrada uma semana após a terceira dose da vacina quíntupla. Após este programa preventivo inicial, as duas vacinas devem ser reforçadas anualmente.

O cuidado com a programação vacinal evita grandes transtornos aos tutores e sofrimento aos bichanos.  A rinotraqueíte é conhecida como gripe do gato e causa espirros, corrimento nasal, salivação, aftas e febre. Também atingindo o sistema respiratório dos gatos, a calicivirose é uma infecção bastante séria e sem cura. A panleucopenia é uma doença viral de alta mortalidade que acomete o sistema digestivo, respiratório e até a medula óssea, provocando diarreia, vômitos e febre. Considerada uma zoonose (pode ser transmitida ao homem), a clamidiose felina é uma infecção que afeta o trato respiratório e ocular dos gatos provocando sintomas como da conjuntivite e rinite. Já a leucemia felina é considerada a causa de morte por doença infecciosa mais comum em gatos. Causa imunossupressão e deixa o gato indefeso contra qualquer outra doença. Os sintomas são debilidade, perda de peso e de apetite.


Outra doença que vem afetando os bichanos é a FIV ou AIDS Felina. Não é transmissível aos humanos, mas provoca nos gatos as mesmas complicações enfrentadas pelas pessoas portadoras do vírus HIV. A AIDS felina ainda não tem cura e ataca o sistema imunológico, podendo ser controlada por meio de diversas medicações. "O tratamento apresenta mais eficiência quando o controle do vírus é feito logo no início da doença", explica Andressa.

Dificuldades para urinar e sangue na urina podem ser sintomas da Síndrome Urológica Felina, doença com maior incidência em machos, que afeta o trato urinário e pode até mesmo desencadear um quadro de insuficiência renal - levando o animal à óbito. Afeta principalmente os gatos com idade avançada, obesos, com pouca atividade física ou baixa hidratação. Já a Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é uma doença contagiosa que acomete principalmente gatos com até 2 anos de idade e trata-se de um processo inflamatório da membrana que reveste a cavidade abdominal, chamada peritônio.

Outra doença que chamou a atenção pelo crescimento de casos nos últimos anos é a Esporotricose, micose causada pelo fungo Sporotrix s., que pode ser transmitida através de mordidas, arranhaduras, contato com a pele de animal infectado ou com algum item contaminado, como cascas de árvores, farpas, espinhos e o próprio solo. Essa zoonose é identificada por alterações na pele que parecem feridas de brigas e iniciam-se nos membros, cabeça ou base da cauda.

A boa notícia é que há tratamento com o fármaco itraconazol. Como trata-se de um tratamento de longo prazo, os medicamentos manipulados têm ganhado a preferência dos tutores, pois podem ser manipulados em forma de suspensão, biscoito, cápsula ou pasta oral no sabor de preferência do felino. “Estamos em constante busca por inovações que possam melhorar a saúde dos animais e por isso a DrogaVET patrocina algumas pesquisas em parceria com grandes universidades. Um destes estudos visa descobrir novas alternativas para o tratamento da esporotricose e estamos esperançosos que, em breve, teremos novidades a oferecer ao mercado”, relata Sandra Schuster.

Encerrando as dicas de prevenção às doenças é fundamental citar a castração, que evita as saídas dos gatos para as ruas e o consequente risco de contato com animais contaminados. “A castração não evita apenas crias indesejadas e doenças como o câncer de mama e de útero, ela auxilia na prevenção de inúmeras doenças”, alerta Andressa. “Não é à toa que dizem que a castração é um ato de amor e de cuidado”, finaliza.





DrogaVET





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