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domingo, 16 de agosto de 2015

Dicas de leitura by Álida


Alice: edição comemorativa 150 anos
Lewis Carroll
Ilustrações: colagens de Adriana Peliano a partir de originais de John Tenniel

Para comemorar os 150 anos do instante mágico em que Alice entrou na toca atrás do Coelho Branco – levando com ela gerações de leitores e fãs −, a Zahar lança uma edição de luxo com tiragem limitada, que reúne em um só volume as duas obras mais emblemáticas de Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas e Através do espelho e o que Alice encontrou por lá.
Alice: edição comemorativa 150 anos traz texto integral em tradução vencedora do Prêmio Jabuti, além de projeto gráfico primoroso, em dupla face, capa dura e com ilustrações de uma especialista “ perfeita habitante” do mundo de Alice: Adriana Peliano, artista plástica e presidente da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.
Peliano utilizou a colagem para recriar o inesgotável caleidoscópio de Alice. O trabalho foi realizado a partir das ilustrações originais de John Tenniel e referências variadas que vão desde Salvador Dalí, M.C. Escher, Hieronymus Bosch até a arte pop. O resultado são cerca de 120 ilustrações que fisgam e provocam o leitor, convidando-o a jamais deixar de seguir o Coelho Branco.
O livro tem ainda com O Marimbondo de peruca, episódio extra de Através do espelho, e um depoimento de Peliano sobre sua relação visceral com o universo de Alice e o processo de criação das imagens.

Lewis Carroll (1832-1898) é pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson. Suas obras mais famosas são Alice no País das Maravilhas e sua continuação, Através do espelho. Foi também matemático, lógico e fotógrafo.

John Tenniel (1820-1914) era cego de um olho e com uma memória fotográfica prodigiosa desenhava sem modelos. Colaborou para a revista satírica Punch, para qual produziu mais de 2 mil ilustrações e caricaturas. Ilustrou diversos livros, incluindo as fábulas de Esopo. Seus trabalhos mais importantes foram Alice no País das Maravilhas e Através do espelho.

Adriana Peliano, artista e designer, trabalha com colagens há mais de 20 anos. Com dois mestrados em artes virtuais, no Kent Institute of Art, na Inglaterra, e na Universidade de São Paulo, recebeu o Prêmio Jabuti pelo projeto gráfico de Aventuras de Alice no subterrâneo, que traduziu junto com Myriam Ávila. É fundadora da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.
   
Somos Todos Canalhas
Clóvis Barros Filho e Júlio Pompeu

Uma obra que começou de maneira curiosa em conversas via Whatsapp
Acontece esta semana em todo o Brasil, o lançamento do livro Somos todos Canalhas, um livro de filosofia que nos encoraja a pensar sobre valores. Trata-se de um livro ousado para iniciantes e intrigante para os iniciados nos temas voltados à esfera do pensamento. Foi escrito em um momento do Brasil onde a reflexão individual e coletiva sobre valores é totalmente pertinente e necessária para melhorar a convivência. Por esta razão, o título do livro é adequado para provocar essa discussão na sociedade.
A obra foi analisada sob três perspectivas: a sua forma de diálogo nos moldes mobile, a seleção do seu conteúdo e o seu impacto ou diferencial. Com relação à forma, o livro é extremamente inovador. Trata-se de um diálogo que segundo os autores foi realizado via whatsapp. Portanto, tratam-se de intervenções de uma ou duas páginas de cada autor que discorrem sobre os temas, dispostos em pequenas aulas explicativas e sempre num movimento de evolução até o fim do livro. Não é um diálogo frase à frase, mas agradável e que flui de argumentação à argumentação.
O mais interessante a se comentar sobre essa questão do diálogo é que a “conversa” é muito bem amarrada entre ambos autores. Os dois têm elevado nível de profundidade e conhecimento sobre os temas, mas os traduzem em linguagem e exemplos simples e vieses delicadamente diferenciados o que torna as visões, tanto as opostas quanto as semelhantes, sempre equilibradas, complementares, enriquecedoras e esclarecedoras aos olhos do leitor. Essa dialética adotada em Somos todos Canalhas claramente nos mostra que ao presenciarmos esse diálogo de 300 páginas, tratando ora sobre determinado filósofo, ora sobre um conceito, ora sobre a perspectiva de valor, o que se propunha ser um espelho para a reflexão do leitor acerca de valores (num movimento socrático de “conhece te a ti mesmo”) se transforma em um piscar de olhos em um convite para um desafio muito maior. O leitor passa a encarar de frente os desafios de uma auto avaliação e o da análise do modo como está efetivamente hierarquizando ou não adequadamente os valores.
Através de uma seleção criteriosa de alguns filósofos mencionados nas partes I, II e III, os diálogos nos levam ao contato com os seguintes conceitos, sem necessariamente nos oferecer definições fechadas. São eles: valores políticos, valores estéticos, valores espirituais, valores pessoais e valores éticos. A abordagem é bem provocativa, conduzindo o nosso olhar entre os critérios de subjetividade e objetividade dos valores nas perspectivas dentro do mundo das ideias de Platão, da física e da superioridade de valores dada pela natureza na filosofia de Aristóteles, do livre arbítrio e da ideia de igualdade e do amor ágape dos cristãos, da boa vontade e da razão pura de Kant e da teoria de valores dos utilitaristas como Mill.
Os autores terminam a parte III com a exploração de conceitos de prazer e dor na atribuição de valor. A partir daí se identifica o canalha como sendo a qualidade daquele que sacrifica o outro para obtenção de algum ganho. Na parte IV, o conteúdo, mais do que fazer refletir sobre aquelas imagens de valores advindos dos filósofos, provoca a avaliar o significado dos valores na vida através dos fatores impactantes das decisões valoradas. As reflexões sobre Fidelidade e Tolerância passam pelos importantes crivos que os valores sofrem diante de conceitos como o respeito e a confiança. Esta última parte é mais apoiada na experiência dos autores enquanto professores-filósofos e portanto suas inferências tomam uma perspectiva mais acalorada e os conceitos afloram de modo a incitar o leitor à uma autocrítica com relação aos seus valores e aos impactos sofridos pelos seus valores no momento das escolhas.
E aqui está o grande diferencial do livro, o lado sútil que como uma sombra permeia toda a obra: a proposta de uma solução sem fórmula, uma solução que advém do exercício do pensamento e do uso da razão. Diante de um cenário complexo, presente em um mundo transformador e transformante, fica um convite de Somos Todos Canalhas para os leitores.  Um convite à avaliação de como devemos ou não nos manter fieis a princípios e pressões para respeitar valores que levem em consideração o outro durante determinada conduta. Percebe-se através do livro que o diálogo sobre valores na sociedade deve ser aberto e atualizado e que valores não estão concluídos em manuais ou gabaritos. E assim, finalmente, cada vez mais a busca constante e praticada no hábito de ler, meditar, refletir, dialogar, criticar e avaliar os valores poderia nos aproximar de uma sociedade mais Ética.
    
No abismo (Into the abyss)
Carol Shaben
Tradução de Alessandra Bonrruquer

“Poucos de nós enfrentarão a espécie de trauma de vida e morte experimentado pelos homens desta história. Sua provação os forçou a confrontar a preciosa e limitada natureza de sua existência na Terra. Nas palavras de Campbell, eles entraram na floresta ‘no trecho mais escuro, onde não há trilhas’. A maneira como esses quatro homens encontraram seu caminho naquela noite e nos anos que se seguiram é tanto notável quanto inspiradora.”
Na noite de 19 de outubro de 1984 o vôo 402 da Wapiti Airlines bateu contra as árvores e a neve na província de Alberta, em uma área gelada e pouco povoada ao norte no Canadá. Dos 10 tripulantes, apenas 4 sobreviveram. O jovem piloto, Erik Vogel; um político influente da região, Larry Shaben; um policial, Scott Deschamps, e o criminoso sob sua custódia, Paul Archambault. O desenrolar da história que segue este evento constrói uma trama brilhante e brutalmente real.
Foi o silêncio e a transformação de um dos sobreviventes que provocou o enredo contado em No abismo. A experiente jornalista Carol Shaben, autora do livro, é filha de Larry Shaben, ministro no governo provincial de Alberta e da segunda geração árabe de canadenses, um homem querido e admirado por sua comunidade. A vida desses quatro homens mudou para sempre, e Carol tenta em seu livro desvendar isso.
Além de sobreviver à queda do avião, os quatro homens de vidas e trajetórias tão distintas tiveram ainda que sobreviver à noite fria e traiçoeira que os desafiou após o acidente.  A ameaça de morte pairou no ar por mais tempo que o Piper Navajo da Wapiti.
Incrível peça jornalística e fruto de extensas entrevistas com os personagens da história e rica pesquisa, No abismo é também um retrato de um cenário preocupante e muito negligenciado: os freqüentes e mortais acidentes aéreos com aviões de pequeno porte em vôos regionais no norte do continente americano. A ascensão de um criminoso como herói, a cumplicidade entre os sobreviventes e a transformação em suas vidas após a tragédia fazem de No abismo uma obra instigante e imperdível.
 
Renovando Atitudes
Francisco do Espírito Santo Neto

Guiado pelos ensinamentos propostos no livro Renovando Atitudes, best-seller da Boa Nova Editora que vendeu mais de 350 mil exemplares, Francisco do Espírito Santo Neto palestra sobre a obra no Núcleo Espírita Segue a Jesus, em São Paulo, a partir das 10 horas deste domingo (17).
Elaborado a partir de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, Renovando Atitudes foi ditado pelo espírito Hammed, instrutor espiritual de Francisco do Espírito Santo Neto, e propõe reflexões sobre as atitudes humanas de modo que comportamentos inadequados sejam modificados sem desrespeitar a natureza íntima de cada um.
O Tarô Zen, de Osho - O Jogo Transcedental do Zen com 79 Cartas
Osho

O Tarô Zen, de Osho enfoca o tipo de conhecimento que você precisa ter, aqui e agora, para viver melhor e evoluir como ser humano. As imagens contemporâneas das cartas mostram situações e estados mentais que você está vivenciando e podem servir como instrumentos para a sua transformação pessoal. O livro que acompanha o tarô o ajudará a interpretar e compreender essas imagens, por meio da linguagem simples, direta e extremamente prática da filosofia Zen.

Jesus para estressados
Imagens poderosas para superar o esgotamento
Anselm Grün

É cada vez maior o número de pessoas que sentem que o cansaço afeta negativamente seu dia a dia, tanto no trabalho quanto em suas relações sociais e familiares. Não raro, até mesmo atividades prazerosas e o tempo de descanso são tomados por uma situação de extenuante fadiga e esgotamento. Sentem-se, enfim, sobrecarregados, consumidos e sem energias. Se esta é uma sensação constante ou frequente, pode tratar-se do chamado burnout, um esgotamento que paralisa e interrompe o fluxo de energia da alma e do corpo. Mas isso pode ter muitas causas e, por trás do estresse, podem estar determinadas imagens que bloqueiam nossa energia criativa, nossas forças e nosso prazer de viver. Podemos estar alimentando imagens doentias e equivocadas a respeito de nós mesmo e do que se espera de nós.
Anselm Grün dedica-se aqui a apresentar algumas das imagens poderosas que costumam bloquear o fluxo interno de energias criativas e transformá-las em imagens saudáveis para a alma e para o corpo, liberando as fontes vitais de inspiração, criatividade, satisfação e prazer de viver.
Anselm Grün é autor reconhecido no mundo inteiro por seus inúmeros livros publicados em mais de 28 línguas, o monge beneditino Anselm Grün, da Abadia de Münsterschwarzach (Alemanha), une a capacidade ímpar de falar de coisas profundas com simplicidade e expressar com palavras aquilo que as pessoas experimentam em seu coração. Procurado como palestrante e conselheiro na Alemanha e no estrangeiro, tornou-se ícone da espiritualidade e mestre do autoconhecimento em nossos dias. Tem dezenas de obras publicadas no Brasil.

Leitura do Tao
Marc Halévy
 
A corrente taoísta irrigou a história da cultura e da mentalidade chinesa preparando um solo fértil não apenas para os desenvolvimentos filosóficos que lhe sucederam, como também para experiências artísticas variadas, dentre as quais a poesia e caligrafia são as mais famosas. É também um elemento central das práticas chinesas no campo das artes marciais (cujas versões suaves são o tai-chi-chuan e o chi-gong), da dialética e da gastronomia, da medicina chinesa e da acupuntura.
Ao longo do tempo, o Tao tornou-se, também – talvez principalmente – uma arte de viver. Uma arte feliz de viver. Quem nunca viu esses personagens divertidos, barrigudos, ostentados nos restaurantes chineses? São monges errantes, taoístas, amantes do riso e do vinho, grandes desbaratadores das vaidades humanas, cavaleiros maltrapilhos das causas filosóficas e libertárias.
O objetivo deste livro é ensinar a ler a unidade do Tao, a interdependência de tudo com tudo, a impermanência de tudo, e tirar daí todas as consequências práticas. Alguns dos ensinamentos são: Produzir todas as obras fecundas, mas não prender-se a elas. Fazer tudo o que é possível fazer e deixar fluir. Prestar atenção ao real presente e vivê-lo plenamente, com plena atenção. Viver presente no presente. Estar todo inteiro naquilo que se faz, aqui e agora. Não pensar em outra coisa a não ser naquilo que se faz. Não dissociar, por conseguinte, o pensamento do ato. Nunca se deixar distrair, ou seja, nunca se deixar desviar do real presente.
Marc Halévy é estudioso de ciências da complexidade e pesquisador das teorias fundamentais sobre a física dos processos. Analisa a evolução do mundo humano e as mudanças de paradigmas que se anunciam. Estudou Filosofia e História das Religiões e especializou-se na Kabala e no Tao-chia. Estuda a conexão entre a Física, a Evolução humana, a Espiritualidade, a Filosofia e a Metafísica.
A Divindade dos Cães
Jennifer Skiff (org.)
 
Mais de setenta histórias reais, inspiradoras e comoventes, mostram o amor, a tolerância, o conforto, a compaixão, a lealdade e a alegria que os cães podem nos proporcionar. A autora traz também suas experiências pessoais, mostrando como os cães lhe deram forças quando ela sofreu maus tratos na infância, enfrentou um divórcio e recebeu um diagnóstico de câncer. Quer você acredite que os cães são anjos de quatro patas ou que são um presente de Deus, este livro mostra o que você já sabe: os cães nos curam, nos ensinam e nos protegem.
 
 Os músicos de Bremen

Uma das mais apreciadas fábulas dos irmãos Grimm chega em edição especialmente ilustrada
Ilustrações: Michel Boucher  e Tradução: Renata Dias Mundt
Algumas histórias perduram para sempre no imaginário coletivo. É o caso deste conto clássico assinado pelos irmãos Grimm, Jacob e Wilhelm: Os músicos de Bremen.
Nomes seminais da literatura infantil e infantojuvenil alemã no século XIX, os Grimm apresentam aqui, nesta edição especialmente ilustrada pelo experiente desenhista francês Michel Boucher, a história de quatro bichos — no caso, um burro, um cachorro, um gato e um galo — que, abandonados por seus respectivos donos por estarem velhos e inúteis, resolvem unir forças em busca de uma grande aventura: chegar à cidade de Bremen onde, eles acreditam, poderão se tornar músicos, graças aos seus incríveis talentos sonoros.
Mas, durante um pernoite no meio do caminho, nosso quarteto animal descobre uma casa onde um belíssimo jantar está sendo desfrutado por uma trupe... de ladrões! Apesar do perigo iminente, nossos heróis vão dar um jeitinho para afugentar os larápios e tomar para si aquela refeição frugal e imperdível!
Com Os músicos de Bremen, a Estação Liberdade inicia a publicação de uma série de breves fábulas clássicas voltadas para os universos infantil e infantojuvenil, com o intuito de apresentar aos jovens leitores da atualidade histórias que, com muito encanto, resistiram à passagem do tempo, configurando-se como vias iniciáticas no desenvolvimento da paixão por ler.
Blondie - Vidas Paralelas
Dick Porter e Kris Needs

Esta é a biografia definitiva da icônica banda nova-iorquina BLONDIE, liderada pela vocalista Deborah Harry e pelo guitarrista Chris Stein. Ela se baseia em ENTREVISTAS EXCLUSIVAS E REVELADORAS com Harry e Stein e com o baterista Clem Burke, terceiro membro fundador do grupo, e na amizade entre o coautor Kris Needs e a banda. Da formação da banda em 1975, passando pela sua trajetória atual após o seu retorno em 1997 e a carreira de Debbie Harry como cantora solo e atriz, este livro extremamente importante preenche uma lacuna entre as biografias musicais lançadas no Brasil.
Mãe Prematura
Flavia Fonseca

A maioria das mães não encontra nos livros sobre a gravidez e os primeiros anos de vida do bebê informações detalhadas e sinceras sobre o nascimento prematuro. Nenhuma mãe se prepara para estar na maternidade com um, dois ou três meses de antecedência. A chegada do bebê antes da hora causa choque, entristece e amedronta. “Ter que lidar com a superação tão cedo não é fácil; mas também torna mãe e bebê mais fortes”, destaca a jornalista Flavia Fonseca, autora do livro Mãe Prematura, que será lançado pela editora Asa de Papel no dia 23 de maio, de 9h às 12h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte/MG (Praça da Liberdade, 21, bairro Funcionários).
Prematuro é todo aquele bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação. Dependendo do estágio, é considerado pouco prematuro (casa das 30 semanas) ou extremo (casa das 20 semanas). Em todo o mundo, 15 milhões de crianças, todos os anos, nascem prematuramente, por motivos diversos. No Brasil, 340 mil bebês nasceram prematuros só em 2012, uma média de 40 por hora. A taxa de prematuridade brasileira é de 12,4%, o dobro do índice de alguns países europeus. Os dados são do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Sistema Único de Saúde (SUS) e Ministério da Saúde.
Há ainda muito desconhecimento em relação aos motivos do nascimento prematuro. Algumas pesquisas buscam associações, inclusive, com a poluição do ar. Segundo o Estudo Multicêntrico de Investigação em Prematuridade (EMIP): Prevalência e Fatores Associados com Parto Prematuro Espontâneo, as causas mais detectadas são gravidez múltipla (24 vezes mais risco), encurtamento do colo (6 vezes mais risco), má-formação fetal (5 vezes mais risco), sangramento vaginal (dobro de risco), menos que seis consultas de pré-natal realizadas (1,5 vez mais risco) e infecções urinárias, como cistite (1,2 vez mais risco).
“Eu não tive nenhum dos fatores acima e ainda assim fui surpreendida por um parto normal prematuro, com 32 semanas de gestação. Acho importante as mulheres estarem atentas para um detalhe ao qual não dei importância durante toda a gestação. O risco de prematuridade é real”, destaca a autora, que também aborda temas delicados como a episiotomia, corte vaginal questionado enquanto procedimento de rotina nos partos normais. No livro Mãe Prematura, ela desmistifica o ambiente frio da UTI neonatal, trazendo um universo de amor e cumplicidade desenvolvido na luta pela sobrevivência.
A jornalista defende o parto normal e a amamentação, mesmo nos casos de nascimento de bebês prematuros, e chama a atenção para as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil é o país onde mais se realizam cesáreas no mundo: as taxas chegam a 84% no sistema privado e a 40% no Sistema Único de Saúde (SUS). O recomendado pela OMS é 15%. A cesárea oferece mais riscos para a mãe e, segundo um estudo realizado pela Johns Hopkins School of Medicine, os bebês prematuros nascidos através de parto normal apresentam menos complicações respiratórias em comparação com os nascidos de cesárea.
O livro também é dedicado a mães que não tiveram bebês prematuros, mas se sentem perplexas diante dos desafios da maternidade. “Ser mãe não tem nada de bonito quando as mulheres veem suas vidas roubadas prematuramente. Num belo dia, game over. E toda mãe pensa isso em algum momento”, afirma a autora. Os desafios de ser mãe nos dias de hoje, a necessidade de conciliar trabalho, educação, saúde e família, também são temas tratados, tendo como pano de fundo os marcos dos cinco primeiros anos da criança – ou a chamada primeira infância.
Divas no Divã
Cris Linnares

Sucesso absoluto de público e crítica, a peça “Divas no Divã” virou livro e este ano ganha uma edição comemorativa pela Editora Novo Século. A nova publicação traz como presente aos leitores o capítulo extra “Você no Divã”, que encerra a obra, revelando as diversas possibilidades de alcançar um final feliz para a sua história.
Com uma narrativa descontraída, a autora Cris Linnares oferece a possibilidade de transformação que toda mulher merece, apesar dos altos e baixos vivenciados no dia a dia.
Com o mote “Você já ouviu alguma coisa sobre a ciência da felicidade? Ela existe e pode mudar a sua vida!” Cris Linnares abre as portas de um mundo em que as mulheres ainda não superaram todas as barreiras da sociedade, além da necessidade de incluir a estabilidade emocional como um dos tópicos mais importantes de uma vida bem-sucedida.
Ter sucesso profissional, ser bonita e sexy, cuidar dos filhos, da família e tudo o mais não cooperam para que a mulher seja uma diva a todo instante, tanto física como emocionalmente. Por isso é necessário que ela conheça a ciência da felicidade.
Neste quesito, Divas no Divã é mais que uma leitura descontraída, é um verdadeiro manual esclarecedor; um verdadeiro guia para a felicidade.
Um Poema para Bárbara
Monica Sifuentes

A desembargadora Monica Sifuentes aprofundou-se na história do Brasil e de Portugal para, com base em pesquisa, fazer um intenso  trabalho criativo a fim de narrar ricamente o instigante romance histórico Um Poema para Bárbara (Editora Gutenberg/2015), a vida  de Bárbara Eliodora, a emblemática personalidade mineira.
A narrativa começa com Bárbara grávida, rodeada de seus três filhos, inconsolável diante da prisão do marido, o poeta inconfidente  Alvarenga Peixoto, acusado de crime de lesa-majestade (traição contra o soberano e/ou a coroa). A história se desenvolve em  retrospecto, começando com o ingresso de Alvarenga Peixoto na Universidade de Coimbra.
Anos depois, em 1776, São João Del Rei, Minas Gerais, recebe o novo ouvidor da comarca, vindo de Portugal: o jovem intelectual e bon-vivant José Inácio está pronto para assumir sua responsabilidade na próspera colônia da coroa, quando o caminho do magistrado se cruza com o de Bárbara Eliodora, moça de gosto apurado e ideias à frente de seu tempo, que encontra expressão na poesia, assim como Inácio. Do encontro dos dois nasceu uma paixão repleta de sonhos de liberdade e revolução.
O retrato de fatos históricos, como o terremoto de Lisboa de 1755, a queda do Marquês de Pombal, a ascensão de Maria I, a louca, a influência dos ideais maçônicos fortemente ligados à Revolução Francesa, o ciclo do ouro que colocou Minas Gerais como pólo econômico são retratados e permitem a compreensão sobre como um grupo de jovens intelectuais levou às últimas consequências as ideias que os fizeram empreender uma jornada que culminou na turbulenta Inconfidência Mineira, espelhando os movimentos mundias de liberdade e igualdade que eclodiam na mesma época pelo mundo. Ao mesmo tempo, a vida de Bárbara e Inácio, contada do mais íntimo sentimento de dois jovens, é uma história de amor e coragem que jamais será apagada pelo tempo. Um legado de sangue e lutas, de ideais e heroísmo que marca até hoje a História do Brasil.

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