No Carnaval, uma das festas mais esperadas pelos brasileiros, a alegria e descontração podem transformar-se em momentos de desconforto e tristeza. Para evitar problemas, são necessários alguns cuidados, especialmente no tocante ao consumo de álcool.
Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool no Brasil é superior à
média mundial. De acordo com a nutricionista e diretora científica do
Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
(SOCESP), Regina Helena Marques Pereira, os efeitos da ingestão exagerada de
álcool podem assumir várias formas, incluindo rubor facial, náuseas,
taquicardia, palpitações, consciência confusa e vômitos. Ela alerta que “altas
doses podem provocar arritmias importantes, como a fibrilação atrial”.
Para evitar
doenças e a famosa ressaca, é importante que o folião tome alguns cuidados com
a saúde. Segundo Marcia Gowdak, nutricionista e também diretora científica do
Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
(SOCESP), é necessário hidratar-se bem quando a ideia é acompanhar os blocos e
os desfiles das escolas de samba e/ou sambar por longas horas.
“A bebida
mais indicada é a água, mas podemos consumir água de coco, isotônicos e sucos
naturais, caso haja muita perda de suor e elevado gasto energético”. A
especialista salienta que alternar o consumo de bebidas alcoólicas com água
também é eficaz para a prevenção da desidratação e embriaguez. O ideal é tomar
no mínimo um copo de água para cada copo de bebida alcoólica.
Como o
Carnaval ocorre em um período que habitualmente registra altas temperaturas
climáticas, a perda de água pelo suor pode ser tão significativa que pode
acarretar deficiência de alguns sais minerais presentes na transpiração,
explica Marcia. Ela salienta que a reposição desses sais minerais pode ser
compensada com o consumo de isotônicos, que têm uma proporção ideal desses
nutrientes.
Conforme
relata, a falta de cuidados com a hidratação do corpo pode provocar problemas
sérios ao coração. “A desidratação pode sobrecarregar o sistema cardiovascular
que começa a sofrer com o aumento do número de batimentos cardíacos e,
consequentemente, eleva a pressão arterial”, destaca Marcia.
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