Alice:
edição comemorativa 150 anos
Lewis Carroll
Ilustrações: colagens de Adriana Peliano a partir de
originais de John Tenniel
Para comemorar os 150 anos do instante mágico em que
Alice entrou na toca atrás do Coelho Branco –
levando com ela gerações de leitores e fãs −, a
Zahar lança uma edição de luxo com tiragem limitada,
que reúne em um só volume as duas obras mais
emblemáticas de Lewis Carroll: Alice no País das
Maravilhas e Através do espelho e o que Alice
encontrou por lá.
Alice: edição comemorativa 150 anos traz texto
integral em tradução vencedora do Prêmio Jabuti,
além de projeto gráfico primoroso, em dupla face,
capa dura e com ilustrações de uma especialista “
perfeita habitante” do mundo de Alice: Adriana
Peliano, artista plástica e presidente da Sociedade
Lewis Carroll do Brasil.
Peliano
utilizou a colagem para recriar o inesgotável
caleidoscópio de Alice. O trabalho foi realizado a
partir das ilustrações originais de John Tenniel e
referências variadas que vão desde Salvador Dalí,
M.C. Escher, Hieronymus Bosch até a arte pop. O
resultado são cerca de 120 ilustrações que fisgam e
provocam o leitor, convidando-o a jamais deixar de
seguir o Coelho Branco.
O livro tem ainda com O Marimbondo de peruca,
episódio extra de Através do espelho, e um
depoimento de Peliano sobre sua relação visceral com
o universo de Alice e o processo de criação das
imagens.
Lewis Carroll
(1832-1898) é pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson.
Suas obras mais famosas são Alice no País das
Maravilhas e sua continuação, Através do espelho.
Foi também matemático, lógico e fotógrafo.
John Tenniel
(1820-1914) era cego de um olho e com uma memória
fotográfica prodigiosa desenhava sem modelos.
Colaborou para a revista satírica Punch, para qual
produziu mais de 2 mil ilustrações e caricaturas.
Ilustrou diversos livros, incluindo as fábulas de
Esopo. Seus trabalhos mais importantes foram Alice
no País das Maravilhas e Através do espelho.
Adriana Peliano,
artista e designer, trabalha com colagens há mais de
20 anos. Com dois mestrados em artes virtuais, no
Kent Institute of Art, na Inglaterra, e na
Universidade de São Paulo, recebeu o Prêmio Jabuti
pelo projeto gráfico de Aventuras de Alice no
subterrâneo, que traduziu junto com Myriam Ávila. É
fundadora da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.
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Somos
Todos Canalhas
Clóvis Barros Filho e Júlio Pompeu
Uma obra que começou de maneira curiosa em conversas
via Whatsapp
Acontece esta semana em todo o Brasil, o lançamento
do livro Somos todos Canalhas, um livro de filosofia
que nos encoraja a pensar sobre valores. Trata-se de
um livro ousado para iniciantes e intrigante para os
iniciados nos temas voltados à esfera do pensamento.
Foi escrito em um momento do Brasil onde a reflexão
individual e coletiva sobre valores é totalmente
pertinente e necessária para melhorar a convivência.
Por esta razão, o título do livro é adequado para
provocar essa discussão na sociedade.
A obra foi analisada sob três perspectivas: a sua
forma de diálogo nos moldes mobile, a seleção do seu
conteúdo e o seu impacto ou diferencial. Com relação
à forma, o livro é extremamente inovador. Trata-se
de um diálogo que segundo os autores foi realizado
via whatsapp. Portanto, tratam-se de intervenções de
uma ou duas páginas de cada autor que discorrem
sobre os temas, dispostos em pequenas aulas
explicativas e sempre num movimento de evolução até
o fim do livro. Não é um diálogo frase à frase, mas
agradável e que flui de argumentação à argumentação.
O mais interessante a se comentar sobre essa questão
do diálogo é que a “conversa” é muito bem amarrada
entre ambos autores. Os dois têm elevado nível de
profundidade e conhecimento sobre os temas, mas os
traduzem em linguagem e exemplos simples e vieses
delicadamente diferenciados o que torna as visões,
tanto as opostas quanto as semelhantes, sempre
equilibradas, complementares, enriquecedoras e
esclarecedoras aos olhos do leitor. Essa dialética
adotada em Somos todos Canalhas claramente nos
mostra que ao presenciarmos esse diálogo de 300
páginas, tratando ora sobre determinado filósofo,
ora sobre um conceito, ora sobre a perspectiva de
valor, o que se propunha ser um espelho para a
reflexão do leitor acerca de valores (num movimento
socrático de “conhece te a ti mesmo”) se transforma
em um piscar de olhos em um convite para um desafio
muito maior. O leitor passa a encarar de frente os
desafios de uma auto avaliação e o da análise do
modo como está efetivamente hierarquizando ou não
adequadamente os valores.
Através de uma seleção criteriosa de alguns
filósofos mencionados nas partes I, II e III, os
diálogos nos levam ao contato com os seguintes
conceitos, sem necessariamente nos oferecer
definições fechadas. São eles: valores políticos,
valores estéticos, valores espirituais, valores
pessoais e valores éticos. A abordagem é bem
provocativa, conduzindo o nosso olhar entre os
critérios de subjetividade e objetividade dos
valores nas perspectivas dentro do mundo das ideias
de Platão, da física e da superioridade de valores
dada pela natureza na filosofia de Aristóteles, do
livre arbítrio e da ideia de igualdade e do amor
ágape dos cristãos, da boa vontade e da razão pura
de Kant e da teoria de valores dos utilitaristas
como Mill.
Os autores terminam a parte III com a exploração de
conceitos de prazer e dor na atribuição de valor. A
partir daí se identifica o canalha como sendo a
qualidade daquele que sacrifica o outro para
obtenção de algum ganho. Na parte IV, o conteúdo,
mais do que fazer refletir sobre aquelas imagens de
valores advindos dos filósofos, provoca a avaliar o
significado dos valores na vida através dos fatores
impactantes das decisões valoradas. As reflexões
sobre Fidelidade e Tolerância passam pelos
importantes crivos que os valores sofrem diante de
conceitos como o respeito e a confiança. Esta última
parte é mais apoiada na experiência dos autores
enquanto professores-filósofos e portanto suas
inferências tomam uma perspectiva mais acalorada e
os conceitos afloram de modo a incitar o leitor à
uma autocrítica com relação aos seus valores e aos
impactos sofridos pelos seus valores no momento das
escolhas.
E aqui está o grande diferencial do livro, o lado
sútil que como uma sombra permeia toda a obra: a
proposta de uma solução sem fórmula, uma solução que
advém do exercício do pensamento e do uso da razão.
Diante de um cenário complexo, presente em um mundo
transformador e transformante, fica um convite de
Somos Todos Canalhas para os leitores. Um convite à
avaliação de como devemos ou não nos manter fieis a
princípios e pressões para respeitar valores que
levem em consideração o outro durante determinada
conduta. Percebe-se através do livro que o diálogo
sobre valores na sociedade deve ser aberto e
atualizado e que valores não estão concluídos em
manuais ou gabaritos. E assim, finalmente, cada vez
mais a busca constante e praticada no hábito de ler,
meditar, refletir, dialogar, criticar e avaliar os
valores poderia nos aproximar de uma sociedade mais
Ética.
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No
abismo (Into the abyss)
Carol Shaben
Tradução de Alessandra Bonrruquer
“Poucos de nós enfrentarão a espécie de trauma de
vida e morte experimentado pelos homens desta
história. Sua provação os forçou a confrontar a
preciosa e limitada natureza de sua existência na
Terra. Nas palavras de Campbell, eles entraram na
floresta ‘no trecho mais escuro, onde não há
trilhas’. A maneira como esses quatro homens
encontraram seu caminho naquela noite e nos anos que
se seguiram é tanto notável quanto inspiradora.”
Na noite de 19 de outubro de 1984 o vôo 402 da
Wapiti Airlines bateu contra as árvores e a neve na
província de Alberta, em uma área gelada e pouco
povoada ao norte no Canadá. Dos 10 tripulantes,
apenas 4 sobreviveram. O jovem piloto, Erik Vogel;
um político influente da região, Larry Shaben; um
policial, Scott Deschamps, e o criminoso sob sua
custódia, Paul Archambault. O desenrolar da história
que segue este evento constrói uma trama brilhante e
brutalmente real.
Foi o silêncio e a transformação de um dos
sobreviventes que provocou o enredo contado em No
abismo. A experiente jornalista Carol Shaben, autora
do livro, é filha de Larry Shaben, ministro no
governo provincial de Alberta e da segunda geração
árabe de canadenses, um homem querido e admirado por
sua comunidade. A vida desses quatro homens mudou
para sempre, e Carol tenta em seu livro desvendar
isso.
Além de sobreviver à queda do avião, os quatro
homens de vidas e trajetórias tão distintas tiveram
ainda que sobreviver à noite fria e traiçoeira que
os desafiou após o acidente. A ameaça de morte
pairou no ar por mais tempo que o Piper Navajo da
Wapiti.
Incrível peça jornalística e fruto de extensas
entrevistas com os personagens da história e rica
pesquisa, No abismo é também um retrato de um
cenário preocupante e muito negligenciado: os
freqüentes e mortais acidentes aéreos com aviões de
pequeno porte em vôos regionais no norte do
continente americano. A ascensão de um criminoso
como herói, a cumplicidade entre os sobreviventes e
a transformação em suas vidas após a tragédia fazem
de No abismo uma obra instigante e imperdível.
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Renovando
Atitudes
Francisco do Espírito Santo Neto
Guiado pelos ensinamentos propostos no livro
Renovando Atitudes, best-seller da Boa Nova Editora
que vendeu mais de 350 mil exemplares, Francisco do
Espírito Santo Neto palestra sobre a obra no Núcleo
Espírita Segue a Jesus, em São Paulo, a partir das
10 horas deste domingo (17).
Elaborado a partir de O Evangelho Segundo o
Espiritismo, de Allan Kardec, Renovando Atitudes foi
ditado pelo espírito Hammed, instrutor espiritual de
Francisco do Espírito Santo Neto, e propõe reflexões
sobre as atitudes humanas de modo que comportamentos
inadequados sejam modificados sem desrespeitar a
natureza íntima de cada um.
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O
Tarô Zen, de Osho - O Jogo Transcedental do Zen com
79 Cartas
Osho
O Tarô Zen, de Osho enfoca o tipo de conhecimento
que você precisa ter, aqui e agora, para viver
melhor e evoluir como ser humano. As imagens
contemporâneas das cartas mostram situações e
estados mentais que você está vivenciando e podem
servir como instrumentos para a sua transformação
pessoal. O livro que acompanha o tarô o ajudará a
interpretar e compreender essas imagens, por meio da
linguagem simples, direta e extremamente prática da
filosofia Zen.
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Jesus
para estressados
Imagens poderosas para superar o esgotamento
Anselm Grün
É cada vez maior o número de pessoas que sentem que
o cansaço afeta negativamente seu dia a dia, tanto
no trabalho quanto em suas relações sociais e
familiares. Não raro, até mesmo atividades
prazerosas e o tempo de descanso são tomados por uma
situação de extenuante fadiga e esgotamento.
Sentem-se, enfim, sobrecarregados, consumidos e sem
energias. Se esta é uma sensação constante ou
frequente, pode tratar-se do chamado burnout, um
esgotamento que paralisa e interrompe o fluxo de
energia da alma e do corpo. Mas isso pode ter muitas
causas e, por trás do estresse, podem estar
determinadas imagens que bloqueiam nossa energia
criativa, nossas forças e nosso prazer de viver.
Podemos estar alimentando imagens doentias e
equivocadas a respeito de nós mesmo e do que se
espera de nós.
Anselm Grün dedica-se aqui a apresentar algumas das
imagens poderosas que costumam bloquear o fluxo
interno de energias criativas e transformá-las em
imagens saudáveis para a alma e para o corpo,
liberando as fontes vitais de inspiração,
criatividade, satisfação e prazer de viver.
Anselm Grün é autor reconhecido no mundo inteiro por
seus inúmeros livros publicados em mais de 28
línguas, o monge beneditino Anselm Grün, da Abadia
de Münsterschwarzach (Alemanha), une a capacidade
ímpar de falar de coisas profundas com simplicidade
e expressar com palavras aquilo que as pessoas
experimentam em seu coração. Procurado como
palestrante e conselheiro na Alemanha e no
estrangeiro, tornou-se ícone da espiritualidade e
mestre do autoconhecimento em nossos dias. Tem
dezenas de obras publicadas no Brasil.
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Leitura
do Tao
Marc Halévy
A corrente taoísta irrigou a história da cultura e
da mentalidade chinesa preparando um solo fértil não
apenas para os desenvolvimentos filosóficos que lhe
sucederam, como também para experiências artísticas
variadas, dentre as quais a poesia e caligrafia são
as mais famosas. É também um elemento central das
práticas chinesas no campo das artes marciais (cujas
versões suaves são o tai-chi-chuan e o chi-gong), da
dialética e da gastronomia, da medicina chinesa e da
acupuntura.
Ao longo do tempo, o Tao tornou-se, também – talvez
principalmente – uma arte de viver. Uma arte feliz
de viver. Quem nunca viu esses personagens
divertidos, barrigudos, ostentados nos restaurantes
chineses? São monges errantes, taoístas, amantes do
riso e do vinho, grandes desbaratadores das vaidades
humanas, cavaleiros maltrapilhos das causas
filosóficas e libertárias.
O objetivo deste livro é ensinar a ler a unidade do
Tao, a interdependência de tudo com tudo, a
impermanência de tudo, e tirar daí todas as
consequências práticas. Alguns dos ensinamentos são:
Produzir todas as obras fecundas, mas não prender-se
a elas. Fazer tudo o que é possível fazer e deixar
fluir. Prestar atenção ao real presente e vivê-lo
plenamente, com plena atenção. Viver presente no
presente. Estar todo inteiro naquilo que se faz,
aqui e agora. Não pensar em outra coisa a não ser
naquilo que se faz. Não dissociar, por conseguinte,
o pensamento do ato. Nunca se deixar distrair, ou
seja, nunca se deixar desviar do real presente.
Marc Halévy é estudioso de ciências da complexidade
e pesquisador das teorias fundamentais sobre a
física dos processos. Analisa a evolução do mundo
humano e as mudanças de paradigmas que se anunciam.
Estudou Filosofia e História das Religiões e
especializou-se na Kabala e no Tao-chia. Estuda a
conexão entre a Física, a Evolução humana, a
Espiritualidade, a Filosofia e a Metafísica.
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A
Divindade dos Cães
Jennifer Skiff (org.)
Mais de setenta histórias reais, inspiradoras e
comoventes, mostram o amor, a tolerância, o
conforto, a compaixão, a lealdade e a alegria que os
cães podem nos proporcionar. A autora traz também
suas experiências pessoais, mostrando como os cães
lhe deram forças quando ela sofreu maus tratos na
infância, enfrentou um divórcio e recebeu um
diagnóstico de câncer. Quer você acredite que os
cães são anjos de quatro patas ou que são um
presente de Deus, este livro mostra o que você já
sabe: os cães nos curam, nos ensinam e nos protegem.
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Os
músicos de Bremen
Uma das mais apreciadas fábulas dos irmãos Grimm
chega em edição especialmente ilustrada
Ilustrações: Michel Boucher e Tradução: Renata Dias
Mundt
Algumas histórias perduram para sempre no imaginário
coletivo. É o caso deste conto clássico assinado
pelos irmãos Grimm, Jacob e Wilhelm: Os músicos de
Bremen.
Nomes seminais da literatura infantil e
infantojuvenil alemã no século XIX, os Grimm
apresentam aqui, nesta edição especialmente
ilustrada pelo experiente desenhista francês Michel
Boucher, a história de quatro bichos — no caso, um
burro, um cachorro, um gato e um galo — que,
abandonados por seus respectivos donos por estarem
velhos e inúteis, resolvem unir forças em busca de
uma grande aventura: chegar à cidade de Bremen onde,
eles acreditam, poderão se tornar músicos, graças
aos seus incríveis talentos sonoros.
Mas, durante um pernoite no meio do caminho, nosso
quarteto animal descobre uma casa onde um belíssimo
jantar está sendo desfrutado por uma trupe... de
ladrões! Apesar do perigo iminente, nossos heróis
vão dar um jeitinho para afugentar os larápios e
tomar para si aquela refeição frugal e imperdível!
Com Os músicos de Bremen, a Estação Liberdade inicia
a publicação de uma série de breves fábulas
clássicas voltadas para os universos infantil e
infantojuvenil, com o intuito de apresentar aos
jovens leitores da atualidade histórias que, com
muito encanto, resistiram à passagem do tempo,
configurando-se como vias iniciáticas no
desenvolvimento da paixão por ler.
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Blondie
- Vidas Paralelas
Dick Porter e Kris Needs
Esta é a biografia definitiva da icônica banda
nova-iorquina BLONDIE, liderada pela vocalista
Deborah Harry e pelo guitarrista Chris Stein. Ela se
baseia em ENTREVISTAS EXCLUSIVAS E REVELADORAS com
Harry e Stein e com o baterista Clem Burke, terceiro
membro fundador do grupo, e na amizade entre o
coautor Kris Needs e a banda. Da formação da banda
em 1975, passando pela sua trajetória atual após o
seu retorno em 1997 e a carreira de Debbie Harry
como cantora solo e atriz, este livro extremamente
importante preenche uma lacuna entre as biografias
musicais lançadas no Brasil.
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Mãe
Prematura
Flavia Fonseca
A maioria das mães não encontra nos livros sobre a
gravidez e os primeiros anos de vida do bebê
informações detalhadas e sinceras sobre o nascimento
prematuro. Nenhuma mãe se prepara para estar na
maternidade com um, dois ou três meses de
antecedência. A chegada do bebê antes da hora causa
choque, entristece e amedronta. “Ter que lidar com a
superação tão cedo não é fácil; mas também torna mãe
e bebê mais fortes”, destaca a jornalista Flavia
Fonseca, autora do livro Mãe Prematura, que será
lançado pela editora Asa de Papel no dia 23 de maio,
de 9h às 12h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de
Bessa, em Belo Horizonte/MG (Praça da Liberdade, 21,
bairro Funcionários).
Prematuro é todo aquele bebê que nasce com menos de
37 semanas de gestação. Dependendo do estágio, é
considerado pouco prematuro (casa das 30 semanas) ou
extremo (casa das 20 semanas). Em todo o mundo, 15
milhões de crianças, todos os anos, nascem
prematuramente, por motivos diversos. No Brasil, 340
mil bebês nasceram prematuros só em 2012, uma média
de 40 por hora. A taxa de prematuridade brasileira é
de 12,4%, o dobro do índice de alguns países
europeus. Os dados são do Sistema de Informações de
Nascidos Vivos, do Sistema Único de Saúde (SUS) e
Ministério da Saúde.
Há ainda muito desconhecimento em relação aos
motivos do nascimento prematuro. Algumas pesquisas
buscam associações, inclusive, com a poluição do ar.
Segundo o Estudo Multicêntrico de Investigação em
Prematuridade (EMIP): Prevalência e Fatores
Associados com Parto Prematuro Espontâneo, as causas
mais detectadas são gravidez múltipla (24 vezes mais
risco), encurtamento do colo (6 vezes mais risco),
má-formação fetal (5 vezes mais risco), sangramento
vaginal (dobro de risco), menos que seis consultas
de pré-natal realizadas (1,5 vez mais risco) e
infecções urinárias, como cistite (1,2 vez mais
risco).
“Eu não tive nenhum dos fatores acima e ainda assim
fui surpreendida por um parto normal prematuro, com
32 semanas de gestação. Acho importante as mulheres
estarem atentas para um detalhe ao qual não dei
importância durante toda a gestação. O risco de
prematuridade é real”, destaca a autora, que também
aborda temas delicados como a episiotomia, corte
vaginal questionado enquanto procedimento de rotina
nos partos normais. No livro Mãe Prematura, ela
desmistifica o ambiente frio da UTI neonatal,
trazendo um universo de amor e cumplicidade
desenvolvido na luta pela sobrevivência.
A jornalista defende o parto normal e a amamentação,
mesmo nos casos de nascimento de bebês prematuros, e
chama a atenção para as recomendações da Organização
Mundial de Saúde (OMS). O Brasil é o país onde mais
se realizam cesáreas no mundo: as taxas chegam a 84%
no sistema privado e a 40% no Sistema Único de Saúde
(SUS). O recomendado pela OMS é 15%. A cesárea
oferece mais riscos para a mãe e, segundo um estudo
realizado pela Johns Hopkins School of Medicine, os
bebês prematuros nascidos através de parto normal
apresentam menos complicações respiratórias em
comparação com os nascidos de cesárea.
O livro também é dedicado a mães que não tiveram
bebês prematuros, mas se sentem perplexas diante dos
desafios da maternidade. “Ser mãe não tem nada de
bonito quando as mulheres veem suas vidas roubadas
prematuramente. Num belo dia, game over. E toda mãe
pensa isso em algum momento”, afirma a autora. Os
desafios de ser mãe nos dias de hoje, a necessidade
de conciliar trabalho, educação, saúde e família,
também são temas tratados, tendo como pano de fundo
os marcos dos cinco primeiros anos da criança – ou a
chamada primeira infância.
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Divas
no Divã
Cris Linnares
Sucesso absoluto de público e crítica, a peça “Divas
no Divã” virou livro e este ano ganha uma edição
comemorativa pela Editora Novo Século. A nova
publicação traz como presente aos leitores o
capítulo extra “Você no Divã”, que encerra a obra,
revelando as diversas possibilidades de alcançar um
final feliz para a sua história.
Com uma narrativa descontraída, a autora Cris
Linnares oferece a possibilidade de transformação
que toda mulher merece, apesar dos altos e baixos
vivenciados no dia a dia.
Com o mote “Você já ouviu alguma coisa sobre a
ciência da felicidade? Ela existe e pode mudar a sua
vida!” Cris Linnares abre as portas de um mundo em
que as mulheres ainda não superaram todas as
barreiras da sociedade, além da necessidade de
incluir a estabilidade emocional como um dos tópicos
mais importantes de uma vida bem-sucedida.
Ter sucesso profissional, ser bonita e sexy, cuidar
dos filhos, da família e tudo o mais não cooperam
para que a mulher seja uma diva a todo instante,
tanto física como emocionalmente. Por isso é
necessário que ela conheça a ciência da felicidade.
Neste quesito, Divas no Divã é mais que uma leitura
descontraída, é um verdadeiro manual esclarecedor;
um verdadeiro guia para a felicidade.
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Um
Poema para Bárbara
Monica Sifuentes
A desembargadora Monica Sifuentes aprofundou-se na
história do Brasil e de Portugal para, com base em
pesquisa, fazer um intenso trabalho criativo a fim
de narrar ricamente o instigante romance histórico
Um Poema para Bárbara (Editora Gutenberg/2015), a
vida de Bárbara Eliodora, a emblemática
personalidade mineira.
A narrativa começa com Bárbara grávida, rodeada de
seus três filhos, inconsolável diante da prisão do
marido, o poeta inconfidente Alvarenga Peixoto,
acusado de crime de lesa-majestade (traição contra o
soberano e/ou a coroa). A história se desenvolve em
retrospecto, começando com o ingresso de Alvarenga
Peixoto na Universidade de Coimbra.
Anos depois, em 1776, São João Del Rei, Minas
Gerais, recebe o novo ouvidor da comarca, vindo de
Portugal: o jovem intelectual e bon-vivant José
Inácio está pronto para assumir sua
responsabilidade na próspera colônia
da coroa, quando o caminho do magistrado se cruza
com o de Bárbara Eliodora, moça
de gosto apurado e ideias à frente de seu tempo,
que encontra expressão na poesia, assim como
Inácio. Do encontro dos dois nasceu uma paixão
repleta de sonhos de liberdade e revolução.
O retrato de fatos históricos, como o terremoto de
Lisboa de 1755, a queda do Marquês de Pombal, a
ascensão de Maria I, a louca, a influência dos
ideais maçônicos fortemente ligados à Revolução
Francesa, o ciclo do ouro que colocou Minas Gerais
como pólo econômico são retratados e permitem a
compreensão sobre como um grupo de jovens
intelectuais levou às últimas consequências as
ideias que os fizeram empreender uma jornada que
culminou na turbulenta Inconfidência
Mineira, espelhando os movimentos mundias de
liberdade e igualdade que eclodiam na mesma
época
pelo mundo. Ao mesmo tempo, a vida de Bárbara
e Inácio,
contada do mais
íntimo
sentimento de dois jovens, é uma história de amor
e coragem que jamais será apagada pelo tempo. Um
legado de sangue e lutas, de ideais e heroísmo que
marca até hoje a História do Brasil.
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