O Dia Mundial do Gato, lembrado em 17 de fevereiro,
é marcado por mimos e homenagens dos tutores aos seus bichanos, mas também é um
bom momento para alertar sobre os cuidados com a espécie. “A saúde de nossos
animais é garantida no dia a dia, não apenas nas vacinações ou durante o
tratamento, quando estão acometidos por doenças”, comenta Andressa Felisbino,
veterinária da DrogaVET - maior rede de farmácias de manipulação veterinária do
Brasil.
Os cuidados começam pela escolha de uma ração de
qualidade adequada à fase da vida do animal, se é castrado ou não, ou até mesmo
"rações de tratamento", que ajudam a minimizar os sintomas de doenças
como problemas renais, cardíacos, obesidade, entre outros. Além disso, água
fresca, potes corretamente limpos, ambiente confortável e seguro e higiene
frequente da caixa de areia colaboram de forma significativa para o bem estar
do animal. Sem esquecer, é claro, que arranhadores para afiarem as unhas,
atividades físicas como brincadeiras e o afeto do tutor também são essenciais.
A aplicação mensal de antipulgas evita o
desconforto causado por parasitas, vermes e até possíveis problemas de pele. Da
mesma forma, a administração do vermífugo deve ser realizada mensalmente,
evitando anemias e até mesmo doenças como a dirofilariose. Outro problema
bastante comum são as bolas de pelos formadas no aparelho digestivo devido ao
hábito do animal lamber-se para cuidar de sua própria higiene. Quando não
eliminadas naturalmente pelo trato gastrointestinal provocam desconforto e
vômitos.
Para auxiliar a passagem e eliminação natural das
bolas de pelos existem no mercado diversas opções de medicamentos. “Dar
remédios para gatos não costuma ser tarefa fácil para o tutor, por isso,
desenvolvemos vermífugos e medicamentos para tratar bolas de pelos em
apresentações que facilitam este processo e com sabores atrativos para os gatos”,
explica Sandra Schuster, farmacêutica e sócia-proprietária da DrogaVET. “Pastas
nos sabores frango ou peixe são as mais procuradas, pois podem ser aplicadas na
pata do animal induzindo-o a lamber o medicamento”, complementa.
A aplicação da vacina quíntupla previne as
seguintes doenças felinas: rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia,
clamidiose e leucemia. A primeira dose deve ser aplicada quando o gato
completar 60 dias, a segunda com 90 e a terceira com 120 dias. Já a vacina
anti-rábica deve ser administrada uma semana após a terceira dose da vacina
quíntupla. Após este programa preventivo inicial, as duas vacinas devem ser
reforçadas anualmente.
O cuidado com a programação vacinal evita grandes
transtornos aos tutores e sofrimento aos bichanos. A rinotraqueíte é
conhecida como gripe do gato e causa espirros, corrimento nasal, salivação,
aftas e febre. Também atingindo o sistema respiratório dos gatos, a
calicivirose é uma infecção bastante séria e sem cura. A panleucopenia é uma
doença viral de alta mortalidade que acomete o sistema digestivo, respiratório
e até a medula óssea, provocando diarreia, vômitos e febre. Considerada uma
zoonose (pode ser transmitida ao homem), a clamidiose felina é uma infecção que
afeta o trato respiratório e ocular dos gatos provocando sintomas como da
conjuntivite e rinite. Já a leucemia felina é considerada a causa de morte por
doença infecciosa mais comum em gatos. Causa imunossupressão e deixa o gato
indefeso contra qualquer outra doença. Os sintomas são debilidade, perda de
peso e de apetite.
Dificuldades para urinar e sangue na urina podem
ser sintomas da Síndrome Urológica Felina, doença com maior incidência em
machos, que afeta o trato urinário e pode até mesmo desencadear um quadro de
insuficiência renal - levando o animal à óbito. Afeta principalmente os gatos
com idade avançada, obesos, com pouca atividade física ou baixa hidratação. Já
a Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é uma doença contagiosa que acomete
principalmente gatos com até 2 anos de idade e trata-se de um processo
inflamatório da membrana que reveste a cavidade abdominal, chamada peritônio.
Outra doença que chamou a atenção pelo crescimento
de casos nos últimos anos é a Esporotricose, micose causada pelo fungo Sporotrix
s., que pode ser transmitida através de mordidas, arranhaduras,
contato com a pele de animal infectado ou com algum item contaminado, como
cascas de árvores, farpas, espinhos e o próprio solo. Essa zoonose é
identificada por alterações na pele que parecem feridas de brigas e iniciam-se
nos membros, cabeça ou base da cauda.
A boa notícia é que há tratamento com o fármaco
itraconazol. Como trata-se de um tratamento de longo prazo, os medicamentos
manipulados têm ganhado a preferência dos tutores, pois podem ser manipulados
em forma de suspensão, biscoito, cápsula ou pasta oral no sabor de preferência
do felino. “Estamos em constante busca por inovações que possam melhorar a
saúde dos animais e por isso a DrogaVET patrocina algumas pesquisas em parceria
com grandes universidades. Um destes estudos visa descobrir novas alternativas
para o tratamento da esporotricose e estamos esperançosos que, em breve,
teremos novidades a oferecer ao mercado”, relata Sandra Schuster.
Encerrando as dicas de prevenção às doenças é
fundamental citar a castração, que evita as saídas dos gatos para as ruas e o
consequente risco de contato com animais contaminados. “A castração não evita
apenas crias indesejadas e doenças como o câncer de mama e de útero, ela
auxilia na prevenção de inúmeras doenças”, alerta Andressa. “Não é à toa que
dizem que a castração é um ato de amor e de cuidado”, finaliza.
DrogaVET
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