Especialista do
Lavoisier Medicina Diagnóstica explica as mamães de primeira viagem podem
contornar os problemas na hora de amamentar
A amamentação é
fundamental para o desenvolvimento do bebê. Além de fornecer nutrientes
essenciais para o fortalecimento do sistema imunológico da criança no seu
primeiro ano de vida, o ato de amamentar também ajuda a mãe a criar um vínculo
com o seu bebê. Entretanto, no começo o processo pode não ser tão fácil.
“Mesmo com a orientação
dos médicos e enfermeiros após o parto, algumas mulheres têm dificuldade de
amamentar nas primeiras semanas. A principal dificuldade costuma ser o que
chamamos de “pega” do peito, que é o encaixe adequado da boca do bebê ao mamilo
da mãe”, afirma Dr. Jurandir Passos, ginecologista e obstetra do Lavoisier Medicina Diagnóstica. O especialista fala
sobre os principais problemas que atrapalham a amamentação das mamães de
primeira viagem.
Meu leite está
sustentando o bebê?
Logo após o parto, é
normal que a mulher leve um tempo para se adaptar à amamentação. Além de todas
as mudanças físicas decorrentes das alterações hormonais e do nascimento do
bebê, ela também precisa lidar com toda a ansiedade e expectativas que criou
durante a gestação. As primeiras mamadas, por exemplo, costumam gerar muita
insegurança, já que além de nem sempre serem confortáveis para a mãe, também
não produzem muito leite, dando a impressão de que o bebê não está se
alimentando adequadamente.
Antes mesmo do bebê
nascer, algumas mulheres começam a produzir um líquido mais espesso, de cor
amarelada, que continua a sair até a primeira semana de vida do bebê. “É o colostro,
que embora pareça não ser tão consistente, é importantíssimo para a saúde do
recém-nascido, por ser rico em anticorpos e vitaminas que ajudam no seu
desenvolvimento intestinal”, reforça o médico.
Mastite
Comum principalmente
nos primeiros meses após o nascimento do bebê, a mastite é uma inflamação da
mama que gera muito desconforto e sintomas como dores, vermelhidão, inchaço e,
em alguns casos, até a formação de abscessos mamários. Ela acontece devido ao
entupimento dos canais por onde o leite passa, e, se não tratada adequadamente,
pode impedir a amamentação.
Normalmente, o
tratamento consiste em descanso da mama afetada e seu esvaziamento com bomba.
Em alguns casos, o médico pode indicar antibióticos e anti-inflamatórios para
aliviar os sintomas.
O bebê não quer mamar
Outro problema comum é
a rejeição do bebê ao peito. Isso pode acontecer por vários motivos, desde uma
pega errada, até dores de ouvido, resfriados, ou outros problemas que causem
desconforto no bebê.
“Quando isso acontece,
a mãe deve procurar um especialista que vai ajudá-la a ver o que está causando
o problema. À principio, o indicado é não dar complementação com mamadeira ou
outro tipo de leite, pois isso pode prejudicar ainda mais a amamentação posteriormente”,
alerta Dr. Jurandir.
Segundo o médico,
muitas mães na hora do desespero acabam complementando a alimentação do bebê
com outro leite, que além de não ser tão rico nutricionalmente, também é mais
adocicado e melhor ao paladar do que o leite materno. “É comum que, após
ofertar outro leite ao bebê, ele comece a rejeitar o peito. Por isso a
complementação deve ser dada apenas com recomendação médica”, reforça.
Tipos de mamilo
Poucas mulheres sabem,
mas há tipos diferentes de mamilos, que podem ou não impactar na amamentação.
Eles podem ser protrusos, planos ou invertidos, sendo o primeiro o mais fácil
de adaptar a amamentação. “Mas isso não significa que aquelas mulheres que
possuem o plano ou invertido não irão amamentar, apenas que elas precisam conhecer
técnicas e formas para melhorar o processo da pega”, conclui o ginecologista.
Mesmo com todas as
dificuldades, as mães devem se lembrar que a amamentação é ainda a melhor forma
de alimentar o seu recém-nascido. É importante que todas as dúvidas sejam
esclarecidas com seu médico, que irá mostrar as melhores maneiras de posicionar
o bebê e se adequar a essa fase.
Delboni Medicina
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